5:Devo desistir?Seguir Em Frente?
Odeio ter te decepcionado
E eu me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma volta
Porque agora sou eu quem está sofrendo, é
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não, Não, não, não, não, não, não, não Não, não, não, ninguém é perfeito
Se eu pudesse voltar no tempo
Juro que eu não ia querer cruzar esse limite
Eu deveria ter mantido isso entre nós, mas não
Eu fui e disse ao mundo inteiro o que eu sinto, oh
Então eu sento e eu percebo
Com essas lágrimas caindo dos meus olhos
Eu preciso mudar se eu quiser mantê-lo para sempre
Prometo que vou tentar
-Jessie
Capítulo não revisado
Georgios.
Sai do apartamento de Alice mais quebrado do que entrei. Ter meu filho em meus braços e rindo tão tranquilo foi simplesmente incrível. Não tenho palavras para descrever o que senti, mas me destruiu vê-lo chamar o padastro de papai e ver a indiferença de Alice comigo.
Eu senti que ela ainda me amava no momento que meus lábios encontraram os seus. Tenho certeza que seus lábios reconheceram os meus imediatamente, mas também senti sua mágoa e sua dor e, no momento que a vi com o seu noivo, percebi que eu não era realmente mais nada para ela. Vocês devem estar confusos, né? Como pode amar uma pessoa ainda e no mesmo tempo ela não ser mais nada para você?
Deixa eu explicar: Alice sempre vai ser o amor da minha vida, minha outra metade, minha alma gêmea, porém, eu a quebrei tanto, que condenei nós dois a não sermos cem por cento felizes.
Fiz com que ela perdesse a confiança em mim e, por mais que ela me ame, nunca mais vai ser a mesma coisa. Ela sempre irá ficar com pé atrás comigo. Ela deixou isso muito claro quando expôs seu medo de eu abandonar nosso filho e acabar o machucando, assim como fiz com ela.
Por isso sei que ela pode me amar, mas não me quer mais na vida dela por medo que eu os machuque novamente. Eu a entendo e sei que é por isso que ela quer se casar, faz mais sentindo... Ela tentar ser um pouco feliz com quem deu valor a ela, ao invés de um idiota que só estragou tudo. E a verdade é que nem posso culpar Breno, pois o idiota em acreditar na mentira fui eu. Agora só me resta arcar com as consequências.
Quando vi ela dar um beijo no noivo, assim que ele chegou, eu quase perdi as esperanças e por um segundo senti vontade de desistir de tudo. Mas não fazerei isso, já fiz isso depois que ela disser o sim, no altar. Talvez nem depois disso. Sei que para ela não sou mais nada, mas tenho esperança de que o amor que sentimos um pelo outro fale mais alto que suas mágoas e que seja o suficiente para um dia podermos voltar ao que éramos antes.
Entro no hotel e vejo Seu Estácio, sentado em uma poltrona na recepção, conversando com uma mulher que parece estar chorando. Ela é morena, alta, e aparenta estar na faixa dos 28 anos. Uma mulher linda, mesmo com seus olhos castanhos vermelhos por causa do choro, sua beleza é notável de longe. Me aproximo dos dois e logo Seu Estácio me vê abrindo um sorriso simpático.
- Boa noite! - Cumprimento os dois.
- Boa noite, menino Geórgios! Essa é a Erika GreyGreyce
A moça que está com a cabeça baixa lentamente a levanta me analisando dos pés à cabeça.Quando seu olhar se encontra ao meu ela abre um sorriso. Seu sorriso não era o mais feliz de todos, tinha uma pintada de tristeza e senti a necessidade de desvendar o que tinha por trás de tamanho sentimento. Era uma necessidade desconhecida por mim, mas algo me dizia que ela seria, de alguma forma, a solução de minhas dores.
Conversamos um pouco e fomos ao restaurante do hotel, para comer algo e nos conhecer melhor. Bem... Nem preciso dizer que isso foi ideia de Seu Estácio, não é? Segundo suas palavras, nos dois deveríamos nos conhecer melhor, pois compartilhávamos a mesma dor: A de ser idiota o suficiente para perdermos nossas almas gêmeas. Seu Estácio não perdia uma oportunidade de bancar o engraçadinho. Erika riu muito dele, ela se deu muito bem com o senhor de cabelos grisalhos, e, aos poucos, tanto ela quanto eu fomos nós soltando também.
Descobri que ela é filha de um bilionário muito reconhecido aqui no Brasil. Ela estava passando por uma situação parecida com a minha, a diferença era que, ao contrário da minha, que teve a armação de Breno, no caso dela, realmente houve traição e a traição tinha vindo da parte dela. Também tinha o fato de o pai dela ser contra o relacionamento dos dois.
Ela traiu o noivo a dois anos atrás. Disse que tinha muito ciúme dele por sua profissão e acabou o traindo. Não fez muito sentido sua explicação para mim, no entanto, eu pude sentir a sua dor e seu arrependimento através de seus olhar que está tão ferido quanto o meu. Senti nela toda a sua dor, pois se assemelhava a minha, e senti ali que essa dor seria a ponte para uma nova amizade.
- Já sentiu que tudo que você idealizou e sonhou está escapando por suas mãos, porque você deixou sua insegurança e seus medos falarem mais alto? - Ela me pergunta e eu confirmo com a cabeça, pois, sim, eu sei exatamente do que está falando.
- Ele nunca vai me perdoar pelo que fiz, mesmo que ele ainda me amasse, o que sei que não é o caso, ele jamais voltaria para mim e o que mais dói é saber que ele nunca me traiu como pensei, e eu o perdi por ser burra. A sensação que tenho é de que jamais irei ser feliz na minha vida se não for com ele. - Ela diz e me sinto sufocado.
- Sei como está se sentido.Também tenho essa sensação. - digo, sincero, e conto a ela toda minha história. Seu Estácio raramente diz alguma coisa. Noto que ele nos observa o tempo todo, com aquele maldito sorriso de quem sabe muito mais do que aparenta.
Conversamos por horas. Era muito estranho eu me sentir tão a vontade com ela. Em questão de horas já sabíamos muito um do outro, como se nos conhecêssemos a muitos anos. E o mais estranho que sua presença me acalmava. Erika, por algumas horas, foi a calmaria de minhas tormentas e, depois de muito tempo, consegui me sentir bem de verdade.
Erika se prontificou para nos mostrar um pouco da noite de São paulo, mas eu precisava ficar um pouco sozinho e colocar minha cabeça no lugar. Subo para meu quarto depois de me despedir de Erika e Seu Estácio, que continua conversando com ela.
Deito na cama depois de tomar um banho, a noite está quente e retiro a toalha que cobria meu corpo logo vestindo com uma cueca box para ficar mais confortável. Fico pensando em tudo que aconteceu e chego a conclusão que se fosse ao contrário, se Alice tivesse me acusado sendo que era inocente e dito palavras brutas igual as que falei, sem lhe dar um voto de confiança e me abandonando com um filho. Eu jamais a perdoaria também.
Eu tenho consciência de que aquilo que fiz não merece perdão e talvez o correto seria deixá-la em paz, mas eu não consigo me conformar com minha burrice. Anos sofrendo por algo que nunca aconteceu, e desistir sem ao menos lutar por seu perdão me parece absurdo. Cometi um erro, e aprendi com ele, será que devo desistir e seguir em frente? Ou luto mesmo tendo consciência de que é batalha perdida?Fico ali por horas nesse conflito interno de desistir ou não. Erika me pareceu ser uma mulher incrível, ela me fez muito bem, por algumas horas, mas será o suficiente para esquecer Alice e deixá-la em paz? Meu corpo estremece e meu coração sangra com esse pensamento. Fecho meus olhos e minha mente viaja no tempo, quando ainda estávamos juntos.
Lembro-me de cada sorriso dela, de suas manias, de seus toques e carícias, seus beijos, de cada momento que nos amavamos, de como ela se entregava por inteira. Ela marcou meu coração e minha pele, então, chego a um conclusão: eu não conseguiria viver com outra pessoa, não por amor, talvez apenas por necessidade carnal. Sinto minha mente cansada e adormeço com as lembranças de minha doce brasileira.
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A semana tinha passado voando, eu queria poder ter controle do tempo, para poder voltar anos atrás ou apenas algumas semana. O dia do casamento de Alice está cada vez mais próximo e nada do que eu tenha feito essa semana fez Alice amolecer. Todos os dias, pela manhã, levei meu filho na creche. Tive uma discussão com Alice sobre isso, pois ele é muito novo para ficar meio período sem a mãe, e ela disse que precisava trabalhar, e que como qualquer outra mãe que trabalha coloca o filho na creche. Achei um absurdo, pois ela poderia pagar uma babá e levar junto com ela para o ateliê.
Alice ficou furiosa, é claro, que jogou na minha cara que eu não deveria estar me metendo na criação do filho dela, e adivinhem? Sim, a briga ficou feia, porque eu bati o pé e falei que me meteria sim, porque ela não fez o filho sozinha e eu tinha tanto direito quanto ela de opinar na educação do meu filho e não achava apropriado deixar a criança de um ano e quatro meses com estranhos, sem a mãe por perto, pelo menos uma babá ela poderia ir junto e cuidar do menino onde Alice estaria por perto.
Essa briga resultou em nos dois xingando um ao outro, nos insultando e, por fim, estávamos nos beijando. Sim! Nos beijando! Uma mistura de raiva, frustração se apoderou de nós e, quando vimos, estávamos no chão da sala de Alice, atracados um no outro. Pensei ali que Alice iria admitir que ainda me ama e, por fim, iriamos nos entender. Mero engano, esse beijo serviu apenas para afastar Alice ainda mais de mim, chorando, me contou que quando George nasceu ela contratou uma babá e a mesma maltratava meu filho, quando não estava por perto e isso me deu uma repulsa de mim mesmo, quanta coisa ela teve que passar sozinha. Disse que conhece as meninas que cuidam na creche e elas cuidam muito bem de George e A tarde tem sim uma babá Helena,mas ela pode ficar apenas meio período e é a única que ela confia.
Pedi desculpa, e ela apenas pediu para mim não me meter mais com a forma com que, ela criava o filho, pois ela jamais faria nada que o pudesse o prejudicar. Me senti muito mal e não mantive muito contato com ela no restante da semana, apenas pegava meu filho e levava-o para a creche, dirigiamos apenas bom dia um ao outro. No sábado, peguei ele pela primeira vez para passar o dia inteiro comigo. Levei meu filho na praia, brinquei com ele de bola, passeamos, comprei alguns presentes, mas todo o tempo ficava me perguntando como teria sido com Alice junto. No final do dia, o deixei em casa e me surpreendi quando cheguei. A casa estava uma bagunça só, tinha umas cinco mulheres andando de um lado para o outro, mas o que me chamou a atenção foi Alice em cima de um banquinho, vestida de noiva, e uma mulher fazendo os ajustes e as outras auxiliando Alice. Fiquei paralisado, ela iria se casar e nada iria fazer ela mudar de ideia.
Quando sai do meu transe, foi que percebi que ela estava me encarando, também perdida em pensamentos. Ali vi, que estava na hora de aceitar, nunca mais seriamos os mesmos. Nos amávamos, isso era nítido, mas estávamos quebrados demais, e nosso amor não era forte suficiente para que ela me perdoasse... Para que eu me perdoasse.
E agora, aqui nesse restaurante, onde estou com Seu Estácio e Erika que, por algum motivo, está com os olhos cheios de lágrimas, para aproveitarmos a noite de de domingo, tenho a confirmação de que,Alice está inalcançável para mim. Respiro fundo e tento não observar a cena na minha frente e volto a atenção aos dois na mesa e digo mentalmente para mim mesmo: Se ela realmente queria que eu desistisse, então, ela conseguiu.
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Olá meus amores.Como estão?Desculpa a demora,Sei que o capítulo tá tristinho,mas fazer o que né? A vida tem suas fases mas prometo que vai começar a melhora. Quero a opinião de vocês,saber o que estão achando. Votem comentem e se puderem ajudem a divulgar a história. Obrigada,Bjux Gregos hoje.
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