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Reflexivo

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A brisa leve que entra pela persiana branca, traz consigo os raios do sol da manhã, que pairam sobre a planta de folhas grandes e brilhantes ao lado da mesa da Dra.

Anthony está sentado na macia poltrona bege, os olhos verdes, agora observam os raios do sol refletirem nos minúsculos grãos de poeiras que entram pela janela, formando uma dança graciosa, até assentarem sobre um lugar qualquer.

O rapaz agarra firme ao tecido de seu suéter de lã branco, que usa, no intuito de amenizar sua ansiedade do retorno a terapia. Está quieto de maneira diferente, reflete diferente. Mas logo sua atenção muda ao ouvir seu nome pronunciado por sua terapeuta:

- Anthony? - chama a Dra. Ao notar o rapaz com o pensamento distante. - Vamos começar? - pede a moça baixa, de cabelos cacheados, franzindo o cenho e parecendo concentrada no que escreve. - Como tem sido os dias longe das consultas?

Depois de pensar um pouco, ele respira fundo, vagarosamente e finalmente toma coragem:

- Os sentimentos mais difíceis são pela manhã ou a noite... É como se eu já despertasse exausto. Me pergunto onde estaria minha felicidade e meu conforto afinal? Ainda procuro de forma incessante, em quem, ou no que descansar meus anseios para com certa ajuda, fazê-los diminuírem no intuito de me sentir melhor e mais forte... por mais algum tempo.

O olhar do rapaz segue distante do outro lado da janela, enquanto fala:

- Lá fora todos parecem felizes. Eles não me enxergam. Cada um tem seu lugar, sua função. E olhando para mim mesmo, me pergunto se ainda acharei o meu próprio caminho para a felicidade. Chego a pensar se isso é algo que ainda mereço. E quando penso nisso, não consigo controlar as batidas aceleradas do meu coração, me falta o ar, respiro mais fundo... E corro para embriagar minhas dores no vício, porém quando retorno a minha sanidade, as dores ainda estão lá. Maiores e mais fortes.

Seu olhar vai se tornando apreensivo e a sensação de ansiedade parece tomar seu corpo mais uma vez.

- Lembre-se que se continuar negando a ordem natural da vida, ela vai se tornar sua inimiga e as crises virão sempre com mais intensidade. A recusa ao crescimento vai lhe trazer resultados negativos se você sempre desistir. É extremamente importante que você dê mais atenção a sua saúde e bem estar. Você veio a poucas seções e logo depois, simplesmente sumiu!

- Por isso estou aqui. Em mais uma tentativa de não ser engolido por meus pensamentos obscuros e encontrar a saída dos meus esconderijos, afinal. Me sinto emotivo, não consigo ter pensamentos positivos. Mas... Por um certo alguém, eu... de alguma forma consegui ter forças de retornar para as consultas. - Seus olhos desviam sem jeito, quando se refere a Érika.

- Você tem a típica mania de autosabotagem e precisa trabalhar isso.

- Mas é tão difícil quando não vejo ninguém para estar comigo e me apoiando nos momentos difíceis! - Anthony tenta relutar. - Meus pais sempre foram muito ocupados em construir seu império do que ver o que acontecia com seus filhos. Até mesmo quem eu encontrei para me ajudar... Precisou ir. - termina ele com olhar melancólico, se referindo a Érika.

- As pessoas não são os culpados de você estar nessa situação. Não arrume desculpas para sair da trilha de seu crescimento. Você precisa pagar o preço do crescimento. Assim você se torna depende das ações dos outros para poder sair de seus problemas. Você não precisa provar que sua família é de um jeito e jogar isso na cara deles o tempo todo. No final sempre será entre você e só você mesmo.

- Tudo seria sido mais fácil se o Guilherme estivesse aqui.

- O que você diria para o seu irmão se pudesse vê-lo novamente.

- Que... Eu o amo. E... Agradeceria por tudo que ele me fez.

- Então é nisso que deve pensar sempre que lembrar dele. Lembre-se do amor desapegado, do que aprendeu com ele, e se torne isso o que ele queria que você fosse. Pense nas coisas boas que ele fez e o que isso causou em você. E de agora e diante, se concentre nisso, para que você tenha paz mesmo agora, na ausência dele.
Isso é o amor desapegado que você deve demostrar, ao invés de querer dizer apenas. Faça as coisas boas que ele fazia, para outras pessoas. Isso seria a sua forma de agradecimento. Quero muito que siga focado na terapia, de agora em diante, Anthony. Não sabote seu próprio progresso. Eu confio em você. Sei que vai evoluir aos poucos se persistir.

A Dra tentar mostrar que ainda lhe falta um longo caminho a percorrer.

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Os dias passam. Tudo se inicia e mais uma semana sempre recomeça. Anthony conseguiu seguir focado na terapia e sente-se cada dia mais liberto.

No escritório, os Smith, seguem trabalhando incessantes para alcançarem as metas da empresa.

Porém ali em algum lugar, está Alície tentando se encontrar. Ela entra apressada, na sala de desenvolvimento e fecha a porta, se escorando atrás da mesma como se fosse se esconder de tudo lá fora. Parece estar fujindo.

Aperta os olhos, enquanto coça a cabeça com expressão perdida, então caminha até o seu computador levando consigo seus papéis, tentando mais uma vez terminar seus relatórios atrasados. Mas é pega de surpresa, quando vê Anthony abrir a porta de maneira discreta:

- Anthony! - A garota se vira, franzindo o cenho de forma surpresa.

- Bom dia... - cumprimenta ele, em voz baixa, sentindo-se sem jeito.

Alície caminha vagarosamente até ele, com olhar atento. Observa seu terno cinza bem alinhado, seus cabelos bem ajeitados com o mesmos cuidados de outrora. Mas Anthony a encara, percebendo que ela procura sinais de embriaguez em seus olhos.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunta o rapaz, erguendo uma sobrancelha, tentando tirar a atenção firme dela, sobre ele.

- Ah... Me desculpe. Bom dia pra você, também. - A garota, procura disfarçar a bagunça em sua cabeça e tenta soar natural. - Estou surpresa que esteja aqui e... Sóbrio dessa vez. - Ela se vira, tentando dar atenção novamente para seus papéis.

- Sem problemas - responde Anthony, e logo o silencio os perturba.

- Como tem passado? - pergunta a garota e Anthony passa a ficar pensativo.

E assim que sente-se pronto, ele resolve falar:

- Eu voltei à terapia, porém ao entrar aqui depois de tudo o que aconteceu, sinto que não parece tão fácil quanto pensei.

Um suspiro fundo sai de seus pulmões, enquanto caminha pensativo, olhando cada canto da sala:

- Mas eu não pude deixar de notar a sua apreensão quando entrei - comenta, mudando de assunto, olhando para os papéis nas mãos da loira. - Precisa de ajuda com isso?

- Acredito que não possa me ajudar. - A loira responde rápido, com um olhar ladino, e um ar subestimado toma sua face.

- Vamos lá? Quem sabe eu possa! - insiste Anthony, caminhando vagarosamente com as mãos nos bolsos da calça social.

- Ok..

Depois de pensar, Alície revela suas preocupações mais rápido do que Anthony esperava, indo em sua direção e lhe entregando os papéis como se tirasse um peso das costas:

- Eu não faço ideia de como mexer no sistema de relatórios, mesmo sabendo que a Emily já me ensinou isso várias vezes! - seu rosto é extremamente preocupado. - Confesso que tenho muita dificuldade em mexer nos sistemas da empresa. - Finaliza abaixando os olhos, envergonhada.

- Hum... - O rapaz analisa os papéis com atenção. - Sim. Eu posso te ajudar. - Anthony caminha até a cadeira a puxando e senta-se com jeito mais interessado dessa vez, de frente ao computador.

- Eu não acredito! - Os olhos da loira se abrem mais e um belo sorriso desenha sua face de forma animada, enquanto comemora aliviada, então caminha até ele apressada.

- Viu? É nesta tela que você vai entrar para consultar todas as pesquisas de campo. - Anthony, ainda tem o olhar focado na tela do computador. - Anote tudo em uma agenda, ou bloco de notas do próprio computador, assim vai ficar mais fácil, pois você já vai saber onde procurar. Sei como é precisar de ajuda e sempre... estarem ocupados demais - retruca Anthony, com olhar desapontado.

- Não entendo como você ainda se lembra de tudo que o Guilherme te ensinou! - comenta Alície, com olhar maravilhado ao notar a facilidade de Anthony, em mexer nos sistemas. - Como consegue fazer isso, mesmo estando há tanto tempo afastado do escritório?

- Esqueceu que eu sou o Nerd da família? - pergunta ele, devagar, como se insultasse a si mesmo.

- Eu diria; o mais inteligente dos irmãos - elogia Alície, lhe entregando um belo sorriso orgulhoso. - Eu queria ser assim, sabia? Aprender as coisas rápido e não esquecer. Passar nos vestibulares logo de primeira, assim como você. Aqui na empresa, às vezes é tão difícil pra mim! Se você estivesse aqui, quem sabe eu já teria conseguido fazer isso, apenas com as suas dicas.

Ao ouvir essas palavras, Anthony tira os olhos da tela do computador vagarosamente e pousa sobre a garota com jeito surpreso. Até meio acanhado ao notar o jeito em que sua irmã caçula o descreveu. Ela demonstra realmente se orgulhar e isso é surpreendente para ele.

- Vá com calma com os elogios, Alície. Meu ego pode crescer rápido demais - declara em tom descontraído, sentindo seu rosto esquentar, ao mesmo tempo que um sentimento de estar sendo útil novamente, o toma. - Acho que só tenho uma certa facilidade em aprender as coisas e não me pergunte como faço isso!

- O Guilherme aprendia rápido, assim, também? - Alície parece curiosa.

- Na verdade, não! - finalmente um sorriso mais divertido e relaxado, aparece na face do rapaz - nisso ele era como você... Espera um pouco.

Anthony franze o cenho parecendo lembrar de algo, então abre a última gaveta da mesa e se surpreende por ainda encontrar a agenda de Guilherme ali, num canto, em meio a coisas esquecidas:

- Ela... ainda está aqui.

Seus olhos firmam sobre a agenda em suas mãos e seu pensamento vai longe. Seus olhos brilham e suas palavras saem arrastadas, junto ao sentimento de estar mexendo finalmente nas coisas de Guilherme e não ser tão dolorido como imaginou:

- Quero que fique com isso. - pede decidido. - Aí dentro, tem tudo o que precisa saber sobre os sistemas da empresa. O Guilherme anotava, porque no início também tinha muita dificuldade em aprender, assim como você.

Depois de folhear a agenda de forma carinhosa, recordando a bela letra de seu saudoso irmão, ele levanta a cabeça e coloca sobre as mãos de Alície.

- Vejo que precisa de ajuda, Alície. Eu me sinto mal por tudo, talvez se eu tivesse tido as mesmas atitudes que Guilherme, você poderia estar mais confiante em si mesma, ou já exercendo um cargo melhor. Acredito que ainda dê tempo de eu ser para você o que o Guilherme foi pra mim. Mas agora prometo que estarei sempre aqui se precisar.

Enquanto ele conversa, a pequena garota sorri com jeito agradecido.

- Quero dizer... Fora os dias que eu estiver muito ocupado com as matérias da faculdade.

- Fico feliz que pretenda retomar sua rotina junto a faculdade, sem mais perca de tempo.

Mas logo a porta da sala é aberta e a mãe deles entra rápido:

- Alície, onde esteve? Estamos te procurando.... - Mas ao se virar, ela se depara com seus dois filhos. - Anthony? - exclama ela, surpresa, ainda parada na entrada.

- Olá, mãe! - O rapaz a cumprimenta, voltando a ficar sem jeito.

- Bom, acho que passei muito tempo por aqui, eu já vou indo. - Alície deixa a agenda sobre a mesa e sai da sala com passos apressados, deixando Anthony com sua mãe.

- Alície, Espere! Não esqueça a agenda! - chama Anthony, levantando a agenda de Guilherme em sua direção, mas a garota saiu tão rápido, que nem prestou a atenção

- O que é isso? - Sua mãe se aproxima, e um ar curioso toma seus olhos.

- É a agenda do Guilherme. Notei que Alície tem dificuldades em aprender os sistemas da empresa e aqui tem tudo o que ela precisa, escrito - explica ele, em voz baixa, abrindo-a e passando as folhas com jeito carinhoso.

- Eu não sabia que essa agenda ainda estava aí... - Sua mãe pega de suas mãos e abre vagarosamente.

O silencio paira sobre ambos ao relembrarem de Guilherme:

- Eu... ainda não acredito que esteja aqui finalmente e sóbrio. - Maria Luiza, parece satisfeita, porém sem jeito.

- Só quero que saiba que ainda não está sendo fácil... Mas agradeço a sua preocupação.

- Vejo que parece focado, você já mandou aquela garota embora?

Anthony engole em seco e tenta ignorar tal comentário de sua mãe.

- Não quero que relacione a partida da Érika com eu estar voltando à minha rotina! - pede, se mostrando incomodado.

- Você também voltou para a faculdade? - Maria Luiza se vira olhando surpresa.

- Sim - responde, sem olha-la.

- Mas que maravilha! - Sua mãe encosta as mãos em frente ao rosto, sorrindo mais animada. - Logo você vai ver que aquela garota não serve para você!

- Mãe, por favor! - O rapaz tira os olhos de frente do computador e analisa a expressão de sua mãe, parecendo mais bravo.

- Tudo bem, Thony... - Maria Luiza se aquieta e seus pensamentos vagam por um estante. - Quero pedir que me perdoe também. - declara de maneira decidida. - Sinto que uma boa parcela de culpa é minha, por tê-lo visto passar por tudo isso e por várias vezes tentei eliminar seus sofrimentos. E as formas que usei acabaram interrompendo seu crescimento pessoal. Minha bondade não foi muito inteligente quando tentei te proteger de tudo, literalmente.

- Não se preocupe mais com isso, Mãe. Mas falando de você... - Anthony se levanta, resolvendo sair de frente ao computador. - Queria que tomasse uma decisão. A Senhora, vai mesmo continuar com essa vida de sofrimento? Até quando vai aguentar calada tudo o que vem passando ao lado do Sr Jhonatan? Ele sempre lhe deixou claro que você já é segundo plano na vida dele. Esse foi um dos motivos de eu sair daquelas mansão. Já não aguentava mais ver você pelos cantos, sendo deixada às traças! Todos merecem ser feliz.

- Não se preocupe comigo Anthony. - pode ela de maneira rápida, mostrando incômodo ao tocar nesse assunto que é tão difícil para ela. - Isso já não importa tanto, acho que acabei me acostumando a ter essa vida.

- Tudo bem, a escolha é sua - termina ele, mostrando desinteresse. - Eu também estou tentando não lembrar tanto dos meus dias antigos. Isso não faz bem para a minha melhora. Estou trabalhando minhas evoluções na terapia. Por isso não vou mais fazer nada pra atacar vocês e principalmente o Sr Jhonatan, mesmo vendo que para ele, tanto faz com o que se passa conosco!

Ele se apressa em sair da sala e iniciar seu primeiro dia de trabalho, depois de tanto tempo longe. Mas sua mãe o segura pelo braço o fazendo parar e se virar:

- Saiba que estou realmente feliz em saber que está de volta. - Eles trocam olhares amistosos, até Anthony se virar e retirar-se da sala.

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– 2470 palavras –

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