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Surpresas

Se você estiver no caminho errado, voltar atrás significa um progresso.

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O sol já vem nascendo brilhante, por trás dos prédios altos, fazendo refletir o azul do céu e as nuvens, sobre seus espelhos. Pessoas vão chegando, os comércios e padarias já estão sendo abertos aos poucos. A bela cidade não pode parar.

Érika vem caminhando pela calçada vazia, admirando o amanhecer da cidade. Parece não ter pressa, mesmo que tenha sumido desde a noite passada e não ter dado qualquer satisfação para Eddy, o dono do bar em que ela mora atualmente.

Mantém as mãos nos bolsos, junto ao capuz do casaco que cobre sua cabeça, no intuito de se proteger do friozinho da manhã. Ela cumprimenta informalmente alguns comerciantes que chegam por ali, então entra no bar do Eddy, finalmente.

Ela encontra pouca movimentação, e como de costume, já avista Lucy e Jack sentados próximos ao balcão e Eddy preparando um  café para os dois. O dono do bar, tem os olhos baixos, ocupados na preparação do café da manhã deles, quando a garota fujona se aproxima.

...

- E aí! - A garota escora os braços sobre o balcão, com olhos presos em sua amiga,  abrindo um pequeno sorriso.

- Érika! - Ao ver sua amiga, Lucy sorri surpresa, se aproximando e a abraçando de forma rápida.

- E aí, Jack... - Érika cumprimenta o rapaz, sentando-se perto dele, emitindo um som arrastado e divertido, como quem queria dizer ainda estou viva, estou de volta, sã e salva.

Jack é grande e meio fortinho.

- Mas o que aconteceu com seu olho?! - Jack se preocupa, olhando atento para o corte no canto da sobrancelha dela. - Você foi para o hospital?

- Você sabe que não - nega ela. - Mas tá tudo bem.

- Eu não acredito que deixou alguém dar pontos em seu rosto! - Jack muda o tom de voz, parecendo incomodado.

- Eu nem sinto mais nada. Deixa de drama! - A garota sorri de canto, sem se preocupar.

- Meu tio conversou com a gente, só falta você - avisa ele.

Érika olha para o lado, encostando os dedos na boca com jeito pensativo, parece pensar em algo:

- Escuta, Jack, suba e leve isso com você - Érika tira a carteira roubada de suas roupas, olhando para os lados e lhe entrega. - Guarde o dinheiro e se desfaça da carteira.

O grandalhão faz o que ela pediu, guardando a carteira em sua calça. Seus olhos negros, estão atentos ao redor para que ninguém perceba. Eles não podem sujar o nome de seu tio Eddy, então ele se vai pelas escadas.

- E ai! Me fala como foi ir com aquele rapaz? Ele se comportou? - Lucy lança um olhar curioso. - Você nunca fez isso antes.

- Ele foi cuidadoso, cuidou do meu corte, me deu janta. O apartamento dele é um verdadeiro luxo. Mas resumindo, ele é bem estranho, me pareceu uma mistura de nerd com filhinho de papai. Às vezes parecia gentil, em outras horas bem misterioso, fora o péssimo gosto pra roupas.

Um pequeno sorriso debochado aponta em seus lábios.

- Eu achei ele lindo! - comenta Lucy, como se não se importasse.

- Sim Lucy, ele é um rapaz bem bonito. Apesar de tudo, eu não queria ter que dizer que me pareceu um cara legal - diz pensativa, depois gira o corpo no balcão. - Mais um motivo pra eu querer ele bem longe, não quero que me vejam com um cara como ele, que pode até se prejudicar por causa da nossa ficha.
Seu olhar parece meio desanimado.

...

- Érika! - Eddy se aproxima dela com jeito surpreso pelo outro lado do balcão. - Por onde andou? Eu estava preocupado. E esse corte? - pergunta, ao notar seu olho.

- Tá tudo bem, eu caí. Mas encontrei uma pessoa e ele cuidou disso pra mim - ela encosta a mão no corte, com cuidado. - Me dá um café?...

- Eu já vou indo - Lucy se despede e sobe as escadas também.

A aparência do Eddy não é nada assustadora. Uma barba bem feita, e mesmo com seus cabelos grisalhos tomando conta, ainda parece bem cuidado.

- Te esperei para conversarmos todos juntos, mas você não apareceu!

- Eu não pude vir antes, precisava tratar desse corte - ela aponta.

- Pra falar a verdade, Érika - ele suspira pesado. - Está cada dia mais difícil ter sempre que passar a mão na sua cabeça, sabendo que quando você vem da rua é para se esconder das merdas que você começou a fazer junto com a Lucy e o Jack! Sei que você se machucou por estar aprontando. Não precisa mentir.

- Eu precisava de dinheiro! - rebate ela, sem querer olhá-lo nos olhos.

- Não deveria ter saído das entregas de lanches.

- As entregas, não dão, pra nada! - diz, pausadamente.

- Mas é o certo a fazer! - Eddy é firme. - Quando prometi te ajudar, lhe dando um lugar pra você e pra Lucy, aqui com o meu sobrinho, Jack, pedi pra você se comportar, mas agora isso já não está mais acontecendo, o Jack está bem mudado, parece que faz tudo o que você pede! Eu não quero seu dinheiro, só te dei uma mão quando você não tinha para onde ir, mas se você não mudar... Desculpa. Vai ter que arranjar outro lugar pra ficar.

Ele se vira, com jeito sério.

- Eddy, por favor! - ela o chama com olhar preocupado. - Eu...droga!!...

A garota fecha os olhos, encostando o polegar e o indicador no nariz e suspira:

- Eu não tenho pra onde ir. Eu prometo voltar para as entregas, tá!? Mesmo sabendo que o dinheiro não dá pra nada - reclama.

- Sei que o dinheiro não dá pra você comprar essas roupas estilosas que você tanto gosta. Mas pelo menos é seu dinheiro. Sei também que você tem muitos contatos pela cidade. É esperta e sempre consegue suas coisas de um jeito mais fácil com eles, mas já te disse, Érika, eles não são confiáveis! Quando a chapa esquentar de verdade, eles vão te cobrar sem dó! Aceite meu conselho. Depois não dá pra sair.
Seu olhar é preocupado.

- Tá legal! Eu prometo fazer as entregas. - Ergue uma mão e fecha os olhos com impaciência. - Posso tomar um café agora?! - Tira uma nota do bolso e coloca sobre o balcão.

Eddy prepara o café e coloca sobre o balcão fazendo um barulho alto, enquanto tem os olhos fixos nela com jeito sério, depois olha para o dinheiro.

- Eu não quero esse dinheiro!... - diz, em voz baixa, depois se vira para continuar seu trabalho. Érika o segue com os olhos e expressão fechada.

- Merda!! - reclama com raiva, então toma o café bem rápido, saindo do bar logo em seguida.

Ela segue pela calçada, passando por entre as pessoas, enquanto acende um cigarro com a mão na frente da boca para o vento não atrapalhar. Passa em frente as lojas já abertas, dando um trago no cigarro, então para, assim que põe os olhos em uma jaqueta de couro preta, na vitrine de uma loja.

Isso chama sua atenção.
Tira o cigarro dos lábios e solta a fumaça para o lado, ainda com a atenção na bela jaqueta exposta no manequim. Nem notou quando alguém se aproximou dela.

- Érika?...

A garota vira o rosto, procurando o dono da voz que lhe pareceu bem familiar.

- Anthony! - sua expressão muda, franzindo o cenho, com jeito surpreso. - O que tá... fazendo aqui? - pergunta, olhando para os lados, com jeito confuso.

- Você foi embora bem cedo do meu apartamento. Imaginei que eu, voltando aqui na avenida do centro, te acharia naquele bar... - Ele aponta para o bar do Eddy, na esquina. - Seu corte parece bem melhor - observa, virando o pescoço de lado. - Viu, Érika. Eu fazia bem a "lição de casa"

- É, eu já não sinto nada - diz, olhando sem jeito. - Agradeço pela preocupação, Anthony, mas... agora eu preciso ir andando - se vira e caminha apressada.

- Espera! - Ele a chama.

- É melhor se afastar, Anthony! - pede com impaciência, ainda caminhando sem olhar para trás. - Eu sou aquela pessoa que a mamãe impediria de andar junto, por ser a má companhia!

Ela faz aspas com os dedos ainda de costas pra ele.

- Precisa tirar os pontos por volta de, sete a oito dias - comenta sério, com as mãos nos bolsos, enquanto ela caminha.

- Eu "tô" falando sério dessa vez!.. - ela para e se vira rápido, colocando os olhos nele, com jeito sério, então ele se aproxima dela com expressão calma.

- Fiquei pensando no que você me disse. Quando comentou sobre seu pai, antes de você parar nas ruas, eu fiquei curioso em saber seus motivos...

- Minha vida é isso aqui que você tá vendo!- Ela o interrompe erguendo as mãos, mostrando as ruas ao redor. - Nada de interessante!

Depois ela volta a caminhar:

- É melhor me deixar! Não podem me ver andando com você, somos diferentes. Isso pode ser perigoso, pois não quero te envolver nas minhas coisas. Agora eu preciso arranjar uma jaqueta, pra voltar a fazer as entregas pro amigo do Eddy, mesmo sabendo da merreca que vou ganhar pra trabalhar até a meia noite!

Resmunga ela, ainda caminhando enquanto Anthony caminha junto:

- Afinal, o que você quer de mim?

A garota para e se vira o encarando com jeito curioso. Mas por um momento, parece prender sua atenção em seus olhos verdes tão enigmáticos. Já tinha até se esquecido de como eles são lindos e tão profundos. Mas respira fundo, abaixando a cabeça.

- Só achei que, você ainda precisava de ajuda com o corte ou... Quem sabe... Te ver mais... algumas vezes - diz, com dificuldade, dando de ombros, sem nem saber responder direito. - Talvez eu me identifique um pouco com seu estilo de vida. Não sei explicar muito bem.

- Para com isso, doido! - diz ela, rápido, sem paciência. Olhando para o rapaz, de forma confusa.

Anthony não sabe explicar bem o motivo, mas algo dentro de si, está aclamando alto para que ele faça alguma coisa ou vai perder a garota de vista mais uma vez, então pensa em algo bem rápido:

- Preciso de alguém para passear com o Teddy - declara ele.

- O-o que? - a garota franze o cenho, com os olhos nele, sentindo-se ainda mais confusa por sua insistência.

- Estou procurando alguém pra passear com o Teddy, algumas vezes na semana.

- Não, obrigada. Sei que me ajudou ontem, mas você ainda sim, você é bem estranho! - Ela o acusa. - E olha só pra essas suas roupas! - passa os olhos por seu corpo - a calça até que é da hora, mas essa camisa pra dentro, quem sai de casa vestido assim!?

A garota faz um olhar de deboche, franzindo as sobrancelhas, enquanto Anthony, abaixa a cabeça olhando para suas próprias roupas. Érika acaba sendo bem maldosa, no o intuito de o afastar de vez.

- Eu não sei quanto vale pelo serviço - comenta o rapaz, com o jeito sério de sempre, mas lança no ar um valor três vezes maior que o esperado. O silêncio se prolonga e como Érika não responde, ele continua:

- Quer saber, esquece! Não vou ficar aqui ouvindo você falar mal das minhas roupas! Vou embora pelo pouco de dignidade que ainda tenho.

O rapaz se vira, tirando as chaves do bolso.

- Espera! - Érika chama o rapaz, que para e se vira, estranhando.

Ela desiste de falar, engole em seco, olhando para os lados. Depois suspira e tenta relaxar.

- Você quer me pagar tudo isso somente, pra passear com seu cachorrinho? - estreita os olhos, colocando a cabeça de lado.

- Bom, eu não sei quanto eles pagam, mas se acha pouco eu posso aumentar.

Anthony olha para os lados enquanto brinca com as chaves nos dedos. Érika fica quieta, parece pensar, apertando os lábios.

- Você disse que vai ganhar pouco com as entregas, acredito que esse dinheiro vai ser bom - termina Anthony.

- Eu acho que... posso te ajudar, sim. - Érika dá um último trago no cigarro e joga a bituca longe, soltando a fumaça rápido - nunca fiz isso antes, mas não parece tão ruim, além disso, mano!

Ela olha como se ainda não acreditasse no valor que vai ganhar algumas vezes na semana para não fazer quase nada.

- Quer saber? - Ela aponta o dedo, pensativa. - Amanhã cedo eu já estarei no seu apartamento.

Termina dando uma piscadela. Logo em seguida se vira caminhando.
Anthony segue a observando com jeito meio satisfeito enquanto ela se afasta.

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1905 palavras

< Lucy >

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