Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 34 - Demonstração pública de afeto

Demonstração pública de afeto

Eduardo

Eu meio que tentei falar com Marcela durante aquela tarde para pedir desculpas pelo "amor" que tinha dito "para o Valter" na reunião, mas ela estava sempre ocupada e parecia que se eu chegasse perto demais, todo mundo ia entender quem era o "amor" em questão.

Caralho, viu, Eduardo. Na dúvida, mantenha sua boca fechada. Amor?

Então, para evitar qualquer tipo de constrangimento, resolvi falar com ela de forma remota e enviei uma mensagem:

Eduardo: Desculpa pelo amor, amor

Eduardo: Foi força do hábito

Marcela não respondeu imediatamente e, depois disso, eu só acenei para ela para me despedir, enquanto ela se digladiava com um livro grande demais e um maço de folhas que eu tinha visto na mão de Thales mais cedo — o que provavelmente significava que ela tinha um prazo para ontem para cumprir, porque esse era o estilo do nosso chefe.

Eu já estava esperando Leandro e Henrique Francisco chegarem, apoiado no carro no estacionamento do supermercado, quando senti meu celular vibrar e sua resposta chegar.

Marcela: Vai ficar tudo bem se você arranjar um jeito de se declarar para o Valter logo hahaha

Marcela: A propósito, sugiro fortemente Marcela/Má daqui para frente

Ela não precisava realmente fazer essa sugestão, precisava? Não que eu tivesse me saído bem, então eu meio que entendia o lado dela.

Eduardo: Então esse é o seu nome?

Eduardo: Eu tinha me esquecido completamente

Eduardo: brincadeira, amor

A próxima coisa que Marcela fez foi me encaminhar uma figurinha que era como uma mensagem de confirmação do windows, só que escrito "você está sem limites, deseja continuar?". Minha resposta para essa pergunta, de certa forma...

Leandro estacionou o seu Onix branco ao meu lado enquanto eu procurava uma figurinha da Anitta segurando uma plaquinha onde estava escrito "sim!" que com certeza estava perdida no meio dos milhares de stickers que eu salvava e esquecia que existiam porque eu sempre usava os mesmos que ficavam nos recentes.

Henrique saiu do carro junto com Leandro, ainda vestindo seu uniforme inteiramente branco, indicando que tinha vindo direto da clínica. O galã de revista acionou o alarme e jogou um braço por cima do meu ombro e outro por cima do de Chicão enquanto nós íamos em direção à entrada - eu já tinha me acostumado com seu jeito de demonstrar afeto.

— Alguém fez uma lista do que a gente tem que comprar? — perguntou ele, dando tapinhas nos nossos ombros.

— Eu levo uns três segundos para escrever tudo em uma folha, Lê — eu disse, revirando os olhos. — Eu não sabia que fazia tanta falta assim em casa, porque parece que alguém saqueou a casa e levou até nosso papel higiênico.

— A gente fez isso só para você se sentir especial — Chicão emendou, fazendo Leandro rir ao meu lado. — Claramente funcionou, de nada.

Rolei os olhos de novo, mas dei risada mesmo assim. Pegamos um carrinho e a passamos primeiro pela seção dos materiais de limpeza — eu não acreditei que precisei mediar a escolha da fragrância do desinfetante, mas eu tive. Ficamos com o "mar tropical" porque o de eucalipto tinha um cheiro esquisito e, segundo Leandro, parecia a urina de alguém que tomava um copo de água por semana.

A próxima disputa foi sobre papel higiênico duplo (fofinho e sem exageros, segundo Chicão) ou triplo (minha bunda merece, de acordo com Leandro). Era por isso que a gente costumava se revezar no mercado ao invés de fazer aquilo juntos, mas eu percebi enquanto eles discutiam sobre cada produto que era mais divertido quando os dois estavam envolvidos.

Eles estavam debatendo sobre shampoo quando eu recebi uma mensagem de Patrício; não no grupo da família Noronha, mas em uma conversa privada. Era uma foto, que eu reconheci como a do dia do karaokê, onde eu e ele estávamos gritando para o palco enquanto Marcela e Marcele cantavam e nós dois parecíamos emocionadíssimos, Patrício inclusive com a mão sobre o coração.

Patrício: Publicaram no site do cruzeiro, acredita? Acho que somos oficialmente um casal agora

Eu ri, começando a cantar Evidências mentalmente - porque não tinha uma forma de pensar nessa música sem que ela grudasse na sua cabeça por dias - e lembrando de como aquele dia foi divertido, com a cantoria, os flamejantes, a cena de Titanic que eu pensei que iria esfregar na cara de Leandro assim que tivesse oportunidade, mas, no fim, tinha sido tão especial que eu não quis transformar em uma piada e apenas... Guardei para mim. Para nós, no caso. Marcela e eu.

Eduardo: Acho que nós deveríamos mandar o vídeo do protetor para eles. Eu assisti e tenho certeza que seria uma excelente publicidade para o cruzeiro, a gente parecia mesmo feliz

Patrício: Que história é essa de parecia?

Enviei uma figurinha que dizia "com licença, acho que você é o amor da minha vida", que eu costumava usar com Chicão e Leandro e enfiei o celular no bolso para continuar as compras antes de presenciar um homicídio doloso por causa da marca de detergente.

— Cara, me pediram um parecer semestral sobre as finanças da revista hoje, se você encher meu saco e eu te agredir vai ser o ponto alto do meu dia — Leandro disse.

— Ok, vamos levar o neutro que agride menos o ambiente e não se fala mais nisso — eu disse, me enfiando entre os dois e puxando um fardinho com seis vidros de detergente para dentro do carrinho, porque Leandro dizia que comprar no varejo era burrice e comprar em quantidade sempre compensava, por isso a gente tinha um estoque quase infinito de sabão em pó que provavelmente ia vencer antes de conseguirmos usar.

Eles não prestaram muita atenção em mim. Bom, ao menos a princípio.

— Você parece muito calmo, Edu — reparou Chicão, porque geralmente Leandro era a pessoa da paz e eu quem ficava resmungando pelos cantos sobre como enfiar bioconcreto nos projetos. — Como foi o seu dia?

Dei de ombros, empurrando o carrinho para a seção de alimentos e pegando alguns pacotes de macarrão farfalle, que era o favorito de Henrique Francisco, especialmente quando eu resolvia fazer a receita de molho pomodoro de Cecília — não ficava nem de perto tão boa quanto a dela, mas eu era esforçado e Henrique era muito meu amigo para ter uma opinião realmente imparcial. Leandro também gostava, mas, com certeza, a essa altura ele já sabia os defeitos pois havia conhecido os dotes de Cecília. Os culinários, pelo amor de Deus! Não quero pensar nos outros!

Dei de ombros.

— Pós férias tem sempre aquele acúmulo de trabalho, né? — disse eu, observando Leandro escolhendo alguns pacotes de macarrão instantâneo que ninguém realmente gostava, mas acabava comendo quando estava com preguiça/sem tempo. — Tentei negociar um desconto nos painéis solares para tentar incluir nos próximos projetos e...

Eles me deixaram falar, mas eu sabia que não era disso que eles queriam saber, porque, no ápice da minha felicidade por Henrique Francisco e Tiago, nós tínhamos tido um debate bem acalorado sobre voltar ao status quo ante da amizade depois de ver uma pessoa nua... Muitas vezes.

Leandro achava plenamente possível. Chicão achava impossível. Eu, bem... Eu ainda ia testar.

Eu nunca tinha transado com uma amiga próxima como Marcela, com quem eu trabalhava diretamente todos os dias. Tinha sido complicado olhar para ela o dia todo sabendo o que eu sabia, lembrando do seu cheiro, do gosto da sua boca, do sons dos seus gemidos e do seu corpo se comprimindo contra o meu e... Ok, eu até podia superar isso.

Mas não tinha sido só o sexo, no fim das contas. Existia aquela cumplicidade nova, a intimidade, as manhãs acordando abraçados e com a cara amassada e a primeira visão do dia ser seu rosto salpicado de pintinhas e até o chá de erva-doce e a pizza margherita que eu sabia que ela não gostava e... Isso era mais complicado e, embora meus dois melhores amigos estivessem ali, alguns detalhes eram tão íntimos que eu não quis dividir.

Tudo ia voltar ao normal em algum momento, eu tinha certeza, mas não tinha sido nesse dia. Porque nesse, eu ainda pensava em contar para ela quando eu via alguma coisa engraçada - tipo um crossfiteiro com uma regata de rosas que era a cara de Marcelo - e queria ir imediatamente contar para ela. Ou quando ela estava por perto e eu tinha que me lembrar que não era mais necessário ir lá e, de alguma forma, tocar nela como se a gente fosse um casal.

E aí veio o "amor" que eu só me dei conta que tinha dito quando ela fez a piada do Valter, porque tinha ficado tão natural ser o namorado de Marcela, especialmente quando a gente tinha ultrapassado a linha da amizade diversas vezes e eu ainda sentia vontade de ultrapassar algumas mais, que era mais fácil para o meu cérebro ser o namorado de Marcela do que não ser.

— Você sabe que a gente não entendeu metade desses termos técnicos, né? — Chicão disse e, então, verbalizou o que queria saber desde o começo: — E a Marcela?

— Seguimos amigos — eu disse e ele ergueu as sobrancelhas, porque, embora eu não tenha dado detalhes, ele sabia que a gente não tinha transado uma vez só. — Eu só vacilei e chamei ela de amor em uma reunião, mas, fora isso, tudo normal.

Chicão e Leandro deram risada quando eu disse que ia ter que me declarar para o Valter para manter os dias de cruzeiro em segredo.

— Cara, isso foi muito um ato falho — Chicão disse, novamente, carregando frascos de azeite. Leandro ergueu as sobrancelhas, sem entender muito bem. — Sabe, quando você pensa em fazer uma coisa e faz outra? É uma manifestação do seu inconsciente. No fundo, você queria chamar a Má de amor.

Eu queria?

Eu queria muitas coisas de Marcela, se fosse para ser cem por cento honesto, mas... Chamá-la de amor em público talvez não fosse o que eu tinha em mente para o momento.

— Eu também quero, mas nunca aconteceu comigo — disse Leandro e Henrique deu um tapa na sua nuca pela talaricagem. — Desculpa, eu sei que eles são um casal, mas ela é linda e consertou nossa pia.

— Nós não somos um casal — eu disse, dando de ombros.

— Ok, amor — Chicão disse para implicar e eu lhe mostrei o dedo do meio. Uma senhora que estava passando ali com certeza me achou um tremendo mal educado.

Leandro e eu nos entreolhamos por um segundo, porque havia algo que nós dois queríamos saber, mas que ninguém realmente queria perguntar. Claramente estávamos mandando, via olhar, que o outro perguntasse.

Claro que Henrique Francisco percebeu.

— Vocês podem perguntar sobre o Tiago, porra — ele disse e deu risada, fazendo o corpo inteiro tremer. Ele sujou a camisa branca com alguma coisa marrom, percebi, mas foi Leandro quem foi até lá tentar limpar.

— Vocês estão juntos? — Leandro quis saber, já que Henrique tinha dado liberdade para que a gente perguntasse.

— Juntos tipo namorando? — perguntou e Lê assentiu, ainda esfregando a mão na camisa de Francisco com uma careta muito obstinada no rosto. — Não. É só um rolo que tem dado certo.

— Você gosta dele — eu disse e não foi uma pergunta.

Henrique deu de ombros e coçou o queixo. Leandro desistiu de tentar limpar a mancha, embora a maior parte tenha saído.

— Edu, você conheceu ele. Bonito, gente boa, legal, sorriso lindo e gosta de futebol. Torce pro Botafogo, é claro, mas infelizmente ninguém é perfeito. — Assenti, porque isso era bem relevante se tratando de Henrique, mas era difícil encontrar torcedores do Atlético Mineiro em São Paulo. — Idiota seria se eu não gostasse.

Leandro assobiou baixinho para não chamar a atenção do supermercado inteiro e eu abri de novo o meu sorriso meu-melhor-amigo-está-feliz-e-eu-amo-isso. Chicão sorriu de volta para mim.

— Cara, espero que dê certo, se for isso que vocês querem — eu disse e Chicão assentiu, voltando a caminhar em busca de molho de tomate. — Eu tô me sentindo um péssimo amigo por nunca ter me dado conta, Chico.

Ele se virou para mim, provavelmente porque eu não costumava chamá-lo de Chico.

— Se dado conta de que eu curto caras? — perguntou e eu assenti. Eu conhecia bem demais Henrique Francisco Gadelha para realmente acreditar nos meus olhos, mas juro que ele corou e eu não estava delirando. — Eu já tinha tido curiosidade sobre caras, mas nunca realmente tinha ficado com nenhum até Tiago aparecer no Bar dos Ardos com aquele sorrisão e... A curiosidade se tornou vontade e aí eu fui e, sendo sincero, é bem bom.

Então eu entendi porque ele tinha corado. Não porque estava contando que tinha ficado com um homem, porque estava com seus dois melhores amigos e a gente amaria e apoiaria Henrique Francisco até se ele decidisse que amava sua camisa do Atlético Mineiro autografada pelo Dadá Maravilha (eu claramente não sabia que era, mas estava na lista de ídolos do galo quando eu acessei o site) que ele guardava como uma relíquia, mas sim porque ele estava admitindo que gostava de alguém e, mesmo o conhecendo desde os seis anos, eu nunca tinha o visto falando algo assim.

— Vocês são fofos — Leandro disse e eu comecei a rir com a careta que Chicão fez.

— Cala a boca, caralho — ele disse, mas eu vi o sorrisinho no canto da sua boca.

— Chama ele de amor sem querer e vê como ele reage — Chicão ergueu as sobrancelhas para mim com uma cara de poucos amigos. — O quê? É só um experimento social, não estou falando que você está inconscientemente apaixonado por ele nem nada assim.

Leandro apoiou as mãos na barriga para rir como se estivesse descendo de um tobogã, chamando atenção de metade das pessoas ali com a sua risada alta que, não vou mentir, eu acompanhei.

— Eu juro que da próxima vez que alguém perguntar quer leitinho? falando de esperma no grupo eu vou responder que eu quero só pra vocês dois ficarem constrangidos, seus idiotas — ele respondeu com uma carranca, mas logo começou a rir também.

— Seu amor não me constrange, Henrique Francisco — eu disse e o abracei pelo ombro, dando um beijo na sua bochecha. — Eu amo você mesmo você sendo um ridículo que não coloca o lixo para fora e come toda a minha comida.

Leandro fez a mesma coisa no ombro e na bochecha oposta dele.

— Eu te amo pra caralho, doutor — disse ele.

— Eu amo vocês também — Chicão devolveu, abraçando as nossas cinturas.

Então a gente se abraçou no mercado. E ninguém reclamou sobre a demonstração pública de afeto.

⟰ ⟰ ⟰ ⟰ ⟰ ⟰ ⟰ 

Chegamos ao terceiro e último dia da nossa #maratonadeCEM!!

O que acharam deste ritmo? Nós duas aqui adoramos como vocês surtaram nos capítulos e se entregaram totalmente! (quem sabe a gente não tope fazer mais uma maratona em breve, né?)

Agora para quem estava com saudade desses três, toma mais uma dose de muito amooooor <3

Edu falando sobre o que ele e a Má viveram no cruzeiro é tão lindo e fofo que nos derrete todas as vezes ai ai

E agora o Chicão falando sobre o Tiago é uma coisa lindiiiiiinhaaaaa!!! A gente adora tudo nesse ship e vamos protegê-lo pro resto da vida!!!

Alguém mais concorda com o Chicão e foi um ato falho mesmo? Eu acho que o Eduardo incorporou tanto o papel de namorado da Marcela que ele ainda não saiu :'DDD

E para as nossas campeãs (sim, foi tão pertinho que a gente decidiu premiar as duas) de engajamento (neste caso estamos considerando engajamento = comentários), cap dedicado a uma, mas as duas ganham um spoiler exclusivíssimo!

O que vocês estão achando a história? O que está faltando? Críticas e elogios? Agora é a hora!!! Não esqueçam da estrelinha também hihi <3

Beijinhos,

Libriela <3

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro