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Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 14

"Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo."
-Platão

     Saul sabia o que o aguardava quando aceitou invadir a mente de Nyx. A tristeza que corroia os ossos dela também reverberavam pelo corpo dele, como um eco de uma dor distante.

     Ele se sentia de certa forma deslocado dentro daquelas memórias. Provavelmente porque ele esperava por algo que pareciam sonhos perto do que era aquilo realmente.

— Você não é meu pai! Eu te odeio! Eu te odeio! Eu te odeio!

       Saul viu a porta do quarto ser fechada com força, mas não por Nyx. Mas por um homem loiro e alto. Ele viu ela se esgueirar até o canto do quarto, com os punhos cerrados e acertar com força a parede de tijolos. O barulho sendo alto o suficiente para ele saber que ela não estava economizando a raiva e não se importava nem um pouco em quebrar a mão. Então ela bateu mais uma vez, com a outra mão. E de novo. E de novo.

— Eu queria que você morresse!

      Ele se aproximou, passos cautelosos até ela, mas então o quarto ao redor ficou turvo, as cores se misturando como nume tela recem pintada e ele piscou. Nyx estava na cozinha parada em pé, com os olhos congelados no chão rubro como sangue. Suas mãos estavam espalmadas no ar enquanto sua respiração acelerava. O especialista correu até ela a tempo o suficiente para ver o corpo enanguentado de uma mulher deitada no chão, gritando. Seus olhos reverberavam intensa dor e suas unhas estavam cravadas no calcanhar exposto de Nyx.

     Não haviam cortes ou qualquer indicativo de ferimento no corpo da mulher. Mas havia um claro sinal de luta no ambiente. Pratos em pedaços estavam jogados pelo chão e os braços de Nyx estavam arranhados. Ele conseguir entender, finalmente, de onde tinha tamanho pavor que ela sentia ao estar perto dos outros.

      Não era culpa dela, ele queria que ela soubesse. Desejou poder reconforta-la.

— Nyx? — Ele chamou por ela, esquecendo-se por um momento que ele não existia. Não naquelas memórias. — Nyx?

      Mas então ela olhou para ele. Não, não para ele. Ele se virou.

— Nyx? — Perguntou um garotinho com a mão no peito. Estava parado na escada, usando uma camiseta vermelha de algum super herói. Não deveria ter mais do que dez anos.

      A garota soluçou, a mão suja de sangue cobrindo a boca quando lágrimas surgiram em seus olhos.

— Érebos…

     Esse era o inferno, percebeu Saul, tarde demais. Não apenas para Nyx ou Érebos mas para toda aquela família. Se é que ele podia chamar assim.

     Ele caiu no chão, batendo os joelhos contra o assoalho de madeira, o sangue avançando até ele como uma maldição. “Nyx…” Ele disse, sua boca entreaberta em perguntas que ele mal sabia como fazer.

      A paisagem mudou como resposta. Era noite e o cheiro do orvalho da madrugada invadia seu nariz. Uma névoa fina cobria a área de treinamento dos especialistas. Nyx estava com os cabelos baguncados estavam presos por uma presilha roxa, sangue brotava no nariz.

— QUAL O SEU PROBLEMA? — Ela perguntou enquanto suas mãos prendiam um garoto loiro ao chão.

— Sky? — Ele arfou. O que Sky estava fazendo? Porque ele tinha atacado ela? Era algum tipo de vingança contra ele? — Se quiser brigar com alguém, brigue comigo! — Ele gritou inutilmente. — Não encoste nela!

     Mas subitamente ela se afastou, acuada e com os olhos percorrendo um canto mais afastado do campo. Saul seguiu seu olhar, céus…

      Um homem estava parado do outro lado, as mãos escondidas por debaixo do casaco escuro, e por mais que o especialista não soubesse quem ele era, Saul sabia muito bem o que  ele era.

— Bruxo de sangue…

       Era isso então? Eles estavam de volta? O que eles queriam? Vingança? Dinheiro? Poder? Não. Bruxos de sangue viveriam e morreriam por muito menos, mas eles eram pessoas que agiam na escuridão. Por que aparecer agora? Por que aparecer para ela? Ela não entenderia, ela não conhecia esse mundo. Não como ele…

      Então ele se deu conta. Não tinham simplesmente atacado Nyx, de alguma forma, aquilo era um aviso para Saul. Sabiam da ligação entre eles e queriam mandar uma mensagem. Saul se aproximou da figura, uma onda de ódio e medo subindo pelo seu corpo, devorando-o.

     Mas então ele caiu. A dor do seu corpo sendo empurrado para longe fazendo seus pulmões se contraírem no peito e os olhos se arregalarem de pavor.

— ABRE ESSA PORTA, NYX! — Silva piscou, confuso. Ele se impulsionou para cima, sentindo uma grande onda de dor de cabeça.

— Vai embora, por favor, vai embora! — Suplicou Nyx, agachada no chão do quarto, euss braço ao redor do irmão mais novo. Ela chorava, e um grande hematoma roxo contornava seu olho azul. — Por favor…

     Saul se levantou com os olhos presos à porta que tremia do outro lado do quarto.

    Bam!

     O homem do outro lado chutou a frágil porta de madeira.

    Bam!

     Nyx gritou, apertando ainda mais o irmão mais novo contra ela. Tentando protegê-lo. Érebos chorava, as mãozinha tremendo e os lábios azulados de medo.

    Bam!

— QUE PORRA VOCÊ FEZ COMIGO? — Uma voz família explodiu do outro lado. — O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA MAGIA, SUA FADA IMUNDA?

     BAM!

    Uma rachadura se formou.

    BAM!

— VAI EMBORA! — Ela gritou, com os olhos turvos pelas lágrimas. — Vai embora… Vai embora Thales…

     “Como?” Saul não respirava mais.

      CRASH!

      A porta foi aberta com um estrondo. O garoto de pele pálida estava parado a porta, os nós dos dedos braços e o rosto com um corte que descia da orelha até a clavícula.

— Quando me mandaram pra esse maldito mundo… — Ele começou, um sorriso astuto manchando os lábios. — Não me avisaram que você me daria tanto trabalho, querida…

      Thales apertou as mãos em punho ao lado do corpo. Uma onda de dor vibrou pelo ambiente, e algo escuro e frio pareceu envolver a sala. Mas nada disso vinha de Thales.

      Érebos tinha os olhos rosa e uma fina névoa circulava ao seu redor e então, tão explodiu. E tudo o que ele ouviu antes do mundo se tornar frio foi um breve “O escolhido…”

     Saul despertou do sofá com a boca seca e língua pesada. A garganta raspava como se ele não visse uma copo de água a anos. Sebastian se levantou rapidamente da cadeira do outro lado da pequena sala, seu olhar era incompreensível. Ele se aproximou tagarelando sobre algo, mas Saul não o ouviu.

     O especialista se levantou do sofá se ajoelhou em frente a Nyx, que estava com a cabeça jogada para trás e os olhos fechados. Sua mão segurou seu rosto e ele passou os dedos levemente sobre sua bochecha.

— Acorda. — Ele pediu, quase numa suplica. — Por favor, acorda.

      Ela piscou e ele não esperou para que ela estivesse totalmente desperta quando envolveu os braços dele ao redor dela.

— Eu sinto muito.

     Não foi preciso muitas palavras. Ambos sabiam a o que ele se referia. Não era a toa que dividiam uma vida.

— Eu sinto muito.

      Ele repetiu, por que não havia nada que ele pudesse fazer por ela.

— Eu também. — Ela murmurou em resposta.

Notas da autora:
Oi, tudo bem?
Capítulo não revisado.
Espero que gostem.

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