002
Brasil.
Uma semana depois.
Já era quase meia-noite noite, seu turno não havia acabado, a delegacia estava um completo vazia naquele horário, e para piorar, horário de prisões sempre é na madrugada, o que Amélia odiava é que seu turno não se estendia até a madrugada, mas o seu cansaço estava atingindo o ápice e ela apenas queria ir embora. O relógio de parede fazia seu tic-tac lento, Amy; como os seus colegas chamavam-a, soprou o ar. A sargento novamente observou o relógio e faltava dez minutos até que seu turno acabasse, levantou-se e foi até o vestiário para retirar o seu fardamento e ir embora.
Cansada ao ponto de dormir em qualquer lugar, ela encarou o reflexo no espelho de seu armário, suas mãos esfregam suas têmporas em busca de alertar que o seu sono viria. Ao se trocar, pegou sua bolsa assim que olhou novamente deu seu horário, levantou e buscou as chaves do carro junto ao meus pertences. As paredes meio acinzentadas traziam um pouco de clareza com a pouca iluminação que tinha naquele corredor.
Prestes a sair, vê um de seus colegas Peterson. O rapaz esbanja um sorriso preguiçoso ao ir em sua direção com pacotes em suas mãos, com certeza é cocaína, e por detrás dele há três policiais com três bandidos algemados.
- É o caso do tráfico de drogas? - Ela o questiona. Suas mãos seguram na alça da bolsa e logo sorri parabenizando o colega.
- A investigação deu certo, gatinha. E sim, isso tudo é cocaína, tem bastante dentro do porta-malas. - Ainda sorridente, ele entrega os pacotes para os outros policiais. - Já está indo? Se quiser te levo embora.
- Não precisa Peterson, o meu carro está no estacionamento, até mais. - Ela se despede e logo um boa noite saí de sua boca.
Seu apartamento ficava 30 minutos da delegacia em situações na qual o trânsito não estava em um engarrafamento, em outras vezes demorava no máximo duas horas para sair daquelas ruas e avenidas para chegar em sua casa. Na rádio tocava algumas músicas super baixinho, Amy cantarolava algumas e fazia pequenos barulhos e batuques, assim seu carro sobe a pequena calçada para ter acesso ao estacionamento, ela suspira. Finalmente em casa, ela pensou.
- Boa noite senhorita Santiago, hoje cedinho chegou as correspondências. - O senhor de meia idade a chama assim que a vê entrando pela a portaria.
- Boa noite, senhor Queiroz! - Ela o cumprimenta e logo segura aquelas cartas em mãos e as confiro enquanto aciona o elevador. - Obrigada, tá?
Chegar até o sétimo andar era o que a moça precisava. Muitos vizinhos eram reservados, então não havia vínculo de amizade entre a própria Amy e os moradores.
Ao adentrar o local, ela encosta na parede e com dificuldade suas botas são retiradas. Amy arrastou seus pés em direção ao sofá jogando sua bolsa e chaves, o apartamento vazio e um pouco iluminado era seu ambiente. Não tinha sequer algum animal de estimação que fizesse sua companhia, sua mãe sequer ligava para dizer ao menos um "Alô", de fato o que ela estranhava era que a mulher não retornava suas ligações fazia dois meses.
O quarto sempre arrumado logo vira uma bagunça assim que a mesma resolve tomar um banho demorado e vestir seu pijama e se esbaldar naquele colchão. Até que algo lhe surpreende, entre as cartas lidas, havia um número de telefone de origem estrangeira. Seu cenho franzido fez ela ficar de pé novamente e correr até o telefone fixo de seu apartamento, ao pegar o objeto que tinha inúmeras figurinhas, ela começa a discar sem perder nenhum número.
E então, sua surpresa foi maior quando a voz de inglês nativo começou a falar. A mulher sempre teve domínio no idioma pelo fato de que fora ensinada por sua mãe que morou por um tempo no estrangeiro, o que facilitou no aprendizado da mulher, todavia, Amy estranhou o fato de que um departamento estava tão interessado em saber dela.
Seu nome foi dado e uma linha a encaminhou, a voz feminina então mudou para uma voz masculino e totalmente rígida em seu tom.
- Amélia Santiago? - O homem que tentou pronunciar seu nome, o que foi um completo desastre, ambos acabaram rindo.
- Quem deseja falar comigo? - Curiosa, ela ficou atenciosa com aquela voz.
- Olá, sargento, sou o comandante Gordon, que bom que resolveu ligar para o departamento. Mas quero lhe perguntar algo. - Amélia assente ao querer ouvir o que o homem tanto queria falar com a mesma. - Você tem algum vínculo com o estadunidense Jack Grayson?
Aquela pergunta fez a própria relutar no passado na qual envolvia sua mãe. Ela no entanto negou em sua mente, sua voz sequer saiu, percebeu que não havia falado nada quando seu nome foi chamado novamente.
- Na verdade não senhor, minha mãe é a única que possuía algo com ele, ambos estavam em um relacionamento quando ela estava grávida. Mas terminaram uns anos depois. Porque a pergunta? - Ela indagou.
- Ele está foragido, e agora a polícia, o departamento e a Interpol está atrás dele. - O susto pela a notícia foi inusitada. Amy sentou-se em sua poltrona e suspirou pesado, a mulher sempre teve em seus pensamentos Jack como um homem bom, e que de repente está sendo procurado. - Indícios foram achado de que ele mantinha um laboratório de robôs ilegalmente e que já foram apreendidos.
- Robôs?! Ilegalmente?! - Ela se sobressaltou ao ouvir o resto da notícia. - O senhor pode falar sério, mas isso existe mesmo?
O homem ficou calado ao ouvi-la e riu soprado, era difícil fazer com que qualquer pessoa acreditasse, e então naquele momento ele resolveu prosseguir.
- Creio que se interessa sobre o caso, sargento. No momento, isso é sigilo, mas gostaria que você estivesse no caso. Sua ajuda é importante, além do mais, você o conhecia. - Amy fechou os olhos e tentou relaxar o seu corpo pela tensão que sentia. - Gostaria de vir até Chicago para podermos conversar melhor?
A oportunidade bateu em sua porta. Ser convidada para um caso que de imediato é a maior loucura naquela década, seria um marco para a sua carreira. Mas sua mente trouxe o fato de que a mesma estaria em um caso de robôs, um sigilo, que até mesmo não deveria ter sido exposto ao telefone, pensou ela.
- Claro que sim! Estarei em Chicago em algumas semanas, senhor. - A ligação de longos minutos foi encerrada. Suas mãos percorreram suas têmporas e esfregaram ao ponto de chegar até os fios de cabelo e bagunçar. - Preciso descansar... Amanhã será um dia e tanto.
(...)
A iluminação fraca solar estava batendo em sua janela indicando estar um pouco cedo, desde a ligação que tiveram com o comandante, Amy investigou o paradeiro de sua mãe. A mais velha sequer atendia a própria filha, e quando atende o telefonema, a ligação não passava de vinte segundos. Então duas semanas passou-se, sua mãe fora localizada trabalhando em uma clínica em outro estado e quando voltara, ficou preocupada ao saber do que estava acontecendo.
Outra semana havia se encerrado, já era terça-feira, Amélia havia chegado mais cedo na delegacia, o cheiro amadeirado das estantes limpas estava por todo lugar daquele escritório. As persianas estavam entreabertas, Amy deu uma espiadinha pelas persianas e observou que do outro lado do estacionamento a figura havia descido do veículo. Um pouco ansiosa, ela então voltou a aguardar sentada na cadeira, e alguns minutos demorados a porta logo se abre vendo uma figura feminina espantada.
- Amélia! O que faz aqui nesse horário? - Ainda assustada, ela sentou-se em sua cadeira, enquanto a morena riu do que havia acontecido poucos segundos. - Além do mais, hoje é sua folga.
- Desculpa, mas eu preciso falar algo sério com você, e não posso deixar esse assunto vagar. - A mulher então assentiu, e sim, ambas amigas em uma mesma delegacia, a comandante por um momento ficou séria e pediu para que ela prosseguisse. - Há algumas semanas recebi uma carta estrangeira com um telefone, entrei em contato e me surpreendi que falava com o comandante do departamento de investigação de Chicago, ele pediu que o quão antes eu fosse até lá para estar um caso de alguém que conheci há uns anos.
A mulher então concordou com o pedido inusitado, nunca em seus quase vinte anos de carreira tivera um de seus policiais sendo chamados para um caso internacional, mas naquele momento era sua melhor amiga precisando dar um marco em sua carreira.
- Amy não tem problema, você irá sim! - Ela sorriu e afastou a cadeira e ficando de pé. - Portanto, Nicollas irá ser seu substituto enquanto você não estiver presente.
- Obrigada Isa! - Amélia também ficou de pé, seus passos foram em direção a ela e deu um longo abraço. - Ops! Permissão para abraçar, comandante Damas?
- Permissão concedida. - As duas acabaram rindo. Então ela acabou ficando curiosa sobre do que se tratava o caso, mas Amélia então disse que no momento não poderia falar nada já que o homem do outro lado do telefone que havia conversado com ela pediu sigilo.
A conversa vai e vem, mas ambas foram surpreendidas por Nicollas, que abriu a porta surpreso pelas gargalhadas nem um pouco tímidas.
- Com licença, comandante e sargento. - O rapaz adentrou dando continência com a cabeça, a Damas assentiu o dando permissão. - Comandante, precisamos da senhora na sala de reuniões.
Amélia então afastou-se, logo despediu-se da amiga após o rapaz sair, e naquele mesmo dia ela iria para um lugar totalmente oposto de sua rotina. Amélia então deu uma pequena ronda pelo o local de trabalho e acabou encontrando Peterson no caminho. O moreno se aproximou sorrindo, sempre fora conhecido como a alegria da delegacia, o rapaz então entregou uma ficha de um dos presos da noite passada e franziu o cenho por não ver a colega fardada ainda e deu de ombros.
- Vamos interrogá-los juntos? - Um rosto sem demonstrar muita expressão se formou no rosto de Amy fazendo com que Peterson ficasse confuso. - O que houve?
- Peterson, eu não poderei exercer por algum tempo. - Ele ficou calado por um tempo, tentando raciocinar.
- Espera, você foi afastada?! - Amy balançou a cabeça negando. - E o que houve, Amy?
- Eu irei para Chicago resolver um assunto importante, e preciso que ajude Nicollas a cuidar das minhas apreensões enquanto eu estiver ausente. - Ela proferiu. Logo o rapaz deu um estalar ficando um pouco incomodado.
Mesmo em silêncio, se aproximou de Amy e deu um abraço apertado, assim que o abraço fora-se deixando, um suspiro saiu de sua boca. Peterson desejou que a mesma se cuidasse, ela sorriu e saiu deixando o rapaz após a despedida.
(...)
Dois dias se passaram, e Amélia havia embarcado para o vôo de Chicago. Depois de dez horas de viagem, a própria estava totalmente instalada no hotel que o próprio departamento havia reservado para ela, mesmo após o longo trajeto do veículo até o hotel Travelodge, ela se sentiu um pouco deslocada naquele lugar. No entanto, ficou surpresa quando soube que a reserva tinha sido feita por tempo indeterminado. Assim que instalou-se no quarto, ela se esparramou sobre a cama do hotel, seu rosto procurou o telefone fixo pelo quarto em uma urgência.
Após alguns minutos de insistência ao telefone, finalmente foi atendida e a voz do homem fora ouvida.
- Olá sargento, espero que tenha chegado bem. Mas que horas irá vir até o departamento? - A garota respirou fundo e o respondeu rapidamente.
- Estou indo agora mesmo, apenas preciso do endereço. - Ela rapidamente foi em direção ao um bloco de notas e buscou uma caneta.
- O endereço é na 3510 South Michigan Avenue, assim que chegar terá um policial que a levará até minha sala. - Ao anotar o endereço, ela encerrou a chamada e saiu do quarto de hotel.
Amy acionou o elevador que a levaria até o térreo, a moça saiu apressada e avistou o primeiro táxi que estava estacionado ali na frente da hospedaria. Ao chegar ao distrito, ela pagou o motorista e saiu do veículo, Amy observou a delegacia e percebeu que havia uma enorme diferença entre as delegacias brasileiras. Sem demora, adentrou o local avistando o policial que se aproximou cumprimentando-a, o rapaz a conduziu até a sala do comandante, que estava com duas pessoas que mantiveram os olhares totalmente semicerrados.
- Seja bem-vinda a Chicago, sargento. - O comandante a cumprimentou novamente. - Esses são os detetives Park e Henderson.
Max e Jimin estavam surpresos com o que olhava para a mulher à sua frente. Mas para ela, eram dois desconhecidos que a encaravam esquisito.
- Senhor, essa não é a robô? - Max indagou em tom baixo.
- Do que ele está falando comandante? - Amy replicou confusa, a boa audição lhe ajudava em momentos até como este.
- Rapazes, essa é a sargento Amélia Santiago. - O comandante pigarreou, tentou proferir o nome da moça mas fora difícil e acabou observou que os três ainda estavam surpresos.
- Pode me chamar de Amy, senhor. - Ela brevemente sorriu e encarou o superior.
- Sem ofensa, senhor, mas porque ela está aqui? Esta investigação é apenas entre o departamento e a Interpol. - Park interrompe revira os olhos em direção a ela apontando para Amy como se ela fosse atrapalhar o caso.
- Está insinuando que irei atrapalhar? - Amy esbraveja e Park a confronta.
- Pense como quiser, mas comandante eu realmente não quero ela no caso. - Jimin suspirou baixo retraindo a situação, suas mãos percorreram entre seus cabelos pelo nervosismo.
- Detive Park, você não tem o direito de me impedir de colocar alguém no caso, e detetive Henderson, leve a sargento Santiago até o escritório de vocês e mostre a ela o arquivo e como as coisas funcionam. - Assim que o comandante ordena, Henderson pede que Amy o siga, ficando apenas o comandante e Park sozinhos.
Depois de muita discussão com o comandante, Jimin saiu da sala furioso, ao chegar até o escritório encontrou Amy sozinha lendo os arquivos. A moça estava concentrada e séria, ela havia retirado a jaqueta mostrando suas tatuagens nos dois braços, ele se aproximou com cautela e a fitou por alguns minutos até ela perceber.
- Algum problema detetive? - Amy o pergunta mas Park negou, até que fora em direção a sua mesa.
- Não mesmo. Sobre o que aconteceu hoje mais cedo, me desculpe, não foi minha intenção te julgar assim eu só... - Amy o olhou com cenho franzido o interrompeu.
- Detetive Park, não tem problema, eu também ficaria assim se alguém pegasse uma apreensão minha. Não foi justo realmente eu chegar assim do nada e me intrometer. - Os dois se olharam por um momento e o silêncio se mostrou ali, mas antes que Jimin falasse algo, Max adentrou o escritório com uma papelada em suas mãos.
- Amy, eu trouxe essa papelada... - Amy e Jimin encararam Max que se permitiu sorrir naquele momento. - Já se resolveram, não é?
Amy estava séria como sempre, mas Park estranhou Max pelo motivo de trazer mais papelada até a sargento, e o moreno fez a expressão de que estava encrencado e logo Amy levantou-se e pegou a papelada de suas mãos e o agradeceu.
- Por que trouxe essa papelada, Max? - Jimin o pergunta.
- Eu pedi, eu estava lendo o arquivo e tinha algumas coisas diferentes da outra, principalmente onde diz que ele não tinha tais problemas mentais. E sim, ele tinha. - A garota riu baixo pois sabia de muita coisa além disso tudo. - Minha mãe é psiquiatra e o conheceu ele numa ala, o quadro dele era muito diferente dos outros, além de ter problemas de identidade múltipla.
- Então você realmente o conhece? - Henderson indaga e ela apenas assente. - Sabe onde podemos encontrá-lo?
- É bem difícil, ele desaparece do mapa facilmente, mas o único lugar que ninguém iria procurar seria no Brasil... - Amy pausou pensativa. - Que estranho, ele não está fugindo...
- O que você quer dizer com isso? - Jimin a questionou e ficou apreensivo, mas Amy apenas ficou calada.
- Ele está atrás da peça-chave. - Os detetives ficaram confusos, não entenderam o que ela falava, seu olhares caíram na brasileira que questionava sobre a tal peça-chave, ela levantou rapidamente e pegou o arquivo novamente mais uma vez folheou e percebeu algo. - Olhem essas fotos dos robôs, cada uma tem um símbolo e no mesmo lugar!
- Você tem razão. - Max deixou um sorriso pairar ao enxergar perfeitamente aquelas fotografias.
- Mas e as vítimas? - A mulher indagou. O suspiro pesado de Park se fez presente.
Era difícil explicar o que realmente poderia acontecer. Não acreditava também na hipótese de tudo aquilo ser real, mesmo que seu olhar tenha captado tudo.
- É complicado explicar, todas elas têm suas identidades roubadas e não há muito o que se fazer. Bom, eu vou me comunicar com o chefe de pesquisas para liberar os robôs para fazermos um interrogatório. Max, pode vir aqui um instante? - Jimin diz, e logo chamou a atenção do rapaz. - Olha, ela ainda não sabe que foi clonada, e sabe muito bem que a robô não contou tanta coisa assim, e se ela souber que as memórias dela também foram repassadas para um robô, é capaz de tudo virar um caos. E talvez ela possa destruir a cabeça do robô na hora, já viu a ficha dela? Ela é elite!
- Ei, ela não é tão assustadora assim, sobre isso, eu vou conversar com ela e tentar fazer com que ela não queira atirar contra aquela coisa. - Jimin fitou o amigo confuso e logo observou o indicador de Max apontar para a cintura da moça que carregava uma arma em seu coldre. - Amy, posso falar com você por um instante?
Amy assentiu, virou-se em direção ao rapaz que sentou-se junto a ela, Jimin quis ficar mas precisava resolver outro assunto. Após sua rápida saída, Max suspirou e encarou fixamente Amélia.
- Vai ser um pouco complicado explicar o que está acontecendo. - Inspirou o ar e logo soltou um pouco nervoso. - Pela primeira vez em anos recebemos um caso de alta elite, como você ficou sabendo, se trata de robôs. Entretanto, você é o nosso quebra-cabeça.
Amy franziu o cenho. Pediu que o rapaz continuasse a dizer mesmo com aquele nervosismo que sucumbia ao seu corpo.
- O fato de você ser o quebra-cabeça dessa história, e também pelo fato de você conhecer Jack, é que ele fez uma espécie de clone seu. - Suas palavras foram um choque para Amy. As mãos da sargento seguraram com força o próprio músculo da perna. - Ela está sendo mantida em um laboratório de pesquisa especializado, descobrimos também que a mesma tem memórias sua de quando criança, ou seja, tudo o que você sentiu psicologicamente ou até mesmo lembranças, está naquele robô.
Ao olhar para a garota ele sentiu um certo receio, sua expressão parecia de raiva e ódio, seu punho fechou lentamente e Amy bateu com força na mesa esbravejando alto.
- Como aquele filho da puta teve coragem de fazer isso, huh?! - Amy tentou se controlar, respirou fundo e encarou Max, e logo atrás dele estava a outra figura. - Vocês sabiam?
- Em grande parte sim, mas não sabemos o que pode ter, o próximo passo é levar você até lá para investigar de perto. - Max a sugeriu.
- Você deve ter perdido a cabeça, Max! - Park o avisa. Mas os olhares para si o fizeram mudar de ideia. - Olha, eu não concordo na parte onde você irá conhecer aquela máquina, mas, não posso interferir.
O rapaz suspirou. Poderia acontecer milhares de acontecimentos em relação a uma pessoa humana e um clone totalmente "não-vivo" a base de fios, era o que Park pensava. No momento em que percebeu que a mulher tinha pavio curto, observou ela vir em sua direção, mas não para falar com ele, e sim sair daquele escritório. Mas antes de colocar os pés para fora daquele âmbito, Max disse:
- Não liga para ele, Amy. Ele sempre foi assim na maior parte do tempo. - Max se aproxima de Amy cautelosamente respirando fundo. - Promete que não vai surtar e muito menos destruir a robô quando estivermos lá?
- Max, o seu pedido foi para a pessoa errada. - Seu tom ficou diferente, parecia entristecida. - Não quero que essa notícia vá tão longe.
- Do que está falando? - Perguntou Max.
- Não quero que minha mãe descubra que o cara em que ela mais confiou seja um tremendo um desgraçado.
O silêncio e o constrangimento foram mais altos. Os olhares em direção a Amélia trazia um vislumbre de uma vítima de algo muito poderoso.
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