Epílogo
"Nosso destinos estavam traçados por Deus e não existe nada nesse mundo que seja capaz de separar dois corações predestinados a estarem juntos."(Desconhecido)
Epílogo
Geórgios
25 anos depois
Me olho no espelho e vejo a quanto mudei, aos 52 anos sinto o peso da idade, sei que não estou assim tão velho, mas só de pensar que meu filho primogênito está completando hoje 26 anos, percebo como o tempo passou rápido.
Estou indo buscá-lo no aeroporto, ao meu lado está minha morena, que mesmo com seus 40 anos continua bela e, a cada dia que passa, faz com que me sinta mais apaixonado por ela. Essa mulher que me deu dois filhos: George e minha princesa Dayane, de 23 anos. Alice descobriu que estava grávida uma semana depois que casamos, já com um mês e meio de gestação, eu explodi de felicidade no dia, porque dessa vez iria ser diferente, eu passaria todas as fases dessa gravidez do lado dela e assim eu o fiz, cuidei dela e dos meus dois filhos. Dayane seguiu os passos da mãe e estudou moda, hoje ela e preciosinha, agora com 27 anos, estão na frente de Stanisk&Kaninsk.
Depois que voltamos para Grécia, Zenon me fez uma proposta de sociedade, ele e Saphira tinham unido os negócios, mas vi a proposta como um investimento para meus filhos e, sendo assim, aceitei. Há dois anos as princesinhas tomaram conta dos negócios, Zenon e eu quase nem vamos mais à empresa, elas se dão muito bem dos negócios, minha Dayane em duas semanas estará se casando com Gabriel, o filho mais novo de Zenon e Saphira, que também se manteve nos negócios da família, cuidando do RH da empresa. Saphira engravidou ao mesmo tempo que Alice, se elas tivessem combinado, não teria dado tão certo. A loucura maior é que nasceram no mesmo dia e praticamente no mesmo horário, até consigo me lembrar ainda como se fosse hoje a loucura daquele dia. Duas mulheres gritando de dor, dois homens aflitos, cada um com uma criança no colo, teria rido da situação se não fosse desesperadora. Esses dois desde quando nasceram nos deixam loucos e agora vão se casar. Eu não poderia estar mais feliz.
Sempre achei que quem iria dar mais trabalho eram George e Esmeralda, pois desde pequenos se percebia em ambos um grande amor um pelo outro, o que nunca entendiamos era que quando um estava admirando, o outro sempre estava alheio ao que passava, mas quem estava ao redor percebia o carinho que existia ali. Eles cresceram e passaram uma parte da adolescência juntos, Esmeralda tinha a mania de seu pai e chamava meu filho de Pirralho, mas ele nunca se importou, por isso pensávamos que daria em casamento, no entanto, não foi o que aconteceu, George foi para o Reino Unido estudar na Escócia, formou-se e hoje está começando seu próprio negócio, fugindo totalmente dos negócios da família. Ele está reerguendo uma construtora que estava falindo, entrou como sócio com um amigo escocês, Ronald, que se conheceram na faculdade e em pouco tempo fizeram um progresso incrível. Meu filho se formou em engenharia civil e como sua empresa fica localizada na Escócia, ele optou por não voltar mais para casa, e assim tem sua propiá residência lá, vem apenas em dias festivos, como o Natal, Dia das Mães e dos Pais, aniversários ou, como desta vez, o casamento da irmã com seu melhor amigo de infância, Gabriel.
Chegamos ao aeroporto e minha filha logo sai correndo ao encontro de seu noivo, esses dois são pior do que Zenon, Saphira, Alice e eu juntos. Logo atrás de meu futuro genro está meu amigo e irmão, Zenon, e sua amada, ficamos conversando por um tempo, o vôo de meu filho estava atrasado.
— Esmeralda não quis vir? — Minha esposa pergunta e noto Saphira e Zenon se entre olharem.
— Não sabemos ao certo! Ela disse algo como "Eu vou mais tarde mãe, prometo, não se preocupe, minha ausência de alguns minutos nem fará falta". Eu realmente queria saber o que aconteceu com esses dois. — Nossa amiga suspira e Zenon continua a falar.
— Eles nunca foram de demonstrar afeto, sabemos disso, mas eram amigos do jeito deles, nunca entendi esse afastamento dos dois, jurava que iria casar a preciosinha antes do Gabriel. — Ele diz, olhando e apontando o dedo em direção da minha filha e meu genro.
— Esses dois viviam brigando tanto que nunca imaginei que iriam se acertar um dia, mas também é possivel ver o amor nos olhos dos dois. Pelo visto nos enganamos, não vai ser possivél seguir a tradição da família a risca, nossos pais ficariam orgulhosos se isso acontecesse, porém, nosso primogênitos não se apaixonaram um pelo outro como imaginávamos, nos basta aceita suas decisões e torcer que encontrem suas almas gêmeas assim como nós tivemos a sorte.
Sei que ambos tinham razão em tudo que disseram, mas foi impossível não rir do "não seguir a tradição", de Zenon. Esse não perde uma.
Nossos pais faleceram há 5 anos, meu pai de um infarto e o pai de Zenon e sua mãe em um acidente de avião em uma de suas viagens para a Itália. Foi uma fase muito difícil, sua sorte foi ter Saphira e seus filhos, ou meu amigo não teria suportado, sei disso porque meu mundo ruiu quando perdi meu pai, minha fortaleza foram Alice e nossos filhos e eu nem pude ser alicerce para meu amigo, porque passamos por isso ao mesmo tempo, foi muito doloroso, mas com o tempo entendemos que é o ciclo da vida e nela temos lutas, algumas perdemos e outras ganhamos, mas para a morte, nunca há vencedor e isso não há como mudar.
Minha sogra está com 70 anos, essa tem saúde de ferro, jamais fica doente e eu fico feliz por ela ter essa força toda. Minha esposa é muito apegada a mãe, que vive muito bem com meu tio, esse cada dia mais apaixonado pela mulher. Minha mãe esta morando com Grazy, ajuda minha irmã a cuidar dos meus três sobrinhos e isso a distrai para não ficar pensando no meu pai. Já os pais de Saphira também nos deixaram há 2 anos, a doença de seu Frederick voltou com tudo, e logo sua mãe também ficou doente, e em um belo dia, os empregados estranharam que eles não haviam acordado para o café da manhã e foram chamá-los, como ninguém respondeu, entraram no quarto e os encontraram abraçados e sem vida. Nossas vidas não são perfeitas, a vida dá sempre um jeito de nos derrubar e nos entristecer de alguma forma, mas, graças a Deus, temos um ao outro para nos apoiar e nos fortalecer, por isso Zenon brinca com seguir a tradição, porque vivemos isso e tentamos passar esse amor e cumplicidade para nossos filhos.
— Sabe, tem uma coisa que não entendo.— Minha esposa falou, intrigada. — Seu Estácio, apesar de parecer que nunca existiu, ele surgiu em nossas vidas e nos somos testemunhas disso, que ele foi real. Ele disse que iria voltar, pediu para ensinar meu filho em relação ao orgulho e eu fiz isso, dei tudo de mim. Eles pareciam se amar tanto. Não me conformo com isso. Cadê o Seu Estácio quando deveria voltar e nos ajudar?Eu sinto que em breve teremos uma noticia que vai acabar de vez com nossas esperanças.
— Não sei, minha amiga, e compartilho de suas frustrações, porém, Zenon tem razão, não sabemos o que aconteceu, vamos deixar a vida seguir, talvez Seu Estácio tenha se enganado, quem sabe ele estava falando de Gabriel e Dayane, mas como eles não haviam nascido ainda possa ter se confundido.
— É, talvez... — Alice responde, triste, sei como ela torcia por eles.
— Pai! Mãe! — Ouço a voz do meu eterno menino e ao ver o homem formado que se tornou a minha frente, me senti velho pela segunda vez no dia.
Abraçamos Georginho, logo ele cumprimenta os tios de criação, a irmã, seu futuro cunhado e amigo, todos lhe damos os parabéns, ele agradece, mas percebo que seu olhar procura alguém e seu sorriso diminui ao notar que não está ali quem ele queria que estivesse.
— Esmeralda, está esperando em casa? — Pergunta, ainda olhando ao redor, sem sucesso. Ele sabia que daqui iriamos almoçar na casa de seus tios, então seria normal que ela estivesse esperando em casa.
— Na verdade, eu não sei, filho. Ela disse que iria se atrasar um pouco, não sei se vem ainda para cá ou vai direto pra casa.
Notei que ele ficou tenso, mas logo se recompôs e seguimos para a casa de nossos amigos, preciosa não estava em casa, e não apareceu por toda a tarde. Ligou para seus pais em certo momento e disse que iria chegar apenas a noite e que outra hora dava boas vindas para o amigo. Depois da ligação, meu filho ficou perdido em pensamentos, até dizer que estava cansado e queria ir embora, o dia tinha passado rápido e já estava escurecendo, quando estávamos saindo e assim que abrimos a porta para sair, Esmeralda entrou rindo e brincando com alguns amigos e, como já imaginava, seu sorriso diminuiu ao ver meu filho que, nesse momento, tinha uma expressão que eu nunca havia visto antes em sua face: raiva.
— Olá Pirralho, como está? Seja bem-vindo de volta! — Minha afilhada diz com um sorriso forçado, e dá um abraço em meu filho que, no mesmo instante a afasta com seus braços, sem ser rude, os demais ali presentes entenderiam que é apenas seu jeito de ser, porém, para nos que o conhecemos muito bem, sabíamos que não era e que tinha algo ali, algo que os dois guardavam e não conseguiam colocar para fora e eu só conseguia pensar "Seu Estácio, cadê você?"
Nos despedimos dos nossos amigos e seguimos para nossa casa sem Dayane, que iria dormir na casa do noivo, sim, dormir, nós permitíamos, pois era melhor do que ficar imaginando minha filha por lá se sabe onde. Então, decidimos assim, até porque, em breve estarão casados.
Quando chegamos, George vai para seu antigo quarto, não fala muita coisa, apenas que está cansado.
Deito ao lado de minha esposa depois de tomar um banho, ela está vestida em uma camisola branca soltinha e rendada e para minha alegria, sem calcinha. Mesmo com meus 52 anos, eu e Alice não perdemos aquele fogo todo. Deslizo minhas mãos sobre suas coxas, sentindo sua pele arrepiar, Alice se contorce na cama ao sentir meus lábios tocarem sua intimidade, seus gemidos contidos me remetem a lembrança de nossa primeira vez, no qual ela tentava se conter.
Subi meu beijos até chegar em sua deliciosa boca que me fazia delirar, mordi carinhosamente seu lábios, fazendo ela abrir seus olhos para me encarar. Então, repeti aquelas palavras que sei que ela jamais irá esquecer.
— Não se segure amor, não contenha seus gemidos, quero que se solte, Alice. Deixe-me ver o que causo em você. — Seu sorriso alargo-se e eu me encaixei nela, fazendo nossos corpos se unirem, tornando-se um enquanto ela se entregava por inteiro. Sem conter os gemidos e suspiros que pertenciam apenas a mim.
Dizer que eu era completo e feliz era pouco, eu podia dizer que era abençoado, porque eu tinha a família mais maravilhosa do mundo e a esposa mais perfeita.
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