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3: =ICE(FIELD)=

Icefield

Casa do Valac

(2.405 palavras)

☀️ ☀️ ☀️

[22/11/2022- Terça-Feira]

"Senhor Daemonium, uma pergunta, por favor!"

Eram mais de cinquenta jornalistas, no mínimo, em volta do Valac Daemonium- e ele nem tinha aberto o vidro fumado do carro-. Era sempre a mesma cena todas as manhãs. Mal viam o Range Rover negro a chegar perto apenas do portão de segurança pertencente à ICEFIELD, os papparazzis, jornalistas e alguns curiosos já seguiam, atropelando-se uns aos outros.

A ICEFIELD era a maior empresa criadora de armas federais e governamentais da História desde da Segunda Guerra Mundial. Fundada em meados da década de 50, por Carl Ice, um homem, naquela altura, com apenas 23 anos- ainda novíssimo para governar uma empresa que em tão pouco tempo iria se tornar uma das maiores potências.

Porém mais novo ainda, Valac, somente com 21 anos, no final de 2015, tornou-se chefe da antiga ICE, após a morte natural de Carl, aos 90 anos. Ele manteve a raiz do nome "ICE", mas, para simbolizar a mudança, acrescentou "FIELD." Nunca explicou a nenhum jornalista o porquê daquele nome e não outro, nem seria agora, depois de 7 anos de comando que iria relevar isso a um desconhecido.

"Senhor Daemonium, porquê não compareceu por cinco dias?"

Noah arrancava com o carro, assim que o portão abriu por completo, a passos lentos e cautelosos. Da última vez que ficou com raiva de tantos jornalistas de merda, pisou com a roda grossa do carro o pé de uma mulher. Por sorte, os advogados das empresas eram bem competentes e aquele pequeno incidente não chegou a causar uma dor de cabeça a Valac.

Assim que os portões se fecharam atrás do carro, o relógio batia agora as 8 da manhã, horário. Quem chegava primeiro eram os seguranças privados da ICEFIELD, aqueles que abriam as portas e desativavam os alarmes. Haviam alguns que faziam serão dentro da empresa, nos dias em que o senhor Daemonium precisava de ficar lá até mais tarde a tratar de assuntos que não gostaria de levar para casa.

Mal ele põe o primeiro o pé esquerdo dentro do hall enorme da empresa, a rececionista logo lhe dá as boas vindas. Valac, claro já irritado com a presença dos jornalistas após uma noite mal dormida, não lhe respondeu, e sabia que sorrir falsamente não era um ato digno. Valac odiava falsidade; o que tinha a dizer, bom ou mau, dizia na cara.

Noah respondeu pelo seu chefe, acrescentando logo em seguida, em silêncio, que ele não estava de bom humor.

E quando aquele homem apresenta sinais de mau humor, irritação, sonolência ou fúria, é recomendado que fiquem longe dele, ou que não lhe dirigem a palavra. Isto se a pessoa presar pela sua vida.

O que não era o caso da sua secretária.

"Bom dia, Senhor Daemonium."

Se houvesse um teste de nível de o quão uma pessoa pode ser chata, irritante, iludida, odiada, Marjan Doits tinha a nota máxima sem nunca ter ido a uma aula; era um talento natural.

Valac não sabia o que tinha na cabeça quando aceitou contratar aquela mulher de trinta e poucos anos, polaca, clara de olhos escuros e cabelos louros. Ou provavelmente ainda estava sobe o efeito da maconha semanal ou tinha levado com algo muito forte na cabeça.

Porque num bem estado de saúde ele não estava.

Valac limitou-se a suspirar e continuar a caminhar pelo trilho da ignorância.

"Bom dia, senhor Daemonium!"

Qualquer ser que fosse ignorado por aquele homem, sabia que era como assinar um tratado de morte se tentasse continuar a conversa. Era uma das regras que vinha no contrato.

Meu Sol, mas ela é suicida?

Era o que vinha na cabeça de todos os outros funcionários do vigésimo sétimo andar- andar onde ficava o escritório empresarial do Valac.

"Eu ouvir dizer que agora tem uma criança em casa. Foi por isso que faltou por cinco dias, senhor?"

Como é que isto já chegou aqui?

Valac ainda não tinha dito a ninguém sobre a existência do Kuma tirando os seus funcionários mais leais- aqueles que trabalhavam na casa-. Mais, ele tinha confiança o suficiente para saber que nenhum deles ia abrir a boca sem a sua autorização. Ou a mulher o espiava, ou havia um infiel em casa.

"Marjan, escritório. Agora."

Noah quase gargalhava alto por detrás do seu sorriso sério. Ele sabia de cor o que acontecia quando o Valac usava aquelas três palavras: nome do remetente, escritório e agora.

Queria ver o espetáculo na primeira fila, mas os olhares secretos entre o seu chefe e ele obrigaram-no a ficar do lado de fora da sala.

Ninguém jamais deveria meter-se nos assuntos pessoais do Valac.

☀️ ☀️ ☀️

Marjan saiu a chorar do escritório do senhor Daemonium. Valac era o rei, o Deus, o profissional a fazer pessoas chorar sem quaisquer remorsos ou piedade, independentemente de serem próximos ou não. Se erraram com ele, podem preparar o pacote de lenços, um filme trágico e o clássico gelado de chocolate para conseguirem ultrapassar a dor psicológica que a verdade nua e crua tanto causa.

A mulher polaca já era para ser despedida logo na sua primeira semana de trabalho. Não fazia nada de maneira perfeita, o nível de organização era baixo para a ICEFIELD, e além do mais era um pouco desrespeitosa e alcoviteira. Todos os dias que ela vinha trabalhar, havia sempre uma briga desnecessária que ocupava um pouco da concentração do Valac.

Assim que ela saiu pelos portões da ICEFIELD, todos os funcionários quase se alvoraçaram com a notícia. Marjan Doits finalmente estava fora da ICEFIELD!

"Isto precisa de comemoração, Valaczinho." A Cam não tinha medo de morrer? "Vodka?"

"Cam, nem nove horas são!"

"Foda-se." Abriu a garrafa preta e pequena e deu três goles grandes do líquido fresco e incolor, fazendo logo cara feia e satisfeita em seguida. "Odiava a mulher. Ela devia ter-se apaixonado por mim só que viu logo na minha cara que eu não queria nada com ela."

"Quem é que vai ser a nova secretária, senhor Daemonium?" Noah, como sempre profissional- até demais!-, perguntou com serenidade na voz.

"Noah, rapaz, estás tão tenso." Cam apertou os ombros fortes daquele ser de cabelos brancos e olhos azuis. Eram os dois da mesma altura, então o processo não foi difícil. "Sabias que tanto stress pode causar problemas cardíacos?" Agarrou outra vez na garrafa da bebida alcoólica e entregou-a às mãos dele. "Toma. Ajuda a descontrair."

"Eu não bebo em serviço, obrigado."

"Ainda continuo com a minha teoria de que és um robô."

Embora Cam e Noah já se conhecessem há quase cinco anos, eles tinham uma relação de amor-ódio. Amavam.se profundamente e tratavam-se como família, mas tinha dias, ou até mesmo semanas que não se podiam ver. Conheceram-se na ICEFIELD. O Noah procurava trabalho e sempre sonhou em trabalhar com armas; a Cam entrevistava os candidatos na altura. Foi amizade odiada à primeira vista.

"Noah?"

"Sim, chefe?"

"Quero um café." Valac ficou dengoso. Ansiava por aquilo já há alguns minutos. Porém não era um café qualquer, tinha de ser um tirado pelo Noah.

Além de ele ser um mestre a manipular armas, era o único que sabia triar um café do jeito preciso e prefeito do senhor Daemonium. Era como ele dizia: um presente do Sol.

Não demorou muito para que o café já estivesse entre as mãos do Valac. Agora ele sorria, encostado na sua cadeira preta de cabedal, com os pés em cima da secretária. Quem iria ralhar com ele acerca disso? Ninguém!

Mas por azar, o telemóvel pessoal dele começa a vibrar dentro do seu bolso. Era o senhor Alois.

"Alpha."

Foi só preciso aquela palavra para que o Valac mudasse completamente o seu estado espírito. Tirou as pernas de cima da secretária, sentou-se de maneira mais profissional e engoliu o café de uma vez só, queimando por segundos a língua áspera.

"Tem uma nova encomenda a ser feita e o remetente gostaria que fosse feito o mais rápido possível."

"O que é a encomenda?"

"Armas de longa distância, sigilosas e de preferência de cor preta."

"Número de série?"

"STU-1902-3802-051022"

"Okay, Alois. Anotei aqui. Tratem o cliente com cortesia."

"Sempre."

Valac acabou com a chamada e entortou o cenho com os polegares.

Mais um caso.

"Então?"

"Temos encomendas para fazer."

☀️ ☀️ ☀️

Claro que não eram encomendas a causa para que o Valac chegasse a casa às pressas. O termo encomendas eram um código secreto entre ele e os seus mais leais funcionários- a sua Matilha-.

A Matilha era uma organização pequena, secreta, oculta e mortífera organizada por apenas quatro pessoas: Valac, o Alpha; Cam, Noah, os Bethas; e o Soren, o Omegha. O Alpha dava as ordens, os Bethas obedeciam e protegiam-se em campo e o Omegha ficava fora do terreno, tratando dos contactos e de possíveis indícios de descoberta da Matilha.

Poucas pessoas sabiam da sua existência, pois só podiam ser acionados por vítimas sedentas de vingança. E o Valac só aceitava os casos, a partir do tipo de crime e da sua gravidade. Ele tinha um tipo de triagem por cores: preto, roxo, azul, laranja, verde e rosa. Esta era a ordem decrescente da gravidade de crimes que mais mexia com o seu psicológico.

Eles usavam o término "arma" para o crime. Se era uma arma de longa distância, simbolizava que o crime era continuo, se era média, o crime já tinha tido um fim, mas também foi contínuo, e se fosse curta, o crime foi feito em poucos minutos ou até mesmo horas. Se a arma fosse sigilosa, o crime foi sorrateiro e nunca falado, se fosse barulhenta, o caso já estava em processo criminal.

Por sua vez, o número de série dava características da vítima e do criminoso. As três letras iniciais eram as primeiras três letras do nome do crime em latim: Occidendum (OCC)- era um assassinato. Os primeiros dois números diziam a idade da vítima, os dois a seguir o sexo biológico: 01 para mulher e 02 para homem. O mesmo acontecia para identificar o criminoso, cujos números vinham logo em seguida. Os seis últimos números diziam a data do ultimo crime- no caso de ele ser contínuo.

"Temos em mãos um caso de violação, a vítima tem 19 anos, é do sexo masculino. O criminoso tem 38 e também é do sexo masculino. Foi me dito que os abusos já ocorrem há muito tempo e que ninguém nunca percebeu."

Valac estava mais uma vez trancado num escritório trancado a sete chaves, sem computadores ou tecnologia. Apenas tinha uma mesa, dois sofás e várias estantes, para que não haja risco de escutas tecnológicas.

"Capturamos já hoje?" Noah perguntou.

"Vou falar agora com a vítima. Ele ainda continua cá, Soren?"

"Sim, está na sala."

"O Kuma?" Cam preocupou-se. Não queria que nada acontecesse nem com a vítima nem com o Kuma.

"Está também na sala."

Valac não disse mais nada e simplesmente saiu do escritório em passadas aceleradas e largas. Chamou o elevador, para que subisse do terceiro andar debaixo do chão ao primeiro andar. Viu-se pelo espelho na sua frente; ainda estava com a sua farda do trabalho, penteado e com o sorriso fechado raivoso e demoníaco nos lábios um pouco carnudos.

O elevador abriu as suas portas brancas, e sem demoras, ajeitando as roupas durante o caminho, Valac caminhou até à sala enorme da sua mansão.

Viu uma jovem de costas. Tinha o cabelo negro, esticado e brilhante. Achou estranho. Quem era aquela jovem? Era suposto estar ali um rapaz. Será que era a namorada?

Hugh, não aguento mais casais hétero na minha casa.

Ou talvez seja uma ameaça.- O subconsciente macabro quebrou quaisquer começos de pensamentos heterossexuais.

Aproximou-se devagar daquela mulher desconhecida. Embora sentada de maneira relaxada e inofensiva no seu sofá, Valac não deixou de prevenir a sua segurança. Devagar, foi se aproximando, já pondo as suas luvas de couro grossas e a sua navalha pequena de bolso.

Era só aproximar a lâmina ao pé da artéria carótida externa, e ficava com a sua presa imobilizada.

Porém assim que se aproximou demais dela, viu o Kuma no seu colo, de pernas abertas, virado frente a frente para ela. Ele tinha um sorriso no rosto, já tinha- ao que parecia- ganho confiança com aquela mulher- confiança até demais!-.

"Valac!" O pequeno disse com a acentuação malfeita, enquanto chamava pelo seu protetor com os braços pequenos.

A jovem saltou de susto ao sentir que aquele homem estava atrás de si. Todos tinham sempre a mesma reação, já era usual. Virou-se para trás. Ela tinha os olhos verdes acinzentados, o nariz reto e grande, uma franja pequena na sua testa e um sorriso que combinava com a sua maquilhagem subtil.

"Quem é a senhora?"

"V...Valac Daemonium?"

"Quem é a senhora?" Disse mais devagar, os dentes serrados. Ele foi um pouco insensível com a mulher, é verdade, mas ela estava no seu território, na sua casa, sem a autorização devida dele!

"STU-1902-3802-051022." Disse tímida.

Ah, não era possível...

"Kuma, afasta-te dela." Baixou o seu timbre vocal e olhou diretamente para o pequeno. Ele sorrateiramente andou até ao mais velho, com a cara emburrada, tímido e triste. "E você espere aqui. Eu não demoro." Já tinha virado as costas. "E não toque em nada."

Desconfiança era uma das palavras que caracterizada o Valac.

Valac, mais nervoso que o normal, com tudo que tinha para dizer ao Alois na ponta da língua chama o elevador e desce até ao mesmo andar subterrâneo. Todos ainda continuavam no escritório escuro, a falar sobre coisas aleatórias, à espera de um sinal do Valac.

"Senhor Alois!" Valac rugiu, assim que abriu com força a porta do compartimento.

"Diga, senhor Daemonium."

"Eu sei o que o senhor já é velho, que precisa de óculos e tudo mais, mas como caralhos você conseguiu confundir um homem com uma mulher?!"

"Senhor, deixe-me explicar."

"Alois, se precisa assim tanto de uma cirurgia de cataratas, era só pedir."

"Não é isso, senhor." Ele riu-se por uns segundos. "Como diz nas regras, temos de fazer a identificação da vítima a partir do sexo biológico da mesma. A mulher que está lá em cima é transsexual. Biologicamente, nasceu um menino. O nome dela é Emma, mas antes fora Alex.

~~Cappuccinno~~

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