Prólogo pequeno, sorry

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"O meu boneco partiu-se!" A Aranha gritou alto quando tentava acordar o seu mais novo bonequinho, ao bater-lhe no seu rosto feito de chocolate. Ele não acordava mais, não se mexia, não voava cada vez que o atirava ao ar.

A Aranha queria que o seu chocolate com asas brancas voltasse a voar, mas ele nem sequer se mexia no chão, simplesmente continuava imóvel, mole, pesado.

"Ele está morto, senh-"

"Não! Eu quero o meu Chocolate Negro! Concerta-o, já!"

"Perdão, mas ele não tem arranjo. E-Ele morreu..." O criado tentava explicar à Aranha que mais um boneco se tinha partido naquelas mãos desastradas. Porém a Aranha não queria se despedir do seu bonequinho favorito e especial.

O olhar negro da Aranha, agora zangada, fitou os olhos cinza do criado. Ele tinha de fazer alguma coisa, substituir aquele boneco, deixar a Aranha feliz. "...v...vou ver o que posso fazer." E com cautela tirou o bonequinho das mãos, pousando-o nos seus braços.

Que Aranha mais sádica.

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Não havia nada a fazer acerca daquele bonequinho. Era mais um pedaço destruído pela Aranha, algo sem valor, algo já comido e sugado, que não tinha mais de engraçado a ser retirado dali.

Sem mais nenhuma alternativa, o criado, mesmo com remorsos, empurrou o boneco mole na direção do buraco gigante e escuro aberto a alguns quilómetros da teia da Aranha. O boneco foi desaparecendo na obscuridade, à medida que o criado se entregava à morte ao voltar à teia sem o bonequinho mais novo e preferido da Aranha.