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O desabrochar de amizades.

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Érika caminha apressada, atravessando a portaria do prédio com jeito cabisbaixo e mãos nos bolsos do moletom branco, que usava no dia em que foi parar na casa de Anthony. Ela para por um momento e levanta os olhos em direção da varanda do apartamento dele e encontra o rapaz parado a observando.

Seus olhares tristonhos se cruzam por um momento e o coração dela se aperta ao ver Anthony se afastar e sumir de seu campo de visão. A garota respira fundo, abaixando o olhar devagar e volta a caminhar, desanimada.

Ela olha ao redor com jeito apreensivo e o medo de ser vista por Heitor, toma conta de seu corpo, então cobre a cabeça com o capuz do moletom tentando esconder seu rosto, ao mesmo tempo em que se aquece naquela manhã gelada de segunda- feira. Nuvens cinzas tomam o céu, um vento acompanhado pela garoa fina faz seus ossos tremerem. Aperta mais os braços no corpo, seguindo com passos ainda mais apressados pela calçada úmida.

Mas ao passar em frente a padaria, seus passos perdem o ritmo, ela passa os dedos sobre as bochechas, secando seu rosto molhado, erguendo os olhos e admirando a bela fachada, pela última vez. O cheiro bom de café toma conta de seu olfato, causando um efeito grande em seu estômago, a fazendo lembrar que ainda não comeu nada.

A boa lembrança, dos cafés que Anthony lhe trazia, faz seus olhos se encherem d'água novamente e sua garganta travar. Lágrimas caem vagarosamente sem que ela queira, a fazendo abaixar a cabeça e pensar que nesse momento em diante, poderá nunca mais reencontrar Anthony. Mas para a sua surpresa, ela vê Alície, saindo da padaria.

- Alície? - Érika franze o cenho com jeito confuso.

- Érika! - A loira abre um pequeno sorriso surpreso, assim que afasta o copinho de café dos lábios. Mas o mesmo sorriso se apaga ao notar o rosto de Érika, molhado. - Você estava chorando? - Seus grandes olhos cor de mel, analisam o rosto de Érika, preocupada.

- Não... - Érika desvia os olhos dela, passando a mão sobre as bochechas para secar rápido qualquer vestígio de sua tristeza. - E você, o que faz por aqui? Veio visitar seu irmão? - pergunta mudando de assunto.

- Na verdade, não. - Alície não parece contente em lhe afirmar isso. - Meus pais subiram para conversar com Anthony e me deixaram no carro. Imaginei que daria tempo de eu sair em busca de um café na padaria. - Seu olhar se mostra desapontado ao perceber o lugar vazio onde o carro estava estacionado. - Pelo visto, eles já foram sem mim. Sabe como é... Tempo é dinheiro!

A loira faz aspas com os dedos e jeito incomodado ao dizer a frase, então continua.

- Mas olhe só pra você, Érika. - Alície nota hematomas clareando pelo rosto de Érika. - Meu tio comentou com minha mãe a respeito de você ter sido machucada e foi buscar ajuda no apartamento de Anthony. Como se sente? Imagino o que meus pais te encontraram quando subiram - deduz.

- Eu já estou bem agora, obrigada. Mas sobre seus pais... Eles nem me dirigiram a palavra, já com o Anthony... - Érika parece pensar em algo por alguns segundos. - Escuta, Alície. O Anthony fez um trato com seus pais de ir para o escritório de verdade, dessa vez.

- Sério!? E como ele os convenceu? - Ela ergue as sobrancelhas, com jeito curioso.

- Ele pediu permissão para que eu continue sob seus cuidados em seu apartamento, até que eu melhore. - Érika explica, se mostrando sem jeito. - Mas a realidade é que eu preciso muito voltar pra minha cidade, resolver coisas importantes e não vou mais poder o acompanhar, inclusive quando ele for para o escritório e para a terapia.

- É uma pena, eu notei que o Anthony melhorou depois que te conheceu, porém meus pais nunca iriam aceitar isso. Mas eu acredito que você está o ajudando de alguma forma. Eu pude ver naquele dia como cuidou dele.

- O Anthony é um rapaz adulto, inteligente e dono de si. Ele estudava e se sustentava quando estava no escritório. Poderia tomar suas próprias decisões se estivesse saudável, mas no momento, está frágil e vulnerável. É nítido que não estão sabendo lhe dar com toda essa situação. Ele vai precisar de muito apoio quando voltar para o escritório e para a terapia. - Erika se aproxima ainda mais da pequena a olhando fundo nos olhos. - Você faz ideia do quanto isso pode ser difícil pra ele?

- Eu... posso imaginar - consente a loira, abaixando a cabeça.

- Por favor, se aproxime de seu irmão, diga que se preocupa e quer ajudá-lo!

- Você não entende, eu já tentei me aproximar algumas vezes, mas é difícil pra ele se abrir comigo, ele acha que vou contar a minha mãe sobre o que se passa com ele. Sinto que ele está muito machucado. Antes eu até fazia isso, eu reconheço. Mas agora é diferente, porém, nós nunca tivemos essa aproximação antes. Parecemos dois estranhos, sempre foi assim.

- Mas agora é importante, vocês precisam se unir. Eu queria poder estar aqui. - Logo o olhar de Érika fica distante e magoado. - Por isso eu quero que prometa que vai fazer isso por mim?

Ela não consegue segurar e seus olhos vão ficando marejados novamente. Sente-se desapontada e impotente perante tal situação. Mas não vai desistir de Anthony, mesmo tendo que ir para longe:

- Se eu tivesse agido diferente na minha vida, não precisaria me afastar do seu irmão por causa da minha índole. Por isso, tente recuperar sua confiança. - Érika nota Alície, abaixar a cabeça. - Tenho certeza que depois dessa atitude, as coisas se encaixarão e apenas sua companhia será suficiente.

- E-eu... prometo. - Alície levanta os olhos parecendo incerta e um pequeno sorriso satisfeito brota na face de Érika.

- Isso me deixa mais satisfeita. Eu preciso ir agora, já passei tempo demais na rua. - Ela olha para os lados ainda com jeito apreensivo - Adeus, Alície...

Ela solta das mãos pequenas de Alície e caminha rápido, enquanto dá sinal para um táxi que passa pela rua movimentada.
Alície acompanha ela se afastar, depois levanta o olhar desanimado para a janela de Anthony e respira fundo resolvendo dar meia volta, seguindo rumo ao escritório. Ela sente que não conseguirá falar com Anthony por mais que tenha prometido isso a Érika.

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Lucy está no quarto, com os olhos fixos na janela e jeito distante. Mas o som de batidas na porta a faz sair de seus pensamentos e se virar, então logo o rosto de Jack aparece a procura dela.

- E aí, nenhum sinal da Érika, ainda? - pergunta o grandalhão, entrando devagar.

A baixinha apenas sacode a cabeça sem conseguir esconder sua preocupação.

- E porque ela voltaria se está tão bem escondida no condomínio do riquinho? Pelo visto, vamos ter que salvar nossas próprias peles, já que ele está a protegendo.

As palavras de Jack soam com desapontamento, enquanto tem um jeito cabisbaixo.

- Por que ela me prometeu, Jack! - Lucy se afasta da janela e passa por ele a passos largos, sentindo tal ofensa atingir seu peito.

- Então porque essa preocupação toda? - Ele cobra dela. - Você disse que a viu, e que ela parece bem.

- Sim, mas nós precisamos ir embora logo.

- A Érika prometeu te levar para a casa dela, não é? - pergunta, parecendo curioso.

- Sim. - Lucy percebe Jack se calar e voltar ao semblante cabisbaixo de minutos antes. - Sei que estamos juntos desde o começo, mas a Érika tem razão. É melhor para nós se pudermos nos separar agora e cada um seguir seu caminho. Você tem a casa de seu pai, e eu combinei com a Érika, de ir com ela pra sua cidade até eu me arrumar.

- Sim. Vai ser melhor assim. - Seu tom soa desanimado. Depois a olha com jeito pensativo, tentando tomar coragem para lhe dizer as próximas palavras. - Só quero que... me perdoe se magoei seus sentimentos. - Jack sente faltar saliva na garganta. 

- O quê? - Lucy se vira, vagarosamente, franzindo o cenho, pois não esperava ouvir isso.

- Ainda não tivemos a oportunidade de conversar sobre isso... Você está aqui há bem mais tempo que a Érika, éramos só nós dois. Eu me preocupo muito com você, nunca se esqueça disso.

- Eu sei, Jack. - Lucy abre um pequeno sorriso, parece mais a vontade.

- Como uma irmã mais nova - termina, ele.

Quando tais palavras, chegam aos ouvidos da baixinha, ela não percebe quando seu pequeno sorriso se desfaz aos poucos, caindo na realidade de que ele nunca vai olhar para ela do jeito que ela deseja.

- Eu... Sei disso também. - Seu olhar se torna pesado e seu coração se aperta. - Não tenha dó de mim, Jack. Eu vou estudar, fazer alguma coisa que gosto, sei que meu futuro será melhor.

- Não foi isso que eu quis dizer.

Jackson, parece voltar no tempo por um instante, seus olhos viajam intensamente e um pequeno sorriso, toma seus lábios.

- Lembro quando eu estava ajudando meu tio, no bar e te vi entrar, entregando folhetos da barbearia do Jorge. Você me viu comendo e olhou de um jeito tão interessado para a minha porção de macarrão com calabresa, que seus dois olhinhos pretos quase caíram no meu prato. Eu até poderia dizer que seriam duas belas azeitonas pra temperar o macarrão.

Os dois sorriem com a brincadeira de Jack.

- Meu tio colocou uma porção de macarrão pra você também e depois de conhecer um pouco sobre sua história de vida, nós resolvemos te deixar ficar até você se ajeitar.

- E logo a Érika chegou - lembra ela, sorrindo. - Confesso que foi bem divertido por um tempo.

As lembranças de bons tempos passam na memória da garota, a fazendo sentir uma saudade gostosa.

- Nós aprontávamos cada uma com o Eddy, coitado. - O sorriso de Lucy, se espalha pelo rosto, fazendo seus dentinhos salientes ficarem bem mais aparentes.

- Pena que começamos a passar dos limites quando conhecemos o Heitor... - Os sorrisos de ambos vão dando espaço a um silêncio perturbador.

- Não fala mais desse nome, Jack! - A baixinha o olha incomodada, enquanto resolve caminhar até a janela.

E ao se debruçar, ela vê Érika, entrando no Bar.

- É ela, Jack! A Érika voltou! - A morena se vira apressada e praticamente corre em direção das escadas que dão pra o Bar.

...

- Érika! - Eddy lança um olhar surpreso em direção a garota do outro lado do balcão. - Que bom que está bem. - O que te fizeram, minha menina?! - ele se aproxima passando os olhos pelos hematomas, que já clareiam sobre a pele de seu rosto, com jeito preocupado.

- Eu estou bem, Eddy. De verdade. - A garota não consegue esconder sua satisfação ao ver o rosto do dono do Bar.

- Érika! - Lucy corre ao seu encontro, se aconchegando dentro de seu abraço apertado. - Que bom que está aqui! - Eu achei que... Talvez...

- Eu prometi que estaria sempre com você, Índia! - Eu tinha que voltar. - Érika se vira na direção de Jack. - Estou feliz em te ver também, Jack.

- E eu fico mais calmo ao ver que você está bem - responde o grandão, a olhando sem jeito, porém, mais satisfeito.

- Venham, vamos subir. - Eddy sobe as escadas enquanto passa os olhos ao redor do Bar, com jeito apreensivo e os três o acompanham,

...

- Eu já sei da enrascada em que vocês entraram, a Lucy e o Jackson já me disseram tudo, Érika - avisa Eddy, enquanto abre a porta do quarto e entra, fazendo os três jovens o acompanharem. - Quero que saibam que estou mais calmo em ver que estão todos bem, mas também quero deixar claro que eu nunca concordaria com as ações erradas de vocês.

- Nós temos consciência disso, tio - declara, Jack, sem alegria nos olhos.

- Eu não queria que tivessem que ir, mas infelizmente devido as escolhas erradas de vocês, não vejo outra opção - declara com olhar pensativo e desanimado. - O Jack, já não me ajudava com os afazeres do Bar há um bom tempo.

Eddy lança um olhar ácido em direção de seu sobrinho, enquanto caminha a passos lentos até a janela e começa a admirar a bela vista da cidade.

- Eu me sinto só depois que meu único amor me deixou. Minha querida, Ana, faleceu ainda tão cheia de vida. - Seus olhos se perdem nas lembranças daquele tempo - A companhia de vocês, me animava, mas infelizmente isso não será mais possível. - Seus olhos ficam desanimados.

- Eu sinto muito por tudo o que o fizemos passar - pede Érika, caminhando em sua direção e colocando os olhos nele, com carinho.

- Não fique triste, Eddy. Você é tão legal com a gente! Somos gratos por ter te conhecido - diz Lucy.

- Eu garanto que de agora em diante, vou procurar ser uma pessoa melhor - promete Jack.

- Obrigado, meninos. - Eddy agradece. - Você resolveu se mudar da casa do seu pai, porque não se dava bem com a sua madrasta, mas agora precisa voltar, Jack. Já que não deu valor aos meus cuidados, pelo menos cumpra com o que está prometendo e tente se dar bem com sua madrasta. Afinal ela é a pessoa que seu pai escolheu e você precisa respeitar isso.

- Tudo bem, Tio Eddy. Eu prometo. - Jack se aproxima de seu tio e o abraça apertado. O ato faz Érika e Lucy se aproximarem e fazerem o mesmo.

- Bom. Agora vocês precisam partir o mais rápido possível! - avisa Eddy, virando-se rápido. - Prometo que logo darei um jeito nisso e vocês poderão voltar pra essa cidade, pelo menos para me visitar.

- Mas o que está dizendo, Eddy?! Você não vai dar parte daquele cara a polícia! Nem pense em fazer isso para nos livrar de coisas que nós arranjamos! Tem ideia do quanto isso pode ser perigoso? - Érika se preocupa.

- Vocês precisam ir o mais rápido possível. Não se preocupem comigo, eu já tomei minha decisão. Agora arrumem suas coisas e desçam que eu vou chamar um táxi, ok?

Os três jovens se entreolham com jeito apreensivo, depois fazem o que Eddy, pede. Assim que terminam de pegar tudo, eles se vão.

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