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CAPÍTULO TRINTA E CINCO:
꧁ Fora de foco ꧂
— George, atenção!— censuro empurrando seu ombro com a mão livre e mal contendo a vontade de rir enquanto ele mordisca o lóbulo de minha orelha.
Optei por virmos estudar em um lugar público para ficar em segurança, mas óbvio que não deu muito certo. Ele não se importa com o público, ele diz, mas eu só não lhe dou uma cotovelada na garganta porque a biblioteca está praticamente vazia essa hora. Poucas almas vem para cá depois do jantar, eu sei disso, mas ainda achei que seria um bom lugar para tentar fazer George estudar, pelo menos um pouco. Estamos sentados fora da vista da bibliotecária, já é um grande erro.
Prometi que não passaria a noite com ele por causa de Pam e cá está ele, tentando me convencer do contrário.
— Hm?— ele se faz de desentendido, colocando a mão em minha coxa, apenas o polegar debaixo da minha saia para me provocar. Maldito, eu o odeio.
— George, a gente está no meio de uma coisa séria aqui.— digo sem prestar muita atenção nas palavras que saem da minha boca. O ruivo beija minha bochecha e aí desce os lábios macios e quentes para meu pescoço. Quase que automaticamente, inclino a cabeça para o lado, o dando mais espaço e liberdade para se aproveitar de mim.
Acorda, Dakaria!
— Eu concordo.— ele solta uma risadinha maliciosa e eu agarro seu rosto, o afastando de mim com uma força misteriosa.
— Ruivinho, não temos tempo.
— Sabe que eu não preciso de muito para te fazer feliz.— ele ironiza, os olhos verde escuros cintilando malícia. Dou um tapa na sua mão a arrastando para o meu joelho e ele desmonta de desânimo, deitando a cabeça no meu ombro como se estivesse triste— Você vai me abandonar.— choraminga e eu sopro uma risada enfiando o nariz entre seus cabelos ruivos.
— Não vou, meu bem. É só que preciso passar um tempo com minha melhor amiga.
— Vocês passaram tempo demais juntas desde o primeiro ano aqui, não acha?
— Seu tóxico.— cantorolo. George ergue a cabeça e nós nos encaramos, os rostos perigosamente próximos— Não.— digo em um sussurro, porém com firmeza. O ruivo projeta o beiço para frente e pisca inocentemente. Eu abro um sorriso largo— Não, George. Nós não vamos dormir juntos hoje.
— Mas você disse que ela vai se abrir contigo quando ela quiser!— ele reclama de um jeito irritantemente fofo— Deixe que ela te chame.
— Não é assim que funciona com a Pam, ruivinho— balanço a cabeça e passo a mão nos seus cabelos— Eu sei, eu a conheço. E como melhor amiga dela, tenho que ao menos mostrar que estou do lado dela para quando ela precisar, sabe? Mostrar que estou livre para conversar.
— Ela também te conhece, tenho certeza que ela sabe que pode contar com você.
— George...
— Vamos, amanhã você dorme com ela.— ele sugere, porém faz uma careta como se estivesse pensando melhor— Do jeito normal e em camas separadas como amigas normais fazem.— ele vê necessidade de esclarecer e eu o lanço um olhar entediado, lhe arrancando uma risada. A mão de George volta a subir pela minha coxa— Vem, eu não vou saber dormir sem você.
— Claro que vai, vive dormindo em tudo que é canto!— empurro sua mão de volta para o meu joelho— Eu sei dos seus cochilos durante as aulas, senhor Weasley.
— Minha rainha...— ele usa aquele tom de voz macio que me enfraquece todas as vezes e eu deixo os ombros caírem de derrota, fechando os olhos para tentar encontrar alguma compostura. Sinto-o se aproximar lentamente, a cadeira rangendo sob sua movimentação, seu nariz roça a minha bochecha e ele me dá um beijo carinhoso— Fica comigo, fica.— ele sussurra e eu abro os olhos, encarando-o bem de perto.
— Eu vou ficar, meu garoto lindo, mas depois que resolver essa coisa com Pam.— de algum jeito, me mantenho firme. George solta um gemido frustrado e se levanta, agarrando meu pulso e me arrastando consigo para o meio das seções, escondendo-nos ainda mais de qualquer testemunha que possa me fazer manter o senso— Georgie, o que foi?
— Bom, eu tenho que aproveitar as oportunidades, não é?— ele pergunta retoricamente e eu franzo a testa, sem entender.
Mas aí as coisas são explicadas quando ele me empurra contra a prateleira e me beija de um jeito ardente, arrancando-me o fôlego pois eu não estava nem um pouco preparada.
Com muito esforço, eu me obrigo a afastá-lo só para dizer:
— Você tem muito fogo, garoto.
— Eu sei que você adora. Levanta a perna agora.— ele diz e eu obedeço de um jeito muito automático antes de pensar na posição que acabaríamos ficando. O barro antes que ele volte a me beijar.
— Nós não vamos transar aqui.— arregalo os olhos e procuro por qualquer pessoa ao nosso redor, alarmada— Weasley!— tapo seus olhos porque ele me encara como se fosse me devorar e isso não me ajuda a pensar direito.
— Ok, ok!— ele abre um sorriso perverso e deixa que eu coloque o pé no chão mais uma vez, tirando minha mão do seu rosto— Sem sexo.
— Isso. Bom garoto.— elogio ajeitando a postura e o ruivo volta a me beijar, eu tentei ir com calma, me empenhei em um beijo romântico e lento, mas ele estava esbaforido e me deixei levar facilmente pela sua língua e pegada possessiva. Nós parecíamos perto de nos fundir naquele amasso, eu mal conseguia pensar, mas quando me vinha um lapso, era só um: meu cabelo está bagunçado!
George abriu minha capa, colocando-a para trás dos meus ombros e enfiou as mãos frias por debaixo da minha blusa me arrancando um suspiro. E lá se vai meu uniforme, meu fôlego e minha noção.
Não, não, não! Me censuro quando ele aperta meus seios por cima do sutiã. Se controla, Dakaria, a biblioteca está aberta, em breve vocês serão pegos.
— Ah, Deus, por favor.— eu imploro para criar coragem de afastá-lo nem que fosse lhe dando um empurrão brusco, mas, pelo contrário, eu o agarro cada vez com mais força. Meu coração já está acelerado e eu não estou respirando direito. Pronto, chegamos no nosso limite, temos que parar agora, pensei.
— Shh, shh!— George contra meus lábios e me choca quando ele mete a mão na minha saia. Saio do transe e agarro seu pulso, encolhendo-me para encará-lo.
— Sem sexo, George Weasley!— sibilo e ele me lança aquele sorriso. Aquela droga de sorriso. Uno as sobrancelhas e o fulmino com o olhar.— Eu te odeio, vida.
E ele me acaricia por cima da calcinha, massageando-me com a ponta dos dedos como quem não quer nada. É a primeira vez que ele me toca assim, eu mal sou capaz de assimilar. Aperto sua mão com as coxas e ele usa a mão livre para agarrar minha nuca.
— Você disse sem sexo— ele beija cada uma de minhas bochechas com muita calma, parece uma outra pessoa em outro cenário— Isso quer dizer sem toque?— ele sussurra e eu quero morrer, esvair-me entre seus dedos.
— Trapaceiro.— arfei quando ele colocou minha calcinha de lado. Engoli em seco e olhei por cima do seu ombro, vendo se tinha alguém por trás dos livros na prateleira. Eu me senti tão perversa, isso é tão errado.
— Diga-me para parar.— ele desafia, falando manso em meu ouvido.
Eu não dei um pio e ele não parou.
⋆
Nota da autora:
Sim, vadia, teve referência aos 13 porquês!
O que está achando, vagabunda?
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