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Consequências...

* Atenção esse capítulo contém gatilhos de violência*

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Érika chega no bar pela porta dos fundos, ainda assustada pelo que passou minutos antes. O medo de ter sido seguida toma seu corpo, enquanto sobe as escadas apressada. Abre a porta do quarto bruscamente à procura de Lucy e para sua surpresa, ela estava ao lado de Jack, olhando pela janela.

— Érika! — Lucy corre ao seu encontro, se jogando em seu braços e a apertando, e respirando mais relaxada. — Já estava pra ir atrás de você, junto com o Jack!

— O que deu em você, para ir falar com o Heitor, sozinha? — Jack se aproxima sem acreditar em sua atitude.

— Fica tranquilo, Jack. O pior já passou — explica Érika, por cima dos ombros de Lucy, ainda se acalmando.

— Como foi com o Heitor? — A baixinha se afasta enquanto observa Érika caminhar agitada, pelo quarto escuro, com as mãos na cintura.

— Ah Lucy tô feliz que consegui voltar! Eu... Eu ainda nem acredito! Achei que ele não me deixaria ir.

A preocupação é nítida em seus olhos, junto a sua agitação.

— Mas teve uma condição — A garota se aproxima de Lucy e Jack.  — Ele pediu pra gente sumir da cidade. Caso contrário...  A gente morre — explica sem conseguir esconder sua apreensão. — Depressa, temos que arrumar nossas coisas o quanto antes, pegar o dinheiro e nos despedir do Eddy.

Érika caminha até a cômoda marrom, desgastada a abrindo rápido e tirando suas coisas.

— Calma, Érika! — Lucy se aproxima, pegando em suas mãos a fazendo parar com a agitação e a encarar. — Nos vamos sair daqui uma hora dessas? O que acha de resolver isso amanhã bem cedo.

A garota esfrega a testa com jeito pensativo.

— Ok. Vamos nos organizar, melhor sobre o que fazer. Vou comprar passagens, arrumar umas malas e etc. Mas preciso muito falar com o Anthony sobre nossa decisões. Tenho que saber se ele vai querer ir junto.

Érika se aproxima de Jack:

— Só quero que saiba que vou levar Lucy comigo pra minha cidade... Espero que você saia desse lugar também, não quero que nada de mal te aconteça. Siga sua vida, Jack, talvez depois disso não nos vejamos mais, esse vai ser o melhor a fazer, recomeçar tudo longe daqui. Eu só desejo que fique bem.

Termina ela, olhando fundo nos olhos do grandalhão, depois trocam abraços.

•••

Já é tarde.
Érika caminha pelo quarto, e não se aguentando de ansiedade, toma uma decisão, então se levanta e começa a se arrumar para ir no condomínio de Anthony.

— Tá se arriscando demais andando por aí, você sabe o quanto é perigoso! — comenta Jack, olhando Érika com jeito apreensivo.

— Eu sei, Jack. Mas é importante eu me encontrar com Anthony, pela última vez.

— O Jack tá certo, Érika, mesmo o Anthony morando perto, pegue um táxi, não deveria caminhar mais por essas ruas — pede Lucy, ainda olhando sem jeito, para Jack.

— Eu vou tão rápido que quando vocês menos esperarem eu já tô de volta. Prometo me cuidar — avisa os acalmando.

Se aproxima puxando Lucy para seus braços e depois de relutar por uns segundos, resolve abraçar Jack, também.

— Peço que se entendam, antes de nos separamos, ok? — Olha de lado para os dois. — Sem ressentimentos.

Pede antes de descer as escadas apressada.

Érika caminha rápido pelas ruas bonitas do bairro de Anthony. A noite esta bem escura, um vento gelado castiga seu corpo, seu moletom branco, já não está sendo o suficiente. Finalmente teve coragem e decidiu sair dos trabalhos sujos que fazia para o Heitor, sente seu corpo e mente tão leves, como se tivesse saído de uma prisão.


Só precisa pensar qual serão os próximos passos, mas no fundo um contentamento toma seu peito, uma euforia. Só pensa qual será a resposta de Anthony ao saber que ela pretende sair da cidade o levando junto. Será que ele aceitaria tal proposta tão repentina?

Oi talvez apenas suma de vez levando Lucy consigo depois de visitar Anthony. Mas essa será a última das hipóteses, pois no momento a ideia de se dar uma chance ao lado de Anthony, já parece bem mais convidativa, já que ele foi um dos motivos de ela te se decidido, mas sem desamparar, Lucy.

Já se aproxima da quadra do condomínio dele, quando de repente, ao passar de frente a uma rua escura, é surpreendida. Seu braço é puxado bruscamente e uma mão tapa sua boca com força a fazendo dar um grito abafado pelo susto, foi tudo muito rápido.

É arrastada para dentro da rua escura,  suas costas são jogadas com força contra a parede fria de tijolos alaranjados. Mais que depressa, ela tenta se soltar, mas o cara se aproxima dela rápido, prendendo seu corpo firme contra a parede, fazendo-a apertar os olhos pela dor da pancada, tentando a todo o custo se soltar ao mesmo tempo que tenta reconhecer quem são eles.

— E ai, gata!

Diz um dos rapazes, bem próximo ao seu rosto enquanto ela respira ofegante, sentindo o cheiro de cigarro misturado com álcool exalando do corpo dele. Seus cabelos cobrem seu rosto e ela não pode tirar, por ter as mãos pressionadas contra a parede fria, pelo rapaz.

— Viemos te buscar. Tem uma pessoa que está morrendo de saudades e quer te reencontrar! Ele pediu para te vigiar caso saísse pelas ruas, já que ele sabe que não foi embora ainda.

Heitor...

— Pensa ela, respirando rápido, seus olhos são tomados pelo medo, enquanto o rapaz abre um sorrisinho irônico.

O rapaz enfia a mão dentro dos bolsos da calça jeans, cintura alta dela, procurando seu celular, logo o acha dentro do cós da calça. Ele o pega e o joga no chão, o outro rapaz pisa sobre ele com força várias vezes, enquanto Érika olha a cena sentindo seu coração martelar com força no peito.

Engole em seco, um tremor toma conta de todo seu corpo iniciando na barriga. Por questão de segundos, lembranças de sua mãe e sua irmã, passam diante de seus olhos, nesse momento, seu futuro sobre reencontra-las é totalmente incerto.

Imagina o jeito terrível que sua mãe vai receber a notícia de como a sua filha foi morta. Sua respiração se eleva tanto que começa a soltar sons como grunhidos rápidos, seus olhos vão ficando marejados pelo medo, seu queixo treme enquanto olha fundo nos olhos do tal rapaz.

E numa tentativa de se livrar, ela enfia seu joelho com toda a força que consegue entre as pernas dele, mesmo que ainda assustada com a reação que pode vir a seguir, mas acerta em cheio. O rapaz geme alto pela pancada forte se encolhendo e caindo de joelhos, enquanto parece lhe faltar o ar.

É tudo muito rápido, então ela foge apressada. Porém sente seus cabelos longos serem agarrados pela nuca com força, pelo outro rapaz. Fazendo-a levantar a cabeça e gritar por causa do puxão.

Esse já não perde tempo e lhe dá um tapa usando toda sua força, pegando em cheio em seu nariz. Um grito sai de sua garganta, de dor e medo, ao mesmo tempo que outros tapas fortes são desferidos em seu rosto. Enquanto tenta soltar seus cabelos dos dedos dele, tem a esperança que seu grito tenha sido ouvido, mas ninguém aparece.

Sente um formigamento imediato no local dos tapas, logo em seguida uma sensação de torpor seguindo de zumbidos em seus ouvidos. Sente o gosto de sangue entre seus dentes e a sensação viscosa dele, escorrer pelo nariz.

Tenta o chutar, mas falha miseravelmente, ainda estando presa a ele. Por fim um soco na barriga é o limite para a deixar totalmente sem ar e sem forças. Se encolhendo e abaixando a cabeça pela dor que toma seu estômago junto a um gemido arrastado. Isso a deixa sem fala, sem voz e sem ar. Ela cai no chão.

Apenas ouve, mas não consegue mover um músculo sequer. Tenta puxar o ar rápido, de jeito curto, sem encher totalmente os pulmões. Quer gritar, correr, mas a falta de ar misturado com a dor já não a permite mais.

— Você vem comigo!! — O rapaz se abaixa a agarrando pelos cabelos mais uma vez e a garota resmunga num choramingo de desespero apertando os olhos assim que ergue a cabeça — Se tentar mais uma gracinha vai ser pior!! — avisa sem paciência.

Mas para a sua sorte, uma viatura passa na avenida principal, fazendo as luzes iluminar as paredes da rua escura. Então os rapazes se levantam apressadamente, depois se vira para ela, sem acreditar.

— Considere-se uma garota de sorte, sua puta! — avisa um deles olhando para baixo, vendo a garota caída de lado, ainda lutando em busca de ar. — Vamos ter que fugir daqui bem rápido para não sermos pegos, caso eles te achem!

Então eles seguem rapidamente em direção oposta à rua, virando a esquina. Érika continua caída no canto da calçada escura, atrás das caçambas de lixo, lágrimas solitárias escapam teimosas de seus olhos, ainda está assustada e com medo de quase ter sido levada. Não se sente nem no direto de derramar tais lágrimas, pois se culpa amargamente por saber que não deu ouvidos a ninguém, quando teve a oportunidade.

E, assim que a viatura passa, ela se senta com dificuldade em meio a gemidos doídos, trincando os dentes com força, apertando os olhos de dor e logo aparece o vermelho do sangue estampado em seus de dentes, invadido seu paladar pelo gosto ferroso. Ela passa o punho pelo nariz, e sua mão sai manchada pelo líquido quente. Em meio a soluços, tenta pensar em algo bem rápido antes que eles voltem e a levem para Heitor.

Ela se levanta com dificuldade, ofegante, cospe vermelho no chão e busca o ar curvando o corpo atrás de equilíbrio. Caminha devagar até a ponta da rua, onde se agarra no portão branco do condomínio de Anthony, enfim. Toca o interfone apressada e fecha os olhos esperando que ele abra o quanto antes e agradeçe profundamente ao ver o portão sendo aberto.

Entra devagar, o porteiro se aproxima olhando preocupado, oferecendo a ajuda que é recusada. Ela entra no elevador e aperta o botão do 14° andar, tentando ao máximo não aparentar algum tipo de expressão para as câmeras de segurança, pois o que mais quer é não envolver Anthony em suas coisas. Mas é impossível, sente que as pernas fraquejam, sua cabeça gira e sua vista escurece pela dor no corpo.

...

Anthony já está na porta de seu apartamento à sua espera, olhando para o elevador, de braços cruzados. Mas para a sua maior surpresa assim que as portas são abertas, ele a encontra caída lá dentro.

— PORRA! — Ele arregala os olhos assustado, correndo em sua direção — Érika!!

Se abaixa já notando que está bem ferida

— Merda, merda! — exclama inconformado, enquanto o medo  toma conta de seu peito — Érika, Fala comigo?!

Ele coloca as mãos em seu rosto, com olhar extremamente preocupado, mas nada, então mais que depressa, a levanta nos braços e a leva para dentro.

— Eu vou cuidar de você!! — resmunga em completo desespero. A coloca sobre sua cama com cuidado e procura seus sinais vitais.

Vê que ela está apenas desmaiada, então liga para seu tio explicando sobre a agressão. Seu tio avisa que está a caminho, mas pede que ele procure ferimentos mais sérios. E assim que Anthony desliga o celular já começa a tirar as roupas dela.

E ao levantar seu casaco xadrez junto com a camisa branca, a primeira coisa que nota são tatuagens que tomam conta de todo o seu tronco, descendo pelo abdômen e braços. 

— Droga, Érika!! Você é mais desenhada do que um gibi! — resmunga sozinho, ainda agindo rápido, com os olhos tomados pela preocupação.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo!

Por um lado, já respira mais aliviado ao notar que sua calça jeans cintura alta e um cinto preto, ainda estão bem abotoados, nota até uma certa dificuldade em abri-los, mas ainda teme por seus ferimentos.

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Flash back

A escuridão tomava conta da cidade e pequenos pontos luminosos iam aparecendo um a um. Érika, como sempre, ficava sentada sobre o telhado de sua casa para observar. Costumava admirar o céu estrelado nas noites quentes de verão, com frequência.

Gostava dessa solidão e aproveitava sempre para lembrar de seu amado pai com os olhos fixos nas estrelas.

Sua mãe a chamava para o jantar pela milésima vez. Mas ela relutava até onde podia para não ter que se deparar com ele... Os dias eram difíceis depois que seu pai se foi. E ter que suportar o novo marido de sua mãe, o Tales, era cada dia mais intragável.

...

Depois das aulas, Érika sempre ficava no portão fazendo companhia para júnior, seu primeiro namorado. Rapaz estudioso e gentil. O verdadeiro pai dela, sempre o elogiava desde quando eram crianças, dizendo que quando crescessem, ele teria a alegria de vê-lo namorar com sua filha. E sempre se mostrava orgulhoso ao dizer que ela estaria dentro de uma faculdade, cursando letras, coisa que sempre sonhou.

...

Isso já aconteceu, ela namorava júnior, finalmente, porém seu padrasto estava cada dia mais implicante com ele. Na verdade, tudo o que envolvia Érika, parecia incomodá-lo de um jeito absurdo. Isso já vinha acontecendo com frequência.

Ela entrou na cozinha logo após se despedir de júnior. Mas deu de cara com Tales, que a olhou firme descendo os olhos por seu corpo através da calçada lagin com o mesmo jeito nojento de sempre, a deixando apreensiva.

Esses olhares já estavam ficando cada vez mais intensos. E como o esperado ele estava a sua espera para discutir sobre passar tanto tempo na rua com júnior. Algo o incomodava, isso já estava a deixando sufocada. E sempre que estavam a sós, ele comentava sobre como ela estava crescendo rápido se tornando uma mulher corpuda.

Até que uma noite, sua mãe precisou passar a noite no trabalho. Na calada da madrugada, a porta de seu quarto foi aberta, e quando ela abriu os olhos, sonolenta, se assustou assim que sentiu o peso do corpo de Tales sobre o dela, mãos grandes e calejadas subiam por sua coxa.

- O-o que você está fazendo? - Perguntou tentando o afastar, com os olhos assustados.

- Só quero te fazer companhia essa noite - Sua voz saiu sussurrada, num tom estranho, enquanto aproximava seus lábios do pescoço dela, inalando seu cheiro.

- Sai de cima de mim! - Ela tentou o afastar com força, enquanto seu coração acelerou, o medo arrepiou sua espinha de cima a baixo. Sentiu sua barriga revirar de nojo dele e sua alma machucada.

Depois disso, odiava sentir alguém sobre seu corpo sem o seu consentimento. Isso acabou dificultando seus relacionamentos.

- Calminha! Não vou te machucar, prometo que vai gostar.... - Ele continuava insistindo, agarrava sua cintura mais para perto de seu corpo. - O júnior deve estar dormindo no ponto sem saber como aproveitar de um corpão gostoso desses!

Mas num momento, ela é tomada pelo medo, nojo e mágoa. Tomou toda a sua força e conseguiu se soltar, saiu correndo para a rua e conseguiu abrigo na casa de Júnior naquela noite. Mas seu tempo naquela casa foi ficando cada dia mais e mais insuportável por causa disso.

Após três dias, inventou que ia fazer um bico em outra cidade, e que voltaria apenas nos fins de semana, mas os espaços desses dias foram ficando cada vez maiores, até não voltar a exatos onze meses. Ligava as vezes para falar com sua mãe e sua irmãzinha, mas a vergonha por ter se tornando quem é, a obrigava a se afastar cada vez mais.

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