006
(...)
As quatro semanas se passaram, Amélia foi liberada do hospital, e Jimin ainda continuava no mesmo estado, mas ela e Max continuaram a resolver o caso. E voltaram no mesmo local onde Jack estava pela última vez, o local totalmente abandonado por ele, estava empoeirado. Por mais que a visita ao local lhe causasse incertezas, estaria ali para cumprir o seu trabalho.
— Max, lembra da última vez no hospital? — Ela iniciou quando parou de andar por um momento e encarou Max com uma lanterna em seu rosto.
— Amélia, tira essa lanterna do meu rosto! — O rapaz fechou os olhos rapidamente agoniado.
— Desculpa. — Ela riu e apontou a lanterna para baixo.
Respirou fundo, a lanterna no entanto passeava aos arredores, no entanto, Max não queria pressioná-la.
— Sinto que Jack tem algo contra o detetive Park.
— Mas ele é contra a todos nós, Amy! — Ele proferiu e deu um leve riso.
— Não se vanglorie tão cedo. — Ela o alertou. — Ele citou o detetive e também a família dele.
Max virou-se em direção a ela, a expressão de curiosidade e espanto do rapaz estava ali, ele negou veementemente e ficou pensativo.
— Você tem certeza?
— Max não vem com essa. — A sargento logo bufou. — Estou te dizendo! Ele citou o pai do detetive como o verdadeiro pivô de tudo. Quantos anos Jimin tinha em setenta e três?
— Acho que entre nove ou dez anos, eu não sei dizer, a família dele é a elite no ramo militar. — O ar que deveria alimentá-la, agora sufocava-a em êxito. — O pai dele ficou encarregado do caso.
O Henderson caminhava ainda pensativo, tentava encontrar algo pelos arredores enquanto ambos ainda conversavam.
— Achei algo! — Amy se exaltou ao encontrar provas. Um caixote grande com destinatário na Alemanha. — Isso deve ser outro robô ou algo do tipo.
Amy pegou um ferro e bateu contra o caixote fazendo-o quebrar. A poeira então se fez presente assim que aquela tampa caiu no chão.
— O que é isso? — Max indagou logo em seguida tentando afastar os resquícios de poeira.
— Eu também não sei. — Amy se aproximou e tocou naquela coisa estranha, que parecia gosmenta. — Max, precisamos contatar as unidades. Encontrei um cadáver congelado.
Amy contraiu o rosto em uma expressão de nojo ao tocar, não percebendo que logo a sua frente havia muito mais, enquanto mais o seu olhar caçava os caixotes, mais o lugar ficava engrandecido.
— Droga! — Max esbravejou baixo.
Longos minutos desesperantes, Max correu em direção ao veículo estacionado, encarou dentro e olhou para os lados em busca de tentar comunicação já que o rádio sequer conseguia ter o mínimo de comunicação com a delegacia. Um pequeno posto estava longe demais, correu o quão podia para chegar até lá, buscou moedas em seu bolso, ao inserir trêmulo as moedas, discou os números. Não demorou muito para que a ligação fosse feita com sucesso, e mais uma vez o desgastes de seu sapato ocorreu por conta da terra no chão. Ao voltar, percebeu que Amélia estava sentada nas escadas do prédio à sua espera.
— Conseguiu? — Amy pergunta e logo Max assente.
— Não foi fácil percorrer isso tudo até lá. — Ofegante ele responde. — Além do mais os superiores informaram sobre o hospital informar que Jimin acordou e está desnorteado e fazendo perguntas.
Os dois suspiraram ao mesmo tempo. Não poderiam sair do local tão cedo, ainda mais sozinhos ali sem reforços, mesmo que os acontecimentos estivessem sendo tão inesperados, não poderiam omitir o medo e a curiosidade. E por que perfeitos robôs foram criados? Quais os verdadeiros propósitos a não ser possivelmente destruir a humanidade? Inserir ameaças ao convívio social poderia ser um perigo no futuro distante.
— Enquanto isso, iremos esperar as unidades. — Amy encara o relógio de pulso e em seguida o céu. — Às vezes é difícil acreditar que aquelas vítimas serviram de experimento para Jack. Me pergunto se a certeza desses robôs existirem podem no futuro talvez ser uma boa ideia ou não.
— É incerto o que virá pela frente. — Max sentou-se ao chão desconversando que ele não pretendia querer continuar.
Após vinte minutos da chegada de unidades, ambos se prepararam para sua saída em direção ao hospital. Depois de fazerem uma busca pelo lugar, apressaram-se logo em seguida. Chegando ao hospital, correram para pegar o elevador e ir até onde o detetive se encontra. Aqueles minutos pareciam horas naquele elevador, as portas se abriram e o espaçamento foi dado, os passos dos dois eram rápidos até chegar onde o detetive estava. Ao chegarem no quarto, viram o médico e enfermeiras ao redor e se aproximaram.
— Como ele está, doutor O'brien? — Max indagou ao encarar Jimin preocupado.
— Ótimas notícias, ele se recuperou muito bem, e enquanto a lesão na cabeça não precisa se preocupar, caso ele não se lembre de algo, é repentino. O paciente se encontra bem. — O médico deu um sorriso largo. — Bom, irei sair agora, caso precisar de mim é só chamar.
Quando o médico se reuniu com as duas mulheres, sua saída foi rápida. Max sorriu largo ao ver a recuperação do amigo indo bem, apesar disso, Amélia ficou no canto observando sem interromper. Mas o olhar curioso do Park em direção a ela chamou-lhe a atenção.
— Que bom que você se recuperou. — Max iniciou alegre.
— É, eu sei. — Sorriu fraco. — E Amy, eu sei o que aconteceu aqui no quarto e…
— Jimin, não precisa fazer isso. — Amy soltou suas palavras baixo.
Ele entendeu a atitude da mulher e ousou a não dizer suas palavras. Dirigiu-se ao amigo de longa data e perguntou como andava o caso, Max ansioso soltou a língua e disse absolutamente tudo, o rapaz apenas assentiu. E mesmo com a atenção e ouvidos ao amigo, sentiu-se aliviado em ver Amélia bem, seus olhares discretos em direção a ela de vez em quando mudava de rumo.
— Ainda não conseguiram nenhuma pista sobre o paradeiro dele?
— Sobre isso, não temos o suficiente, encontramos caixotes enormes com cadáveres congelados e alguns em descongelamento. — A expressão de nojo se formou no rosto de Amy ao proferir enquanto contava sobre mais cedo. — E também não encontramos a Angie.
— Eu não quero saber da Angie. — Jimin disse sem importância. O que fez a mesma franzir o cenho.
— Como assim? — Ela o questiona.
O Park respirou fundo antes de qualquer esforço em contar sobre o que ouviu, mesmo no breve coma, ele havia escutado cada palavra dilacerante em direção a Amy. Assim que contou o que ouviu e perceber a expressão sem saída da mulher, ponderou antes de qualquer palavra forte em direção a ela, mas não teve escolha a não ser trazer uma tempestade.
— Sabe o porquê das ameaças? Há muito tempo atrás, havíamos nos conhecido quando éramos duas crianças, e você sofreu um acidente grave e perdeu a memória por minha causa, meu pai entregou dinheiro para sua mãe para que ela fugisse, mas em troca, nunca nos veríamos de novo e sua memória não seria a mesma. — O ar perdido e sua voz ficando fraca causou esse efeito antes de voltar a dizer algo. — É por esse motivo que eu sou tão indiferente perto de você Amy, e às vezes me controlo para que eu não te abrace e te dizer o quão você se tornou uma mulher independente e perfeita.
Aquela realidade bateu em várias portas, desde que a sargento havia colocado os pés naquele distrito e observado o rosto asiático do Park, vagamente se lembrava de conhecê-lo em algum lugar ou momento. Como se pudesse conhecê-lo há bastante tempo, e agora, tudo havia ficado claro em sua mente.
Ele a conhecia, mas enquanto a ela? Todavia, Amy não se lembrava, um acidente poderia causar inúmeras possibilidade de acontecimentos, e Jimin havia reconhecido a garota que conheceu quando criança.
— Uau, o clima ficou ótimo para uma novela. — Max sentou-se e começou a encarar os dois. — O que foi? Continuem.
Os rostos virados ao mesmo tempo em direção ao Max novamente se encararam, e com certeza ele estava certo, era ela o tempo todo. A garotinha que caiu no rio. Por serem crianças, as vezes memórias vão-se rápido, mas para ele, a memória fotográfica era o que fazia parte de sua mente. Mesmo contando algumas coisas, temia pela crença dela, não seria fácil. Ainda mais quando era perceptível a negação em seu rosto.
— Eu não sei o que dizer e nem sei se devo acreditar nisso tudo. — Amy balançou a cabeça sem acreditar e Jimin estendeu a mão para ela e rapidamente ela o fitou confusa.
— Amy, se me permitir, um dia você perceberá que falo a mais pura verdade. — Ele ressalta.
Max encarava de braços cruzados, a animação tomou conta do rosto do rapaz, sentiu-se em uma das novelas em que sua mãe assistia. O mocinho reencontrando o grande amor de sua vida, ele riu ao lembrar da cena, e voltou ao que estava ali. Observou a expressão de Park que também estava prestes a perguntar.
— Max, você não estava afim dela? — Ele questiona, logo tira uma boa risada do amigo que nega a situação. — Então por que está com essa cara?
— Meu caro amigo, não mesmo, gosto de protegê-la como irmão mais velho, além do mais, estou interessado em outra pessoa. — Max profere dando de ombros. — Agora eu quero saber, vai rolar beijo ou não vai? Estou curioso!
Aquela pergunta fora da caixa foi repentina, Santiago ignorava com a mente, e por fora veementemente negava enquanto risos de nervoso ela dava. Ela não ficaria brava, perceber que Max parece viver em outro mundo era engraçado, totalmente diferente do que aparenta ser.
— Beijo?! — Em seguida ela exclama após inúmeras vezes a palavra ecoar na sua cabeça. — Você é muito idiota Max Emillian.
— Gente, isso foi inesperado. Qual é, parece até um romance daquelas novelas. — Max rebateu em indignação. — E que tal apenas um?
Os dois se entreolham e rapidamente negam em uníssono.
— Isso aqui não é romance para começo de conversa, e só para te avisar seu zíper está aberto. — Retrucou, logo as risadas de Max começaram a ecoar. .
— Ela tem razão e além… — Jimin tentou terminar de falar mas um barulho incessante começava a ecoar.
Os rostos franzidos de Max e Amy se fizeram ali, o rapaz no entanto se remexeu em direção a uma pequena cômoda ao seu lado, puxou a gaveta e retirou um objeto cinza e amplamente modernizado para os dois à sua frente.
— Alô? — Respondeu assim que pegou o objeto. — Como assim senhor? Ela está aqui conosco, devo avisar?
Enquanto o mesmo falava, Max cutucou Amy e sussurrou baixinho em direção a ela.
— Nem com o meu salário eu compro essa coisa. — Apontou em direção ao telefone. — Não faz sentido isso.
— No Brasil é comum, mas é muito caro, mesmo assim prefiro os fixos. — Ela admite em meio a curta fofoca.
Jimin ficou quieto por um instante e encerrou a chamada, observando os dois com uma expressão de preocupado. Sua fala parecia não querer sair nem por um momento, estava presa, ele gaguejou por uns instantes até que o outro detetive resolve retirá-lo daquela linha de travamento.
— O que houve? — Max o questiona.
— O negócio é com você Amy. — Ele suspira antes de prosseguir. — A Angie cometeu um crime durante o tempo que ficamos longe, e a câmera de segurança do local captou imagens dela, e agora o outro departamento não sabe sobre o clone e você pode acabar sendo presa por causa dela.
— Ninguém merece. — Ela ri soprado. Os dois a fitaram e perceberam sua expressão nervosa, claramente ela não estava sabendo lidar, ela poderia ser presa por causa da Angie?
Todavia, sim. Mas, o que garante o depois? Aquela robô era uma realidade fora de sua cabeça, que nesse exato momento pode estar cometendo um crime, já não bastava outros departamentos estarem vigiando-a com a desconfiança de qualquer movimento dela, era difícil de acreditar que isso poderia simplesmente deixar de existir.
— Amy, temos que planejar algo para que você não tenha problemas com isso, obviamente vão querer expor o caso e vai por água abaixo. — Max responde. — O perigo pode acontecer lá fora.
— Ele tem razão. — Jimin logo concordou, ela não respondia nada, e a linha de raciocínio criou uma trava. O medo não estava ali, mas talvez a raiva, sim, e que a possibilidade de Jack estar envolvido traria a maior certeza. — Não se desespere, eu acho que temos que conversar com o comandante Gordon e com o capitão Courtney do departamento que irá investigar isso, e esperar que você não seja presa. Precisamos tirar essa robô das ruas, pessoas vão acabar vendo o rosto dela e confundir com de Amy e isso poderá trazer problemas
— Eu não irei presa. — Diz confiante. — E muito menos nenhum cívil vai encostar em mim.
— Então o que irá fazer? — Perguntou Max. — Agredir os civis?
— Talvez. — Ela profere.
— Participaremos da reunião e por fim, iremos contar sobre, e que a Angie é extremamente parecida com a Amy. Assim teremos mais vantagem na busca. — O Park circula o dedo indicador apontando para os três. — Mas preciso receber alta de imediato.
— Você não pode receber alta agora de imediato, Jimin. Precisa esperar a hipótese se o seu caso piorar. — Max refuta.
— E se ao invés de irmos a reunião, nós simplesmente solicitamos para que a reunião seja aqui, assim não terá problemas nisso. Certo? — Amy sugere pensativa.
Entender a sugestão estava entrando em cogitação para ambos os detetives, ou seja, um plano perfeito para debaterem sem precisarem se mover. Contudo, Park temia por onde isso poderia acabar, não tinha ideia se isso acontecesse algo muito maior impediria o caso. Lidar com superiores em meio a um caso tão surpreendente
— É uma ótima ideia! — Ele concorda após ouvir o cogitação dela. — Falaremos com comandante, é evidente que ele irá aceitar, se trata de um caso que precisa ser resolvido e você não será presa.
O detetive deu a possibilidade rapidamente, a ideia imediata foi por ordem, o Park pediu para que a mulher fosse até a recepção e contactasse os superiores, por mais que haja um telefone inovador pertencente a Jimin, ela negou o uso. Sugeriu rapidamente que ela mesma iria até a recepção e usaria o telefone fixo. Seus passos geralmente são calmos, mas desta vez se tornaram depressa, assim que saira do ambiente, ele chamou Max para perto.
— Vou aproveitar a oportunidade que ela saiu e, preste atenção Max, não podemos deixar que ela seja encarcerada por um crime que ela não cometeu. — Ele diz apreensivo. — O que nós precisamos é de um bom álibi que temos, é óbvio, e um depoimento digno. Ah, e tenta subornar o médico, por favor.
— Pode deixar, temos um álibi perfeito, e se estiver falando sobre a sua alta, esqueça. — Max declara. — Cara, entenda que você não pode sair enquanto não se recuperar. Agora me diga, o que faremos em relação à Angie?
O rosto questionador quis se dedicar em saber o que o amigo faria, ou se sentiria, em relação a isso. Suspirou pesadamente, não ousando encarar novamente Max.
— Eu não sei, Max. Ainda estou confuso com isso tudo, elas são completamente diferentes, mas o perigo envolta disso dificulta o que deve-se fazer. — Jimin disse num tom calmo mas apreensivo. — Ainda não encontraram ela?
— Não mesmo, aliás, consegui os relatórios da família da mãe da Amy. — Ele responde. — Eu estou fazendo isso sem ela saber e…
Subitamente, Amy adentrou no quarto sem bater, assustando-os. O beep de alteração cardíaca apitou por alguns segundos assim que a atenção do Park dirigiu-se até a sargento que segurava uma folha em mãos.
— Sem eu saber o quê? — Amy questiona e ambos ficam quietos. — Enfim, eu conversei com o comandante e ele concordou em vir fazer a reunião aqui no hospital após muita insistência. Mas o que vocês diziam sobre eu não saber de algo?
— Hã... Nada. — Max respondeu curto sem olhar nos olhos da mulher.
— O que vocês estão escondendo? Huh? — Amy cruzou os braços impaciente. Jimin e Max se entreolharam tentando encontrar algo para dizer.
— Não se preocupe, não é nada demais. — Max bateu de leve no ombro de Amy. — Não é tão relevante assim.
— Nada demais? — Retrucou ela enquanto cerrava os olhos.
— Não seja tão curiosa! — Jimin reclamou rindo. — Além do mais, sobre o que falaríamos de você?
— De tudo, obviamente! Não confio em vocês dois, parece menininhas da quarta série com segredos. — Amy riu baixo.
Max revirou os olhos, pendeu a cabeça de lado ouvindo o novo título que Amy estava dando para os rapazes novamente.
— Agora somos menininhas depois de tudo?! - Max exclamou incrédulo enquanto colocava sua mão esquerda no peito fingindo surpresa. — Você é falsa e mal agradecida.
— Olha aqui... — Antes de terminar, Jimin resolveu interferir.
— Ei, vocês dois, parem! — Jimin pediu e um silêncio total formou-se ali naquele quarto.
Amy observou Jimin ficar inquieto com aquilo e se afastou, embora o tempo não passasse rápido, aquela tensão que estava sentindo havia ido embora embora, enquanto Max encarava Park, começou a fazer gestos codificados para que a garota não entendesse praticamente nada. Após dois dias da visita, o trabalho foi redobrado, mas a reunião marcada estava prestes a acontecer. Max resolveu buscar Amélia, ambos conversavam e debatiam sobre o que iriam falar durante a conferência particular durante o trajeto, após chegarem vinte minutos antes mais cedo, entravam em consenso. Os passos pesados de botinas militares fora do quarto foram ouvidos, o que significava que o pessoal da reunião já estava no local. Ao baterem e adentrarem o quarto, o capitão e o comandante juntamente com duas testemunhas estavam por fim ali, as mãos de Amy prontamente ficaram gélidas e suadas com o nervosismo.
— Estamos aqui para começar a reunião e iremos ter duas testemunhas para depor no caso da senhorita Santiago. — O capitão começou a falar com rigidez e seriamente. — Começaremos com você, Amélia. Onde esteve no dia em que ocorreu o crime no dia 8?
— Eu estava internada neste hospital e para ser sincera, como eu poderia sair daqui e cometer um crime se estivesse aqui o tempo todo? — Amy respondeu.
Tentou não retrucar e ser rude, mas não fazia sentido o primeiro questionamento. Observou também alguém anotar em um bloco de notas o que ela falava, e a cada questionamento, a anotação estava sendo feita com cautela. Em meio aos seus pensamentos, ela é interrompida ao ouvir a voz do capitão.
— E logo após sua alta? — Novamente ele perguntou.
— Estava fazendo buscas com o detetive Henderson, apenas isso. Eu não saia da casa onde eu estou ficando atualmente, e se eu saísse era apenas para resolver o caso com o detetive.
As respirações e o barulho da máquina hospitalar eram as únicas coisas sendo ouvidas, além do barulho do papel sendo mexido, após algumas reviradas em escrita e papel, o superior dirige seu olhar em direção ao detetive.
— E você, detetive Henderson, qual a relação que você tem com a sargento? — O capitão Courtney prontamente virou-se o olhar para Max.
— Apenas de trabalho, senhor. — Max inspirou fundo. — E ela também é minha amiga.
— O que estava fazendo no dia 8?
— Caramba... — Max resmungou baixinho.
— O que disse detetive? — Questionou o capitão.
— Nada. — Disse curto. — O que eu quero dizer é que, no dia 8, eu estava aqui no hospital junto a sargento e o detetive Park. Eu não saí para nada, a não ser ir a casa de minha irmã.
Ao declarar, o homem assentiu em concordância ao ouvir o testemunho de Max. Mesmo com um pé atrás, estava nervoso com a situação em que Amélia estava.
— Com licença, capitão. Mas pretender fazer perguntas do tipo, sendo que ela não saiu daqui? — Jimin indagou cruzando os braços.
Mesmo retrucando as palavras insistentes de seu superior, Park não poderia deixar isso em vão, tentou se ajeitar naquela cama hospitalar e endireitou-se mesmo com dificuldade. O rosto do homem incrédulo pela petulância que ouvira do detetive se expressou.
— Ora detetive! Ela é a suspeita, mostra muito bem isso. — Courtney esbravejou.
— Não, ela não é! — Jimin se alterou e confrontou o capitão ficando na defensiva. — Jack Grayson, é o maior suspeito, ele está por trás da criação ilegal de robôs! E o que viram naquelas imagens são uma de suas criações.
— Jimin... — Amy tentou impedir mas logo ficou calada, pois não tinha sequer argumentos contra o que Park dizia, já que tudo era verdade.
A verdade que não estava sendo fácil de acreditar. Uma época que sequer a tecnologia avançada não tinha capacidade. Mesmo diante das acusações, ela sentia um misto de emoções, enquanto seu defensor não fechava a boca nenhum segundo mesmo hospitalizado.
— E por causa dele, ele quer é acabar com a sargento, além da própria estar envolvida também. — Todos estavam boquiabertos com o que Jimin dizia, já Max apenas concordava sorrindo, e o comandante Gordon não sabia o que fazer apenas ficou estático. — É uma pena que essa acusação tomou este rumo. Não sabemos o que esse homem planeja, mas algo perigoso estar por vir.
— Comandante, você deveria ter convocado isso a mim diretamente. — Courtney cruzou os braços.
O capitão tagarelou, embora estivesse certo em querer ser notificado da missão, não poderia acusar ninguém sem ao menos ter o mínimo de conhecimento do que estaria acontecendo. Gordon no entanto gaguejou ao iniciar.
— Eu não pude, é arriscado demais outro departamento ficar sabendo. A investigação iria por água abaixo. — Explicou o comandante Gordon e Courtney apenas assentiu.
— Tem razão. — Ele suspirou pesado e encarou o trio, que aparentemente ansiavam por uma resposta.
Após os murmúrios entre as duas patentes, decidiram encerrar, já não havia mais outro motivo para que continuassem a perseguição contra Amélia. Ela assentiu, mas naquele instante não poderia demonstrar a felicidade tão cedo.
— Senhores, eu posso encerrar a escrita? — O testemunho já não entendia absolutamente nada sobre isso e logo questionou.
— Claro que sim. — Courtney apenas concordou, o homem fica de pé e sai. — Não se preocupe, senhorita. A investigação sobre você está anulada.
O alívio lhe trazia como brisa, sentiu a tensão e o nervosismo ir embora, fechou os olhos e vagarosamente os abriu após o suspiro lhe deixar.
— Então podemos continuar com a investigação? — O detetive questiona.
— Não há dúvida, entretanto, precisam de recursos para continuarem. — Courtney explica.
— Que tipo de recursos exatamente? — Amy curiosamente perguntou.
O capitão iniciou, em suas mãos seguravam pastas com o brasão do FBI, explicou detalhadamente como tudo poderia ajudar a encontrar Jack. E que a federação prontamente tinha rastreamento restrito em segredo, com isso, poderão localizar o homem em facilidade. Amy estreitou os olhos, ficou na defensiva antes de falar algo até que a mesma ergueu a mão para dar um momento de fala.
— Está nos dizendo que a federação tem recursos para isso?
— Não só isso como a quantidade de agentes espalhados pelo país poderá ajudar e trazer informações. — Gordon salienta.
— Além dos recursos, equipamentos de busca avançada e qualquer documentação temos dentro do FBI. Vocês estarão mais experientes sobre isso.
Então Park deu um sorriso largo e amostrado, mesmo hospitalizado, ainda assim permitiu-se ter a sua postura. Sentiu-se fazer parte da federação, não poderia imaginar que brevemente os federais estariam ajudando.
— E quando foi que nós nunca fomos experientes, capitão Courtney? — Jimin riu soprado. — Somos o trio perfeito.
(...)
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