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DONA CÂNDIDA

— Como você chegou mais cedo? — Pergunta Luana para Samantha, pegando um pão na cestinha, e levando a colher de sopa à boca.

As duas estão jantando na cozinha da casa de Sammy.

Quando ela chegou, Luana já a estava esperando no quarto... Samantha olha para a namorada e responde:

— Enzo me trouxe. — Sammy fala honestamente, sem enrolar.

Luana, para de tomar a sopa, colocando a colher na mesa. Respira e pergunta com um tom de voz alto e autoritário:

— Que porra é essa? — Samantha surpreende-se com o palavrão na mesa, mas rebate a pergunta com outra.

— Que porra é essa? Mais cedo fui na biblioteca e estava tão cansada que peguei no sono, e você não esteve nem lá à minha procura. Quando acordei era mais de cinco horas da tarde. Caminhei até a parada, e vi quando você passou de carro com as meninas. Você... Nem me procurou na parada.

— Para sua orientação, eu fui na biblioteca, perguntei por você, e a recepcionista disse que não havia ninguém mais lá!

— E que horas foi isso?

— Depois das cinco horas da tarde. Mas, como Enzo entra nessa história?

— Você está mais preocupada em saber como foi minha viagem de vinda, ao invés de pedir desculpas por ter me esquecido na faculdade. Ele passou na parada, me viu e perguntou se queria uma carona.

— Que comovente! — Samantha sente um tom sarcástico na voz da namorada.

— Comovente não! Pontual. A carona foi pontual, se não, estaria ainda para chegar em casa. E quer saber mais uma coisa?

— O que tanto você quer contar? — Luana abre os braços.

— Enzo, em nenhum momento faltou com respeito ou veio com segundas intenções para meu lado!

— Olha que cavalheiro! — Luana bate palmas debochando.

— Pelo menos não fiquei lá, esquecida na parada!

— Eu não esqueci você na faculdade! — Luana levanta-se da mesa gritando.

— Meninas o que está acontecendo aqui? — A mãe de Samantha, Dona Cândida entra na cozinha preocupada.

— Desculpas, não queria gritar na sua casa. — Luana olha para sua sogra. — Obrigado pela janta, mas vou embora e me perdoe.

Lu, abre a porta da cozinha e sai, fechando-a assim que passa.

— Minha filha, o que está acontecendo com vocês? Sempre admirei o amor de vocês duas, mas, parece que passou um vendaval.... E desmantelou tudo.

Samantha começa a chorar. Dona Cândida aproxima-se da filha e a abraça.

— Meu anjo, relacionamento nunca é fácil! Porém, vocês duas estão em pé de guerra, constantemente!

— Eu sei, mãe... Mas, o ciúmes de Luana está consumindo nossa relação.

— Eu escutei o nome de um rapaz. O tal de Enzo.

— Sim, escutou mesmo. Mas, não tem nada a ver, o cara só ofereceu uma carona e se existisse algo que não soubesse resolver, já teria contado para a senhora, pedindo um conselho.

— Meu amor, se não existe nada... Então não deixe Luana ir embora sem saber disso. Ela te ama, vocês se amam. — Dona Cândida abraça a filha em seu peito.

— Mamãe, mas não sou uma propriedade... Não sou uma mercadoria. Nós sempre falamos que levaríamos nossa relação com o verbo ser e não como ter. A senhora entende?

— Entendo sim, meu anjo... Mas para sermos um, temos que ter o perdão no coração. Você não deveria ter falado que veio com o rapaz. — Dona Cândida, afasta a filha e coloca as mãos em seus ombros.

— A senhora escutou isso também? — Samantha, limpa o rosto.

— Como não escutaria? Vocês duas estavam se digladiando... Chamando palavrão!

— Mãe, eu nunca poderia mentir! E se depois ela descobrisse que vim com ele? Ela iria desconfiar ainda mais. Quem deve não teme.

— Verdade, porém não é legal provocar o ciúmes.

— Mãe, eu fui esquecida na faculdade. O cara passou e ofereceu uma carona. Que mal existe nisso?

— Você está certa. É que sua mãe fica preocupada e esquece que você cresceu, e virou uma mulher linda e sabia.

As duas se abraçam na cozinha. E Samantha recebe um beijo da mãe na testa.

— O que a senhora acha que devo fazer?

— Procurar Luana e ter uma conversa sadia. Vocês estavam parecendo duas loucas.

Mãe e filha sorriem.

— Mãe, o que seria de mim, se não fosse a senhora?

Dona Cândida beija a testa da filha novamente e diz:

— Meu anjo, eu amo você! Agora, vá atrás do seu amor.

Samantha, agradece a mãe com a cabeça, abre a porta da cozinha e Luana está parada na frente do elevador, chorando.

Samantha corre na direção da namorada. As duas se abraçam e beijam.

— Você me perdoa? — Pergunta Luana, limpando o rosto.

Samantha lhe dá outro beijo na boca.

— Sim, eu te amo! — Responde Samantha. Elas voltam a se abraçar, e permanecem assim, por alguns poucos minutos. — Vamos entrar. A sopa já está fria. — Chama Sammy.

Luana sorri, limpa o rosto, que insiste a continuar se molhando por causa dos olhos e prende o cabelo para trás com uma presilha.

As duas voltam para dentro do apartamento e recebem um abraço de Dona Cândida.

— Vou dá um conselho para vocês. A hora do jantar é sagrada. Não é hora para discursão. Fazer uma "DR", não é assim, que se fala? É no quarto, só as duas, sem plateia.

As meninas balançam a cabeça.

— Agora, — Continua Dona Cândida. — Relacionamento é abnegação, confiança e perdão. Se um não quiser, dois não brigam. Vocês querem que faça sanduíches? A sopa já esfriou.

— Obrigado, minha sogra. Mas, já estou satisfeita. — Luana agradece, dando um beijo no rosto da sogra.

— Eu também estou satisfeita mamãe. Vamos para o quarto descansar. — As meninas saem abraçadas, entram no quarto e fecham a porta.

— Eu sei que não justifica, — Começa Luana sentada na beira da cama. Samantha está procurando no guarda-roupa, uma das suas roupas para dar à namorada. — Mas, não suportaria perder você para ninguém. Principalmente para um escroto igual a ele.

— Lu, eu já te falei. A única pessoa que tem condições de fazer me afastar de Luana, é exatamente você. — Elas novamente se beijam apaixonadas.

— Vamos tomar um banho? — Pergunta Samantha.

— Só se você deixar eu te ensaboar!

— Quem mais deixa ensaboar está aqui. — As duas se levantam, se beijam e vão tirando a roupa uma da outra, indo para o banheiro.

D-DOG é uma obra de ficção. Mas, sua vida é real! Se você não tem um(a) parceiro(a) fixo, use sempre camisinha nas suas relações sexuais.
Ame-se primeiro.

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