1:O retorno.
Aconcelho ler o livro 1 primeiro"Um Grego Em Minha Vida"antes de começar ler Esse!
"Eu queria poder acordar com amnésia
Esquecer sobre as pequenas coisas estúpidas,
Como a sensação de adormecer ao seu lado
E as memórias que eu nunca consigo esquecer
Porque eu não estou nem um pouco bem."
"5 Seconds Of Sumer"
Capítulo não revisado.
Geórgios.
"Geórgios, olhe para mim... Você acredita em mim, não é? Se não acredita, significa que não és digno de mim. Se um dia se arrepender do que me disse, finja que eu estou morta."
Sua voz ecoa em minha mente o tempo todo. Olho para o relógio,vejo que são 3:40 da madrugada. Mais uma noite mal dormida, com pesadelos e um aperto no peito, há malditos 2 anos estou morando em Bibury, um pequeno vilarejo no interior da Inglaterra. Vim para cá com o intuito de deixar para trás tudo o que me fazia mal e tentar esquecer a dor que me corroía a cada milésimo de segundo.
Ficar na Grécia era insuportável, cada canto, cada lugar, me lembrava ela, então vim para esse vilarejo, já se passaram 2 anos e as palavras de Alice ainda me assombram, mas a lembrança dela na cama com outro homem é a minha força para não sair correndo e pedir para ela voltar para mim. Foi o pior dia da minha vida, quando entrei em seu quarto e a vi dormindo junto a Breno. Nua.
Balanço minha cabeça na tentativa de espantar as lembranças. Ficar longe de minha família, meus amigos e meu emprego não está resolvendo, eu continuo sendo sufocado por sua voz me suplicando que acreditasse nela.
Como acreditar em suas palavras, se meus olhos me mostravam outra coisa? Na verdade, eu sempre soube que ela não me amava, mas quis me iludir e não percebi que sua intenção sempre foi me dar o troco. Saio de meus devaneios e percebo que estou prostrado no chão, chorando.
"Ah, Alice... O que foi que você fez comigo? Porque fez isso comigo?"
Falo sozinho, em meu quarto, que começa a receber os primeiros raios de Sol do dia.
Tomo um banho, me arrumo e espero sentado na sala, olhando para o nada, esperando as horas passarem. Quando as sete horas da manhã chegam, vou até a cafeteria de seu Estácio, minha rotina todos os dias durante todo esse tempo foi a mesma: Dormir mal, passar a madrugada me martirizando depois vir tomar café e conversar um pouco com Seu Estácio.
Seu Estácio é um senhor simpático e carismático, filho de uma Africana com um Britânico, sua mãe casou-se com seu pai e naturalizou-se Britânica. Seus pais viveram sua vida inteira nesse vilarejo, até seus últimos dias. Ele quer seguir o mesmo caminho,viúvo e pai de duas filhas que já são casadas e moram na frança, ele vive apenas para o café que tem o mesmo nome de sua falecida Esposa "Lauren".
- Ei, garoto! Pesadelos novamente? - Pergunta o senhor simpático, assim que abre a porta do café e me vê escorado na parede ao lado.
Ele conhece toda minha história, é um defensor de Alice mesmo sem conhecê-la. Ele diz que se for da forma que eu descrevo ela, é impossível de ele imaginar ela me traindo, porque, segundo ele, quando se tem uma conexão de almas, a pessoa em questão não se sente mais completa sem sua alma gêmea e seria incapaz de fazer algo para ferir ou entristecer seu parceiro ou parceira, pois a dor causada seria sentida por ela também. Eu descordei dele, é claro, pensar que Alice era minha alma gêmea foi a maior bobagem que já passou pela minha cabeça, fui um idiota, um grande trouxa, por acreditar nisso. Alice nunca me amou, essa é a grande verdade.
-Sim, sonhei novamente com suas últimas palavras. - Respondi, mal humorado.
- Meu filho, ouça a voz da experiência, já se passaram anos,está na hora de enfrentar a situação e dar um fim a essa tortura. É fim de ano, vá visitar seus pais e amigos. Se isolar das pessoas que te amam não irá mudar o que aconteceu. Está na hora de voltar. - Assim que ele diz isso sinto uma dor muito grande em meu peito. Era como se eu soubesse que Alice estava sentindo essa dor, mas afastei esse pensamento no mesmo instante. Foi muito forte, quase não me segurei em pé. Seu Estácio me segura com dificuldade para que não caia.
- Que dor estranha. - Comento assim que me recupero.
- Eu sabia que tinha razão. - resmunga ele.
- O que está dizendo? - Pergunto me afastando dele e me sentando em umas das mesas.
- Está na hora de voltar, Alice precisa de você. Essa dor que sentiu, foi um pressentimento de que há algo de errado com ela.Tenho certeza que é a mesma dor que ela deve esta sentindo. Ouça esse velho. Seu tempo de recuperar a mulher que ama está acabando. - O quê? Ele fala como se o errado fosse eu. Ela me traiu, porra! Da pior forma, por vingança.Não posso acreditar nisso.
- Isso é bobagem, eu não acredito mais nessas coisas. Deu desse assunto, é nítido que você é protetor da Alice e isso me irrita, você deveria ser meu amigo. Agora trás meu café, por favor, e o mesmo de sempre para comer.Não se preocupe, hoje ainda botarei um fim nessa palhaçada. - Digo, sendo grosso, e ele sai para pegar o café e quando volta pergunta.
- Não me diga que vai sair com Sabrina? Não faça isso com você mesmo. Depois que sua alma gêmea estiver dilacerada e não der mais para recuperar, não diga que não avisei. - Ele coloca o café com um pedaço de bolo em cima da mesa e logo volta para o balcão de atendimento onde começam a chegar clientes.
Fico ali perdido em pensamentos,analisando tudo o que ele disse. Será que ele tem razão? Será que eu fui tão injusto com ela? Puxo em minha memória cada momento daquele dia, tentando achar algo que provasse que ela fosse inocente, pois no fundo eu queria estar errado, queria poder me rastejar aos seus pés e pedir que me perdoasse, que ela me amasse ao menos um pouquinho. Isso estava me matando aos poucos, pois por mais que eu tentasse achar algo que provasse que ela era inocente, eu não conseguia, tudo que vinha à minha mente eram as palavras de Breno:
"Achou o que, grego estúpido? Que ela cairia de amores por você?"
Suas lágrimas e desespero eram a única coisa que parecia real, mas o que meus olhos viam não coincidia com suas lágrimas falsas. Por isso, depois de ela suplicar para que acreditasse nela, eu disse:
"Falsa, mentirosa, vagabunda, não chega perto de mim, Alice, nunca mais!" - empurro ela e continuo a dizer: "Você é vazia, é oca por dentro, se ao menos soubesse o que são sentimentos, mas nem isso você conhece. Eu olho para tudo isso e só consigo sentir nojo,eu nem consigo te encarar agora,você foi um erro... O pior erro!"
Essas foram as últimos palavras ditas a ela antes de eu virar as costas, mas não antes de Zenon, meu melhor amigo, me acertar com um soco e dizer que eu era um idiota por não acreditar em Alice e que ele a apoiaria se ela não quisesse voltar pra mim, quando eu me desse conta na cagada que tinha feito e foi naquele momento que eu decidi que não ficaria mais ali, na Grécia. Semanas depois estava embarcando para Inglaterra, não me despedi de meu amigo e nem de Saphira. Nem de meus pais, pois quando souberam, também me criticaram, estavam todos contara mim. Ela tinha conseguido conquistar até meus pais, visto que no começo eles não queriam nem a pau que eu ficasse com ela e isso só aumentava minha raiva,então só depois de seis meses que estava na Inglaterra é que entrei em contato com meus pais e Zenon. Meus pais me disseram que eu precisava voltar, que as coisas não era como eu pensava, que eu precisava saber o que estava acontecendo com Alice. Eu desliguei o telefone, depois de dizer que só voltaria a ligar quando eles parassem de defender ou pronunciar o nome de Alice para mim. Então, nas próximas vezes que liguei, não tocaram mais no assunto. Já Zenon, apenas perguntou se estava bem e eu respondi:
"Nunca estive melhor."
Pura mentira, mas não queria dar corda ao assunto, ele percebeu e logo pediu para mim voltar a cuidar da documentação da empresa, ele até tentou contratar outro, mas não era a mesma coisa, então combinamos que eu ficaria encarregado daquilo que eu pudesse fazer pelo computador. Falou sobre minha princesa, Esmeralda, mandou algumas fotos, sorri ao ver o quão linda estava, e me deu um aperto no coração pensar que se Alice não tivesse me traído, poderia ter meu filho(a) também. Depois disso, sempre mantenho contato com ele e Saphira por whatsapp, não pergunto nada sobre Alice e eles também não falam. É melhor assim, quanto menos eu souber, melhor. Seria pior para mim se ficasse sabendo que ela casou e teve filhos.
Sei que fui eu quem virou as costas e não me importei com suas súplicas, então ela tinha todo o direito de seguir em frente e sei que para ela isso não sera problema, pois ela é bonita,inteligente o principal: Nunca me amou. Seria fácil de mais para ela seguir em frente. Já para mim, é mais complicado, pois não consigo me relacionar com ninguém. É frustrante, então, quanto menos souber dela, melhor será para minha sanidade. Já é difícil sem saber, imagine sabendo.
Me levanto, vou até o caixa e pago meu café, logo me despedindo de Seu Estácio, que não perde tempo e me alerta mais uma vez de que está na hora de voltar. Às vezes penso que ele não é humano, ele é bem estranho. Balanço a cabeça e volto para o meu apartamento.
Fico parado na frente da construção toda de pedra que lembra tempos medievais, aqui todas as construções são assim.Subo para meu pequeno apartamento, ele é aconchegante o ideal para uma pessoa. Trabalho o dia todo no computador, e quando termino tudo, vejo que já escureceu. Olho mais uma vez para o computador e vejo mais um e-mail de Zenon. Clico pra ler e vejo que não é um e-mail de trabalho.
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De: Zenon Kanisky.
Assunto: Convite: Festa de Natal.
Para: Geórgios Garbi.
Geórgios,
Meu amigo, venho te convidar para se juntar a nós nesse Natal, sentimos muito sua falta, não se preocupe, esse ano Alice não estará conosco, então, pode vir tranquilo, independente de ter sido um idiota, você ainda é meu melhor amigo e sentimos muito sua falta. Prometo não tocar mais no nome dela. Foi apenas para tranquilizá-lo. Estaremos te esperando.
Um abraço de seu amigo,
Zenon Kanisk.
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Assim que termino de ler, uma saudade terrível de minha família e amigos aperta meu peito, a vontade de voltar para Grécia, estava falando mais auto e a possibilidade de ir passar o fim de ano com eles estava sendo analisada. Porém, pretendia voltar depois das festas, por isso, irei seguir em frente com meu plano de dar uma chance para Sabrina.
Separo a roupa que vou usar para o encontro e vou tomar meu banho, assim que saio do banheiro a campainha toca me enrolo na toalha, abro a porta imaginando quem pudesse ser a esta hora.
- Uau! - Sabrina exclama assim que abro a porta. - Grego você está um espetáculo só de toalha. Assim que gosto meu Grego gostoso, aquele seu jeito todo sério já estava me incomodando. - Suas voz me embrulha o estomago e já faz com que arrependa-me amargamente de dar uma chance as suas investidas mas a intenção aqui é esquecer a Bruxa da Alice e tentar combater a merda do feitiço que ela lançou sobre mim, porque, desde então, não consigo ficar com mais ninguém.
- O que está fazendo aqui, Sabrina? Não combinamos de nos encontrar no café do Seu Estácio? - Perguntei enquanto ela babava no meu corpo e eu não senti nada diferente de quando era Alice que fazia isso, parecia que meu coração ia saltar para fora vendo a forma com que ela me admirava.
- Sim, docinho, mas não aguentei esperar, já que faz dois anos que você recusa jantar comigo, vim ver se já não tinha desistido, mas confesso que não me importaria nem um pouco pular o jantar e ir direto para a sobremessa. - ela diz e me empurra para dentro do apartamento.
Sem me dar tempo para responder, ela toma minha boca com vontade, passando suas mãos pelos meus cabelos e se esfregando em mim. Meu corpo começa a reagir. Seguro sua cintura com força e me delicio em seus lábios. Afinal, estou a malditos dois anos na mão.
A situação começa a ficar quente muito quente, passo minhas mãos por seu corpo, começando pelos seus seios até chegar em sua bunda. Ela abre suas pernas e as enlaça em minha cintura, se esfrega sem pudor e geme igual uma gata no cio, estou tão cheio de tesão que em um ato involuntário começo levar ela para o quarto e por um momento penso em alegrar-me por finalmente tirar Alice do meu sistema, mas quando coloco ela na cama e a encaro, a voz de Seu Estácio ecoa em minha cabeça.
"Não me diga que vai sair com Sabrina? Não faça isso com você mesmo. Depois que sua alma gêmea estiver dilacerada e não der mais para recuperar, não diga que não avisei!".
Não sei o porquê, mas me lembrar dessas palavras me fez acordar para vida. Me retiro de cima de Sabrina, que me olha confusa. Pego ela pelas mãos e a puxo para fora da cama. Começo a vestir sua blusa, que tinha tirado sem notar, fui peguei uma cueca boxe e uma bermuda e logo às vesti, enquanto ela ainda me olhava, atordoada.
- Desculpe, Sabrina, não quero ser grosso nem nada com você. Eu realmente tentei... Tentei lhe dar uma chance e te conhecer, porém, peço desculpas, eu não consigo. Peço que se retire do meu apartamento, eu preciso ficar sozinho. Queria poder dizer isso de uma forma menos grossa, no entanto, eu não sei ser diferente. - Nesse momento está me olhando como se quisesse me matar.
- Você se acha, não é, grego? - Deixa eu te dizer uma coisa: você nem é tudo isso. Lembre-se do que irei te dizer, você irá se arrepende por me rejeitar dessa forma. Vai rastejar por mim e eu farei questão de sambar na sua cara. - Disse, furiosa, foi em direção a porta e partiu, batendo-a com força.
Fiquei um tempo olhando para a porta, tentando entender o que havia acontecido. Quando voltei a mim, fui até meu quarto e troquei a roupa de cama, o cheiro dela estava impreguinado nos lençóis. Tomei mais um banho e me joguei na cama. Não consegui evitar o choro que começou a vir espontaneamente. Eu jamais seria o mesmo, então, decidi, eu iria voltar para Grécia e depois das festas decido se volto para Inglaterra ou se fico por lá.
Durmo, sem jantar e, como sempre, às três da madrugada, acordo assustado com a voz de Alice, novamente. A diferença de hoje é que não chorei mais, parece que as lágrimas secaram e apenas um buraco enorme no meu coração permaneceu. Aproveito o tempo e arrumo minhas malas. Hoje tentarei conseguir uma passagem para Grécia assim que amanhecer. Ligo para meus pais que se assustam com o horário,mas ficam feliz em saber que estou voltando para casa. Estou precisando de um colo de mãe e preciso da presença de meu amigo.
Assim que clareou o dia, começo a fazer ligações e pesquisas para ver se consigo a passagem para Grécia e, para minha sorte, consigo a última passagem para o vôo de hoje às oito da noite. Olho no relógio e já são nove horas da manhã, minhas malas já estão prontas e os documentos separados, vou sair para comprar algumas lembranças para levar para minha família e na volta passo na cafeteria para me despedir de Seu Estácio.
Assim faço, compro tudo que preciso e passo na cafeteria às seis horas da tarde, mas, para minha surpresa, quando chego à cafeteria há um moço no balcão, nunca vi ele por aqui e o mais estranho foi quando perguntei por Seu Estácio e ele me disse que ele foi viajar. Fico triste porque já tenho que ir buscar minha mala e ir para o aeroporto, para não correr o risco de me atrasar. Subo, pego minhas malas e, quando desço, dou de cara com o táxi que tinha chamado e Seu Estácio dentro dele.
- Onde o senhor estava? E o que o senhor faz aí? Fui eu quem chamoi esse táxi! - eu falo, confuso.
- Eu estava comprando minha passagem, estou indo para o Brasil contigo. Você vai precisar de mim.
Fiquei olhando para o senhor todo sorridente dentro do carro, o mesmo que nunca saiu da Inglaterra vai para o Brasil comigo? E como ele sabia que eu iria viajar? Brasil? Ele disse Brasil?
- Desculpe, Seu Estácio, acho que comprou a passagem errada, porque eu não estou indo para o Brasil, eu estou indo para a Grécia.
- Eu sei, eu sei, meu filho! Mas você irá, pode confiar. Agora, entra, se não vamos perder o vôo para a Grécia, não se preocupe, eu comprei essa passagem também e não foi fácil conseguir porque estava esgotado, mas, para minha sorte, uma moça acabou trocando a data de vôo. - ele fala tão tranquilamente que eu fico sem ação, entro no carro em choque, definitivamente, ele não é humano. Já embarcados no avião, olho para Seu Estácio e ele está rindo sozinho. Ele olha para mim e diz:
- Você vai me agradecer por estar indo junto. - Depois vira para o lado e finge que está dormindo e eu que estava sem ação, sem ação continuei.
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Está aí como prometido. Primeiro Capítulo.Espero que gostem. Não se esqueçam de minhas estrelinhas e comentários. Importante saber o que vocês estão achando.
Lembrando quem quiser participar do grupo de Whatsapp deixa o número nos comentários ou me chame no privado. Bjus Gregos.
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