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Triste realidade.

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorito
Nunca fui o que meus pais queriam.

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Anthony caminha até a sala, a passos apressados, terminando de vestir sua camisa polo, azul clara. Passa os dedos nos cabelos castanhos ajeitando-os para trás, respira fundo fechando os olhos, enquanto coloca a mão sobre a maçaneta, antes de finalmente abrir a porta.

Logo seu olhar muda drasticamente, ao cair sobre seus pais, ficando profundamente frio, enquanto eles estão parados ainda de frente à porta. Os observa de baixo para cima e um ar de desprezo toma sua face, lhe dando uma aparência pesada. Depois se virar e se afasta para que eles possam entrar.

- Pelo visto, acordamos a bela adormecida - comenta seu pai, caminhando lentamente para dentro do apartamento, passando os olhos por todo o ambiente com desdém. - Achei que você tivesse feito um trato com sua mãe. - Ele não rodeia e vai direto ao ponto.

- Bom dia para o senhor, também. - Anthony o olha com ironia, cruzando os braços e se escorando perto da janela, ainda com expressão séria.

Jhonatan é bem alto, boa parte de seus cabelos estão grisalhos, mas sua aparência imponente, é diferente da de Anthony, que não o lembra em nada, já que ele puxou as feições de sua mãe. Ele coloca as mãos nos bolsos da calça social cinza, que combina perfeitamente com o seu blazer e se vira:

- Acha mesmo que viemos aqui apenas para um chá em família, Anthony? - Jhonatan rebate as palavras de seu filho.

- Não se preocupe, sei que no mundo real, isso nunca aconteceria. Por isso, já parei de criar expectativas faz tempo... Pai. - O tom da voz de Anthony, sai amargo, enquanto solta a palavra "pai" mantendo seus olhos fixos sobre ele.

- São dez horas da manhã. - Jhonatan caminha firme em sua direção. - Lá se vão duas horas de dinheiro perdido, já que tivemos que vir atrás de você. E tudo, porque você não apareceu mais uma vez, para cumprir a última palavra que deu para a sua mãe. Pelo visto, responsabilidade é uma coisa que já não existe mais em seu vocabulário.

- Infelizmente, eu deixei de colocar em prática várias palavras depois que descobri que o chefe da família Smith, já não é leal a elas, há muito tempo - responde Anthony em voz firme e ainda mantendo sua expressão fechada.

- O que sabe sobre lealdade, depois que saiu de casa sem olhar para trás? Você passou no vestibular para o curso de medicina, com uma das melhores notas, Anthony! Porém, abandonou a faculdade e o escritório. E tudo por que? Unicamente, para se esconder do mundo, se enfiando aqui, nesse apartamento, que estava desocupado há tanto tempo?

- Não sei, talvez o senhor Jhonatan, possa me ensinar melhor o que significa a palavra lealdade - rebate Anthony, e um tom de sarcasmo se mistura à sua voz.

O olhar de seu pai muda rápido enquanto o observa demoradamente, se mostrando surpreso:

- Vejo que está bem mudado - ergue as sobrancelhas caminhando vagarosamente pela sala. - Esse seu comportamento é resultado do envolvimento com aquela delinquente, que está no seu apartamento? - pergunta sem cerimônia alguma.

Mas Anthony coloca os olhos em sua mãe, com expressão incrédula.

- O que disse a ele sobre a Érika? - pergunta, com voz firme.

- Eu disse o que ele precisava saber! - confirma sua mãe, desviando os olhos dele, sem jeito.

- A senhora não sabe o que está dizendo! - O rapaz lhe acusa, parecendo inconformado.

- Nós já sabemos de tudo, Anthony - interrompe, seu pai. - Sabemos também que essa garota não tem família e que mora em um bar. Lugar onde a encontrou, provavelmente em uma dessas noites em que saiu para se embriagar! Ela é praticamente uma garota de rua, sem família e sem objetivos, que mora dentro de um bar! - Jhonatan se aproxima dele, com olhar de desprezo ao se referir a Érika. - Achei que fosse inteligente o bastante para entender isso!

Anthony sente seu sangue ferver em suas veias ao ouvir tais acusações e já se pergunta se seu tio Nathan, comentou algo que não deveria para eles.

- Como sempre o Sr Jhonatan, me vem com seus pré julgamentos, não é? Reduzindo pessoas simples a lixo! - Seu tom sai mais alto. - Não sei porque o Sr. Reclama tanto de mim, já que tem me ensinado coisas muito erradas durante os anos que passei naquela mansão!

Sua mãe se aproxima bem perto dele, preocupada que essa conversa tome rumos piores.

- Eu só te quero longe dessa garota, e de volta a sua velha rotina, Anthony...

Mas ela ouve o rapaz o bufar:

- Vendo a senhora falar desse jeito, chega até a ser bonito. Mas nós sabemos que na prática, não é assim que acontece e o que sempre prevalece são os interesses do Sr. Jhonatan! - deduz o rapaz.

- Certo dia, fui procurar seu tio Nathan e ele disse que precisou sair a chamado seu, para cuidar dessa garota, que pelo que parece, estava ferida, não se sabia o motivo, então vim falar com o porteiro e o síndico. E descobri que naquela noite, essa garota tinha vestígios de alguém que tinha sido surrada pelas ruas, e está no seu apartamento desde então - declara a sua mãe, inconformada.

- A questão é... porque está se envolvendo com uma garota desse tipo, Anthony? - seu pai se mostra confuso. - Você só pode estar testando minha paciência!

- Já chega! Eu não vou mais perder o meu tempo tentando explicar meus motivos para vocês. Seria a mesma coisa que falar para uma porta! Então, eu vou abreviar... Vou pedir mais uma vez, para não interferirem mais nas minhas escolhas, pois a vida é minha e já sou bem crescido!

- Antes, sim. Mas agora você não está mais em condições de tomar os rumos de sua vida - rebate sua mãe.

- Ainda mais usando o meu dinheiro para isso!... Quer saber, você pode se acabar como bem quiser no entanto que seja com o seu dinheiro! - termina seu pai.

- Jhonatan, por favor, não diga isso, não posso mais ver ele se afundando desse jeito e ainda mais agora que está envolvido com essa delinquente! - sua mãe olha, com jeito preocupado.

- Mas é a escolha dele, Maria Luiza. Ele mesmo disse. E quer saber, eu já estou cansado de tudo isso! - Jhonatan caminha impaciente, pela sala.

- Quer dizer que está... desistindo do nosso filho, Jhonatan? É isso? - Maria Luiza o acompanha caminhar com os olhos fixos nele.

- Parem de falar como se eu não estivesse aqui! - reclama, Anthony. - Ouça Pai, a minha mãe me deu esse apartamento!

- Isso pouco importa! Lembre-se que ela teve que assumir suas contas nos últimos meses, já que você não voltou mais para a sua rotina. Deveria pensar por esse lado e finalmente exercer sua função de médico e começar a ganhar dinheiro. Vi que se preocupa tanto em ajudar a humanidade! Por que não monta um abrigo e leva todos os moradores de rua para lá, incluindo essa garota?

Ao ouvir essas palavras, Anthony, sente que não vai conseguir se conter por muito tempo, seu coração é completamente consumido pela raiva. Crava seus olhos firmes em seu pai e sua respiração acelera. Mas se vira apertando os olhos e respirando fundo. Ele sabe que não pode perder o controle, já que nos últimos tempos vem mesmo, dependendo de seus pais para pagar suas contas.

- Você pode se acabar da forma que quiser, mas terá que ser com o seu dinheiro! A partir de hoje, ou você volta para o escritório para tentar repor tudo o que você gasta aqui, ou... Tudo será bloqueado!

Jhonatan se vira caminhando rápido e decidido em direção da porta.

- Espera!... - chama Anthony.

Seu pai para, se virando devagar e nesse momento, o rapaz parece pensar em algo bem rápido.

- E-eu... fiz uma promessa a... Érika. Eu disse que voltaria à terapia e a faculdade.

Ele parece sem jeito ao comentar, abaixa a cabeça, fechando os olhos com seriedade. Depois respira fundo e continua:

- Acredito que indo para a terapia, eu consiga finalmente ir para o escritório. Vocês sabem que eu não tenho de onde tirar dinheiro por enquanto, então... Vamos fazer um trato? Eu vou voltar para o escritório e vocês me deixam cuidar da Érika, aqui, no meu apartamento até que ela se recupere e esteja pronta para... Ir...

Anthony para de falar por alguns segundos. Um medo toma conta de seu corpo ao lembrar que logo, Érika, estará pronta para voltar para sua mãe e sua irmã. Isso se ela conseguir se livrar de Heitor. E mesmo que ela esteja com sua família, ela estará bem longe dele. Ou em outras palavras, uma hora ela precisará resolver sua vida antiga e vai precisar deixá-lo.

- Mas quero avisar que não pretendo deixá-la depois de tudo. - Suas palavras saem de forma decidida e firme. Como uma promessa. - Logo ela vai voltar para mim.

- Ok. O Trato foi refeito. Amanhã às oito horas, te vejo no escritório, sem falta.

Jhonatan segue rápido, em direção da porta, olhando em seu relógio de pulso, com jeito apressado.

- Ah, finalmente, Jhonatan! - Maria Luiza, abre um pequeno sorriso, junto a um olhar satisfeito.

Parece nem acreditar no que ouve da boca de seu filho, então o casal sai apressado do apartamento, sem olhar para trás.

Já dentro do elevador, Maria Luiza, põe a mão no braço de Jhonatan e se aproxima:

- Escute, você sabe bem o que combinou com o seu filho, não é Jhonatan? - Ela estreita os olhos em sua direção, com jeito desconfiado. - Você permitiu que ele continue a ver aquela delinquente. - Ela cobra dele.

- Isso é o que ele pensa, Maria Luiza. Eu só preciso que Anthony consiga voltar para o escritório e quando isso acontecer, Anthony vai ver que ela não serve pra ele.

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