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Capítulo 39 - Shiu! Você vai estragar o clima

Shiu! Você vai estragar o clima


Marcela

Eu acordei no dia seguinte com a respiração pesada de Eduardo bem na curva do meu pescoço, seus braços ao redor da minha cintura, puxando-me para ele enquanto eu deslizava meus pés nos seus, sentindo-o me puxar para mais perto como se fosse um reflexo.

Eu me aconcheguei para mais perto dele, deixando um preguiçoso e sonolento sorriso se espalhar pelos meus lábios.

Até que eu notei algo muito importante.

Eu acordei nos braços de Eduardo.

Foi como se eu tivesse tomado adrenalina diretamente na veia e meus olhos se abriram de imediato, notando as pequenas frestas do sol tentando entrar pela minha persiana fechada.

Eu não sabia se eu queria ficar ali para não acordá-lo, ou apenas sair dali antes que ele notasse que havíamos passado a noite anterior completamente enrolados um no outro como costumávamos dormir nos dias de cruzeiro, então eu me permiti um momento de confusão, ficando exatamente onde eu estava até montar um plano decente.

Era tão estranho que mesmo depois de mais de duas semanas, seu corpo ainda se encaixasse no meu como eu havia descoberto desde a primeira vez que dormimos juntos...

E havia aquela pequena cacofonia que acontecia no meu prédio todo sábado de manhã quando a Dona Sara, minha vizinha de cima, começava a limpar a casa inteira a partir das sete e eu tinha certeza de que aquela era a vingança cósmica de Agenor pelo barulho inoportuno que eu fazia de noite.

Só que naquele dia, mesmo com todo o aspirador de pó e o arrastar de móveis, tudo o que eu conseguia escutar eram os lábios de Eduardo soprando e sugando o ar.

Eu senti meus pelos se arrepiarem e fechei meus olhos.

Deus, eu nunca tinha levado um cara para minha casa, porque isso era... pessoal demais para uma transa de uma noite.

No entanto, aquele não era um cara qualquer, era o Eduardo. E nós não havíamos transado, apenas dormido.

Então porque eu sentia que aquilo era ainda mais sério?

Coloquei minha mão em cima da dele, levantando-a aos poucos e me afastando do seu corpo. Eu praticamente me joguei para fora da cama e caí de maneira nada sutil no chão, então fiquei dois segundos ali, esperando para ver se ele havia acordado ou não.

Apenas quando ele não se moveu é que eu levantei e peguei uma calça de moletom e uma regata do meu armário, enfiando-me dentro do chuveiro para conseguir acordar, mesmo que eu me sentisse já bem desperta.

Tudo bem, tudo bem, tudo sob controle.

A gente só dormiu na mesma cama, como a gente já tinha feito antes.

Não era nada demais.

E eu comecei a acreditar nisso quando saí do banho e notei que ele ainda estava completamente apagado na cama como se eu não tivesse do seu lado cinco minutos antes, então eu saí do quarto e fui até a minha cozinha para passar um café — eu até tinha ganhado uma máquina de café da Sam fazia uns anos, mas eu preferia o meu café coado, porque era mais forte e mais saboroso.

Coloquei um pouco de água para ferver e escutei o barulho do chuveiro sendo ligado, revelando que meu convidado havia acordado também. Eu abri a geladeira e percebi que não havia uma única fruta ali dentro, a não ser que vinho pudesse ser considerado um suco de uva, afinal, a única diferença dos dois era a fermentação, não é?

Eu peguei meu celular, que havia sido completamente esquecido em cima do balcão da minha cozinha, e eu comecei a rolar as mensagens, tentando responder tudo o que era de trabalho — e até mesmo minha família ainda que Eduardo já tivesse concordado com o natal e que queria participar do amigo secreto (????? amado??????????) — e agradecendo a Deus que era sábado.

Nossa, eu já precisava de férias de novo.

— Bom dia, Má — Eduardo disse atrás de mim com o cabelo molhado naquele seu topete de Grease e eu sorri, sabendo que meu parecia apenas um Cocker Spaniel molhado — Seu Vanderlei disse que o encanador chegou e está estourando a parede inteira para procurar outros vazamentos. Eu não sei se deveria ficar feliz ou triste com isso.

— Isso, no mínimo, dura uma semana, mas depois esperamos que vocês não tenham mais surpresas sobre o assunto — eu lhe respondi, abrindo a geladeira de novo para ver se magicamente alguma coisa decente apareceria ali para eu não passar a vergonha de dizer que eu tinha apenas potes com restos de jantares, requeijão cheio de conservantes, margarina e um pão.

Isso porque Romeu e Getúlio haviam feito compras para mim recentemente.

— Então... — eu comecei a falar, pegando o café da garrafa térmica e estendendo para ele, que meneou a cabeça ao pegar todos os seus três comprimidos e tomando com um copo de quase meio litro de água — acho que a gente vai ter que tomar café da manhã fora. E talvez umas compras? E pintar a parede — eu comecei a enumerar no meu celular para não esquecer.

Senti os dedos de Eduardo segurando o aparelho e ele o retirou das minhas mãos sem que eu apresentasse muita resistência.

— Você realmente faz listas para tudo? — ele me perguntou, rolando seus olhos por todas as minhas notas — você se escreve lembretes para ligar para a sua avó?

— Se eu não anotar, com certeza vou esquecer — eu comentei e me aproximei dele para pegar o aparelho de volta.

— A gente consegue comer, fazer compras e pintar a parede sem uma to do list — ele brincou, levantando o celular como uma criança de sete anos, e eu pulei para cima, como outra de cinco — tem que confiar em mim nisso.

— Então você não vai contar para a Ceci se eu roubar uma faca dela? Eu realmente gostei daquela grandona — eu brinquei e ele sorriu, abaixando o celular para colocá-lo em minha mão — obrigada.

— Vamos, agora a gente vai fazer o tipo de programa que o Leandro me enfia aos sábados — ele apontou para porta e eu coloquei minha sapatilha vermelha que combinava com o primeiro casaco que eu vi, notando que Eduardo enfiou o seu sapatênis sem dificuldade também.

— Lençóis? — eu indaguei, abrindo a porta para nós dois.

— Ótimo palpite, mas nós vamos para feira — ele me disse eu franzi meu cenho.

— Tem pastel? — eu sei que meus olhos brilharam com aquela ideia.

— O melhor.

Eduardo realmente me levou para feira, comprando alguns legumes que eu tenho certeza de que nunca haviam visto a minha casa antes, assim como um pastel delicioso para mim (dois se contar que eu pedi mais um, porque era realmente bom) e outro para o Seu Agenor, pois era assim que eu evitava as minhas multas.

Que atire a primeira pedra quem nunca comprou alguém com comida!

E aí nós fomos para uma loja de tintas e passamos mais de uma hora ali dentro, porque eu queria Cimento-Queimado e ele queria Laranja-Terroso. Acho que ele realmente não tinha notado que minha casa tinha uma palheta de cores muito bem definida e eu não gostava de mexer naquilo, só que Eduardo estava teimando tanto, mas tanto com aquela bendita cor — ainda mais que era de uma marca que custava uns bons reais mais caro que a outra por não agredir o meio-ambiente e essas coisas — que eu resolvi aceitar só para que ele parasse de me chamar de "Cinzacela". E eu estava rezando com todo o meu coração para que ele não contasse esse apelido para Romeu, senão minha vida seria um pequeno inferno.

Nós pedimos comida em casa para o almoço em uma saladeria, porque, pelo jeito, todos os restaurantes que eu tinha na minha lista de delivery não tinham opções vegetarianas muito boas e eu vi uma torta de frango orgânico com queijo cremoso que revirou meu estômago ao avesso de tão delicioso.

Ele reclamou tantas vezes sobre eu não separar o lixo em casa que eu coloquei um balde do lado do meu lixo normal e enfiei as coisas recicláveis ali para que ele parasse de chorar pelo planeta — quase literalmente.

Eu acabei atacando a sua cestinha de chips de mandioquinha enquanto nós começamos o planejamento do restaurante e eu notei que ele estava completamente realizado por ser a pessoa que guiava os projetos e não apenas que seguia — e eu não me importei naquele momento dele tomar as rédeas, afinal, ele era o arquiteto sustentável da nossa relação.

— Janelão? — eu pedi e ele franziu o cenho, coçando sua barba por fazer enquanto considerava minha ideia — grandes claridades contanto que a gente não faça um único janelão por causa da tensão do vidro, mas uns... — eu olhei para a medida de nove metros de entrada — três?

— Visualmente fica prejudicado, mas se for necessário, tudo bem — ele concedeu e eu respirei aliviada, trocando o 1 por um 3 e vendo que a margem de segurança melhorou muito — teto verde?

— Ok, só vamos garantir que vai ser bem impermeável e que as plantas não terão raízes muito grossas — eu inclinei minha cabeça em cima do seu esboço.

Haviam pessoas que tinham talento natural para fazer linhas retas ou curvas como Eduardo, que estava desenhando o projeto a mão livre e estava muito melhor do que quando eu usava a régua.

— Estou imaginando que as mesas podem ser do material de demolição? — ele sugeriu, virando seu sorriso para mim e eu senti um arrepio me atingir por pensar naquilo — você sabe que faz sentido e que aí a gente economiza uma grana, já que a Ceci quer começar o projeto logo.

— Eu não sei se gosto, mas faz sentido — eu concedi — o teto retrátil pode ser de alumínio, mas pintado de um verde escuro que se misturasse com o teto-verde? Para dias quentes facilitaria no quesito da ventilação...

— Central — nós dissemos juntos e eu concordei com um sorriso discreto, notando que o seu era muito bem aberto.

— Vai dar certo, Edu, é só você não surtar no piso, porque a gente precisa usar algo que faça com que as pessoas não deslizem quando estiverem andando — eu continuei, contudo notei que ele foi longe por alguns segundos olhando para o meu nariz. O que tinha no meu nariz?

Eu me afastei dele e passei minha mão no lugar que seus olhos haviam focado para ver se não tinha um farelo de mandioquinha ali por algum motivo e ele piscou algumas vezes, notando que estava sendo estranho enquanto viajava para Edulândia.

Nós conversamos mais um pouco sobre a possibilidade da sua bendita parede de cortiça e eu recuei quando notei que ele ficou meio defensivo que eu critiquei aquela peça, porém eu cedi no reuso de água da chuva e nos painéis solares, o que eu acho que balanceou as coisas.

Eduardo pareceu satisfeito com o nosso primeiro dia de trabalho, tirando uma foto daquilo e eu recebi uma mensagem no celular quase no mesmo instante:

Eduardo: Para comprovar para as futuras gerações que Marcela Noronha não apenas começou a comer verdes como construiu um prédio de bambu

Eduardo: WE ARE THE ECO CHAMPIONS!!!!!!!!!!

Eduardo: (imagem)

Admito que eu ri daquilo mesmo que devesse me sentir ultrajada, pois não era como se eu quisesse o fim das árvores ou que as geleiras derretessem, eu apenas preferia a engenharia tradicional.

— Ok, você está pronta para colocar um pouco de cor na sua vida? — ele me perguntou, quando terminou de passar a fita crepe na parede para apenas pintarmos a parte que estava delimitada e cheia de pontos amarelos.

Nós puxamos o sofá e o tapete para longe, porque eu tinha certeza de que uma gota de tinta iria pingar naquele tecido e eu não queria ter que usar o meu Limpa-Sofá de novo, pois ele já havia visto muito vinho tinto ao longo de sua vida e eu estava tentando melhorar.

— Eu tenho cor o suficiente — eu lhe levantei uma sobrancelha e prendi meus cabelos, passando o rolinho na tinta para começar a primeira mão — você mesmo conheceu algumas, Eduardo — eu soltei aquilo antes de conseguir controlar a minha língua.

Eu não queria ter falado aquilo.

Não era para aquelas palavras terem saído da minha cabeça para minha boca.

Será que foi desse jeito que ele me chamou de "amor"? Então ele realmente pensava em mim junto com a palavra amor ou estava de verdade testando suas chances com o Valter (Galileu fez até uma montagem dos dois juntos e ficou mesmo um casalzão)?

— Ah, então a gente ainda fala disso? — ele me perguntou com calma, passando o seu rolo do outro lado da parede e eu o olhei de soslaio, notando que ele estava extremamente concentrado na tinta, ou apenas ignorando meu rosto, então ele abaixou ainda mais a sua voz antes de olhar para os lados, como se tivesse medo que alguém estivesse nos escutando — sobre o cruzeiro?

— Não é um tópico proibido — eu retruquei, agachando para passar pouco acima do meu rodapé.

— Eu juro que achei que era depois que você quase me matou quando viu a tela de bloqueio do meu celular semana passada — ele falou com pouco caso e eu meneei a cabeça, pegando mais tinta e vendo que aquela cor era até que bonita.

Não muito sóbria, mas não era colorida demais.

— Era uma foto nossa nos beijando — eu lhe expliquei como se ele não se lembrasse disso, porque eu me lembrava muito bem — sabe que o pessoal do trabalho poderia ver.

— Falando nisso, já desbloqueou as pessoas do seu Instagram? — ele mudou levemente de assunto e eu estreitei meus olhos, pois eu realmente não me lembrava disso.

— Acho que ainda não e não sei se eu volto a desbloqueá-los, porque é libertador poder postar as coisas sem pensar se todo mundo vai me julgar ou comentar sobre — eu estiquei meu pescoço para o lado e andei feito um siri para continuar pintando a parede.

Acho que Eduardo notou que a função dele era pintar as partes superiores da parede e as minhas, as inferiores, porque ele apenas trocou de lado comigo.

— Hoje em dia até mesmo eu penso duas vezes antes de postar uma foto de uma flor — ele gracejou e eu não consegui não rir dele.

— Suas fotos de tia? — eu o provoquei, porque ele realmente tinha fotos de flores demais para um instagram (até floriculturas não tinham tantas flores no seu feed. Eu sabia aquilo na prática por causa do Marcelo) — por que você não...? Esquece.

— O que? — ele ficou curioso, eu consegui notar, pois parou de pintar para me olhar de cima para baixo — fala, senão vou te pintar.

— Você não faria isso, Edu, porque tem medo da morte — eu o ameacei com o meu olhar, mas eu acho que isso funcionava mais antes da viagem, porque agora ele apenas deu aquele seu sorriso completamente petulante e desceu seu rolo na minha direção — Eduardo!

Ele começou a rir e levantou o seu rolinho, pintando perigosamente acima da minha cabeça.

— Fala aí — ele pediu e eu saboreei a sua curiosidade.

— Eu ia dizer que tirei fotos bem boas suas na viagem pra mandar pra sua família que poderiam substituir suas fotos de flores — eu disse com um suspiro — mas isso seria a mesma coisa que mandar um comunicado pra empresa que viajamos juntos.

— E se a gente simplesmente falasse que viajamos juntos? Poderia acontecer. Eu encontrei minha ex lá — ele considerou e eu meneei minha cabeça, porque ele não entendia.

— Aquilo foi a vida te provando que ser ambientalmente correto não te libera do seu carma de ser insuportável — eu lhe provoquei.

E aquele foi o fim do respeito, porque ele passou o seu rolinho na minha bochecha e eu pintei a sua calça com um instinto puro de sobrevivência, iniciando uma guerra de tinta. Nós apenas paramos quando um pouco de Laranja-Terroso se aproximou demais do meu sofá e não o sujou por uma gota de distância.

— Eu gostei dessa cor, mas porque não usar um dos amarelos que você tem? — ele sugeriu, indicando as latas que eu havia guardado na área de serviço e eu fiz uma imediata careta.

— Não, eu odeio amarelo — eu lhe disse em um sussurro doloroso, pois eu me sentia uma gema de ovo quando colocava qualquer coisa daquela cor no corpo.

— Podemos usar o amarelo no restaurante? — ele perguntou e eu arqueei minhas sobrancelhas para minhas tintas não 200% sustentáveis — você já comprou, Má, melhor usar.

— A vontade — eu limpei minha bochecha e estalei meu cotovelo antes de continuar a pintar, pois havíamos começado a segunda mão e realmente a cor estava tendo um efeito melhor do que antes. E antes já não estava de todo ruim.

O sol estava se pondo quando terminamos e eu me senti exausta, com o braço dolorido, porém muito satisfeita, pois nós realmente fizemos tudo o que eu havia planejado para aquele dia e notei que Eduardo estava apenas sorrindo com aquela sua arrogância positiva que apenas nele vestia bem ao perceber a mesma coisa.

— Eu estou tão cansada e tão triste que não tem mais Amor e Anarquia para assistir — eu comentei, guardando o meu kit de pintura na área de serviço e buscando um copo d'água para mim e outro para Eduardo, que misteriosamente já havia retirado sua calça suja e estava com uma bermuda sentado no meu sofá torto enquanto desbravava meu Netflix.

Eu não sabia, mas a sua lista de recomendados do Netflix era quase como abrir o seu coração para alguém, pois a minha ia desde Cinquenta Tons de Cinza, A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata, Estrelas Além do Tempo e Plano Imperfeito. Aposto que no de Eduardo teriam todos os Velozes e Furiosos que existiam e aqueles documentários sobre o planeta.

— Tem esse daqui — ele deixou na tela Deadwind e eu me sentei ao seu lado, soltando todo meu corpo contra o sofá e vendo que Eduardo riu de mim ao engolir em um único gole o seu copo d'água.

— Aceito qualquer coisa — eu murmurei apoiando minha cabeça em seu ombro em um gesto quase inconsciente. Quase inconsciente, pois quando eu notei já estava com a cabeça ali, e quando eu notei, eu a deixei onde estava.

— Eu posso trabalhar com qualquer coisa — ele comentou cheio de segundas intenções e eu dei um tapa de leve no seu peito, sentindo-o rir — ok, sem violência, eu estava falando da série, você que imaginou outra coisa indecente.

Eu queria ter reclamado, mas isso exigiria mais esforço do que eu queria empenhar, então apenas deixei que ele tivesse a última palavra. Assim, ele se acomodou melhor, puxando minhas pernas para o seu colo e passando um braço no encosto atrás dos meus ombros.

— Tá querendo se aconchegar em mim? — eu murmurei de brincadeira contra o seu pescoço e notei que ele se afastou levemente para me olhar.

— Se eu notei bem, foi você que aconchegou em mim hoje de manhã. E depois rolou pro chão — ele retrucou e eu senti meu queixo caindo, procurando todas as palavras do mundo para replicar aquele absurdo que estava dizendo, porém eu simplesmente estava atordoada que ele:

Fingiu que estava dormindo;

Não me ajudou quando eu caí no chão;

Me deixou aconchegar contra ele.

— Não precisa ficar assim, eu teria feito o mesmo se fosse você, eu sou bem quentinho de manhã — ele colocou a mão embaixo do meu queixo, subindo-o para que meus lábios se fechassem, contudo não retirou seus dedos da minha pele quando o fez, apenas os deixou ali.

Já estava escuro e nós dois ainda não havíamos acendido a luz da sala, então o seu semblante estava apenas parcialmente iluminado pelas cores da TV, seus olhos refletindo as imagens como os espelhos que eram.

Meu rosto se aproximou do dele e eu fechei meus olhos, inspirando toda a sua fragrância de One Milion que eu havia aprendido a gostar, mesmo que eu ainda sentisse falta do cheiro de maresia e suor.

E, depois daquela noite, eu notei que eu sentia falta do Eduardo em si e de como uma semana em alto-mar fez com que ele se tornasse um dos meus contatos favoritos do celular. Eu, inclusive, iria construir uma casa na árvore com ele. E tudo isso, por mais insano que pudesse parecer antes, agora parecia que fazia completo sentido.

— Marcela... — ele sussurrou meu nome e eu senti o meu nariz tocando o dele quase em câmera lenta.

Eu conseguia sentir o calor dos seus lábios e a umidade da sua boca a poucos centímetros de distância. Meu corpo simplesmente não queria escapar do seu campo gravitacional, puxando-me para perto em uma iminente colisão que poderia me destruir se quisesse, porém eu não iria evitá-la.

Então a porta da minha casa se abriu e eu virei o meu rosto, notando que a mão de Eduardo soltou meu rosto enquanto piscávamos fundo quando a luz se acendeu e Retúlio apareceu, conversando aos berros sobre convites e viagens e músicas, com uma caixa de vinhos e um cheiro de comida chinesa que fez o meu estômago se animar mesmo que eu não estivesse com fome.

Aí o casal notou que eles não estavam sozinhos.

— Tutti! A Celinha está beijando o Cristal! — Romeu quase deixou a caixa de vinhos cair no chão e eu retirei minhas pernas de cima das de Eduardo, pois ele estava errado por um curto suspiro.

— Shiu! Você vai estragar o clima — Túlio deu uma cotovelada no seu noivo, abaixando a sua cabeça como se aquilo fizesse com que a entrada deles fosse menos escandalosa.

— Eles... — Eduardo começou a falar limpando a sua garganta quando a sua voz falhou de tão rouca e eu passei as mãos em meus braços para tentar disfarçar os pelos arrepiados — eles sempre entram assim?

— Sempre — eu anui. Quando eu girei meu rosto na sua direção, notei que havia algo por trás do seu olhar que eu não havia reparado antes. Eu não sabia exatamente o que era, mas estava ali, tentando me perguntar algo que eu não tinha certeza se algum dia conseguiria responder, então apenas mudei o foco da minha atenção para meus amigos que pareciam baratas tontas querendo ser sutis — Rommi, pode colocar o vinho na adega. Eu a instalei na quarta-feira.

— Finalmente tomou vergonha na cara — ele me olhou com reprovação e depois olhou para o Eduardo com mais carinho — ai Cristal, a Celinha também te leva a loucura diariamente?

Eu olhei para o arquiteto ao meu lado, desafiando-o a admitir aquilo em voz alta, vendo que tudo em seu rosto dizia que ele queria responder que sim para o meu melhor amigo, todavia... não exatamente pelo mesmo motivo, eu acho.

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Hello, pessoas amadas, QUEM JÁ CHEGOU NO SURTO COM O QUASE BEIJO DE HOJE DEIXA UM AAAAAAAAAAAAAAAAAA AQUI

Por enquanto continuamos amamos Retúlio, mas vamos combinar que eles poderiam ter demorado dois segundos, não poderiam?

Se esse sábado não foi o maior programa de casal da história, eu não sei o que foi, mas a gente só espera que isso se repita pro restante da vida deles, não é pedir muito, né?

Agora eu não sei quem ta mais rendido aqui: Má que se aconchegou no Cristal pela manhã ou o Cristal que não se aguentou e fingiu que tava dormindo pra ela se aconchegar mais <3

Quem quer fazer uma aposta sobre quanto tempo mais a Marcela resiste? Alguém tem um palpite? hehehe

Seguindo o prometido, se os surtos continuarem, teremos sim post amanhã (maratona prolongada?), o que vocês acham? Quem quer saber o que vai acontecer, né? hihihihi

Para quem não conseguiu acessar os novos cards no capítulo HORA DO MATCH, se vocês tentarem deslogar do app e relogar, deve funcionar hihihi <3

E para nossa campeã de engajamento... SPOILERAÇO!!!!!!!!!!!!!

Não esqueçam do biscoito/ bolacha/ estrelinha e de nos dizer o que estão achando!!!! Por aqui seguimos amando CEM de maneira incondicional haha

Beijinhos,

Libriela <3

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