O BMW preto, conversível para na frente da escola:

"Lubienska Centro Educacional."

Rita, salta do automóvel e entra no Centro Educacional, com Enzo esperando no carro, Pedro já está a aguardando sentado e com a bolsa no colo. Ela o abraça.

— Meu amor, — Rita o beija varias vezes o rosto do menino. — Mamãe estava com saudades.

— Tia, quer falar com a senhora. — Avisa Pedro.

— Tia Cecília?

Pedro balança a cabeça positivamente.

Depois de vinte minutos, Rita sai da escola de mãos dadas com Pedro. Enzo está parado do lado de fora do carro. No outro lado da calçada.

Os carros param, com mãe e filho atravessando a rua.

— Desculpas pela demora.

— Sem problemas, e deixe-me ver se adivinho o nome desse rapaz... — Enzo fecha os olhos e coloca suas mãos na fronte, ao lado da testa. Pedro está atento a ele e sorriu pela cara engraçada que Enzo fez ao pensar, qual seria seu nome. — Bruce?

Pedro ri e responde:

— Não.

— Peter?

— Não! — Pedro fala mais alto "Não", sorrindo para Enzo.

— Então, tenho que puxar meu poderes... — Enzo, percebeu que Pedro está usando o relógio de Ben 10. — De Ben 10! Seu nome é Pedro?

— Sim! — Pedro grita sorrindo com a palhaçada de Enzo.

— Pedro, eu me chamo Enzo e trabalho com sua mãe, e ela perguntou se desejaria conhecer o amor da vida dela, – Rita olha para Enzo, que está brincando com o garoto. — Então, disse que sim.

— Esse é seu carro?

— Gostou? — Enzo, abre a porta para Pedro entrar.

— Sim! Muito bonito.

— Pedro, já vi que vamos nos dar bem... Você tem muito bom gosto.

Rita, entra no carro junto com Pedro. Ela vai guiando Enzo até sua casa e durante todo o percurso, vai calada.

— Enzo, assim que você dobrar a esquerda, é a terceira casa do lado direito. — Avisa Rita.

Enzo estaciona o BMW, Rita desce do carro com Pedro, abre o portão e o menino corre para dentro de casa.

— Enzo, obrigado pelo dia de hoje. — Rita ajeita seu cabelo, colocando-os por trás da orelha.

— Mas, está tudo bem? — Enzo se encosta no carro. — Você veio o caminho todo sem dar uma palavra. — O pai de Rita, vem até o portão e se surpreende com o carro preto, parado em frente dele, ao ver a filha bem, volta para dentro da casa.

Rita, vai até o portão para verificar se o pai entrou.

Ela suspira.

— Olha, meu dia foi maravilhoso. — Rita alisa o rosto de Enzo. — É que o sonho acabou, e voltei à minha realidade.

— Pedro é uma figura.

— Sim, é verdade. E obrigado por ter dito que trabalhamos juntos... Andar no seu carro, vai ser assunto por meses.

Os dois sorriem.

— Rita, eu não brinquei sobre trabalharmos juntos... Não interprete mal, por favor, mas faremos tudo certinho, — Enzo pega as mãos de Rita. — Você vai levar seu currículo, na minha empresa e fará uma entrevista com nosso Capital Humano, para identificar seu perfil profissional.

— Não! Obrigado!

— Rita, pense em Pedro e em você. Não estou pedindo para trabalhar comigo, mas na empresa.

Ela fica em silêncio. Ela não saiu com ele, por escambo.

Enzo, beija a testa de Rita.

— Prometa pelo menos que irá pensar. Pode fazer isso?

Ela balança a cabeça positivamente.

Rita, demorou a dormir naquela noite. Logo pela manhã, durante o café, sua mãe começa o assunto na mesa, que a estava fervilhando na boca.

— E quem é aquele gato?

— Um amigo mãe, — Rita vai passando manteiga no pão. — Apenas, bons amigo. — Morde o pão e sorve um pouco de café.

— E que amigo!

— Bom dia! — Cumprimenta sr. Douglas, pai de Rita. — Filha, sei que você é de maior, e não quero me meter em sua vida, mas, escutei o que aquele rapaz pediu para você fazer.

Rita fecha um olho mais que o outro, como quem está chamando o pai de: Bisbilhoteiro.

— E, não vi problema algum no que ele falou. Achei até muito bom, e não vi maldade... Ao contrário, você vai ter uma oportunidade real de crescimento pelos seus méritos.

— Não sei pai, vou pensar direitinho. O senhor sabe o porquê não quero?

Sr. Douglas, balança negativamente a cabeça.

— É, ele pensar que por está me ajudando, vai ser meu dono. Uma coisa é sair com um homem para relaxar, aliviar o estresse... Outra coisa é ele achar que sou sua propriedade.

— Entendo, mas ele não pareceu ser esse tipo de homem. Prometa que vai pensar direitinho?

É a vez de Rita balançar positivamente a cabeça para o pai.

— Eu falei com Cecília ontem. — Fala a mãe de Pedro, olhando para seus pais.

— A diretora? — Pergunta dona Isaura, colocando um pedaço de inhame com charque no prato do marido.

— E o que ela queria? — Pergunta sr. Douglas.

— Ela, na verdade conversou sobre o desenvolvimento pedagógico de Pedro... Fui eu, quem falou sobre o débito.

— E como você pensa em fazer? — Pergunta dona Isaura, sentando a mesa com eles.

— Não sei mãe... Eles nunca me cobraram nada, mas fico sem jeito, estou devendo todo o ano passado e a metade desse ano.

— Por isso, minha filha, mais um motivo para você ir fazer essa seleção de emprego.

Eles mudam de assunto quando Pedro chega na cozinha.

Rita ao deixar Pedro na sala de aula, segue até à sala da diretoria, ela vai passando pelos cartazes nas paredes do corredor com as fotos dos alunos e professores... Mais a frente, há os vários prêmios conquistados, na aérea pedagógica, ganhos pela escola.

— Rita bom dia! — Sueli a cumprimenta, a secretária da diretora.

— Bom dia, desejaria falar com Cecília.

— Claro, ela está terminando uma reunião e vai lhe atender.

— Você, acha que vai demorar muito? Por que ainda vou trabalhar.

A porta da diretoria abre-se com Cecília, uma mulher negra, alta, cabelo afro, que está e
usando um elegante terno azul claro, sai de dentro da sala, e a vê.

— Rita! — Cecília a chama entusiasmada. — Desejaria apresentar o Sr Enzo Gonçalo.

Ela arregala os olhos, ao ver Enzo na escola, vestindo um terno preto, com uma camisa púrpura escura.

Enzo beija a mão de Rita, que não está entendendo nada e diz:

— Encantado, senhorita Rita.

— O sr. Enzo, — Cecília volta a falar empolgada à Rita. — Vai participa do nosso programa: " Adote um aluno."! E entre as dez crianças que ele adotou, Pedrinho está entre elas! Não é maravilhoso?

Rita, sorri e mareja os olhos.