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De volta a Cidade das luzes.

Érika sobe as escadas externas devagar, com a mão pousada de leve sobre o corrimão, aproveitando para observar melhor como é alto o prédio espelhado, isso atrai a sua atenção. Quando a escadaria acaba, ela se depara finalmente de frente para a fachada do belo Hospital, regional da cidade.

Em pensar que houveram dias em que ela só desejava passar longe desse lugar, por medo de tantas coisas que envolviam sua vida tortuosa. Ao mesmo tempo que agora com mais calma, ela parece apreciar a frente do Hospital, começando pelas enormes portas de vidros. E nota que os vidros se estendem por todo o local térreo.

Nada muito corrido para uma quarta feira, quem sabe assim, Érika tem a chance de encontrar Anthony pelas redondezas do local. A garota resolve sentar-se, num banco ali perto da parte de trás do hospital, coloca sua mochila sobre seu colo, pegando seu celular, enquanto passa os olhos ao redor, abaixando um pouco as sobrancelhas, devido ao sol.

Aproveita para ligar para sua mãe, dando notícias de que está tudo bem, fala com sua irmã, Elza e com Lucy. Tendo que reforçar mais uma vez que não demorará na cidade e que vai procurar resolver suas coisas o quanto antes.

Observando melhor, ela nota que sentou bem próximo a lanchonete do Hospital, então resolve esperar um pouco tentando ver se acha alguma movimentação diferente.

Já passa das quatro horas da tarde, o movimento na área externa, ainda parece o mesmo. Porém quando as portas de vidro se abrem vagarosamente, pela milésima vez naquela tarde, finalmente uma turma de médicos saem por ela.

A garota levanta-se rápido, com olhar atento e apreensivo. Começa a procurar dentre os que estão ali, mas ao observar melhor, vê que nenhum dos médicos que saíram, parecem ser Anthony. É quando as portas de vidro se abrem mais uma vez e finalmente ele aparece.

Caminhando rápido em direção da lanchonete, ele olha atento em seu celular, enquanto a outra mão está dentro de um dos bolsos do seu jaleco branco, até a altura das coxas. Um sorriso animado e orgulhoso toma conta dos lábios da garota, parecendo não acreditar que finalmente o está vendo dentro de um belo jaleco branco, de médico.

Mas ainda assim, ela percebe uma camisa social azul clara, um tanto apertada por baixo do jaleco, junto a uma gravata cinza. Terminando com uma calça de sarja preta apertada, junto a um sapato social, preto estiloso. Se dá conta de que ele parece ter mudado um pouco seu estilo, finalmente. Parece mais cuidadoso consigo mesmo.

- Anthony!! - Erika não se aguenta e levada pela ansiedade, ela deixa o nome dele sair de sua garganta sem pensar duas vezes, pois tem pressa em vê-lo parar com aqueles passos tão apressados, ao mesmo tempo em que começa a caminhar rápido na direção dele.

Seu coração está acelerado e o nervosismo faz seu corpo tremer. Ela não vê a hora de chegar mais perto dele finalmente e o abraçar o mais apertado que conseguir.

O rapaz para de caminhar e se vira, em busca da voz familiar que ecoa em seus ouvidos. E fixando seu olhar atento, acaba reconhecendo de onde vem aquela voz inconfundível:

- Érika!? - Um sussurro ecoa dos lábios de Anthony, com jeito surpreso.

Ele parece sem ação, ficando parado próximo as portas de vidro, com olhar confuso. Ajeita seus novos óculos, de armação preta dessa vez, ainda sem acreditar que é mesmo Érika, quem está ali.
Tentando assimilar esse momento tão aleatório em sua cabeça, ele apenas observa atentamente, ela caminhar tão apressada em sua direção.

Ele observa seus cabelos acastanhados e lisos que ainda estão grandes como sempre e ainda se veste de forma estilosa. Jaqueta jeans clara, calça preta, rasgada nos joelhos. Finalizando com seus tênis converse branco, cano alto e uma mochila preta, sobre os ombros.

Finalmente parece que seu corpo reage,  fazendo o rapaz iniciar um caminho na direção dela, também. E quando param um de frente para o outro, bem perto, a intensidade dos olhares se chocam de maneira profunda, é um misto de certa apreensão misturado com saudade. Anthony sente que não faz ideia de que atitude tomar, somente sente seu coração bater desregulado.

Pensamentos aleatórios e um misto de sentimentos, rondam a cabeça do rapaz nesse momento, ele lembra-se que ficou bem magoado pela forma que Érika saiu de sua vida. Sentiu-se tão só e perdido, assim como sentiu quando Guilherme partiu.

Ele tentou entender todo esse tempo, que Érika precisava partir, pois haviam coisas pendentes com sua família a serem resolvidas, porém Érika não faz ideia do que ele precisou passar para tentar alcançar seu equilíbrio, que parecia quase que impossível naqueles dias.

Anthony sabe bem que quem o ajudou a passar, dia após dia em busca de sua cura, foi sua irmã Alície, a única pessoa em que ele se apegou fielmente para tentar alcançar seu equilíbrio. Mas para e pensa melhor nisso e lembra-se que precisa tirar tal rancor do peito, já que no fundo a aproximação dele com sua irmã teve um empurrãozinho de sua amada Érika.

Enquanto Anthony luta com seus pensamentos tão contraditórios sobre aceita-la de volta sem lhe cobrar nada, ou ir com calma com seus sentimentos, Érika observa os olhos verdes dele brilharem atentos sobre o rosto dela, tão intensamente e ela nem faz ideia no que ele está pensando nesse momento.

Mas o que a deixa mais confusa, é não perceber qualquer ação que seja da parte dele. Anthony parece paralisado, então ela resolve segurar seu desejo de abraça-lo, que antes, parecia incontrolável. E quem sabe, terá a oportunidade de fazer isso em um outro momento.

- Oi, Anthony. - Érika é a primeira que fala, deixando um pequeno sorriso singelo lhe tomar a face. - Quanto tempo...

- O-olá, Érika. - Anthony responde em voz baixa. - Já passaram-se... três anos e meio.

Um incômodo toma o corpo de Anthony, sentindo-se um idiota ao perceber que declarou a data exata da partida dela. Como se estivesse esperando ansiosamente dia após dia por esse momento. E mesmo que tivesse, não queria que ela soubesse disso, não assim de mãos beijadas. Não tão rápido. Mas parece que estar ao lado de Érika novamente o faz sentir-se diferente de tudo o que ele imagina.

- É... e eu ainda não tô acreditando que finalmente estou te vendo, dentro de um jaleco branco de médico. Você não faz ideia do quanto está lindo! - Sorri satisfeita.

Érika nota um sorriso acanhado aparecer no rosto do rapaz, desviando os olhos dela, parecendo gostar da sensação do elogio vindo da parte dela. Como se o sentimento de satisfação estivesse começando a retornar ao seu peito a vendo o admirar com seu jeito tão espontâneo de sempre, coisa que ele sempre gostou.

- Hã-hãm... - Nesse meio tempo, a ação dele "ou a falta" deixa Erika sem graça. Ela esperava um Anthony menos sério. Pelo menos com ela, assim como sempre foi. - Você parece muito bem! Acho que ganhou peso. - Ela tenta descontrair.

- Por incrível que pareça, sim. - Ele responde, ainda meio acanhado. - Independente de toda a correria aqui no Hospital, eu tenho tido mais fome e me alimentado melhor, ultimamente. Mas a pergunta que não quer calar é... Como sabia onde me encontrar? - pergunta confuso.

- Não foi uma tarefa fácil - responde rápido. - Desde ontem, tô colhendo informações. Consegui algumas com o Eddy, depois descobri onde fica a empresa de sua família e os contatos. Consegui falar com a Alície, no escritório, que me disse onde e mais ou menos o horário de te encontrar.

Ao terminar a conversa, Érika observa os olhos grandes de Anthony sobre ela, com jeito ainda mais surpreso.

- Me desculpa se acha que eu te stalkeei. - O sorriso animado em seus lábios, vai a deixando aos poucos.

E quando Anthony abre a boca para lhe responder alguma coisa, eles ouvem quando dois médicos chamam por Anthony, de dentro da lanchonete. Estão estranhando o ver conversando com uma garota tão distinta, perto da segunda entrada do Hospital.

- Imagino que estava indo até a lanchonete comer alguma coisa, não quero te atrapalhar.

- Bom. - Anthony parece pensativo por uns segundos. - Se não estiver indo para outro lugar, posso te convidar para tomar um café? - Acho que temos assuntos para conversarmos.

Nesse momento Érika parece respirar mais aliviada, sua barriga revira de nervoso, ao notar que finalmente ele está investindo em algum tipo maior de interação com ela. Conclui que independente de qualquer coisa, ele parece estar mostrando vestígios do mesmo Anthony, que conheceu há três anos e meio atrás.

- Para onde eu iria, Anthony?... - declara a garota, abrindo todo o seu coração, em voz baixa e olhar de veneração. Sente-se profundamente aliviada, lhe entregando um pequeno sorriso de satisfação. - Se voltei para essa cidade... por você!

Ao declarar tais palavras, o rapaz a olha fixamente por alguns segundos. Depois toma uma decisão:

- Érika. Você aceita ir a uma cafeteria de verdade comigo, ao invés da lanchonete do Hospital? - Seu jeito vai se tornando mais seguro.

- Mas... É claro que sim, Thony! Mas o que está fazendo?

Inesperadamente, Anthony pega na mão dela e a leva em direção oposta a lanchonete. A garota sorri discreta, com jeito bobo, o olhando andar apressado na frente, agarrado a mão dela.

- Mas e os seus amigos, médicos? - Érika olha confusa na direção deles, também.

- No caminho, eu aviso a eles, que fui tomar café em outro lugar, com alguém que não via há muito tempo... Mas retornou pra mim... - O rapaz parece saborear suas últimas palavras ao declarar um breve sentimento a Érika.

Os dois caminham juntos em direção do estacionamento, Érika o ouve destravar o carro que por sinal, parece ser do ano ainda mais novo do que o outro que ele tinha. Ele tira seu jaleco e abre a porta para ela, logo que eles entram, ele põe o cinto a observando fazer o mesmo, então ele liga o carro e saem em direção do local escolhido por ele.

________

O ambiente da linda cafeteria no centro da cidade, é muito bonito e aconchegante. Um cheiro delicioso de café toma conta do ambiente assim que eles entram. Logo os dois caminham juntos até uma das mesas, próximo às janelas.

- Achei que você ia tentar entrar em um Hospital de luxo, assim como você disse que seus pais sempre pediram. Mas o Hospital regional em que está, ainda parece bem legal! - Érika sente-se mais animada, tomando um gole de seu café em uma xícara bonita.

- O meu intuito desde o começo, sempre foi ajudar pessoas mais necessitadas, que dependem realmente da boa vontade dos médicos e de um bom atendimento.

- Fico muito feliz em saber disso, Thony.

- Meu maior desejo é me mudar para outros países, menos favorecidos e necessitados. Lá eu daria o meu melhor, para ajudar as pessoas que precisam muito e que se encontram em situações diferentes de vida. Na verdade, eu iria trabalhar voluntariamente. A princípio, eu viajaria de tempos em tempos e quem sabe depois, me mudar de vez.

- Veja você. - Érika encosta a mão sobre seu próprio rosto, enquanto observa o rapaz tomar um bom gole do café também. - Parece que você foi feito pra isso, cuidar das pessoas. Você havia me dito uma vez que isso te fazia bem.

Por um momento, o olhar de Érika fica vago, enquanto passa o dedo vagarosamente sobre a alça de sua xícara branca com o café. Começa a se perguntar se Anthony já está em um patamar maior de pensamento. Quem sabe ele chegou na expectativa que ele já deveria estar a muito tempo. Até mesmo antes de conhecê-la há anos atrás. Ela já sente medo de descobrir que talvez agora ela já não esteja mais nos planos da nova vida corrida dele.

Mas as palavras de Anthony a tira de seus próprios pensamentos. A fazendo erguer a cabeça e tentar focar nas tantas coisas novas inclusas na vida dele ultimamente.

- Quando voltei para a faculdade, fui eliminando matérias. Em menos de dois anos, eu já tinha concluído a graduação na área de medicina e consegui uma vaga bem rápido aqui, mais rápido até do que eu imaginei. Agora estou no primeiro ano de residência médica, para ser cirurgião geral.

- Você sempre foi um cara muito inteligente, eu sabia que conseguiria.

- E tudo isso, sem deixar a... Terapia e o tratamento contra o álcool. - Ele parece meio pensativo ao lembrar.

- Então está me dizendo que... - Érika olha profundamente dentro dos olhos dele, com jeito surpreso.

- Sim. Estou conseguindo me virar bem, sem o álcool, Erika... - O rapaz até tentou esconder vestígios orgulhosos, sobre si mesmo, mas Érika percebeu isso nos olhos dele.

A garota sente lágrimas surgirem em seus  olhos surpresos que embaçam rápido sua visão. Tudo o que ela mais queria, era saber que Anthony se libertou do álcool e que está seguindo bem, finalmente. E sem pensar em mais nada, ela se levanta rápido, indo na direção dele, pega em seu braço e o levanta.

Mais que depressa, ela o puxa para seu corpo num abraço forte, o apertando com todas as suas forças, como há tanto tempo, desejou. Anthony faz o mesmo de forma vagarosa, como se entregando aos poucos novamente, ele retribui ao seu abraço, fechando os olhos no momento em que se dá conta de como sentiu falta disso.

- Eu sabia que me orgulharia de você!

- Érika... Hãm... Podemos fazer isso depois? É que os clientes estão nos olhando. - O jeito de Anthony é acanhado, perante ao número de pessoas que estão com os olhos neles.

Essa situação é muito distinta na visão dele, que sempre foi um rapaz tímido. Quando Érika se dá conta e olha ao redor, ela vê que o local está cheio agora e estão todos os olhando e cochichando.

- Ah! T-tudo bem. - Se afasta rápido, então, ela olha torto, para ele. - Mas quer saber, você sempre disse que queria me levar pra sair. E já deveria saber que eu sou espontânea, então vai se acostumando que vai ser do meu jeito! E não reclama!

Ao terminar de falar, Érika ajeita suas roupas, tentando não olhar pra ele. Mas logo percebe o rapaz, abrir um enorme sorriso como se estivesse começando a gostar disso novamente. Dessa sensação que é ter essa garota tão espontânea e linda em sua companhia mais uma vez o fazendo sorrir de forma natural.

- Do que está rindo? - Ela se mostra confusa.

- Eu não posso negar, Érika. Eu já havia me esquecido desse seu jeito, não posso negar o quanto sua companhia me faz bem.

- Finalmente um sorriso nesse rosto, achei que não o veria sorrir hoje. - É quando ela consegue admirar, aquela fileira de dentes perfeitos novamente.

Eles voltam a sentar.

- Acredito que deva rir assim perto de outras garotas espontâneas também, já que estive fora tanto tempo. - Ela olha disfarçadamente parecendo não se importar com a resposta.

- Não...

É apenas o que sai dos lábios dele, de forma séria.

- Ah! Vai me dizer que durante esse tempo, você não levou alguma médica ou estagiária para... Tomar um café num lugar legal assim, como esse! - Ela força um sorriso largo, fingindo não se importar.

- Mas é verdade, Érika. - O tom do rapaz sai tão sério que deixa Érika sem graça e pensativa logo em seguida. - Eu sempre fui muito inseguro em relação a isso. Acho que nenhuma outra garota iria tolerar esse meu lado extremamente solitário e ranzinza as vezes. Você foi a primeira que além de aceitar essas coisas, ainda me aceitou naquele estado tão... Deplorável em que eu me encontrava.

Érika sentiu seu coração bater desregulado e absurdamente forte, com tal declaração. Ela já havia se esquecido de como ele é intenso quando quer. E no fundo, ela ficou feliz em saber disso, segurando um pequeno sorriso de satisfação.

- Resumindo, Érika. Levar garotas para tomar café, eu até levei. Mas nunca para o meu apartamento, como fiz com você.

Dessa vez o sorriso que Érika segurava se soltou de seus lábios mais rápido do que ela esperava.

- Só preciso que me perdoe por ter ido embora daquela forma, Thony. - Érika sente o desapontamento lhe tomar, voltando a ficar sem jeito. - Espero realmente que você entenda que eu precisav...

- Érika, por favor. - Anthony a interrompe. - Não vamos mais falar dessas coisas. Elas já passaram. Preciso falar contigo sobre as coisas boas que deram certo para você, agora. Quero saber sobre sua família, sobre a Lucy. Pode ser ainda hoje depois do plantão? Onde você está ficando?

Ele parece meio ansioso, enquanto leva a xícara até os lábios, tomando o último gole do café. E a pergunta dele só revela para Érika que ele está declarando aos poucos que ainda tem interesse em estar com ela.

- Estou com o Eddy desde ontem, estou o ajudando com o bar durante os dias em que eu estiver na cidade. Hoje em especial, terão boas apresentações. E diga-se de passagem, eu amo aquele lugar! - Érika sorri orgulhosa, em falar do bar do Eddy. - Ele é lindo, caloroso, movimentado.

- Eu não vou trabalhar nessa noite, poderíamos sair para... Algum lugar.

- Ora, podemos nos encontrar no Eddy, mais tarde. Meu sonho é te ver tocar alguma coisa pra mim, no piano do bar. E essa noite vai estar bem movimentada, então, aceita sair comigo para o bar do Eddy?

- Já faz um tempinho que não apareço por aquelas avenidas, movimentadas. - O rapaz coça a nuca meio pensativo. - Ok, eu aceito. Mas já aviso que esse encontro será do meu jeito!

As palavras do rapaz sairam mais devagar, mas carregadas de sentimento. Depois disso, Anthony para por um instante penetrando seus olhos grandes dentro do acastanhado olhar de Érika. Sua mão grande e quente pousa vagarosamente sobre a mão dela. A pequena ação, faz Érika sentir seu peito ferver por dentro, acelerando seus batimentos com a maciez e o calor dele sobre a mão dela.

- Mas me prometa que vai estar dentro de um belo vestido, como eu sempre imaginei no dia que aceitasse sair comigo? Que vamos dançar juntos ao som de uma boa melodia, das antigas? - Pergunta ele.

- Eu prometo, não vou decepciona-lo, Dr Anthony - confirma lhe entregando um pequeno sorriso presunçoso.

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- 3000k de palavras -

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