Capítulo 2: Darwin tem muitas irmãs
Depois que Marie voltou para casa continuei testando meu telescópio, esperando o anoitecer para poder enxergar a lua pelo meu novo instrumento.
As vezes eu me pergunto o quando meu pai gastou nesse presente, não faz muitos anos que a luneta foi inventada e por isso ainda deve continuar muito cara.
Quando anoiteceu eu passei horas observando todo aquele céu. As estrelas, os astros... Toda aquela escuridão enfeitada com luzes me dá um sentimento de paz. Este lugar, onde vivo, sempre foi um Reino de completa perturbação. Eu me pergunto se existe algo além do mar, da terra, do planeta que seja realmente magnífico. Por enquanto apenas a lua, mas duvido que cheguemos a pisar nela algum dia.
-- Darwin...?-- uma garota de voz fina chamou por mim. Me virei e vi minha irmã,
-- Oh, Tereza! O que veio fazer aqui?
-- Mamãe e Papai estão preocupados. Já é tarde e você ainda não voltou para casa. Eu imaginei que você estivesse aqui.
-- Ah! Desculpe-me! Perdi a noção do tempo.-- de fato, já era tarde. Talvez umas 23:00-- Vou juntar minhas coisas e já já nós vamos.
-- Ta bom.
Depois de aprontar tudo eu e minha irmã fomos a caminho de casa, ela tem 13 anos, é seis anos mais nova que eu, mas creio que seja muito mais próxima de mim do que minhas outras irmãs que têm idades mais parecidas a mim.
-- Como tem sido seu dia, Tereza?
-- Horrível.-- Ela fez uma careta-- Passei mal o dia inteiro, não parava de vomitar e a Carolina só ficava rindo de mim!
-- Carolina é um pouco sem noção... -- essa era uma de nossas irmã, tem 17 anos.
-- Ela pensa que já é uma adulta, mas nunca vi gente tão infantil!
-- Haha, você realmente está nervosa! Acho melhor se acalmar, não é bom para você ficar com os nervos a flor da pele.
-- Okay... -- Ela suspirou -- Mas é difícil me acalmar nessa situação toda. Mamãe anda ainda mais nervosa do que eu!
-- Sério? Por que?
-- Ela está brava com o papai porque ele gastou dinheiro comprando presentes para você e a Gina. Eu não vejo nada de mal nisso, vocês merecem pois o aniversário está quase chegando, certo?
-- Sim, acho que sim. Mas talvez a mamãe quisesse o dinheiro para uma outra coisa importante.
-- Ela queria contratar mais médicos. Só isso.
-- Oh, mas os médicos não saooo para você?!
-- Sim, Darwin. Mas olha so pra mim. Ta óbvio que nem o melhor médico no mundo consegue me curar dessa doença! Eu ja estou cansada de todas esses procedimentos estranhos que eles fazem em mim. Nunca adianta de nada! Eu so quero viver em paz os meus últimos dias.
-- Não diga isso... sua doença não é incurável. Algumas pessoas conseguiram melhorar.
-- Sim, mas não acho que seja uma delas. -- Ela fechou a cara.
Eu queria poder dizer alguma coisa para ela mas Tereza é tao teimosa que nunca me escutaria. Eu sei que ela pode melhorar, wstou convicto disso!
Voltamos para casa em silêncio, que logo se quebrou ao ouvirmos os gritos dos nossos pais la dentro e o cochicho de nossas irmãs do lado de fora.
-- Darwin!-- Anita, a mais nova (8 anos), veio correndo em minha direção pedindo colo.-- Estou com medo!
-- Hey Anita!-- Eu a carreguei-- Fique calma, Okay.
-- Faça-A dormir.-- Disse Carolina para mim.-- Precisamos conversar depois.
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