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Capítulo 80 - Es-pe-ra

Es-pe-ra


Eduardo

Apenas amizade.

Em teoria, não precisava ser difícil. Na prática, era outra história.

Era apenas muito difícil focar em ser apenas amigo de Marcela Noronha — mesmo que fosse fácil ser amigo dela, porque ela era divertidíssima, engraçada, leal, preocupada e...

E aí tinha aquele sorriso.

E a curva linda que seu lábio fazia.

E os olhos castanhos e astutos.

E a forma como ela mexia em uma porta e lubrificava para que parasse de ranger.

Era tão fácil ser amigo de Marcela, mas era tão difícil ser amigo de Marcela quando ela estava ali, a uma mesa de distância, rindo sobre algo que alguém estava falando, levando eventualmente a taça com espumante aos lábios e sorvendo golinhos para degustar o sabor do vinho que com certeza era uma escolha de Romeu e... E aí ela olhou para mim de volta.

Então eu me dei conta. Há quanto tempo eu estava olhando para Marcela?

Porra, Eduardo!

Melhore!

Eu realmente precisava parar de ser assim tão idiota porque... Ela estava com o Gustavo.

Sorri para ela como se não fosse nada demais eu estar encarando a curva do seu sorriso e desviei o olhar, notando que diversas conversas paralelas rolavam ao longo da mesa. Ouvi algo sobre alcachofras se parecerem com mini-repolhos e só ficarem gostosas depois do toque mágico de Cecília Senna e sobre um double date entre Chicão e Tiago e Getúlio e Romeu, dois casais que pareciam ter dado muito match e tinham muito o que discutir, mesmo que não fosse muito óbvio exatamente o quê — eu duvido que Retúlio tinham conhecimento sobre futebol ou que Chiago soubessem debater sobre qualidade de vinhos Syrah, mas, de alguma forma, aquela amizade estava funcionando.

Porém, notei que Romeu não estava necessariamente participando daquela conversa, já que seus olhos estavam fixos no meu rosto e provavelmente ele tinha notado que eu tinha passado o último minuto (ou últimos dez minutos, vai saber) olhando para sua melhor amiga como se ela fosse a obra de arte mais bonita que já tinha estado em solo terrestre.

Ele, muito mais discretamente do que eu achava possível para alguém tão expansivo quanto Romeu Sampaio, apontou a sacada de Cecília com o queixo e se levantou, seguindo para lá e me fazendo um convite implícito. Ninguém estava realmente prestando atenção em mim, então eu apenas matei o resto do espumante que estava na minha taça e me levantei, caminhando em direção à sacada e fechando a porta de vidro atrás de mim quando cheguei lá.

Os olhos verdes de Romeu estavam encarando a vista do apartamento de Cecília, então demoraram um segundo para encontrar os meus — e eu meio que entendi porque eu tinha sido convocado para uma reunião extraordinária longe dos ouvidos dos nossos amigos. Eu sempre soube que, em algum momento, alguém ia me dar um puxão de orelha pelo que tinha acontecido entre mim e Marcela, e era por isso que eu estava ali.

Apenas passei a língua pelos lábios que, de repente, tinham ficado muito secos e eu nem tinha me dado conta, antes de começar:

— Romeu...

— Não, Edu, eu falo primeiro dessa vez — ele disse, apoiando ambas as mãos no guarda-corpo da sacada e eu fiz a mesma coisa, parando ao seu lado antes de anuir e esperar que ele começasse. Romeu suspirou depois de tomar um segundo para si mesmo. — Eu não estou com raiva de você, ok? Não mais, pelo menos. Então, quando a Celinha te chamar para a minha festa de ano novo, porque ela vai, eu gostaria que você aceitasse.

Apertei minhas sobrancelhas, porque não era bem isso o que eu estava esperando ouvir.

— Ok...

Então ele parou de olhar para a vista e seu rosto se virou para o meu; seus olhos me encararam com intensidade enquanto o vento jogou seu cabelo para o lado e ele afastou os fios rebeldes da testa e dos olhos. Eu soube que ele não tinha terminado e me calei de novo, esperando.

— Edu... Você sabe que eu gosto muito de você, de verdade, então não tome o que eu vou falar aqui como um motivo para se afastar da Marcela, porque não é o que eu quero que aconteça e com certeza não é o que ela quer que aconteça — ele estreitou os olhos um pouquinho e eu percebi que tinha feito a mesma coisa, com o adicional de um breve movimento positivo de cabeça para que ele prosseguisse —, mas eu não sei que tipo de amigo eu seria se não... Eu não quero me intrometer, mas alguém precisa te falar isso e estamos falando sobre a Marcela. — Romeu deu um sorriso levemente constrangido, mas não menos corajoso.— Eu faria qualquer coisa por ela.

Após um segundo de hesitação, ponderando se Romeu me olharia com um olhar cortante com asco ou se simplesmente se sentiria mais confortável em saber que por mim tudo bem se ele quisesse falar "olha aqui, seu palhaço, você fez uma merda homérica", coloquei minha minha mão esquerda sobre a direita dele, apertando devagar por um segundo.

— Só coloca para fora. Não precisa pisar em ovos para falar comigo e pode ter certeza que qualquer coisa que você for me falar sobre o que aconteceu, eu já pensei. E já me culpei diversas vezes. — Sorri como forma de encorajamento, não porque eu quisesse realmente, e suspirei.

Aí eu soltei a mão dele porque... Bem, limites, talvez ele ainda estivesse realmente puto comigo. Ele não estava com raiva, mas isso não significava que eu tinha voltado para o mesmo lugar de antes em seu ranking de pessoas preferidas.

— Eu não te chamei para apontar o dedo na sua cara, Eduardo — ele explicou e, dessa vez, quem pareceu inteiramente interessado na paisagem fui eu, procurando uma desculpa para desviar o olhar do dele. — É só que... Quando tudo aconteceu entre vocês, tinham mais coisas acontecendo com a Celinha — ele esperou um segundo para que eu assentisse, afirmando que eu entendia do que ele estava falando, mesmo que nenhum de nós dois quisesse, realmente, falar — mas a briga de vocês foi o que fez as coisas chegarem a um limite que ela não aguentou segurar e eu realmente não quero vê-la destruída daquele jeito de novo. Acho que foi o momento que mais doeu olhar para ela, porque eu simplesmente não sabia o que fazer.

Eu abri a boca pra falar, mas ele ergueu um dedo para me calar e eu engoli de volta as minhas palavras.

Tudo bem, Marcela já tinha dito que me perdoava e eu... Bem, eu tinha que me acostumar à ideia de que eu não podia voltar atrás e alterar o que tinha acontecido, só podia nunca mais ser burro a ponto de cometer o mesmo erro, mas, no fundo, acho que eu nunca ia me perdoar. Eu odiava ter sido essa pessoa para Marcela e ouvir Romeu falando que ela estava destruída doía demais.

Porra, Eduardo. Puta que pariu.

— Eu sei que você não sabia de tudo o que havia acontecido na época e... Bom, você a defendeu daquele escroto do trabalho, não é? Tutti me contou que seu rosto estava um caos e foi que eu entendi que você não brigou com ela de propósito, só... Não entendeu direito o que estava acontecendo. O que não justifica, é claro, mas... — Sua mão tocou a minha de novo e eu entendi que deveria olhar para ele. Eu olhei, ainda que, por dentro, eu só quisesse uma desculpa para não fazer isso. — Às vezes, quase sempre, na verdade, ela não vai falar o que está acontecendo com ela. É o jeito da Celinha. Ela precisa internalizar, raciocinar, entender, tentar se curar sozinha antes de efetivamente dividir com alguém algo que a machuca. Eu sei que a sensação de impotência é uma tortura, mas você precisa dar tempo e espaço se ela quiser, ou simplesmente ficar perto para que ela saiba que não está sozinha, sabe? O que você não pode fazer, nunca, é abandoná-la.

Engoli a seco.

— Rommi, eu...

— Se você quiser continuar na vida dela, e eu sei que você quer, é isso que precisa fazer — ele concluiu e eu me odiei por ver seus olhos marejados. — Não lave as mãos só porque você não entende algo, porque, às vezes, você pode ser exatamente a pessoa de quem ela precisa, mesmo que ela não consiga, sabe... Te pedir para ficar.

Eu sei que Romeu nunca tinha a deixado sozinha e que Gustavo também esteve com ela. Provavelmente seus irmãos. E Getúlio. E Sam. E Andreia. Ela com certeza não tinha ficado sozinha porque tanta gente amava Marcela que...

Mas era de mim? Era de mim que ela tinha precisado depois que tomou um tempo para si mesma? Talvez essa resposta fosse sim.

Apertei com força a grade do guarda-corpo, até ver os nós dos meus dedos ficarem esbranquiçados e respirei o ar noturno de São Paulo devagar, inspirando e expirando como se isso fosse tudo o que importasse naquele curto espaço de tempo, até tomar coragem para falar com Romeu.

— Nunca mais quero machucar a Marcela — expliquei e o rapaz procurou por algo no meu rosto, provavelmente algum resquício de inverdade no que eu estava falando, mas, por fim, anuiu meneando a cabeça. — Eu não entendi as coisas direito, mas eu não quero... Eu não consigo ficar longe dela, Romeu. Eu vou tentar todo dia ser a melhor pessoa possível para ela.

— Não precisa ficar com essa cara de assustado, está tudo bem agora. Mas você precisa fazer a coisa certa daqui para frente — Romeu disse, por fim, e senti que ele soltou os ombros, ficando mais relaxado por ter me falado aquilo. Eu nem sabia que estava todo empertigado, mas soube quando meus ombros e meu trapézio relaxaram como um reflexo dele. — Eu sei que você adora a Celinha, Edu.

— Eu vou me esforçar, acredita em mim — eu disse e ele assentiu. Acho que saber que Romeu, o Rommi da Celinha, acreditava em mim o suficiente para não me mandar para a casa do caralho depois que eu machuquei Marcela era um imenso voto de confiança e eu queria muito fazer jus a ele. — Eu amo a Marcela e não quero... Não vou ferrar com tudo de novo.

Ele sorriu e apoiou os antebraços na grade, inclinando o corpo levemente para frente enquanto estalava, um a um, os dedos da mão direita.

— Eu também amo, ela é minha melhor amiga, a melhor pessoa que eu conheço e merece ser tratada como a Princelinha que ela é, porque ela é um doce quando você consegue atravessar a carapaça e... — Aí ele parou por um segundo e olhou para mim arregalando os olhos e entreabrindo a boca gradativamente, inspecionando meu rosto como se tivesse acabado de descobrir que a alquimia não era uma ciência um pouco equivocada e que realmente poderia existir algo que transformava qualquer matéria em ouro e, seja lá o que "algo" fosse, estava bem na minha cara. — Ah, meu Deus! Você não está falando de amizade! Você acabou de me dizer que... Você ama a Marcela! Ama! A Marcela!

Eu tinha acabado de falar isso para o Romeu?

Quando...?

Meu Deus! E se ele...?

Ela estava com o Gustavo e eu...

Bom, eu nunca soube, exatamente, como esconder sentimentos. Talvez porque eu tivesse crescido com uma mãe terapeuta que sempre me ensinou que demonstrar sentimentos era força e não fraqueza e sempre tivesse incentivado transparência nesse sentido; talvez porque eu fosse um pisciano emocionado para caralho que não conseguia realmente guardar esse tipo de coisa; e, talvez, nesse caso específico, porque o amor que eu sentia era algo tão grande, tão enraizado em mim, que simplesmente já era natural, quase como piscar os olhos, respirar ou sentir sede.

E você não pensa demais para falar "estou com sede". Ou para piscar. Ou respirar. Então eu apenas disse para Romeu que amava Marcela Noronha sem nem me dar conta de que tinha acabado de contar algo que ele não sabia. Algo importante que ele não sabia.

Eu podia negar, é claro, falar que era só amizade e não amor romântico porque...

Bom, por quê?

Eu não ia mentir sobre isso, porque eu não queria mentir sobre isso, ou entregar meias verdades, ou fazer um desvio estratégico de contexto que não expusesse a verdade.

— Eu amo a Marcela pra caralho — eu confessei e Romeu levou as mãos aos lábios, cobrindo-os e com uma feição de surpresa no rosto, ao mesmo tempo que um sorriso levemente tímido tomava os meus lábios. — Mas eu nunca disse para ela e, agora que ela está com...

E ele sorriu, muito provavelmente sequer registrando qualquer coisa que eu disse depois de admitir meus sentimentos pela sua melhor amiga.

Aí ele me abraçou, envolvendo os braços no meu pescoço e trazendo aquele cheiro de Invictus para o meu olfato. Eu o abracei de volta, porque... Não dava para amar Marcela Noronha e não amar Romeu Sampaio também. Eu nem tinha me dado conta, mas tinha sentido falta dele aquele tempo todo. E era ótimo saber que ele não me odiava mais e que ele acreditava que eu estava falando sério a ponto de ficar feliz com aquela revelação e não totalmente receoso e rosnando e mandando que eu me afastasse antes que acabasse fazendo merda de novo.

Em minha defesa, eu não estava mesmo mentindo. Eu nunca mais queria ser o motivo da tristeza de Marcela.

— Ah, Cristal! Eu sabia, sabia, sabia que não tinha desperdiçado meu buquê de casamento dando para você! A Princelinha! Você ama a Princelinha! — ele disse, com o rosto no meu ombro, perto do meu ouvido. — Eu deveria ter percebido! O jeito que você estava olhando para ela! É exatamente como o Tutti me olhou quando a gente fazia os votos! Eu sabia que conhecia aquele brilhinho no olhar de algum lugar e...

— Romeu...

— Eu não vou contar para ela, não se preocupa. Ao contrário do que você pode achar, eu sou ótimo em guardar segredos — ele me tranquilizou, sem se afastar nem um centímetro de mim. Não que eu fosse pedir para ele se afastar, eu era o pisciano emocionado daquela relação e não ia me recusar a ser abraçado. Embora, se Chicão visse essa clara demonstração de afeto, talvez aparecesse ali com um cartão vermelho e cara de poucos amigos para Romeu. — Você é quem deveria falar isso para a Celinha!

— Me falar o quê? — Marcela pareceu se materializar ali do nada, porque eu não a vi se aproximando ou sequer o barulho da porta se abrindo (claro, ela tinha acabado de lubrificar justamente para isso, não é?) e foi só aí que Romeu e eu saímos daquele abraço. Ele, com um sorriso no rosto ao olhar para a amiga; eu, levemente assustado pela possibilidade de que, talvez, ela agora soubesse que eu...

Mas se ela soubesse, ela não teria perguntado o que eu deveria falar para ela, não é?

Eu olhei para Marcela, parada na soleira com uma das mãos na maçaneta, com um leve ar de divertimento, as sobrancelhas arqueadas e um sorriso de canto de quem tinha pegado algum tipo de confabulação no flagra — o que não deixava de ser verdade.

E meu coração acelerou como se eu estivesse sofrendo de um mal súbito e fosse cair duro bem ali, aos seus pés.

Ela era linda demais.

E tinha o sorriso.

E o formato dos olhos.

E o cabelo que eu sabia que se me aproximasse, teria cheiro de shampoo e Good Girl.

E a sua pele, quentinha e macia e...

Acho que eu queria passar o resto da minha vida tomando vinho com ela no tapete, apenas tendo conversas estranhas sobre construções e séries e filmes e música e...

E eu considerei responder aquela pergunta com a verdade por um breve segundo.

Eu deveria te falar que eu amo você, Marcela.

O que ela responderia? Será que ela percorreria aqueles três passos que nos distanciavam para colidir comigo e me beijar porque sentia tanta falta de mim quanto eu dela? Ou será que me olharia com aquele olhar de desculpas com um "poxa, mas que pena, né?".

A segunda opção meio que pareceu mais provável, afinal, ela tinha seguido em frente com Gustavo e provavelmente só eu ainda queria de volta aquilo que a gente tinha tido e um pouco mais. E era por isso que eu sabia que não era justo responder com a verdade e simplesmente jogar mais isso no colo dela para que ela se virasse para desarmar aquela bomba. Eu tinha que fazer a coisa certa por ela e deixá-la viver — e isso significava deixá-la olhar para frente, não pedir para que ela voltasse para trás.

Mesmo que não fosse algo sério entre ela e Gustavo, eu não... Eu jamais faria isso. Eu não seria o Aristeu de Gustavo, porque eu já tinha estado desse lado da moeda e era péssimo. Eu tinha tido minha cota de quão péssimo era com Ágata e não ia causar aquela dor em ninguém, por isso, por mais que eu quisesse, tentar algo com Marcela não era uma opção.

Até porque, assim como eu não era um Aristeu, ela jamais seria uma Ágata. Nós dois... Nós gostávamos de ser para a outra pessoa um crepe inteiro e só queríamos um crepe inteiro também.

Por isso, se eu tentasse... Só ia estar agindo como um filho da puta com Gustavo e Marcela. E sendo um tremendo hipócrita com as minhas próprias convicções.

Então eu ofereci a verdade menos complicada.

— Romeu e eu fizemos as pazes — eu disse e sorri, lutando para não ser traído pelas milhões de emoções em ebulição que estavam no meu peito naquele exato momento, fazendo um gesto vago com o indicador que apontava para o peito de Romeu e para o meu em sequência. — E que eu aceito seu convite para o ano novo.

Ela ergueu uma sobrancelha e depois a outra, considerando se podia ser verdade. Acho que foi o sorriso de Romeu que a fez acreditar que sim, porque ele não estaria exibindo aquele sorriso imenso se ainda estivesse prestes a fazer meu boneco de vodu e espetar várias agulhas nele.

— Então isso entre vocês dois realmente era um abraço e não um enforcamento? — Marcela perguntou para Romeu, que assentiu com uma expressão tão "Celinhaaaaaaaaaaaaaaaaa" que, se ela prestasse atenção, entenderia porque estava no seu rosto. — E eu não te convidei — gracejou para mim, estreitando os olhos para o melhor amigo, que ergueu as mãos em rendição e manteve o sorriso.

Eu estava esperando pelo momento em que Tiago, nosso dentista, ia entrar ali e perguntar se era com ele o assunto pela quantidade de dentes em exibição.

Ainda não, mas soube por fontes confiáveis sobre as suas intenções, Má. — Ergui as sobrancelhas e, quando dei por mim, meu sorriso não-tão-bom-moço estava no meu rosto. O sorriso amigável tinha se perdido em algum lugar e eu não conseguia achá-lo naquele exato momento.

— Acho bom você não me dar um bolo, Eduardo — disse ela após sorrir e, se eu tivesse que apostar, diria que ela estava olhando para a minha boca.

Provavelmente eu só estava com restos de paella no queixo, então apenas passei uma mão ali para garantir, mas ou eu não tinha tirado as migalhas ou então não era essa a questão...

— Vou ser o cara de branco. — Pisquei um olho só e ela riu, como se Eduardo Senna de branco não a surpreendesse nem um pouco, o que eu podia entender já que azul e branco disputavam um espaço igualitário no meu guarda roupas.

E até porque não seria interpretado como um sinal, afinal, todo mundo ia estar de branco, não é? Pelo menos a grande maioria sim, mas sempre tinha alguém de amarelo para atrair dinheiro, ou os corajosos de vermelho para dizer que queriam nada mais e nada menos que paixão avassaladora no ano vindouro. E sempre tinha alguém de preto só pelo prazer de ser do contra.

Mas não seria um sinal. Porque não podia ser um. Embora... Acho que sempre seria, pelo menos para mim.

— Por que você está me olhando assim? — questionou Marcela, olhando para Romeu, que só faltava ter grandes corações nos olhos, exatamente como o emoji. Só que não fazia sentido ele ficar assim, porque com certeza ele sabia sobre Gustavo e que eu já tinha tido a minha oportunidade e agora era a vez de outro cara.

— Só uma ótima conversa com o Eduardo. Ah, Celinha! — ele disse com um timbre um pouquinho mais agudo que o normal antes de abraçá-la pelos ombros. Aí depois ele me abraçou pelos ombros também, olhando de Marcela para mim e vice-versa. — Ah, Cristal!

Eu estava começando a duvidar que Romeu fosse conseguir guardar meu segredo, àquela altura. Será que Getúlio toparia cortar o álcool dele pelo resto da noite sem fazer perguntas?

— Então eu oficialmente voltei a ser o Cristal? — perguntei.

— Não se engane, ainda está em período de testes até segunda ordem — ele respondeu e piscou para mim com um olho só, empurrando Marcela para dentro da sacada de forma tão discreta quanto um elefante com um tutu de balé. — Acho que o Tutti está me chamando para... é... Aquilo é um Moscatel!

E aí ele saiu da sacada graciosamente, caminhando em direção a Getúlio que com certeza não tinha o chamado, já que estava muito entretido conversando com Leandro e esvaziando a garrafa de espumante dentro da própria taça enquanto Sandro lutava para abrir outra com seu jeito bruto.

— Eu quero saber sobre essa conversa de vocês? — Marcela questionou, aproximando-se do guarda-corpo onde eu estava apoiado e pousando as mãos ali antes de olhar para mim com aqueles olhos lindos e um sorriso nos lábios que com certeza se estendia até as orbes castanhas.

Eu não sabia, àquela altura, se eu estava somente muito apaixonado, estranhamente nervoso e com frio na barriga, ou se estava pronto para partir dessa para melhor, porque meu coração martelava as minhas costelas com tanta pressa que eu sentia que ele estava testando novos limites.

Aí o cheiro de Good Girl atingiu meu olfato.

Ok, morte súbita, aí vou eu.

— Eu jamais contaria algo que nós dois conversamos, vai contra o brocode — gracejei e Marcela riu e afastou a taça dos lábios, levemente surpresa. — Sim, eu terminei de assistir How I Met Your Mother.

Eu lembrava que ela tinha me dito para assistir poucos dias antes de... Bem, de tudo o que tinha acontecido. Parecia ter sido um milênio atrás que eu tinha usado HIMYM e Friends para parar de pensar em looping sobre coisas que estavam acabando comigo e que, agora eu sabia, não entendia antes.

— Quais suas impressões? — perguntou, me olhando de um jeito que dizia que só tinha uma resposta certa para aquilo, pelo bem da nossa amizade.

— Ted tinha que ter ficado com a mãe. Aliás, que plot twist ridículo foi o final dela e... A Robin nunca amou o cara, tenho certeza — esclareci, tentando olhar para o mesmo ponto no horizonte que ela olhava, mesmo que tudo o que desse para ver dali fossem vários prédios e nada atraísse tanto meus olhos como a pessoa ao meu lado. — Lily e Marshall foram o único casal que teve um final digno, ainda que eu tenha ficado um pouco irritado quando eles brigaram e se separaram e...

Aí ela me olhou. Eu senti a intensidade daquele olhar no meu perfil antes de tombar meu rosto para o lado e para baixo para olhá-la, porque a vantagem da altura era minha.

— Eu também fiquei chateada com a briga e até torci por um tempo para que eles não ficassem mais juntos — Marcela contou e eu sorri, anuindo. — Mas quando eles se reencontraram e se desculparam... Não tinha como deixar aquele casal separado, eles se amavam demais.

— Eles eram perfeitos juntos, apesar de terem se machucado tanto — eu divaguei e... Só talvez eu não estivesse realmente falando de Marshall e Lily. — O cara era louco por ela, mesmo quando achava que eles eram péssimos como casal. O que machucava mais era estar longe.

Ela piscou algumas vezes e eu vi que ela estreitou os olhos muito, muito, de leve.

— Ela também é louca por ele — Marcela completou, com certeza falando de Marshall e Lily.

Eu apoiei meus antebraços no guarda-corpo e inclinei meu corpo um pouquinho, ao lado de Marcela, e nossos ombros se tocaram. Mesmo com camadas de tecido separando nossas peles, o calor do corpo dela alcançou o meu e eu só queria ser coberto inteiro por aquela sensação cálida, como se fosse uma colcha. Exatamente como acontecia quando a gente se deitava juntos e se enroscava em algo que só fazia sentido para nós dois.

Só que... Não dava.

— Eu te enviei aqui com uma missão, Má! — Cecília disse, aparecendo na sacada e interrompendo aquela conversa. — Era para você buscar os dois, não para ficar aqui com o Eduardo! O sorvete não vai ficar cremoso e no ponto perfeito para sempre!

Então minha irmã nos puxou pelo braço de volta para dentro, desfazendo aquele momento no timing perfeito, antes que eu decidisse que não conseguia ficar tão perto de Marcela sem ouvir meu corpo inteiro me implorando para tentar a sorte e arriscar um beijo, ou simplesmente começar a falar sobre como era, do meu ponto de vista, estar ali com ela. Sobre como ela era pelos meus olhos.

Se bem que eu nem sei se eu realmente conseguiria explicar. Não saberia nem por onde começar.

Eu me sentei entre Leandro e Tiago de novo, ao mesmo tempo que Marcela se sentava entre Cecília e Romeu.

— Certo, eu preciso de impressões, estou testando dois sabores de sorvete para a Horta Verde — Cecília apontou para a primeira taça. — Esse é uma releitura de Romeu e Julieta com sorvete de queijo canastra e compota de goiaba branca — ela apontou para o segundo — esse é de chocolate amargo com manjericão e pimenta rosa e...

— Pimenta? — Chicão perguntou, afastando a taça como se ela tivesse uma doença infectocontagiosa que ele, o médico, não sabia como curar e não ia se arriscar a ter que descobrir.

— Cecília, você jurou! — Leandro acusou, apontando para ela com um dedo em riste.

— Eu acho que meu paladar nem voltou ao normal ainda! — Tiago explicou, exasperado e gesticulando desesperadamente. — Até hoje eu ainda tenho pesadelos! Qaundo fecho os olhos, ainda sinto minha língua pegando fogo!

— Eu não quero ter que brigar com ninguém por uma caixa de leite de novo! — eu completei.

Claro que quase ninguém estava entendendo nossa ressalva ali, mas, em minha defesa, Cecília estava se sentindo muito inspirada ultimamente e vivia aparecendo no nosso apartamento para nos usar como cobaias para as suas experiências gastronômicas — o que foi ótimo no dia que ela apareceu no com nhoque com creme pesto com burrata e lemon ginger e péssimo quando ela fez penne ao curry com aquela pimenta do inferno, a Carolina Reaper, que fez Leandro, Chicão, Tiago e eu brigarmos pela última caixa de leite para amenizar a ardência com unhas, dentes e lágrimas nos olhos.

Nem deu para perceber se tinha azeite de trufas brancas, que foi o que ela efetivamente quis saber quando nós conseguimos dividir o leite para tentar neutralizar a pimenta com a gordura. As prioridades dela claramente eram muito deturpadas.

— Pimenta rosa não arde, é só pelo aroma — explicou Cecília, fazendo carinho no ombro de Chicão como se pedisse desculpas pelo episódio em que ela tinha nos apresentado ao inferno.

— Você andou brigando, Eduardo? — Sandro perguntou, com um bom humor na voz que eu só tinha visto perto de Breno e, às vezes, perto de Lucas (depois que ele tinha visto o Breno, porque ainda era Sandro Ventura). — Achei que o curso de reatividade estava fazendo efeito. Comigo e com a Noronha funcionou muito bem, como você pode notar.

Getúlio e Romeu quase engasgaram com sorvete para rir. Claro, tinha funcionado muito bem, aham.

Tecnicamente, era para ser um curso muito bom. Proatividade x Reatividade. Em tese era um especialista falando por muitas, muitas, muitas horas mesmo sobre como ser parte da solução e não do problema, sempre optando por fazer o caminho certo dentro da sua esfera de influência e fora também, buscando soluções com as pessoas responsáveis quando não coubesse a mim pacificar a situação conflituosa — o que podia ser traduzido como "se você não tem poder para podar as asinhas do Igor, avise a quem tem antes de socar o coleguinha e ser punido por isso".

Infelizmente, eu tinha percebido duas coisas: primeiro, eu não me arrependia de ter socado a cara de Igor e faria de novo se ele usasse Marcela como catalisador; segundo, eu odiava Davi Gomes, o especialista que dava as aulas, o que meio que atiçava a minha reatividade e não o contrário.

Mas eu não podia reclamar, porque eu sabia que Gisele tinha pegado leve comigo naquela punição e ia fazer aquele curso infernal de bom grado.

— Eu tenho certeza que comigo vai funcionar — gracejei, porque eu não era realmente uma pessoa reativa exceto quando... Bem, todo mundo tem os seus gatilhos e eu tenho certeza que qualquer coisa que pudesse machucar Marcela era um dos meus.

— Você está assistindo de verdade? — Marcela perguntou e eu ergui as sobrancelhas para ela, levemente confuso. Ela não tinha batido um recorde de pessoa da CPN que mais tinha reprisado aquele curso? Eu sabia que era uma disputa acirrada entre ela, Sandrinho e Joaquim, mas até nisso ela era a melhor. — O quê? Eu assisti na primeira vez, mas acho que agora eu já sou mais especialista nisso que o Davi, então apenas... Deixo passando enquanto faço outra coisa.

Sandro anuiu, me olhando como se julgasse a minha escolha de... Fazer o curso direito, eu acho.

— Bem, eu estou assistindo. Não posso arriscar que a Gisele fique mais brava ainda comigo se descobrir que além de tudo, eu não estou levando à sério e...

— Espera aí — Sandro disse, apertando as sobrancelhas para olhar para mim e me interrompendo. — Ela não está brava com você.

— Claro que está! Ela mal está olhando para mim — eu disse, baixando os olhos porque eu odiava deixar pessoas com quem eu me importava chateadas comigo e, sem me dar conta, enfiei uma colher no sorvete de chocolate, manjericão e pimenta na boca e comi.

Porra, era muito bom.

Quase tanto quanto assistir a língua de Marcela passeando pela colher enquanto ela fazia a mesma coisa, que era exatamente a visão que eu tinha se olhasse para frente.

Porra, ela era muito melhor.

Só que aí eu ouvi uma risadinha de Romeu e me dei conta que estava encarando Marcela de novo, então eu desviei o olhar porque amigos não sentiam um comichão em áreas sensíveis enquanto se assistiam tomando sorvete.

Nem se sentiam daquele jeito que eu me sentia, querendo saltar daquela mesa para Marcela e experimentar aquele doce diretamente dos lábios dela, que era provavelmente o único jeito de fazer ficar mais saboroso do que já era.

— Gisele, o Eduardo acha que você está brava com ele. — Ouvi a voz de Sandro e só aí eu vi que o engenheiro tinha pegado o celular e estava com ela na linha. — Eu sei que é ridículo, mas você faria carinho nele se visse a expressão de cão sem dono — ele aguardou uns segundos na linha antes de jogar o celular em mim sem nem um tipo de aviso prévio. A sorte foi que Leandro viu e segurou antes que acertasse o meu nariz. Eu não sei o que eu faria sem minhas espiãs demais. — Ela quer falar com você.

— E eu que tenho que fazer curso de reatividade, Ventura — eu disse, pegando o celular da mão do meu amigo, que começou a perguntar quem era Gisele e porque ele não tinha sido apresentado a ela ainda. Ouvi Marcela dizendo que o sorvete tinha tudo para ficar incrível com vinho branco e Cecília sumindo pela cozinha para pegar um na adega que eu nem sabia que ela tinha. — Oi, Gigi.

Edu! Que história é essa de você achar que eu estou brava com você? — perguntou ela, com aquela voz doce de mãezona que ela se sentia com relação aos funcionários da empresa. — Eu não estou! Claro que eu não estou feliz com o que aconteceu no churrasco, mas você precisaria fazer mais do que isso para me fazer ficar realmente chateada com você, né?

— Gi...

— Eu sei que você teve bons motivos, de verdade, então meu único porém é você ter arrumado uma briga ao invés de falar comigo, mas, fora isso, estamos bem. Então para de correr de mim na CPN, eu estou tentando te chamar para um café há dias para a gente colocar a conversa em dia! — ela riu e eu sorri junto. — Você é um dos meus favoritos, Eduardo.

— Certo, eu não estou achando meu saca-rolhas, espero que meu homem dos vinhos tenha uma solução para isso — Cecília disse, aparecendo com uma garrafa de vinho na mão e a estendendo para Romeu, que encarou com susto.

— Você espera que eu faça o quê? Arranque com os dentes? — perguntou, no meio de uma risada.

— Com os dentes não! — Tiago quase saltou por cima da mesa para arrancar a garrafa da mão de Romeu.

— Você é minha favorita, Gigi. E desculpa fugir de você, eu só... Eu não queria que você me olhasse daquele jeito decepcionado de novo. Eu estava grogue e cheio de sangue, mas eu me lembro exatamente dos seus olhos desapontados e não gosto da visão.

— Eu tenho um saca-rolhas em um canivete, serve? — Sandro perguntou e Ceci anuiu, então ele pegou a mochila onde guardava lubrificante automotivo (?) como se fosse uma coisa super normal e começou a procurar.

— Eu estava decepcionada. E preocupada com você, seu rosto estava péssimo de verdade e eu odiei te ver daquele jeito — ela explicou e eu sorri, feliz em ouvir tanta normalidade na voz da rainha do RH, porque ela era uma das minhas pessoas favoritas.

— No que depender de mim, você não vai ver de novo, Gi. Desculpa — pedi e ela murmurou algo, dispensando meu pedido de desculpas do jeitinho mais Gisele Neves possível. — Seguimos amigos? E aquele café está de pé?

Sandro ergueu um canivete suiço para Cecília, que começou a puxar uma a uma as milhares de pecinhas, encontrando uma lixa, uma lâmina de corte, uma tesoura, uma lima, uma lâmina menor... Aquilo ia longe.

— Sim para as duas coisas, Edu. Você me compra um frapuccino com chantilly extra e a gente sela o pacto de paz — ela concordou e eu fiquei genuinamente feliz, porque eu odiava ter pensado que tinha estragado tudo com Gisele também. — Eu adoro você, arquiteto sustentável.

Cecília finalmente ergueu o saca-rolhas, com um sorriso no rosto que dizia que aquilo era uma vitória pessoal.

— Eu adoro você, rainha do RH — eu disse e, de algum modo, soube que ela tinha replicado o sorriso que estava no meu rosto. — E é por isso que eu vou começar a colocar o nosso papo em dia te contando uma coisa em primeira mão: O Sandro tem um piercing no mamilo!

— Você está brincando comigo! Eu nunca mais vou conseguir levá-lo a sério! — ela disse e começou a rir do outro lado da linha e acho que no meio das suas risadas ela soltou um "é sério?" que meio que se perdeu.

— Porra, Eduardo! — Sandro esbravejou, jogando a rolha do vinho recém aberto na minha direção, mas eu desviei no último segundo. Eu era quem estava fazendo um curso sobre reatividade, isso não fazia o menor sentido! — Mas que caralho! Você tinha que contar logo para o Eduardo, Noronha? Eu vou matar o Valter!

Ele tinha acabado de gritar com três pessoas, uma das quais nem estava presente e era a criatura mais gentil que eu tinha conhecido na vida. E aí ele jogou outra rolha e dessa vez acertou em mim.

— Ei! Eu vou ter que tomar medidas drásticas se isso continuar! Não pode agredir o Eduardo! — Chicão disse, olhando para Sandro com cara de poucos amigos e seu olhar clássico de não-rela-no-meu-Edu que eu amava.

Eu tenho certeza que normalmente Sandro o venceria pelo tamanho, mas Henrique Francisco estava com mais raiva.

— Não entendi porque você ficou tão bravo! — Tiago disse, levantando a colher como se fosse seu dedo em riste e apontando para o engenheiro master. — Piercing no mamilo é muito sensual, sinceramente. Eu já tinha te achado um gato, mas agora eu vou parar de beber para não te falar quanto você ficou sexy. Nossa, com essa cara de bravo ainda...

— Loira Odonto, duas coisas. Um: se você for desistir do Chicão, é para ficar comigo — Leandro disse e o sorriso flerte apareceu. Ok, a gente ia ter que apresentá-lo para uma loira odonto antes que ele tentasse seduzir Tiago de verdade, eu estava começando a ficar preocupado com a talaricagem. — Dois: não provoca o namorado da Cecília, especialmente quando ele já está bravo e tem um canivete na mão!

Realmente, provocar Sandro Ventura com um canivete na mão era uma tremenda burrice e...

Espera.

Espera.

Es-pe-ra.

— Não provoca o o quê da Cecília? — perguntei, encarando Sandro e a minha irmã e esperando alguma explicação racional para...

Leandro só estava bêbado, não é?

Sandro e Cecília.

Que piada.

Mas aí Sandro me olhou.

Sandro Ventura.

Um filme sobre ligações e mensagens no whatsapp e sorrisos para tela se passou pela minha cabeça.

E aí Cecília colocou a mão no braço dele em um gesto tranquilizador e deslizou-a até que seus dedos se entrelaçassem nos dele. E eles se olharam tão apaixonados que eu...

Leandro definitivamente não estava bêbado.

Bem, um pouco, mas não estava errado.

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Hello, bambuzetes! Sextou com Libriela <3

Sandro e Eduardo cunhados, galera. Esse é o tweet.

Cecília Senna e Sandro Ventura eram o casal que a gente não sabia que precisava, mas precisava sim!

Dito isto: Não sabemos onde o double date de Chiago e Retúlio vai ser, mas a gente quer estar lá para discutir planos de dominação mundial eles. Provavelmente envolve conspiração de vinho e futebol e a gente ama os dois!

E essa conversa do Romeu falando pro Edu agir direitinho com a Marcela? É tudo! Amizade Romcela é maravilhosa, senhoras e senhores.

A gente pode acreditar que o Cristal vai agir direitinho agora que sabe que ama nossa Má, ou vamos passar outra noite de bebedeira e lágrimas com begônias e absinto no nosso bar preferido? Deixe aqui sua aposta:

Falando em Bar dos Ardos... Eduardo tá achando que a Má está com o Gustavo!!!!!! Citando o filósofo moderno Joey Tribbiani: Why, God, why?

E a pergunta que não quer calar: o que o Romeu vai fazer com essa informação privilegiada? Esperamos que chegue nos ouvidos de uma certa engenheira e que ela conheça de pertinho uma pena...

Contem para a gente o que vocês acharam e as teorias para as cenas dos próximos capítulos hihih <3 Não esqueçam da estrelinha!!!

Outra coisinha... a gente está sentindo que o engajamento tá caindo um pouquinho... O que tá acontecendo, galera? A história não está tão emocionante/ envolvente como antes? Conversem e surtem com a gente! Libriela sempre diz: deem biscoito que a gente serve capítulo. Vamos selar esse acordo?

Beijinhos,

Libriela <3

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