Capítulo 5: Darwin também chora.
Parado. Estava parado enfrente aquele Castelo enorme em que minha amiga vivia. Era tarde, mas eu tinha certeza de que pelo menos ela estaria acordada.
Normalmente, quando a visitava e fica diante daquele castelo, me sentia animado, feliz por vê-la, porém, desta vez, eu me sentia envergonhado.
Segurei no metal frio da maçaneta da grande porta (Tá certo que tem um grande muro com um grande portão de barras de metal afiadas, mas pular grandes paredes como essas são minha especialidade!), soquei três vezes a maçaneta contra a madeira resistente. Não esperei muito, logo veio a criada com um cara assustada, provavelmente porque não ouviu os portões serem abertos e já era tarde da noite.
-- Ah... É só você!-- disse aliviada.-- Aconteceu alguma coisa, Sr. Darwin?
-- Uhum...-- murmurei.-- Posso falar com a Marie?
-- Ah, é claro. -- Ela sorriu, carinhosa como uma mãe...-- Mas antes, preste atenção. Já sabe que Vossa Majestade já não gosta muito de você. Vou te levar até a princesa mas cuidado para não ser visto pelo rei.
-- Certo.-- Eu já havia me acostumado em me esconder dele. Desde que ele se casou com a rainha o Reino se tornou muito rígido. Ele não aprovou minha amizade com Marie porque sou pobre.-- Podemos ir?
A criada acenou positivamente e me levou até a biblioteca, Marie estava lá, lendo em plena madrugada. Ela conversou um pouco com a gente e quando foi embora sorriu mais uma vez, era um sorriso muito reconfortante. Então eu fiquei, finalmente, a sós com Marie.
-- Então, amigo Darwin, o que houve?-- mal ela terminou de falar e eu ja estava chorando.-- D-Darwin! Aconteceu algo? -- Ela se aproximou.
-- S-Sim...-- Eu não parava de chorar, perto de Marie eu sentia como se pudesse realmente contar tudo o que há preso dentro de mim. Eu só precisava dela agora.
-- ... bem...-- Ela me abraça e espera até que eu me acalme. -- Tome isso.-- Ela ofereceu um copo d'água.
-- O-obrigado. -- Eu peguei o copo com as mãos trêmulas.
-- Bem, se não for confortável me contar agora o que aconteceu talvez eu possa te contar o que aconteceu comigo, para acalma-lo.
-- Sim, por favor.
-- Hmm... depois de me despedir de você, passei o resto do dia treinando com meu Machado, depois eu fui costurar um vestido que irei dar de presente. Quando chegou a hora do jantar fiquei sozinha na mesa, então comecei a flertar com o Jean, haha, tadinho.-- a risada dela não parecia muito feliz.-- Então "eles" chegaram, me disseram no início palavras como: "Você deve estar assustada com tudo isso...", mas as últimas palavras foram: "Nós mesmos iremos arranjar um pretendente a força, você nunca irá governar sozinha! Sua bastarda!"
-- O que?!
-- Isso mesmo que você ouviu.-- Ela suspirou então ficou de frente para mim, foi assustador, temos a mesma altura.-- Mas, eu não acho que seja o fim do mundo, não ainda. Eu quero saber o que aconteceu para te deixar tão triste. Eu irei te ajudar.
-- M-meu p-pai...
-- Ele fez algo?
-- Ele morreu... -- baixei a cabeça e voltei a chorar.-- Minha mãe o matou.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro