Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

DAEMONIUM VERMIS

O livro se chamava Grimório Satanicus Portales, nele havia diversos rituais mas Jonatas estava procurando um em específico, então ele achou uma oração

— Venire diabolus. Veni, et comede animam hanc, quam ego praebeo tibi. Immaculatus sanguis inebriatus qui nunc in nomine tuo pollutus est. 

Era uma oração para invocar demônios.

Jonathan fechou o livro fazendo um baque surdo, pois estava falando que precisava de sangue de virgem e assassinato não era algo que ele estava pensando em fazer.

Então ele largou o livro na mesa de sua cozinha junto a outros livros satânicos que tinha comprado recentemente, foi tomar um banho frio e se deitar. Logo quando adormeceu lembranças vieram em sua mente.

Ele viu uma jovem garota que não parecia ter mais do que 12 anos, ela estava rindo, seus cabelos castanhos caiam sobre os olhos esverdeados, os mesmos olhos que pertenceram a sua mãe, que morreu quando ela nasceu

— Papai, olha para mim

Então a imagem mudava, a garota, que estava usando um lindo vestido branco, estava com o cabelo amarrado, com uma franja caindo nos olhos. De repente havia sangue nas roupas e barro nas barras do vestido, seus olhos haviam sido arrancados e a garganta rasgada, seu lindo cabelo castanho se mesclava com o vermelho do sangue.

— Papai o que fizeram comigo?

E então Jonathan acordou gritando e molhado de suor. Ele se sentou, olhou para as próprias mãos como se nunca as tivesse visto antes, juntou-as, as colocou na frente do rosto e começou a chorar. Nos últimos 3 meses ele estava tendo esse mesmo pesadelo e acordava chorando e gritando. Há três meses atrás ele deixou sua filha na escola como todos os dias mas na hora de buscá-la não a encontrou. Ele relatou o desaparecimento dela e dias depois a polícia veio a ele falando que o corpo de uma garota de idade de Cristina havia sido encontrada e que era para ele ir ver se era o pequeno corpo de sua filha e ele acompanhou os policiais.

Chegando ao necrotério ele viu o pequeno corpo que só reconheceu por conta de um par de brincos que havia sido um presente da sua falecida esposa, sua pequena filha sempre usava esses brincos. A cabeça e o rosto de Cristina não eram mais do que uma massa informe e ensanguentada, ela estava com cortes no corpo inteiro e a garganta dela havia sido rasgada. As partes mais cortadas eram a barriga e a parte interna de suas coxas.

— Me tirem daqui, por favor !

Foi a única coisa que ele conseguiu dizer antes de começar a vomitar.

*****

Lembrar dessas coisas fez ele se levantar imediatamente e voltar para a cozinha. Ele pegou um segundo livro, um que já estava aberto em uma página em específico. O livro se chamava  Daemonium Vermis.

Na página em que ele estava aberto estava escrito o seguinte: para este ritual você vai precisar de
1giz vermelho,
um copo pequeno com  sangue fresco não podendo ser o seu e nem da oferenda
5 velas vermelhas
5 velas pretas
8 incensos aromáticos
Duas virgens
1 cálice

Oração:

Venit daemon. Putidam hanc animam mortalem ferculis tuis dicke transfer. Venit daemon. Putidam hanc animam mortalem ferculis tuis dicke transferência.

Esse ritual deve ser feito sempre a meia-noite de uma sexta-feira

*****

Demorou alguns dias para ele tomar uma decisão, mas afinal precisava fazer alguma coisa, precisava salvar sua filha, tirá-la da escuridão.

Ele comprou fita silver tape pegou sua faca que geralmente era usada para acampar, entrou no carro e saiu.

Precisava encontrar duas virgens, só assim poderia invocar o demônio que tiraria a alma de sua garotinha da escuridão da morte.

Não demorou muito para encontrar o que estava procurando. Rodou algumas quadras por um bairro nobre e viu  duas garotas brincando em um playground. Eram duas gêmeas de mais ou menos 12 anos.

Jonatas parou o carro, olhou à sua volta e não viu ninguém. As garotas estavam aparentemente sozinhas. Ele se  deparou com um problema: não tinha a menor ideia de como iria fazer para pegar as meninas. Se pegasse uma por vez, uma delas iria gritar, podia haver tempo suficiente porque não havia ninguém por perto, mas também podia chamar a atenção.

Não, ele não podia agir sem um planejamento.

Jonatas suspirou e saiu dali, e enquanto dirigir pela cidade a solução apareceu diante de seus olhos. Como não pensara naquilo antes?!

Ele trabalhava no centro de controle de zoonoses da cidade. Às vezes eles eram chamados para resgatar animais bravos, e nessas horas precisavam usar tranquilizantes, que eram disparados com uma arma própria para tal. O CCZ estava repleto daqueles tranquilizantes.

— É isso!

Jonatas acendeu um cigarro.

*****

As gêmeas estavam lá, três dias depois, no mesmo lugar, completamente sozinhas.

Jonas ponderou que era um lugar estranho. Havia diversas casas em redor, mas todas estavam fechadas, a impressão que dava era que estavam completamente abandonadas.

As garotas estavam lá, brincando sozinhas no parque sem qualquer preocupação.

Jonatas suspirou. Ponderou se realmente iria fazer aquilo, depois daquilo não teria mais volta. Abriu o porta luvas e pegou a arma de tranquilizantes. Parecia uma pistola, uma Bereta da segunda guerra.

Ele se decidiu, abriu a porta e caminhou com determinação até onde estavam as garotas. Experimentou olhar à sua volta para ver se via alguém mas não viu ninguém.

Tinha que agir rápido. A arma já estava carregada, depois do disparo ele teria outros 5 segundos para carregar e disparar novamente.

Caminhou rapidamente até o pequeno parque, sacou a arma de tranquilizantes e apontou para a garota. Viu uma velha senhora sentada em um dos bancos e guardou a arma rapidamente. Seu coração palpitava. Podia jurar que aquela velha não estava ali há alguns segundos atrás. Mas ali estava ela, sentada e fazendo tricô, havia um sorriso nos lábios dela.

A velha o fitou e o sorriso aumentou. Jonatas retribuiu o sorriso meio encabulado. Afinal de onde raios surgira aquela velha?

— Está um lindo dia, não está, senhor Jonatas?

— Sim...- Jonatas franziu o cenho. - Como disse?

— Não acha que está um lindo dia ?

— Sim... Como sabe meu nome? Conheço a senhora?

A velha apenas sorriu.

Jonatas olhou para as gêmeas. Agora elas estavam de pé, olhado para ele e sorrindo. Estavam de mãos dadas, usavam vestidos azuis, de renda, os cabelos presos em estilo Maria Chiquinha.

Jonatas voltou a olhar a velha e deu um salto e um passo para trás. Os olhos dela eram totalmente negros, a boca estava aberta revelando dentes brancos e perfeitos. A velha estava babando.

Havia alguma coisa errada naquela coisa, era melhor cair fora.

Ele tomou aquela decisão e foi se afastando.

Enquanto ele recuava, sentiu uma onda de calor no peito, uma sensação como se algo o estivesse puxando de volta para aquele lugar. Olhou novamente para as meninas e para a velha — elas ainda o encaravam, como se esperassem algo. Por um momento, a expressão das gêmeas pareceu mudar: o sorriso doce e inocente deu lugar a algo sombrio, quase predatório.

Jonatas tentou afastar a visão da mente, respirou fundo e virou-se para caminhar rápido para o carro. Mas o som da voz da velha o congelou no lugar.

— Você não está pronto para o que procura, Jonatas. Essa dor que carrega... ela o levará a lugares onde jamais poderá retornar. Ainda há tempo de desistir.

Ele se virou, os olhos fixos nos da velha, que continuava a sorrir, os dentes ainda à mostra, com aquele brilho antinatural. Aquele rosto estava agora distorcido, como se a pele estivesse se derretendo, os olhos negros parecendo abismos. Jonatas tremia, mas tentou reunir coragem.

— O que... o que você é? Como sabe sobre a minha filha? – ele gaguejou, a voz soando mais fraca do que gostaria.

A velha gargalhou, um som que pareceu ecoar por todo o parque. Em resposta, as gêmeas começaram a girar em círculos, as risadas se misturando num coro macabro, o ambiente ao redor deles ficando mais frio e opressivo.

— Eu sou o que te observa quando você se contorce no sono. Sou o peso nos seus ombros, o sussurro que o empurra ao abismo. E essas garotinhas – ela apontou com um dedo retorcido para as gêmeas – são o futuro que você não deveria tentar tocar.

Ele estava em pânico, mas as palavras dela o desafiavam, algo dentro de si gritava para seguir em frente, para ir até o fim. Sua mente pulsava entre o medo e o desejo de fazer qualquer coisa para salvar sua filha, mesmo que isso significasse perder o que restava de sua sanidade.

— Não... eu preciso dela de volta! – gritou, num último ato de desespero.

A velha o encarou com desprezo, os olhos vazios e cruéis. Então, se aproximou dele e sussurrou algo, uma frase em um idioma antigo que ele não conseguiu compreender, mas que pareceu entrar em sua mente como uma maldição. Jonatas caiu de joelhos, uma dor aguda explodindo em seu peito.

Antes de desmaiar, ele ouviu as gêmeas murmurarem em uníssono:

— A escuridão consome aqueles que a procuram…

💀💀💀

Quando Jonatas recobrou a consciência, percebeu que estava de volta à cozinha de sua casa, estirado no chão frio. A cabeça latejava, e ele mal conseguia se lembrar de como havia retornado. No entanto, uma coisa era clara: o Daemonium Vermis estava aberto diante dele, suas páginas iluminadas apenas pela luz tênue que entrava pela janela.

Confuso, ele se levantou e notou que o livro havia mudado. No centro das páginas, onde antes estava a oração do ritual, agora havia um novo texto que não estava lá antes. As letras pareciam estar escritas em um tom de vermelho escuro, como sangue seco. Tremendo, ele leu em voz alta, quase que num sussurro:

— "A alma de uma filha perdida clama por justiça. Porém, o preço é alto: uma alma por uma alma. Aquele que tenta desenterrar os mortos deve caminhar com eles no além..."

As palavras o encheram de pavor. Agora, Jonatas compreendia o verdadeiro propósito do Daemonium Vermis: ele não era apenas um guia para rituais e invocações, mas um objeto amaldiçoado, uma porta para o reino dos mortos. Esse livro existia para cobrar tributos de almas atormentadas que, como ele, estariam dispostas a qualquer coisa para desafiar a morte.

Na página seguinte, outro ritual estava descrito. Ao lado da imagem de uma criatura disforme, que parecia meio humana e meio verminosa, estavam as instruções para invocar o Daemonium Vermis em sua forma verdadeira. A criatura que guardava as almas das vítimas dos rituais fracassados e que, uma vez invocada, não poderia ser controlada.

Ao terminar de ler, Jonatas sentiu como se algo estivesse observando-o, e então um leve murmúrio ecoou ao seu redor, como se as paredes sussurrassem segredos sombrios. Ele entendeu que o Daemonium Vermis não estava apenas fornecendo instruções. Ele estava exigindo que Jonatas pagasse o preço final se quisesse mesmo ter a filha de volta.

Tomado por um misto de desespero e determinação, Jonatas pegou a faca que usava para acampar e a fita prateada que havia guardado no carro. Ele compreendeu que o livro estava jogando com sua mente, que havia algo mais obscuro além do ritual original — e ele precisava saber até onde iria. Sabia que o custo seria sua própria alma, mas a imagem da filha rindo e chamando-o o assombrava, impulsionando-o a continuar.

Ele acendeu as velas, distribuiu o sangue sobre o círculo que desenhou com o giz vermelho, e recitou o encantamento que lera nas páginas recém-reveladas. Sentiu a presença do Daemonium Vermis crescer ao seu redor, e, num último ato de desespero, sussurrou o nome da filha:

— Cristina...

A escuridão à sua volta pareceu se mover, e, do círculo de velas, um par de olhos se formou, flutuando no vazio, o rosto indistinto de uma menina que não era nem viva nem morta. O sussurro dela ecoou, gélido e distante:

— Papai... Por que você fez isso?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro