Verônica, acorda do sono, mas entende que está vivendo mesmo a realidade do dia anterior. A proposta de Enzo não foi um sonho bom! É uma magnífica realidade!

O jatinho está taxiando no Aeroporto Gilberto Freire em Recife, e seguindo para o hangar E30.

Na descida, ao tocar na escada, ela já vê Enzo parado fora do carro a aguardando.

Ele está usando um terno escuro, com uma camisa azul clara. Seus olhos ainda estão sombreado pelo cansaço e parece que perdera um pouco de peso.

Enzo, vai até a escada do jatinho, segura Verônica pela mão, ajudando a descida da moça. Depois, ela recebe um longo abraço.

— É bom ter você aqui. — Diz Enzo ainda a abraçando.

— Eu digo o mesmo. Obrigado pelo convite. Não estava esperando.

— Não me agradeça, o mérito foi seu! Se você não fosse competente não teria a contratado. Apenas continuaríamos bons amigos.

— E como você ficou sabendo da minha demissão?

— Li, na caixa de mensagens do meu pai. — Os dois começam a caminhar sentido o carro. Verônica, para e olha sem entender.

— A vice presidente do conselho alegou falta de profissionalismo. — Enzo, explica olhando pegando uma mala de mão que ela está segurando.

— Mas, o que fiz?

— Foi pra cama comigo. — Verônica arregala os olhos. — Mas, não acreditei nisso. Na verdade, achei estranho também. Pelo que entendi no email, você foi desligada dois dias depois de apresentar o relatório da V. O. E. .

— Sim... Foi isso mesmo.

— Preciso saber o que você viu, — Enzo, abre a porta do Mercedes-Benz  branco, para Verônica entrar. Ela agradece com a cabeça. Ele pega a mala e entrega ao motorista.— E de toda sua ajuda.

— Mas, — Verônica olha sem entender para Enzo. — Isso constava no relatório reportado no email de seu pai?

— Sim, mas por algum motivo, ele não concordou e pediu sua reintegração. Mas, chegou um e-mail da VP (Vice Presidente) dando a informação que você já havia saído do país e aceitado uma proposta de trabalho numa multinacional.

— Sério? Que coisa! Mas, estou desempregada.

— Você estava! — Enzo a corrige.

— Mas, vão aceitar? Digo você não precisa...

— Não, na verdade não preciso. E você foi contratada por mim. Meu braço direito.

— Qual será minha função?

— Auditora sênior de contas. — Enzo pisca os olhos para ela.

Verônica acomoda-se mais à vontade no carro... O rapaz era o mesmo, Enzo ainda possuía aquele olhar que expressava tudo, porém, sua atitude é outra completamente diferente.

— Você está mais diferente.

— Sim, verdade. Acho que nesses dois dias perdi uns cinco quilos.

— Não essa mudança, você está mais... Maduro.

Enzo, sorri para Verônica pelo canto da boca, e olha de lado.

— Não percebi, ainda sou o mesmo. Mas, o fato é, que a escolha do meu pai pela Inglaterra foi acertada. — Ele curva a cabeça ao falar no seu pai, depois, como quem acordou de um sono rápido, Enzo volta a falar: — Criamos uma empresa de próteses esportivas que está sendo o maior sucesso na Europa.

— Entendi... Nada como a distância para nos ajudar a amadurecer, mas, deve ter aproveitado muito! — Verônica sorri, sugerindo mais que a boca falou.

— Sim, conheci lugares incríveis. — A malícia e a lascívia contida no rosto de Enzo, fazem seus olhos brilharem. Verônica notou que, de alguma forma, a pergunta gerou uma satisfação, talvez até um prazer, que o rapaz estava precisando de ser-lhe injetado no corpo.

— Sua cara foi ótima!

Eles sorriem.

— E como aceitaram minha volta?

É a vez de Enzo sorri com satisfação.

— Ninguém sabe ainda, mas como estava dizendo, você é meu braço direito, e tenho uma outra pessoa que será meu braço esquerdo.

— Meu Deus, não vejo a hora de olhar para minha amiga... E ver sua cara de satisfação, para não dizer ao contrário.

— Quem seria sua amiga? — Pergunta Enzo, desconfiado com a entonação cínica na voz de Verônica.

— Valquíria Voguel, à sua VP.

— Hum... A que pediu sua demissão!

— Sim, ela mesma!

— Como te falei, tenho um braço esquerdo, agora um direito. Hoje sou ambidestro. — Enzo pisca os olhos para Verônica.

Não esqueça de usar camisinha nas suas relações sexuais! D-DOG é ficção, sua vida não!