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007

(...)

Todavia, os dias se passaram após a reunião, Jimin logo recebeu alta do hospital após algumas semanas na fisioterapia e ficou um tempo afastado para sua recuperação até voltar a ativa novamente. Os três receberam recursos como Courtney havia prometido, e algo havia mudado desde que a reunião aconteceu, Jimin e Amy não se encaravam e muito menos se falavam com tanta frequência assim. Um gelo estava entre os dois, confusos e à deriva de suas mentes. Então antes de irem até o gabinete, marcaram de se encontrarem em uma lanchonete a poucos quilômetros de distância do departamento.

— Vocês estão prestando atenção no que eu estou falando? — Max estalou os dedos os chamando incansavelmente.

— O que disse? — Jimin o perguntou enquanto mantinha seus olhos nos registros.

— A cada dia que passa, vocês dois estão extremamente estranhos. Não rola nada. — Max disse exasperado. — O que está acontecendo?

— Não está acontecendo nada. Aliás, o meu café está bem atrasado. — Amy respondeu em desagrado. E se levantou, pronta para ir até a balconista.

Amees.

O sotaque americano de Chicago ressoou antes que a própria mulher saísse de seu lugar.

— Do que me chamou? — Ela parou virando-se na direção até ele.

— Eu te chamei de 'Amees', satisfeita? — Jimin a encarou debochando. — Onde está indo?

— Ir atrás do meu café. — Riu incrédula, mas Amy sentiu que havia algo, pois fazia tempo que não ouvia ninguém chamá-la assim.

Jimin observou Amy ir em direção ao balcão. Ela conversava com a mulher e observava a feição de esquecimento, Amy deu de ombros e novamente pediu.  Ele se levantou da cadeira, seguindo-a pelo mesmo caminho, passando pela movimentação da lanchonete.

— Não acredito que você fez todo esse teatro por causa de um café. — Amy revirou os olhos enquanto o ouvia, ignorando o olhar curioso do colega.

— Às vezes, um pouco de drama é necessário para quebrar a vontade de tomar uma xícara de café. — Ela respondeu, mantendo um tom descontraído. — E 'Amees' é um pouco estranho, aliás.

Ela bufou, mas não conseguiu esconder um pequeno riso. Ao pegar o café, seguiu em direção onde Max estava,  a conversa se desdobrava, revelando uma dinâmica peculiar entre os três naquele ambiente. Subsequentemente, aquela situação havia melhorado entre a tensão que Jimin e Amy sentiam. Após um tempo comendo e aproveitando, acabaram voltando para dentro do gabinete.

— Além do mais, achei algo e gostaria de saber se você conhece esta pessoa aqui. — Jimin puxou uma foto que estava grampeada junto a papelada após sentar. A garota segurou trêmula a foto.

— O que foi Amy? — Max perguntou assustado.

Amy encarou a foto de Peterson, seus olhos revelando uma mistura de surpresa e inquietação. Ela respirou fundo antes de sussurrar o nome, mas suas palavras foram nítidas o suficiente para serem ouvidas por Jimin e Max.

— P-peterson?! — Amy disse baixinho mas os dois escutaram claramente o que ela disse.

— Quem é Peterson? — Jimin indagou sem tirar os olhos dela.

Amy hesitou por um momento, parecendo pesar suas palavras antes de responder, visivelmente nervosa.

— Ele é um dos melhores policiais da delegacia que eu conheço. Mas por que tem uma foto dele aqui? — Amy perguntou nervosa.

Os detetives trocaram olhares, uma atmosfera de mistério e intriga pairando sobre a sala. A investigação havia dado uma reviravolta pessoal, e Amy estava no centro desse enigma que se desdobrava diante deles.

— Amy, ele está desaparecido. E no mesmo dia que ele desapareceu, a sua mãe também. — Max explicou e Jimin manteve uma expressão inexplicável e curiosa com aquilo. — Descobriram que no apartamento dele havia indícios de drogas e sangue sobre o carpete, o seu departamento nos enviou e disse que o sangue não é dele.

O rosto de Amy palidece ao ouvir as palavras de Max. Ela apertou a foto de Peterson em suas mãos, incapaz de acreditar no que acabara de ouvir.

— Eu não acredito! — Amy sobrepôs a mão por cima do peito angustiada.

— O que o Peterson era seu? — Jimin ainda continuava com as perguntas.

— Ele é meu amigo, sempre fazíamos investigação e apreensões juntos. E sempre saímos para beber, quando tínhamos folgas e finais de semana. — A garota relembrou de momentos e olhou para o canto da parede.

— Apenas isso?

— Por que você não para de me encher de perguntas? Eu já disse! — Amy colocou as mãos na cintura, ela havia ficado irritada com aquilo.

A tensão cresceu na sala, até que Jimin, irritado com a resposta de Amy, se levantou abruptamente. Max se preparou para intervir, percebendo a escalada de emoções.

— Não grite comigo, Amy! —  Jimin esbravejou alto e se levantou e Max estava pronto para interromper.

— E o que vai fazer se eu não parar de gritar com você!? Me responda! — Novamente ela gritou mas não obteve resposta.

Jimin, num gesto inesperado, aproximou-se rapidamente de Amy e a segurou pela cintura, trazendo-a para mais perto. O beijo repentino fez Amy se assustar por um momento, mas ela se deixou levar brevemente pela emoção do momento. Ao fundo, Max não conteve a surpresa, dando pulinhos e tentando processar o que estava testemunhando.

O beijo, no entanto, foi curto. Amy se afastou de Jimin, empurrando-o suavemente, e levantou a mão esquerda, indicando que poderia dar um tapa, mas hesitou e fechou o punho. A sala ficou em silêncio por um instante, o olhar entre Amy e Jimin carregado de perplexidade e, talvez, uma compreensão recém-descoberta.

— Você nunca ouse fazer isso novamente. — Amy cessou em palavras e saiu rapidamente do escritório e indo em rumo ao calçadão do departamento.

Assim que a mesma saiu, Max fitou Jimin por um momento e percebeu que ele estava estático e não se movia. Ver Amy agir daquele jeito foi estranho para os dois.

— Jimin, vai atrás dela. — Max pediu calmo.

— O que será que eu fiz de errado? — Jimin virou-se em direção a Max e indagou incrédulo.

— Você, garotão, ficou com ciúmes do amigo dela. E fazendo esse tipo de pergunta deixou ela mal, além do beijo, se ele realmente estiver envolvido com algo, não será fácil investigar isso. — Max apontou contra o peitoral de Jimin tentando o mostrar a realidade do que estava acontecendo, ele realmente não sabia o que sentir naquele momento.

— Ciúmes? E-eu não estava! — Jimin ficou emburrado, mas no fundo ele sabia disso. — Não tire esse tipo de conclusão tosca.

— E por que a beijou?

A sala permaneceu em silêncio por um momento, o peso do que acontecera pairando no ar. Max suspirou antes de encarar Jimin com seriedade.

— Você gosta dela mas não admite, por que você se sente totalmente fragilizado e intimidado por ela. Vai atrás dela. — Então seus olhos fecharam-se após um longo suspiro. — Às vezes, a verdade é mais complicada do que imaginamos. E Amy precisa de alguém agora.

Jimin suspirou e passou suas mãos levemente em suas têmporas e saiu do escritório e indo atrás da mesma. Ele foi até o calçadão, mas não a encontrou, até olhar para o outro lado da rua. Amy olhava atentamente para uma pequena boutique, Jimin sorriu e foi em direção a ela, que ainda se mantinha de costas.

— Então, você gosta disso? — Jimin perguntou se referindo a boutique.

— O que faz aqui? — Amy questionou desagradável.

— Vim te pedir desculpas por aquilo, eu agi por impulso e obviamente eu deveria ter te respeitado quando eu te beijei. — Jimin dizia nervoso enquanto mantinha uma mão no bolso e outra na nuca. — O respeito entre colegas vem em primeiro lugar.

— Não tem problema. E respondendo a sua pergunta sobre isso, eu gosto sim. — Amy abriu um pequeno sorriso tímido ao olhar as roupas novamente ignorando algumas coisas que ele dizia. — Espera um segundo.

Amy adentrou a loja, e Jimin, estranhando a mudança repentina, deu de ombros e a seguiu. Observou enquanto ela se aproximava de um pequeno par de sapatos na cor amarelo pastel, os dedos delicadamente tocando o material. Intrigado, Jimin se aproximou silenciosamente, observando-a. Por um momento, eles estavam imersos em seus próprios pensamentos, mas o ambiente da loja logo se alterou quando uma atendente se aproximou discretamente. Ela sorriu profissionalmente e dirigiu-se aos dois.

— O que o casal procura? Temos a opção unissex para bebês. É presente ou está esperando um bebê? —Perguntou, mantendo o sorriso.

Amy logo ficou visivelmente nervosa com a suposição da atendente.

— Ah, não! Eu não sou esposa dele e muito menos grávida. — Amy respondeu apressadamente desfazendo o equívoco.

Jimin, aproveitando a situação, brincou com um sorriso nos lábios.

— Então você acha que a gente é casado? —  Jimin provocou, e Amy o encarou rapidamente, surpresa pela sua resposta descontraída.

A atendente percebeu a dinâmica peculiar entre eles e manteve um sorriso profissional.

— Por que veio atrás de mim? — Amy perguntou, mudando o foco da conversa de maneira direta.

Jimin hesitou por um momento antes de responder, seu olhar encontrando o de Amy em um breve momento de tensão, deixando a pergunta pairando no ar. A loja, antes um simples ambiente de compras, transformou-se em um palco sutil de revelações e interações intrigantes.

— Não sei! Me senti culpado, talvez.  — Jimin diz em tom escandaloso, deixando a atendente e a própria Amy surpresos.

Ela a  chamou após a saída repentina, percebendo a tensão que pairava no ar. O detetive suspirou, absorvendo as palavras de Amy. Percebeu, naquele momento, a vulnerabilidade que ela compartilhava.

— Amy, eu não sabia disso. — Jimin falou sinceramente, vendo a cabisbaixa garota diante dele. Entendia, então, um lado mais profundo de Amy que raramente se revelava. — Sinto muito.

Ele se aproximou e a envolveu num abraço, buscando transmitir apoio e compreensão. Amy, por sua vez, encostou seu rosto contra o peito de Jimin, encontrando um conforto momentâneo naquele gesto simples. Sentir alguém que tem a vida difícil e com problemas em seus braços às vezes ajuda no conforto delas. Amy tinha uma vida difícil, marcada por problemas que pareciam pesar em seus braços. Às vezes, o simples gesto de abraçá-la trazia um conforto momentâneo. No entanto, apesar de sua dor estar evidente, Park não conseguia decifrá-la completamente. Era como se houvesse um véu entre ambos, impedindo-os de compreender plenamente sua realidade.

No entanto, essa paz logo era perturbada por lembranças de um momento inadequado. Recordou do beijo impulsivo que roubou dela, uma ação totalmente desrespeitosa de sua parte. Era como se estivesse cego para os limites de Amy, agindo por um impulso egoísta. A expressão de desconforto em seu rosto era evidente após aquele gesto inadequado. Mesmo assim, enquanto ela permanecia em seus braços, podia sentir sua respiração quente contra seu peito. Ela logo se afastou, encarando-o com uma mistura de sentimentos difíceis de decifrar.

— Desculpe, Amy. Eu agi sem pensar. — Disse, reconhecendo seu erro. — O que...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Amy se aproximou do rosto de Park e o beijou, um gesto inesperado que o pegou de surpresa. O beijo foi suave e delicado, carregado de emoção e significado. No entanto, ela logo se afastou, deixando-o confuso e ansioso por uma explicação. Seus olhos encontraram os dele, transmitindo uma mistura de sentimentos difíceis de decifrar.

— Desculpa... — Amy mordia o lábio inferior nervosa e eu a segurei firme.

O silêncio entre eles carregava a complexidade do momento. Amy fitava-o, transmitindo uma mistura de sentimentos difíceis de decifrar. Um elo se formava entre eles, transcendendo as palavras. Ao observar cada detalhe do rosto dela, ele percebia que nada poderia ser diferente. O passado dos dois se misturava com a complicada realidade do presente.

Ao retornarem ao escritório, eles adentraram e viram Max sentar rapidamente na cadeira, encarando-os inquietos.

— Estou logo avisando que se for para que eu me torne tocha humana, eu poderia muito bem trabalhar com o Quarteto Fantástico e não com vocês. —  Disse ele. Ao ouvir isso, tanto ele quanto Amy riram ao mesmo tempo, e logo Max cruzou os braços, tentando não rir. — Gente, estou sério. — ele acrescentou, com um semblante sério.

— Você está querendo rir. — Apontou Amy para o rosto de Max, que segurava o riso.

— Estou não. — Respondeu Max, tentando ficar sério, mas foi em vão; ele logo acabou rindo junto. — Mas é sério, eu não quero ficar de tocha, candelabro, luminária e nem vela.

— Desde quando você irá ficar de vela? — Jimin perguntou  ao ver que Max dizia aquilo.

— Mas vocês... — Max foi interrompido por Amy antes de terminar.

— Vocês nada, é melhor calar a boca e continuar com a investigação. Temos muito o que fazer. —  Disse ela, franzindo o cenho ao ver que Amy mudou rapidamente de humor, nem parecia aquela mulher frágil lá embaixo.

— Então, o que rolou mesmo? — Perguntou ele. Ficaram calados por um momento e se moveram indo para cada lado sem dizer sequer uma palavra.

Jimin esperava que ela dissesse algo sobre o beijo e o que seria dali para frente, mas ela não disse nada. Enquanto ela movia papéis e mexia em alguns documentos atentamente, ele a encarou disfarçadamente sobre a pasta e a viu suspirar. Seus olhos castanhos fixaram-se nele rapidamente, e ele se assustou ao ver a tela brilhante do computador. Era uma mensagem via e-mail de Max. Mesmo ele estando na mesma sala, mandou um e-mail questionando.

"O que aconteceu lá embaixo? Eu vi o que aconteceu pela janela, mas parece que fingiram que não."

Max sabia que o amigo não diria facilmente, mas insistiu demais. Então ele passou a digitar rápido e mandou uma mensagem curta.

"Não insista."

— Amy, me diz, gosta de dançar? — Max a perguntou e a viu assentir. — E bachata?

— Claro! Quem não gosta de bachata? — Amy respondeu sem tirar os olhos dos papéis. — Mas por que a pergunta do nada?

— Sou um ótimo dançarino de bachata, e hoje à noite terá repertório no Club Foxy. Não quer ir comigo? — Max a convidou de maneira divertida.  — Quem sabe você não conhece alguém...

— Não acha que ela não tem trabalho demais, Henderson? —  Ele retrucou furioso. Max odiava quando o chamavam pelo sobrenome; aquilo significava que algo estava errado e era um tom de reprovação, além de ter que aguentar as formalidades.

— Trabalhamos no mesmo lugar, cara! — Max berrou chateado.

— Calados! — Amy os mandou ficar quietos e se aproximou da tela do computador. — Recebemos um arquivo do FBI através do BBSs. A  gravação da câmera de segurança do local detectou o áudio.

—O que disse? — Park levantou-se rapidamente e foi em sua direção.

— Estão vendo? — Quando Maxon e ele se aproximaram, Amy deu play no vídeo. O áudio era simplesmente Angie falando com alguém.

"Me reinicie como você refez com a outra."

O pensamento de outro clone surgiu. Para existir alguma explicação mais complexa do que apenas isso era necessário,  o áudio repetia apenas isso, e por "outra" era um chiado ensurdecedor.

— O que eu não entendo é que ela falou sobre a outra. — Disse Amy, usando aspas nos dedos e soltando um suspiro, enquanto os encarava. — Existe outra além da Angie?

Percebendo que sua voz estava diferente, sobrecarregada e decepcionada, ele sentiu uma tristeza profunda ao ver aquela mulher sofrer tanto com aquilo. E se tudo não tivesse acontecido? E se a vida dela fosse diferente ao ponto de não sofrer com isso? Enquanto se questionava ao assistir aquilo novamente, ele olhou para suas tatuagens e percebeu algo estranho. Um símbolo, um círculo aberto com duas pontas afiadas. Aproximou sua mão para pegar seu braço, e rapidamente ela afastou.

— O que iria fazer? — Perguntou ela, calma.

Ele pegou seu braço pela segunda tentativa.

— O que significa? — Amy revirou os olhos e começou a explicar.

— Tudo bem. Isso é conhecido como runas, letras características dos povos nórdicos. Mas essa é diferente, parece até um raio, mas é "Sigel". Significa "permitir, força divina, sol."

Ele não podia acreditar, franziu o cenho e olhou para trás míseros segundos. Riu baixinho e a encarou, e logo Amy o olhou confusa.

— De todas as provas que coletamos, cada objeto que foi recolhido tinha um símbolo diferente. — Explicou ele, enquanto Max e ela se entreolharam abismados. — Vocês não perceberam? É só olhar para essa foto aqui, a caixa tem um símbolo quase igual ao da Amy. Parece uma seta pela metade, na verdade. O que significa?

— Uma seta? — Max pergunta enquanto cruzava os braços.

— Eu sei o que significa. — Amy responde. — Não é uma seta, é Yr, significa: fundamento, morte, mistérios e iniciação. E isso claramente quer dizer algo.

Ele olhou atentamente para aquelas letras.

— Temos que comunicar ao departamento sobre isso. — Disse ele. — Mas o que eu não entendi é, por que você tem tatuagem nórdica?

— Eu não tenho apenas essa. — Ela disse, dando de ombros. E sorriu. — Tenho outra na coxa direita.

— Quantas tatuagens você tem? — Max perguntou curioso, começando a encarar suas tatuagens.

— Aproximadamente vinte tatuagens. — Respondeu ela, fazendo-o tossir assustado. — Mas todas escondidas enquanto estou no trabalho. A sociedade é meio cabeça fechada, eu poderia ser considerada delinquente por conta disso.

Ela se levantou rapidamente e começou a bater em suas costas.

— Desculpa por ele, é que ele nunca teve um encontro com alguém com tantas tatuagens. — Disse Max, puxando-o de leve e começando a rir. Ele encarou Max incrédulo ao ouvir aquilo. — Não é verdade? Como é que depois disso tudo vocês ainda não tiveram um encontro?

— Max... — Amy o repreendeu brincando.

— Deixe de dizer besteiras. — Jimin profere, ajeitando sua postura para encará-lo.

— Meu amigo é tímido. — O sorriso risonho ao sussurrar fora engraçado. — Mas estou falando sério. Ou vai me dizer que Jane continua no seu pé?

Santiago encarou ambos sem entender nada e Max logo percebeu o que havia dito e se calou.

— Quem é Jane? — Amy perguntou de forma genuína. Mesmo não obtendo respostas, ela ousou a perguntar novamente.

— É a ex dele, ela sempre vive por aqui atrás dele. — Max profere explicando.

De certa forma o assunto não era um bom momento. Principalmente para o rapaz, que constantemente vivia sendo perseguido por sua ex-namorada que trabalha no mesmo departamento que ele. O que é bastante difícil para ele evitar a "colega" sem causar estresse e constrangimento. Jimin encarou incrédulo a facilidade do amigo em sair contando as coisas por aí, fechou os olhos e respirou fundo antes de querer falar algo.

Amy no entanto percebeu o desconforto e sorriu fraco. Bateu levemente no ombro do rapaz e o deixou.

— É melhor pararmos com essa conversa, temos trabalho a fazer. — Ela disse ao sentar-se novamente.

Voltaram aos seus postos, e ele a encarou, mesmo que ela não fizesse o mesmo. Ele voltou para sua mesa. O dia passou rápido, trabalharam por horas, fazendo apenas pausas para tomar um copo de café e ir ao banheiro. Eram praticamente nove horas da noite quando saíram do gabinete, trancando janelas, gavetas e a porta. Trocaram olhares poucas vezes. Ele ouvia seus suspiros de longe e a ouvia resmungar, o que achava engraçado.

Ao pegarem o elevador para irem embora, ela e Max saíram rapidamente.

— Até amanhã, Park. — Ela despediu-se e correu em direção ao táxi.

Ele passou a se incomodar quando ela o chamava assim, sabia que ela estava chateada com o ocorrido mais cedo, então aos poucos ele sabia minimamente como ela se sentia. E isso era culpa de Max, que ele considerava o maior fofoqueiro que já viu. Ao invés de trabalhar como detetive, deveria sentar todos os dias em uma banca de jornal e fofocar sobre a vida alheia.

— Desculpa por hoje cedo. — Max deu leves batidas em seu ombro.

Ambos observaram ela adentrar o veículo amarelo. Cada um foi para o seu próprio lado, Max e Park em direção a garagem para a retirada de seus veículos, enquanto isso, Max foi-se primeiro. Jimin no entanto esperou alguns minutos dentro do seu carro e suspirou, ao dar partida, a noite de Chicago estava calma, a ronda militar nas esquinas, pessoas voltando para suas casas. Tudo em seu devido lugar. Assim que chegou, estacionou o carro, e passou pelo porteiro que estava assistindo o jogo de futebol americano, Houston Oilers contra Chicago Bears. O homem avistou e virou-se rapidamente e cumprimentou o detetive.

— Boa noite, senhor Park. Chegou cartas, e veio uma moça te entregar isso aqui. — Jimin pegou a pequena caixa e as cartas e subiu para o seu eu apartamento.

As buscas às chaves em seu bolso se tornaram difíceis. No entanto, assim que alcançou, girou a maçaneta dando um suspiro cansativo. Mas a percepção de um único abajur estava ligado, o deixando em alerta.

Uma voz ecoou pelo  apartamento no escuro, e logo as luzes se acenderam. Ele derrubou os objetos em suas mãos e pegou sua arma.

— Não se preocupe, sou eu, Angie.

Assim que as luzes se acenderam, ele viu o rosto de Angie. Uma parte estava destruída, e a luz neon azul brilhava por dentro. Continuou apontando a arma em sua direção, e ela se aproximou mais de perto. Ele ordenou que ela ficasse lá, e ela ficou estática.

— O que está fazendo no meu apartamento? — Ele perguntou.

— Eu te segui por todo lugar, e vi suas ações, até o beijo que você deu na sem graça da Amy. — Respondeu ela, sorrindo de forma diabólica. — Você não irá conseguir ficar com ela, uma pessoa cheia de segredos. Sabia que ela estava grávida?

— Angie, chega de mentiras! — Ele disse em um tom ríspido. — Você ficou pior desde que fugiu!

— Não mesmo — Ela negou.

— Amy nunca esteve grávida, ela contaria isso. — Jimin rebateu, sequer acreditava nas palavras envenenadas da robô.

— Ela perdeu o maldito feto graças ao ex-noivo dela, ficou tão triste, coitada. — Dava para sentir a acidez e deboche em seu tom de voz.

Ele abaixou a arma desacreditado com o que Angie disse. E se não fosse verdade? E se fosse? Por que ela não lhe disse isso antes? Virou-se de costas e deixou a arma sobre o balcão.

— Se um dia ela carregar um filho seu, Jimin, eu irei matar o bebê e a ela. Assim você irá esquecê-la. — Angie disse, fazendo-o gritar.

— Pare! O que quer? — Ele questionou, suspirando pesadamente.

— Apenas quis te ver e te dizer verdades. Mas antes de ir embora... — Angie se aproximou, e ele se afastou receoso. Ela estava muito próxima e bateu com força em sua nuca, e logo ele apagou.

(...)

Bar Blue Chicago

— Não foi sua culpa, Max. —  Disse Amy, dando um gole em sua tequila, enquanto a música country do bar tocava, ao perceber que ele voltava da cabine telefônica.

— Mas eu simplesmente contei algo, eu sou muito fofoqueiro? —  Max questiona, e Amy riu. Mas ela percebeu que o rapaz olhava de relance para a rua. — Tem algo de errado?

— Ele não atende o telefone e muito menos responde meus recados. — O rapaz acena em direção ao bar man — Tem algo errado.

Max batucava os dedos no balcão impaciente.

— Jimin sempre atende aquela geringonça e nunca desliga.

— Onde fica o apartamento dele? — Amy levantou rapidamente, pegou sua carteira e pagou as bebidas. Max deu o endereço de Jimin e logo Amy foi atrás. A garota saiu do bar, em busca de um táxi disponível, logo ao avistar um, ambos adentraram rapidamente e entregou o endereço.

Quando Amy chegou ao local, passou pelo porteiro, mas logo foi impedida por ele.

— Quem é você, senhorita? — Ele perguntou.

— Eu? —  Amy ficou nervosa e ele assentiu, então ela resolveu mentir. — Eu sou a namorada de Jimin. Eu preciso entrar no apartamento dele, é urgente! Faz algumas horas que eu ligo para ele e não atende, o Jimin nunca fez isso.

— Quer que eu ligue para o apartamento dele? —  O porteiro rapidamente voltou ao balcão e pegou o telefone.

— Não! Eu preciso entrar lá dentro. — Amy correu até o elevador e apertou o botão do andar para o apartamento de Jimin. Ao chegar lá, começou a apertar o botão da campainha, mas era frustrante. — Eu não acredito que irei fazer essa merda.

Ela se afastou da porta por um momento e esperou, depois se aproximou rapidamente e chutou a porta várias vezes, quebrando a fechadura. Ao empurrar a porta, viu algumas coisas caídas ao chão. Amy avistou Jimin no chão com a cabeça sangrando e de repente ouviu a voz de Max atrás dela.

— Você está indo rápido demais, garota! — Max disse ofegante. — Caramba!

Ele exclamou ao ver Jimin no chão e se aproximou dele.

— Alguém entrou aqui, mas a porta estava trancada por dentro. —  Disse Amy. Quando ela encostou sua mão delicadamente no rosto de Jimin, ouviu ele resmungar. — Ele está bem.

Com a ajuda de Max e Amy levantaram Jimin, que ainda não conseguia se manter em pé. Ele estava acordando aos poucos, Max foi buscar os primeiros socorros no armário, o sangue escorrendo na testa do rapaz era preocupante. Assim que Jimin acordou, Amy segurou sua mão, mas ele ficou inquieto ao olhar para ela.

— Você está bem? — Max questiona ao amigo ao se sentar na poltrona branca. E ele assente.

— Por que você não contou a verdade? — Jimin perguntou e olhou com dificuldade para Amy.

— Do que está falando? — Amélia responde sem entender nada.

— Angie esteve aqui e me contou coisas inimagináveis. — O rapaz contorce o rosto de dor ao sentir a gaze levemente o tocar. — Adivinha o que ela me disse? Que você esteve grávida.

— Ei... — Amy tentou falar algo mas foi interrompida por ele.

— Por que escondeu isso? Ou melhor, como ela sabe disso.

— Eu não quero saber disso, eu fico preocupada com você, venho até aqui e quebrei a maldita porta, para te ajudar! — Amy se exaltou respondendo ríspida, seus olhos ardiam querendo chorar. — Como pode desconfiar de mim? Quer saber? Eu nunca deveria ter aceitado a proposta de vir até Chicago e ter começado essa investigação, e nunca deveria ter conhecido vocês e muito menos ter colocado meus sentimentos por alguém que não confia em mim.

— Amy por favor, mantenha a calma. — Henderson se levantou e suplicou a garota que estava descontrolada emocionalmente.

— E quer saber? Por que se importa? — Amy saiu em disparate do apartamento e desceu até o hall. O porteiro tentou falar com ela mas, Amy sequer quis ouvir. A garota começou a perambular até achar um táxi.

Enquanto isso no apartamento, Jimin ficou inquieto, repensando que havia dito. Ele sabia que a machucou com suas palavras e jeitos. Com o coração apertado, ele se levantou com cuidado aos passos de Max ajudando e franziu o cenho.

— Não acha que eu sou patético demais para ficar assim? Eu fiz de novo Max, e se eu não fizer algo para pedir perdão, eu irei perder a Amy. — Jimin derramou lágrimas ao virar vagarosamente para encarar Max.

(...)

Dias se passaram, Amy não voltou ao trabalho, os detetives se preocuparam e fizeram até equipe de busca, mas não a encontraram. Jimin estava sentado na cadeira do escritório, seus os olhos inchados, seu corpo não reagia a nada sequer, até começar a se embebedar como fazia antes. De repente ouviram a maçaneta da porta girar vagarosamente e viram uma silhueta, era Amy, seus cabelos pareciam mais ondulados do que antes. Jimin não pôde se conter e tentou se aproximar dela, mas ela desviou e seguiu em direção a Max, — em suas mãos estava um fichário vermelho — e entregou a ele.

— Esses são os dados e provas que coletei durante esse tempo aqui. Estou entregando porque sei que precisam. — Assim que entregou, Max a fitou sem entender.

— Por que isso? — Ele questionou.

— Estou voltando ao Brasil, preciso voltar a minha verdadeira rotina como sargento, e não aqui. — Ela relata, e ao olhar para Jimin viu um olhar de tristeza. — Não se preocupe Max, aí tem tudo preparado, espero que encontre Jack Grayson e destruam a Angie.

(...)

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