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Triste Realidade, parte II

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Dentro do quarto, Érika ouviu toda a conversa através da porta. Seu olhar segue perdido e seu coração se aperta cada vez mais ao ver os pais dele falarem dela, daquela forma. Em pensar que desde o começo, ela nunca quis envolver Anthony e seus problemas.

Se afasta da porta e caminha a passos lentos, com pés descalços sobre o piso de madeira escura, ainda com o lençol branco envolto em seu corpo. Se aproxima da beirada da cama e senta-se devagar, perto da mesa de cabeceira. Sem perceber, coloca os olhos no retrato com a foto de Anthony, junto a Guilherme.

Pega e o aproxima mais dos olhos. Observa suas características e nota que eram bem parecidos. O sorriso de Guilherme era lindo assim como o de Anthony. Passava contentamento e calma.

Ela pensa como seria se tivesse conhecido, Guilherme, a única pessoa que ele compartilhava seus medos e anseios. Até que seria interessante conhecer alguém assim, tão importante na vida de seu querido, Anthony.

Mas ela pensa bem e conclui que talvez, se seu irmão não tivesse morrido, Anthony não seria quem é agora. Talvez ele nem estivesse bebendo tanto e não sairia nas noites para encher a cara em um bar. Assim como naquela noite em que trombou em uma ladra, pois isso é tudo o que ela é.

A cena daquela noite fria e chuvosa começa a passar em suas lembranças como um filme. Érika fecha os olhos com pesar, seu rosto é coberto pela tristeza e conclui que, se ele tivesse focado nisso com a ajuda de seu irmão, hoje estaria exercendo sua profissão de médico e quem sabe já estaria noivo de uma garota do mesmo nível que ele.

Seus olhos vão ficando marejados, lágrimas pesadas doem sobre seus olhos e escorrem por suas bochechas, fazendo um caminho lento. Seu coração se aperta, então, coloca a foto no lugar, se levanta e procura suas roupas, rapidamente. Dessa vez, decidida.

...

- Érika?... - Anthony abre a porta devagar. - Eu vou pedir um café para nós, enquanto conversamos...

Mas Anthony, se surpreende ao vê-la terminando de se vestir de forma apressada.

- O que está fazendo? - pergunta, olhando confuso.

- Eu... preciso ir andando, Anthony - Érika caminha rápido, agarrada ao seu casaco.

- Espera.

Ele se aproxima, segurando seu pulso, a fazendo parar com sua inquietação, porém, ela ainda não o olha nos olhos.

- Imagino que tenha ouvido a minha conversa com meus pais - declara, com olhar desanimado.

- Na verdade, eu ouvi sim.

- Então já ouviu que fiz um trato com eles, de voltar para a terapia a pedido seu. Isso se eles permitirem que você continue aqui até que melhore, então eu pretendo voltar para o escritório de verdade dessa vez.

- Eu fico muito feliz ao saber que pretende seguir com o que prometeu pra mim, mas não é bem assim, Anthony. Sobre nós dois... Seus pais... simplesmente me odeiam com todas as forças. Eles nunca me aceitariam, ainda mais o seu pai, que nem ao menos viu minha cara - comenta, com jeito preocupado.

- Eu já te disse, sempre que meus pais vem aqui, nós brigamos. Isso não é novidade. Mas não quer dizer que você deva levar em consideração as coisas horríveis que aqueles dois disseram sobre você. Eu nem se quer consigo entende-los às vezes!

Anthony abaixa a cabeça e a tristeza toma seu rosto.

- Eu sei o quanto é difícil pra você. E cada dia mais, eu lamento ao saber como deva ser sua convivência com eles. Mas independente de qualquer coisa, eu preciso ir andando, Anthony. Tenho coisas pra resolver e você sabe disso.

Érika até pensava na companhia de Anthony quando fosse viajar de volta para casa, mas acabou descartando a ideia.

- Não posso deixar que vá! - Anthony se aproxima dela, novamente. - Sei que tem seus motivos, além do que ouviu meus pais falarem sobre você! Mas aquele cara deve estar te esperando em algum lugar, eu não posso permitir que se arrisque assim... Não quero que você morra! Aqui você estará protegida!

Seu olhar é preocupado e inconformado.

- Prometo me cuidar, eu chamo um táxi, vou direto para o bar, pego minhas coisas e fujo com a Lucy, assim que me despedir do Eddy.

Ela caminha pelo quarto, e seus pensamentos vão até Eddy, por um momento.

- Mas a minha maior preocupação, é saber como você vai ficar. - Érika se aproxima dele com calma e seu olhar se torna doce:

- Tenho medo do Heitor vir atrás de você, unicamente por ter me dado suporte. E também porquê vai voltar para o escritório, de verdade dessa vez. Imagino o quanto possa ser difícil ter que entrar lá, depois de tudo. Eu sei bem como se sente, pois eu também estou passando por isso, não sabe como está minha cabeça por saber de tudo o que me espera lá fora. Mas eu preciso ir.

A garota se aproxima, pousando uma mão no rosto dele, com delicadeza. Olha fundo nos olhos dele e sente lágrimas juntar em seus olhos ao encontra-lo devastado.

- Você deveria ir para a pelo menos uma sessão de terapia, antes de ir para o escritório. Eu queria tanto poder estar aqui. - Suas palavras saem com pesar.

- E mesmo assim você está indo! -
declara, Anthony com jeito desanimado. - Sei que precisa estar com sua família, mas é tão difícil pra mim quando o sentimento de perca volta a morar dentro do meu peito, pois algo me diz que não voltaremos mais a nos ver. Não precisava ser assim.

Os olhos de Érika vão ficando cada vez mais tristes, enquanto observa Anthony. O silêncio prevalece entre eles e a garota, tenta achar forças para lhe deixar:

- É... por isso que vamos terminar tudo. Podemos nos ver novamente um dia, mas apenas para dar notícias um ao outro, tudo bem? Tenho medo de que esses bandidos lhe façam alguma coisa por minha culpa...

- Você não acha que está na hora de parar de se afastar das pessoas que ama, usando o mesmo motivo de sempre querer os protegerem? - Ele a interrompe - Não está vendo que querer sempre proteger a todos, não está sendo uma boa ideia há muito tempo?! 

- Você sabe que temos um muro que nos separa, Anthony. Por te querer tanto, eu preciso me afastar! Preciso me resolver com minha família. Você entende a tempestade que está dentro de mim agora? Me sinto tão perdida! Seus pais me querem longe, minha família deve estar em um caos por minha causa e prometi a Lucy, que fugiria para fora da Cidade com ela, por um tempo.

Ela se vira rápido, sentindo a tristeza arder em seu peito. Não consegue mais olhá-lo, depois de tudo o que precisou lhe dizer.

- Você precisa focar em sua terapia, ao ver seus pais aqui falando de mim daquela forma. Senti que estamos atrapalhando um ao outro com nossas coisas mal resolvidas - declara ela, com olhar cabisbaixo.

- Você sempre querendo decidir pelas pessoas, ao seu redor! Eu sei me cuidar! Só queria ficar com você depois de tudo, eu não posso te perder também.

Anthony se aproxima dela colocando as mãos em seus braços com olhar suplicante.

- Me perdoe, Anthony, mas eu não posso prometer ficar com você agora. Só preciso saber se você vai cumprir com a única promessa que me fez. E essa, eu preciso realmente que faça. Quero que volte pra terapia e para o escritório. E assim um dia, sentirei orgulho quando eu voltar te ver dentro do jaleco de um renomado médico. Quero tanto que sua irmã e você se entendam. Me prometa que estarão juntos e se ajudarão?

Anthony solta dos braços dela e se vira rápido, está ofegante, com jeito inquieto só de lembrar do escritório. Mas depois de pensar um pouco, ele se vira devagar, com olhar decidido:

- Se você precisava ouvir isso antes de me deixar, tudo bem. Eu já havia te prometido antes e eu não vou desfazer dessa promessa - declara com olhar profundamente triste.

- Eu causei muito mal a todos ao meu redor. Primeiro, deixei minha família nas mãos daquele cara, achando que estaria protegendo minha mãe da verdade! - Suas palavras saem pesadas de ódio e culpa. - Depois, arrastei Lucy e Jackson para meu caminho errado e agora temo por você e pelo Eddy.

Um medo toma conta de seus olhos ao lembrar dos riscos que eles correm por causa dela:

- Por essas e por tantas coisas. Você sabe que precisamos desse tempo, Anthony.

- Não posso te obrigar a ficar, mesmo sabendo que você precisa ir, eu tinha esperança de que pudéssemos continuar juntos, independente de você estar em outra cidade. E você deveria no mínimo fazer a mesma coisa. Deveria aceitar minha vontade de não tentar me proteger, terminando tudo.

- Mas... Quero que saiba que eu estarei te esperando quando voltar... Quero me apegar a isso quando não achar mais forças dentro de mim para continuar.

Érika não consegue esconder sua reação ao ouvir tais declarações.

- Ok. Eu prometo. Por isso precisamos desse tempo, justamente porque não sei... Quanto tempo eu precisaria para conseguir me resolver. Me envolvi com uma cara terrível lá fora. Também não faço ideia de qual será a reação do meu padrasto, quando me ver novamente. Meu futuro é incerto, nas mãos desses caras, Anthony. Essa era a triste realidade que eu tentei te esconder por várias vezes. Preciso correr atrás do tempo perdido por ter me corrompido e seguido o caminho da ambição.

Érika se abaixa e acaricia o pelo de Teddy, pela última vez.

- Se você prometer voltar um dia, eu cumpro com a minha promessa também, de não deixar mais a terapia.

- Eu prometo. Obrigada por tudo, Anthony... Lembre-se, você é forte, sei que vai sair dessa... Prometo que vai!

Ela se vira e vai embora.

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