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Capítulo 83 - Feliz natal para vocês dois

Feliz natal para vocês dois


Marcela

— E aí o Arthur falou "você tem o direito de ficar calado. Tudo o que disser poderá e será usado contra você" — Sam narrou, enfiando as algemas em Marcelo pela encenação, porém realmente trancando-as quando terminou sua frase, porque ela adorava dar veracidade para seus causos e a gente se sentia dentro do programa do Datena.

O que eu não disse para ninguém, era que eu não via as chaves da algema em lugar algum, então a noite seria um tanto... presa... para ele.

— Mas ele não é só um investigador? — Patrício perguntou já com as bochechas vermelhas depois de beber a tarde toda com papai e Marcele.

O almoço da véspera de natal foi a oficialização do noivado de Patrício e Marcele, o que fez com que mamãe chorasse copiosamente durante toda a refeição por ver o anel no dedo da minha irmã, mesmo que ela já estivesse usando fazia alguns meses.

— É, mas ele assiste muita série americana e a gente o deixou ser feliz por uma tarde, sabe? — a delegada deu de ombros e se sentou no sofá, exausta, bebendo mais um pouco do seu suco de abacaxi com hortelã.

— E depois? O cara ainda está preso? — tia Vanessa perguntou na ponta do sofá, dando total atenção à história.

A verdade era que a Sam tinha um emprego complexo se fôssemos ser bem sinceros, pois, por mais que ela tivesse funções mais administrativas, às vezes acabava no meio de uma investigação e tinha que sair do escritório — isso fazia com que Marcelo perdesse seus muitos cabelos e colocasse a sanidade em risco em dias como aquele.

— Vai passar as festas sob custódia, sabe como é? Ele pode sair se pagarem a fiança, mas por um crime de tráfico de drogas, a coisa fica um pouco menos simples — ela deu de ombros da mesma maneira que eu dava quando alguém da CPN me perguntava se eu usaria aço estrutural em uma obra ou não.

Será que aquilo era mesmo trivial?

— Tio Cris, a comida tá ficando pronta? — Marcele gritou do tapete da sala enquanto a tia Marília fazia tranças em seus cabelos com paciência, porque Cele havia feito uma chapinha intensa já que ela queria "estar toda lisa pro Natal" e agora os fios ficavam escapando das torções capilares.

— Mais uma hora! — Val comentou, entrando na sala com uma caponata de berinjela com uva passa que minha mãe havia feito no dia anterior.

Aquela era uma tradição da família, porque ninguém aprovava a uva passa no arroz, mas naquela caponata... que pecado culinário era.

— Eu sei que a ceia se chama ceia por ser servida à meia noite, mas eu acho que meu estômago vai se desfazer a qualquer momento enquanto eu espero — Bruna se jogou dramaticamente no sofá, bem em cima do colo da tia Vanessa que apenas soltou um "uf", completamente sem ar — podemos adiantar as trocas de presentes pelo menos?

— Não, Brubru, vai ter que esperar como todo mundo — minha mãe negou pela quarta vez nas últimas duas horas, tomando um gole da sua taça de vinho tinto.

Acho que as únicas duas pessoas que não estavam bebendo naquela noite era eu (com uma ressaca tão grande que eu sentia que nem um transplante de fígado me salvaria daquela sensação de impotência por conta do natal antecipado com Retúlio) e Sam (que havia acabado de voltar do trabalho e ainda estava desacelerando).

— Ok, então, Adriel, qual vai ser o curso que você vai prestar ano que vem? Decidiu entre medicina e direito? — Enzo perguntou, se enfiando no espaço que havia entre meu pai e Patrício no sofá menor da casa.

Não é que a nossa casa era pequena, mas a família era grande. E muito, então a gente sempre acabava meio um em cima do outro em algum momento, o que funcionava muito bem para todos nós.

Eu olhei discretamente para Samantha e Marcele, que estavam tentando esconder o riso, porque nós havíamos previsto aquele inquérito em outubro.

— Gemologia — o rapaz disse orgulhoso com os cabelos ainda maiores do que quando estávamos no cruzeiro, porém agora ele não tinha mais a pose de quem passava o dia escutando Skank e NX-Zero. O boato era que ele havia se inscrito em um sarau e agora ia apenas a cafés com poesias.

— Geologia? — Val perguntou para confirmar com as sobrancelhas bem juntinhas e o olhar desconfiado.

— Não, tipo o estudo de pedras preciosas — ele corrigiu a nossa prima que estreitou ainda mais o olhar, enxergando a alma dele com seu beicinho julgador — eu curto muito essa praia e...

— Aí você quer trabalhar para lojas de jóias? — tia Vanessa indagou.

— Você sabe que isso daí não dá muito dinheiro, né? — tia Marília acrescentou.

— Se for o que você realmente quiser, vai com fé, garoto — meu pai bateu nas costas dele e ele acabou tossindo pela força, o que fez com que Marcele jogasse Adriel no chão e apertasse sua coluna em pontos "estratégicos", mesmo que ele estivesse se engasgando e não com dor nas costas.

E depois diziam que ter uma quiroprata na família era algo bom.

Eu olhei para o meu celular e suspirei, esperando dar nove horas para eu buscar meus avós do jantar da terceira idade de Vitória que acontecia todo ano no dia do natal. Sobre o que eles falavam ou o que eles faziam eu não fazia ideia, mas eu havia ajudado minha avó a escolher o seu vestido azul-marinho naquela tarde e ela estava simplesmente deslumbrante — vovô Nic não conseguia tirar os olhos dela, e eu achei lindo.

— E você, Má? Novidades? — meu pai perguntou, subindo e descendo suas sobrancelhas com uma insinuação que só não era mais óbvia porque ele não havia realmente perguntado "e você e o Eduardo?".

Pelo jeito minha família se apegou a ele tanto quanto eu naqueles sete dias de cruzeiro — o que não era ruim, veja bem, porque o Edu era uma pessoa maravilhosa, só que nós não estávamos juntos, então era sempre uma saia meio justa e incômoda de se vestir quando eles falavam sobre o assunto.

Boatos que os Noronhas haviam criado um bolão chamado "Eduardo de Volta ao Clã" e as apostas estavam altas — nível dias de blackjack em família que levava alguém a apostar até mesmo a CNH —, então eu apenas deixava que eles fossem felizes enquanto tentava explicar que nós havíamos terminado de maneira bem civil (uma mentira) e que estávamos amigos de novo (o que era verdade, mesmo que Patrício ficasse cantando evidências para mim sempre que tomava mais um gole da sua caipirinha de morango).

— Vida normal. Projetos. Pontes. Números e Retúlio — eu dei de ombros, resumindo meus dias da melhor maneira possível — e uma tacinha de vinho aqui e ali.

— E onde estão nossas Eugências? Qual a vantagem de você morar na cidade do elixir em forma de bebida e não compartilhar com a família? — Patrício me questionou, cruzando seus braços e quase derrubando a caipirinha no tapete da minha mãe, que apenas negou com a cabeça, sabendo que aquilo iria acontecer uma hora ou outra.

— Ok, eu adianto esse presente — eu me levantei do sofá e fui até a cozinha, onde o tio Cristiano estava dançando "La Mamba" ao mexer o molho que iria no cordeiro.

Ele tinha uma mão para a cozinha que eu invejava, mas que tinha preguiça demais para tentar aprender e replicar.

Eu abri a geladeira e tirei o fardinho de seis Eugências que eu havia escondido atrás do pavê da tia Vanessa e do manjar da tia Marília, levando para sala e recebendo — acreditem ou não — uma salva de palmas por aquilo.

Eu tinha que convencer Gustavo a abrir uma filial do Bar dos Ardos no Espírito Santo, porque a freguesia estava garantida apenas por parte dos Noronhas — o que já seria basicamente a lotação do bar se fôssemos mesmo pensar sobre o assunto.

Meu pai logo reivindicou a Eugência de nozes e frutas vermelhas, fazendo com que Patrício abraçasse a Mautava com amor, quase sussurrando "meu precioso" para a garrafa em uma fiel imitação do Smiggle — e o mais impressionante é que Cele pareceu achar aquilo extremamente sexy, pois deu uma piscadinha na direção de seu noivo. Para minha surpresa, tia Marília e tia Vanessa pegaram outras duas, deixando Adriel surrupiar a quinta e Enzo agarrar a última.

— Ei, eu também queria uma! — Marcelo se pronunciou e mostrou as mãos presas com as algemas.

— Faz "Birl" e tira da jaula o monstro, Celão! — Marcele bateu na coxa dele com a sua risada de peixinho dourado se afogando, achando aquilo muito divertido.

— É verdade, um crossfiteiro de verdade arrebentaria essas algemas com a força do whey — eu apoiei meu corpo contra o sofá, pegando uma torradinha com caponata de berinjela e sentindo meu corpo surtar de felicidade.

Eu amava aquilo!

Eu peguei meu celular do bolso e tirei uma foto da comida, enviando para Eduardo.

Marcela: Caponata de berinjela com uva passa!

Marcela: (imagem)

Marcela: Tenho que te passar essa receita!

Marcela: Aposto que o Ti iria amar

Eu bloqueei meu celular e comi mais uma torradinha com mais recheio do que a torrada em si aguentava, tendo que fazer um malabarismo para que um pedaço gigante de berinjela não caísse no tapete da minha mãe, porque ela já estava me dando aquele olhar de mãe "essas crianças nunca crescem, sinceramente, não é, Marcela?".

Eu senti meu celular vibrar no mesmo momento que o Patrício atendeu a ligação da "Belinha" e eu não consegui deixar de pensar que ele estava conversando com um poodle de madame com aquelas tosas estilizadas, mas eu sabia que era uma das advogadas do escritório que ele trabalhava — e se ela estava ligando dia 24 de dezembro, era que algo havia dado muito, muito errado.

No meu caso, era uma mensagem da vovó avisando que eles estavam prontos para mim — e eu fiquei muito orgulhosa em receber aquela mensagem, porque eu a havia ensinado usar o recurso de digitação por voz no celular no dia anterior.

— Gente, preciso socorrer a pobre Bela — Patrício pegou a chave do seu carro junto com o celular e deu um beijo em Marcele, que se derreteu — estamos defendendo um cliente e o juiz expediu o mandado de prisão hoje às dezessete horas contra nós, que deveria ser tratado pelo Maurício-Filho, só que o Mau-Júnior está com caxumba no hospital e o Maurício-Pai jogou a bomba no colo dela. Sanção condenatória e tudo.

— Eu adoro quando você é juridicamente correto — Cele segurou o rosto dele com as duas mãos e colocou os lábios dos dois de novo — agora vai salvar a pobrezinha, antes que ela passe o natal no escritório.

— Eu te amo por ser incrível — ele sorriu contra os lábios dela.

— Ok, Don Juan, eu te levo, porque você não vai dirigir nessas condições e eu já tenho que ir buscar a vovó de qualquer maneira — eu me levantei e tirei a chave do carro dele de suas mãos antes que ele encontrasse desenvoltura suficiente para me dar um nó e me convencer do contrário — vamos lá, é caminho, não é?

— Celinha dirigindo? Última vez que isso aconteceu, ela esperou um gato atravessar a rua e causou um congestionamento na avenida principal — minha mãe riu às minhas custas e eu revirei meus olhos com um sorriso.

— Eu ia fazer o que? Ele parecia confuso e precisava de tempo para se localizar — eu ri com ela — e eu andei praticando em São Paulo.

— Ah, praticou em Sampa com o Romeu das meias-feias dele? — Val indagou, deslizando seu dedo na tela do Instagram com tanta velocidade que eu duvidava que ela estava realmente vendo algo.

Na verdade, eu havia praticado com Eduardo nas poucas vezes que ele me deixou dirigir o seu Cruze — sóbrio —, mas eu não podia responder isso, porque era o mesmo que ter que anunciar um rebalanceamento nas apostas sobre Marcela e Eduardo.

— Tipo isso, Val, tipo isso — eu respondi e ela levantou uma sobrancelha para mim, sabendo que aquilo não era verdade, enquanto um sorrisinho conhecedor subiu seus lábios, porém ela não se estendeu no assunto — vamos, Pat, mas antes melhor tomar um café preto para o álcool baixar.

Eu estacionei no Centro de Convivência da Terceira Idade no Jardim Camburi, depois de deixar Patrício com a pobre Bela, e tentei ligar para a vovó Mal duas vezes, porém fui para a caixa postal em ambas as tentativas.

Ai, vó, facilita minha vida, por favor.

Então, para passar o tempo, eu comecei a mexer nas minhas mensagens atrasadas do WhatsApp quando duas novas surgiram e eu sorri de orelha a orelha, porque Thales Carvalho havia acabado de me mandar um comunicado oficial que a verba proposta havia sido aprovada para a Ponte Bahia-Itaparica.

E ainda acompanhado com um "feliz natal, Noronha!", eu estava flutuando!

Eu queria ser uma pessoa normal e apenas digitar um "ok, obrigada, boas festas", mas eu estava tão empolgada com aquela pequena vitória que decidi por gravar um áudio enquanto saía do carro para aproveitar o ventinho com cheiro de maresia.

— Ai, Thales, eu amo a engenharia, mas as vezes tem uns aspectos burocráticos que são tão irritantes que me tiram do sério. Você também não ficou frustrado com o empecilho da legislação da ilha de Itaparica para conseguir a licitação? Ainda bem que o Renan já cuidou dessa parte e agora o setor de compras já consegue negociar com os fornecedores para termos uma estimativa para Andreia atualizar o nosso orçamento. Em relação à parte mercadológica, por enquanto o marketing não abriu muito sobre o projeto, por conta de possíveis mudanças no projeto em relação a utilização do plástico na estrutura da tabulação — eu tomei um segundo para respirar e apoiei meu quadril contra o capô do Civic do Patrício, olhando para a porta do Centro de Convenções e aguardando o casal 200 se atrasar — mas eu já revisei com o Marcos os cálculos e estamos...

— Marcela Noronha? — eu ouvi meu nome e soltei o áudio, olhando para a pessoa que me chamou e deixando um sorriso surgir no meu rosto quando eu o reconheci.

— Rui Casagrande? — eu baixei o aparelho e me desprendi do carro, vendo o rapaz bem na minha frente de mãos dadas com uma morena lindíssima de olhos verdes como duas esmeraldas — quanto tempo!

Eu me aproximei dele e dei um meio abraço, rindo enquanto ele me olhava com descrença.

— Marina, essa daqui é a Marcela, a gente estudou juntos no... pré? — ele nos introduziu com a pergunta e eu apenas dei de ombros, porque não me lembrava ao certo de quando nos conhecemos — Marcela, essa é a Marina, minha noiva — eu cumprimentei a garota com um bater de bochechas, porque eu tinha zero intimidade para beijar a bochecha dela como normalmente eu fazia.

— Meus parabéns, casal! — eu disse para os dois, vendo os anéis nas mãos deles e sorrindo ainda mais mesmo que fizesse anos que eu efetivamente não visse Rui, pois nós apenas trocávamos umas curtidas ocasionais no Instagram quando éramos marcados em fotos constrangedoras da infância — a gente estudou uns anos juntos só, mas ele continua com a mesma cara de sempre.

— Até a barba é a mesma — ele brincou e eu cruzei meus braços querendo concordar, mesmo sabendo que quando adolescente, tinha o rosto mais liso que bumbum de neném — eu pensei que você tinha se mudado para São Paulo?

— Ah, sim, ainda moro lá, mas eu vim passar o natal com a família — eu apontei de forma genérica para o local em que meus avós estavam — e você? Ainda está na revista?

— História engraçada — ele coçou a nuca e olhou para sua noiva com o sorriso mais apaixonado que já havia sido visto na história capixaba — eu e a Marina trabalhamos na É Massa antes dela fechar as portas.

— Sinto muito — eu tenho certeza de que minha expressão delatou o quanto eu realmente sentia muito por aquilo, mas os dois apenas riram.

— Eu não, a É Massa se fundiu com a No Pique, que era de São Paulo, e se tornou a VixSão, então agora estamos lá e estamos muito bem — Marina me explicou e eu acho que minhas sobrancelhas subiram em confusão, porque a VixSão era... — a gente pode marcar de se encontrar em São Paulo e beber uma cerveja para você me contar histórias constrangedoras do Rui?

— Claro! Tem um bar que eu amo no centro que se chama Ardos e... — só que eu não consegui terminar de falar, porque a Marina agarrou meu braço e me abraçou em alguns pulinhos animados.

— Eu adoro esse bar e amo a Eugência! — ela me soltou depois de dez segundos, porque aquele abraço era bem íntimo para alguém que eu havia acabado de conhecer e eu... ok, ela era muito incrível — acho que foi uma das melhores partes de ter me mudado para São Paulo.

— Ei — Rui puxou a mão dela de volta, abraçando o seu pescoço.

— Fisgar o galã faz parte — ela deu de ombros e o olhou — ele também era charmoso quando criança?

— Ele era baixinho e magrelo — eu confessei e ela abriu um sorriso ainda maior para mim, talvez animada com a ideia de realmente se sentar para beber comigo e ouvir tudo o que eu sabia.

Oh, isso seria divertidíssimo.

— A Marcela diz isso, mas nós namoramos, sabia? Ela foi a primeira vítima de Rui Casagrande — ele gracejou e eu revirei meus olhos, vendo que Marina quase se engasgou com a risada que saiu do fundo do seu coração.

— É verdade, quando tínhamos cinco anos nós namoramos, porque ele era charmosinho com a língua presa, sabe? Mas aí a gente terminou quando ele mordeu meu misto quente sem pedir — eu expliquei, porque Rui, também, foi a primeira vítima da Marcela Reativa, já que eu o belisquei no pós fato e ele saiu chorando, mas eu não iria contar isso para a garota, porque Rui estava me mandando sinais com o seu olhar de que era para eu manter a boquinha de siri fechada.

Ou então algo havia entrado no seu olho e eu teria que ligar para o Chico para ele salvar um capixaba em apuros.

— Língua presa? Meu Deus, Rui! — Marina se pendurou no pescoço dele e enfiou um grande beijo em sua bochecha — se tivesse me contado isso desde o dia um, eu nunca teria namorado o Doutor Mauricinho.

— Doutor Mauricinho? Por acaso você não está falando com Maurício Rodrigues Júnior, né? — eu perguntei, mas pela cara de assustado dos dois, a resposta era mais que positiva — ele trabalha no mesmo escritório que o meu cunhado. Uma figura um tanto excêntrica, diria eu.

— O mundo é pequeno, né? Aposto que a gente tem mais umas trinta pessoas que conhecemos e nem sabemos — a Marina continuou e eu dei de ombros, começando a fazer as contas que se eles trabalhavam na VixSão, então eles conheciam o Leandro e o...

— Ei, minha avó está quase saindo, obrigado por esperarem! — uma terceira voz surgiu e eu vi Vitório Gava surgir das postas do Centro de Convivência e olhar para mim com surpresa — Marcela?

— Oi, Vitório — eu espiei de novo para a porta e nada da vovó Mal ou do vovô Nic.

Ok, será que eu deveria me preocupar que meus avós estavam desaparecidos?

— Estudou no pré com ele também? Porque se foi isso, eu quero saber como eu não o conheci antes — Rui apontou para o rapaz com o coque samurai e eu meneei a cabeça com um sorriso.

— A gente se conheceu recentemente, na verdade — eu coloquei minhas mãos dentro dos bolsos da minha calça, sem querer dar muitos detalhes — vocês três vieram buscar seus avós também?

— Na verdade, só Vitorinho, mas ele precisava de apoio emocional para buscar a Nana Gava — Rui falou com um sorriso preguiçoso e eu vi Vitório rolar os olhos, acompanhando o movimento.

— Onde o Vitório for, o Rui vai atrás. Eles são muito um casal não oficial. Eu até imaginei que seríamos um trisal por um tempo, mas acho que a Camila não toparia dividir o homem dela — Marina brincou com os dois e eu me senti completamente representada na hora, porque eu sentia a mesma coisa com as Três Espiãs Demais.

— Nana Gava está vindo, vem, Marina, você precisa conhecer essa figurinha — Rui puxou a sua noiva na direção da senhora que estava saindo da porta e eu estiquei meu pescoço, buscando minha avó mesmo que não tivesse nenhum sinal dela — feliz natal, Marcela! A gente se encontra em São Paulo!

Os dois saíram e Vitório ficou um pouco, hesitando antes de ir com eles.

— Tudo bem, Má? — Vitório me perguntou e assenti com um sorriso discreto — sobre a reportagem e... essas coisas?

— Tudo certo — eu concordei mais uma vez — foi um pouco estranho ler tudo e... é complicado, mas eu realmente fico feliz que você contou essa história, porque agora que ele foi preso e...

— Obrigado por confiar em mim — ele apertou minha mão uma vez e eu dei de ombros, porque a sensação de falar sobre aquilo com o repórter era um tanto disruptiva — pode ficar tranquila que nem mesmo para meu editor eu passei o seu nome. E você não faz ideia do número de mulheres que... enfim.

— Eu realmente acredito que nós fizemos algo bom, Vitório, e eu estou focando nisso todo dia, é só estranho — eu devolvi o aperto na mão dele para assegurá-lo que eu realmente estava bem — não sei explicar de outra maneira, mas foi bom tirar isso do peito e ainda saber que a gente colocou o cara na cadeia. Quer dizer, você, mas...

— Não daria certo sem você.

A gente ficou em um silêncio um pouco desconfortável por alguns segundos antes de eu respirar aliviada e dar um soquinho no ombro de Vitório, esperando que ele entendesse que aquele era o meu jeito de demonstrar carinho pelo desconhecido que fez tanto por mim, que eu jamais conseguiria realmente lhe dizer o quanto ele havia feito a vida ser mais... leve.

Então eu vi meus avós saindo do lugar aos passinhos de duas tartaruguinhas despreocupadas enquanto conversavam sobre algo.

— Aqueles aí são os meus, tenho que ir — eu apontei e hesitei antes de abraçar Vitório por impulso — obrigada por tudo e feliz natal.

— Boas festas, Marcela — ele retribuiu meu aperto, dando um afago nas minhas costas.

Depois de deixar meus avós em casa, eu recebi uma mensagem de Patrício falando que estava sem dinheiro e o celular dele estava com a bateria acabando, então que eu deveria socorrê-lo antes que ele decidisse vir andando — e Vitória não era São Paulo, mas a noite era escura e cheia de terror para todas as pessoas de qualquer forma.

Então eu dirigi, sendo a motorista da rodada da família pelo feriado, aparentemente, e buzinei duas vezes na frente do escritório enquanto aguardava Patrício descer acompanhado da pobre Bela — acho que até mesmo eu havia adotado o termo "pobre Bela" para definir a garota por mais que eu não a conhecesse.

Ele saiu de lá poucos minutos depois acompanhado da moça que vestia uma calça de moletom e uma blusa com uma mancha de chocolate para combinar com o cabelo meio louco, ou seja, ela se parecia com tudo, menos com o que eu imaginava que uma advogada se parecia — o que me fez gostar dela imediatamente, porque ela passava confiança até mesmo vestindo o modelito mais confortável do seu guarda-roupa.

E vamos combinar, na véspera de Natal ela poderia ir trabalhar até mesmo de pijama que ela estaria no seu total direito.

— Pat, vamos! Daqui a pouco a Bruna vai começar a troca de presentes sem nós — eu buzinei mais uma vez e um dos vizinhos do local abriu a janela apenas para me mandar buzinar na... bem, vocês sabem onde — Ele te deu muito trabalho, Bela?

— Ele me salvou — Bela comentou e eu inclinei minha cabeça para fora do carro para enxergar melhor a garota, que tinha um rosto cheio de sardas e a pele extremamente branca, quase uma Branca de Neve — é loucura que o que eu tinha que fazer era algo simples, sabe? Só redigir uma petição de apelação para ser entregue para o juiz do caso de maneira extraordinária. E aí a gente aproveitou e já fez o habeas corpus também.

— E bota extraordinária nisso — Patrício bagunçou ainda mais os cabelos da Bela.

— Verdade, você não esqueceu de assinar o documento e colocar a sua OAB, né? Não pode ser eu — ela arregalou os seus olhos e se virou para o escritório como se quisesse correr para lá só para conferir se eles haviam feito aquilo.

— Fica tranquila, esse processo está comigo, Belinha, você não vai ficar frente a frente com o Sr. Meritíssimo Todo Poderoso — Pat lhe garantiu e ela sorriu aliviada.

— Por que não pode ser você? Se eu puder perguntar, claro, se for algo confidencial tudo bem também — eu garanti para os dois quando as bochechas da moça ficaram rosadas.

— Ele é meu ex-noivo. — ela cruzou seus braços na frente do corpo e pelo meu olhar, acho que ela sentiu que eu estava emanando pena da pobre Bela — mas a gente terminou super bem, então está tudo bem, mas nós estaríamos quebrando algumas regras de imparcialidadese ele fosse juiz e eu a advogada, porque qualquer sentença que ele desse, o outro lado poderia alegar que era por causa do nosso antigo envolvimento, entende?

— Sinto muito? — eu ofereci junto com um sorriso — mas que bom que vocês terminaram bem.

Porque eu e Eduardo estávamos exatamente na mesma. Não era só porque havíamos terminado que o carinho havia terminado junto e... acho que o amor e a paixão também demoravam um pouco para sumir depois de sentir coisas tão intensas por alguém — se é que um dia elas realmente iam embora.

— Ah sim, eu tenho muito carinho por ele, nós só... não estávamos mais apaixonados, eu acho — ela me explicou e eu assenti, mesmo que... — nossa, desculpa alugar vocês dois, é natal e vocês precisam ir antes da Bruna abrir todos os presentes — ela deu um sorriso sem graça ao se lembrar do que eu havia dito.

— E você vai passar o natal com a família? — eu perguntei quando Pat abriu a porta do carro, porque se ela fosse ficar sozinha no natal, bem, ela não ficaria. Com certeza caberia mais uma pessoa na casa dos meus pais que precisasse de abrigo natalino.

— Vou, eles devem estar me esperando com um jogo de canastra, na verdade — ela pegou a chave do seu carro e destravou o alarme de um Nissan Kicks branco e mimoso.

— A gente ama cartas lá em casa! — eu falei no mesmo tempo que o Pat resmungou — não, mais uma pessoa não.

— Patrício sempre perde no truco do trabalho — Bela me contou.

— Ele é péssimo, mas não é o pior da família — eu concordei.

— Na verdade, a família dela é ótima nas cartas, então eu ser ruim significa que eu estou na média. Talvez até acima? — ele sugeriu e eu neguei com a cabeça, fazendo a Bela sorrir de novo antes de começar a caminhar até seu carro.

— Feliz natal, Bela — eu desejei, ligando o motor e tirando do ponto morto — e boa sorte com o recurso.

— Feliz natal, Pat e... — ela abriu a boca e eu olhei para o Patrício, porque era para ele ter feito as apresentações né? Acho que nós esquecemos completamente essa parte — possivelmente parente da noiva dele, mas eu admito que eu me perco um pouco com o seu lado da família e os nomes. É muita gente e com nomes muito parecidos.

— Na dúvida, só chamar de Má que não tem erro, mas eu sou a Marcela — eu me apresentei, finalmente.

— Então feliz natal, Marcela — Bela se afastou de nós e entrou no seu carro.

— Gostei dela — eu comentei, dando a seta e saindo da vaga que eu estava parada.

— Ela é legal — Pat concordou comigo e eu vi meu celular vibrando — ah, Eduzinho está mandando mensagem!

Patrício, na maior intimidade, desbloqueou meu celular — talvez estivesse na hora de trocar por algo que todas as pessoas não soubessem, porque eu era previsível o suficiente para deixar a senha ser o meu aniversário — e começou a ler a conversa, que era completamente inofensiva.

Quero dizer, ele só não poderia rolar para meses antes, senão aí sim a coisa ficaria... estranha.

— Ah, Celinha, que fofa você falando que vai cozinhar para o seu ex-namorado — meu cunhado provocou e eu rolei meus olhos, nos seguindo reto na avenida principal — ele disse e eu cito "hum, deve ser uma delícia mesmo. Você tem a obrigação de me trazer um pouco na segunda!" E a figurinha de uma cabra mordendo a mesa. Ah, como vocês são fofinhos um com o outro.

— Cala a boca, Pat, devolve — eu estiquei a mão e tentei pegar o celular dele, porém ele apenas se encolheu no banco, rindo de algo que eu não queria saber, porém ele estava... digitando? — Patrício! Devolve o meu celular! — eu bati duas vezes na sua mão e ele continuou a rir e eu comecei a balançar a sua mão para que ele largasse o aparelho.

— Marcela, para senão... — ele arregalou os olhos para a tela — ok, estamos ligando para o Eduardo. Eu repito: estamos ligando para o Eduardo!

— Desliga, Patrício! — eu minha expressão mimicou a dele e continuei batendo na sua mão mais incisivamente.

— Eu não consigo desligar com você me agredindo! — ele me empurrou no ombro.

— Você não pode empurrar o motorista, seu louco! — eu o empurrei de volta, parando no sinal vermelho e avançando na direção dele apenas para ver que...

Eduardo estava olhando para nós dois com um sorriso curioso nos lábios e uma caneca de cerveja em mãos.

Droga, eu amava aqueles olhos e eu quase me esqueci que eu deveria desligar a chamada.

— Boa noite e feliz natal, acho — ele brindou conosco a distância e eu tenho certeza de que meu queixo caiu até o centro da terra enquanto Patrício se desfazia de tanto rir — tudo bem com vocês? É para eu ligar para a polícia e delatar uma agressão?

— Sim, Eduzinho, a Cela estava me batendo pra valer — Pat apontou o dedo na minha direção, inclinando o celular o suficiente para que ele pegasse o rosto de nós dois na tela.

— Patrício, desliga que o Eduardo está com a família na ceia de natal. Para de ser inconveniente. Desculpa, Edu — eu pedi encarecidamente, porque eu tinha certeza de que o Eduardo estava se segurando muito para não rir e isso me fazia ficar mais e mais constrangida.

— Cecília está com a couve-flor gratinada no forno e está salteando alguns legumes para acompanhar a tamarutaca que preparou para nossos pais, então eu tenho tempo livre antes que eles percebam que eu desapareci da cozinha para pegar guardanapo e nunca voltei — ele nos explicou e eu tentei não sorrir, mas era muito difícil quando se tratava dele, então eu tentei focar em outra coisa.

— Tamarutaca? — eu perguntei franzindo as sobrancelhas.

— Lagosta — Patrício traduziu — acho que é tipo uma prima da lagosta, mas eu não sou muito entendedor do assunto.

— Mandou bem, tá certinho — Eduardo tomou mais um gole da cerveja e eu tive que me concentrar muito para continuar com os olhos na rua e não no seu pomo de adão que estava subindo e descendo ao engolir o líquido — ficou com saudades, Ariel?

— Marcela veio para cá com Eugência, só que faltou você, então eu queria um remember, sabe? — o advogado não perdeu a pose, fazendo com que eu espiasse a reação de Eduardo, que apenas sorria.

— Eu juro que vou contar para a Cele sobre essas conversas. Ela tem o direito de saber — eu virei mais uma esquina.

— Espera, é a Má que está dirigindo? Você não tem medo pela sua vida, Patrício? — Eduardo até se aprumou no sofá para olhar melhor e deu uma de Heitor Noronha, deixando apenas sua testa na câmera para olhar melhor a imagem.

Vou admitir apenas uma vez que até a testa dele era uma visão diferenciada.

— Ei, eu dirijo bonitinho — eu me defendi contra os dois.

— Claro, dessa vez ela lembrou do cinto de segurança? — Edu gracejou e eu queria bater minha cabeça no volante, porque o olhar curioso de Patrício revelou que o assunto havia ficado interessante para nosso advogado de estimação.

— Dessa vez? Por que, o que aconteceu da última vez? — ele soltou a frase despretensiosamente e eu nem ao menos olhei para o celular ao suspirar.

— Eduardo bebeu demais e precisou ser escoltado, aí eu dirigi o carro dele — eu tentei manter minha expressão plena e serena, mesmo que eu me sentisse tudo, menos isso.

Ok, meu coração ia sair pela minha boca e meu nariz cresceria uns trinta centímetros.

— Eduzinho, você? — Patrício sorriu focando sua atenção no arquiteto.

Não olha, não olha, não olha...

Mas parei em outro sinal vermelho, então acho que tudo bem uma espiadinha.

E esse foi o meu fim, porque Eduardo me encarava com uma expressão confusa, as sobrancelhas juntas e o canto da sua boca levemente para cima, em algo que era uma versão menos intensa do que o seu sorriso de nada de bom moço, porém não era menos impactante.

— É, acho que existe um limite de Eugências que você consegue beber para poder dirigir depois — ele deu de ombros e umedeceu os lábios antes de tomar mais um gole da cerveja.

Eu queria que ele entendesse que eu estava agradecendo a distância por ele não explicar os acontecimentos do Churrasco da CPN para meu cunhado, porque eu não queria reviver os momentos antes de Eduardo e eu termos feito as pazes.

Havia algumas coisas que eu queria apenas deixar para trás.

— Se formos levar isso para algo meio trivial como... sei lá, a lei, o limite é zero — Patrício abandonou o assunto com a mão e eu sorri — mas eu te tiraria da cadeia qualquer coisa, fica tranquilo, coisa linda.

— Eu adoro poder usar a cartada "vou chamar o meu advogado" e saber que é você quem vai aparecer — Eduardo comentou e piscou para o meu cunhado.

— Pena que ele está em outro estado, né? Ia ter que dormir na cadeia de qualquer jeito, Edu — eu gracejei, acelerando quando percebi que o semáforo estava verde.

— Como diria o Leandro "eu sou bonito demais para ir para cadeia" — dessa vez nós três rimos, mas apenas eu e Eduardo precisamos ofegar para recuperar o fôlego — ei, eu tenho que ir, ceia está na mesa. Feliz natal para vocês dois.

— Feliz natal, Edu — nós dissemos juntos e a ligação acabou.

Patrício ficou me olhando por alguns momentos antes de colocar o celular no porta-treco e batucar seus dedos no vidro do carro.

— O que foi? — eu perguntei, olhando de soslaio para ele.

— Nada, absolutamente nada, Cela — ele sorriu para mim e eu quase não acreditei, mas nós estávamos chegando em casa e eu não queria estender este assunto para dentro dos Noronhas, senão seria mais um Show de como o Eduardo é maravilhoso e como a Marcela é trouxa de não estar com ele.

E eu estava pronta para chegarmos em casa já com as pessoas jogando blackjack, como a gente fazia todo natal, mas assim que entramos, a cena que presenciamos foi meio... inesperada.

Marcelo estava com as mãos na mesa de jantar e papai estava com uma serra na algema que ainda estava prendendo seus punhos juntos.

— Bolão, bolão, quem consegue soltar as mãos do Marcelo? — Valentina estava com o caderno de apostas da família em mãos e eu vi algumas notas rodando e nomes sendo ditos aos quatro ventos — quem dá mais? Quem dá mais? As apostas na Samantha estão aumentando, então vamos fazer dois contra um para equiparar.

— Mais um natal normal — eu comentei baixinho e deixei a chave do carro no balcão da cozinha, indo até a despensa para pegar o alicate que o papai usava para apertar parafusos espanados — ok, crianças, hora dos adultos trabalharem.

— Eu aposto na Marcela! — Patrício correu para entregar dinheiro para Valentina antes que não pudesse mais fazer sua aposta.

Eu me aproximei com o alicate e Marcelo tentou sair dali, provavelmente com medo da minha capacidade de realmente acertar o metal e não seus dedos, mas o tio Cristiano o segurou ali e eu apoiei a algema no contra os dentes do alicate e utilizei a alavanca para fazer um corte simples e eficaz.

Em um "tum" o metal se partiu.

— Vale isso? Ela não tirou a algema — Bruna comentou apontando para o metal que ainda estava ao redor do pulso dele.

— Mas ela soltou as mãos dele. Agora elas estão livres — Enzo pontuou e houve alguns murmúrios relativamente contrários a aceitar aquilo como vitória absoluta.

— Alguém mais apostou na Celinha? — Patrício olhou para o caderno da Val, que apenas meneou a cabeça negativamente, e pulou em cima de mim — ganhei sozinho? Que delícia!

— Tem que dividir comigo — eu comecei a rir dos olhares reprovadores da família — alguém tinha dúvidas que eu conseguia? Eu quebro blocos de concreto com uma marreta ou vocês se esqueceram deste meu talento? — eu expliquei e acho que até mesmo Sam, que era a mais durona da família, teve que tirar o chapéu para mim.

Então ela começou a chorar.

— Sam, eu juro que não machuquei o Celo — eu me aproximei dela para um abraço e ela sorriu, tentando limpar as lágrimas — o que foi?

— A gente ia esperar dar três meses, mas eu não consigo — ela deu de ombros e minha avó colocou a mão nos lábios possivelmente entendendo algo antes dos demais — eu e o mozão estamos grávidos.

Acho que eu ouvi meu avô soltando um "ganhei", porque, é claro, havia um bolão para quando este casal encomendaria o primeiro bisneto, e aí eu me encontrei em um sanduíche de Noronhas se amontoando e trocando beijos e abraços e apertos e juras de amor.

E eu não sei se eu estava chorando ou se as lágrimas eram da Sam que acabaram no meu rosto, mas eu não liguei e eu não a soltei, porque eu queria guardá-la e cuidar dela para sempre, sabendo que aquela felicidade iria apenas se multiplicar e... apenas Deus sabia o quanto eles mereciam todos os momentos felizes que encontrassem em seu caminho.

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FELIZ NATAL (4 MESES DEPOIS), BAMBUZETES!!!

Esse capítulo é tão gostoso e nostálgico que não tem como sair sorrindo e cheio de amor!

Tem tantos personagens amados dando um oi e personagens novos dando as caras! Muita informação de uma vez, mas natal é assim mesmo, né?

Qual o momento favorito de vocês do capítulo?

E para aqueles que ficaram se perguntando "MAS QUEM SÃO ESSES RUI, MARINA E VITORIO, SENHORAS LIBRIELAS"? Bem, eles são personagens de AMOR EM REVISÃO, a primeira parceria de Libriela e o livro está disponível no perfil da maravilhosa Gabs!!!! Vão dar um olhadinha se ainda não ouviram falar de AER hihi

Esperamos que estejam gostando de CEM! A gente sabe está todo mundo desesperado para que Mardo volte para a pegação forte, mas confiem em nós duas que a gente está construindo algo épico e inesquecível <3 Vocês vão amar demais tudo o que ainda vai acontecer com todos os personagens dessa história <3 

Não esqueçam de nos contar o que estão achando e da estrelinha!!

Vocês sabem o que acontece depois do natal? Pois bem, ta chegaaaaaaaaaaaaando a época que todo mundo manda um sinal pro Edu hahaha

Beijinhos cheios de amor,

Libriela <3

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