Capítulo Treze
Max Fraield:
Em segundos, passos apressados e gritos ecoaram pelo corredor.
— Pai! — Alister e Alice exclamaram em uníssono ao entrar no escritório. Ambos correram para ajudar Diego, que cambaleava ao tentar se levantar.
Observei-os com frieza, sentindo o poder de Diego que acabara de ser derramado sobre mim ainda não se fundindo completamente com o meu. Tremendo por dentro, lutei para conter a força avassaladora que percorria meu corpo. Gradualmente, o poder de Diego começou a se submeter ao meu, se tornando parte da minha magia.
Senti a força bruta girando em torno do meu coração, rugindo como um animal selvagem. Depois de devorar todo o poder estranho, minha capacidade de me tornar mais poderoso finalmente se consolidou.
Diego, por outro lado, estava lívido, incapaz de acreditar no que havia acontecido.
Alice e Alister também estavam pálidos, embora não tanto quanto Diego.
Aproximando-me deles calmamente, falei:
— Antigamente, um estigma aparecia no corpo da pessoa com maior habilidade na família, comprovando sua qualificação como líder.
Minhas palavras atraíram a atenção de todos na sala, inclusive dos servos que espiavam pelo corredor.
Lembrei-me de ter lido isso em textos antigos.
Naquela época, era um costume antes que os antigos poderes manchados de sangue estivessem quase extintos. No entanto, com o passar das gerações, o sangue se diluía gradualmente, e era natural que o poder contido nele também enfraquecesse.
Portanto, era impossível para o sucessor ter uma força maior do que o atual líder da família. Por isso, as condições da transferência foram modificadas: o antigo líder nomeava diretamente seu sucessor e lhe concedia o estigma.
Essa prática se mantém até hoje.
No entanto, nesta geração, apenas uma pessoa quebrou essas regras antigas.
— É um pouco estranho. Imagino se Howard Yeonhwa se sentiu assim. — No momento em que pronunciei o nome de Howard Yeonhwa, o olhar de Diego tremeu violentamente.
Olhei para meus pulsos, que começaram a brilhar. O estigma de formas geométricas brilhava com uma sutil cor dourada em meu pulso.
Diego rapidamente puxou a manga para cima, revelando as costas da mão esquerda. Ele costumava olhar para lá para reivindicar seu poder.
No entanto, o estigma que costumava aparecer em sua pele toda vez que ele usava seu poder não estava mais lá.
— Lamento informar que preciso revogar minhas palavras anteriores. Apesar de tudo, meu pai ainda consegue ser útil para mim. — Falei com um tom frio e calculista. — Na verdade, tudo o que as pessoas desta casa me oferecem não vale mais do que uma pedra na beira da estrada, mas a liderança ainda será útil para meus propósitos. Imaginei que atacar pelo lado político seria a melhor estratégia, mas este método provou ser ainda mais eficaz.
Olhei em seus olhos que tremiam, o desespero estampado em seu rosto.
— É assim que as coisas serão. Guardarei este segredo até o dia da minha morte, mas farei a denúncia. — Com um tom cruel e excêntrico, declarei minha sentença. — A partir de agora, não interfiram em meus planos. De hoje em diante, eu, o novo líder da Fraield, tomarei todas as decisões, até as mais ínfimas.
Para Diego, minhas palavras soaram como sua sentença de morte política.
Diego olhou para mim.
— Max! que diabos você fez agora!
Então desta vez Alice, que estava ao lado de Diego, levantou-se com raiva assim como Alister ambos me olhando furiosos.
— Que droga fez com o nosso pai? — Alister perguntou.
— É isso que você vai dizer ao seu pai agora? Você está realmente louco? — Alice disse furiosa..
— Eu não posso tolerar isso. Eu não posso tolerar isso. Se você não voltar a ser como estava agora, não vou ficar parado! — Alister disse.
Meu olhar frio voou para a direção de ambos que gritavam com sangue no pescoço.
— Me diga o que vocês poderiam fazer? O que você pode fazer se não ficar parado? — perguntei preguiçosamente e a magia se expandiu ao redor dela e no instante seguinte o corpo de ambos estavam emaranhado em cordas mágicas que se transformou em espinhos que se espalharam em um instante. Cada um tentando sair dali de alguma forma, mas não foi o suficiente.
— Se livrem disso! — Alice gritou.
Quanto mais eles se moviam seus corpos, mais afiados os espinhos afundavam em suas peles, seus rostos tinham uma profunda sensação de derrota. Porém, ao ver as amarras sufocá-los e começarem a se espalhar pelo lugar, cada um logo perdeu as palavras de emoção e notei que hacau sido o mesmo para todos que estavam nos observando do batente da porta.
— De agora em diante, darei ordens a você. Se não gostar, poder ir embora. — Falei. — Mas Não sei se vocês tem coragem de fazer isso.
Diego me encarou, furioso.
— Max! Que diabos você fez agora!
Alice, ao lado de Diego, levantou-se com raiva, assim como Alister. Ambos me olhavam com fúria.
— Que droga você fez com o nosso pai? — Alister perguntou.
— É isso que você vai dizer ao seu pai agora? Você está realmente louco? — Alice disse, furiosa.
— Eu não posso tolerar isso. Eu não posso tolerar isso. Se você não voltar a ser como era agora, não vou ficar parado! — Alister ameaçou.
Meu olhar frio se voltou para os dois que gritavam, seus rostos vermelhos de raiva.
— Me diga o que vocês podem fazer? O que você pode fazer se não ficar parado? — perguntei preguiçosamente.
Magia se expandiu ao meu redor e, no instante seguinte, os corpos de ambos estavam emaranhados em cordas mágicas que se transformaram em espinhos que se espalharam rapidamente. Eles tentavam se libertar, mas era inútil.
— Se livrem disso! — Alice gritou.
Quanto mais se moviam, mais os espinhos afundavam em suas peles. Seus rostos expressavam uma profunda sensação de derrota. Ao ver as amarras sufocá-los e começarem a se espalhar pelo lugar, ambos perderam a fala. Percebi que o mesmo aconteceu com todos que nos observavam da porta.
— De agora em diante, darei ordens a vocês. Se não gostarem, podem ir embora. — Falei. — Mas não sei se vocês têm coragem de fazer isso.
Quanto mais me distanciava da sala, mais rápido meus passos me levavam ao banheiro mais próximo. Entrei correndo, tomado por náuseas.
De repente, virei de cabeça para baixo e todo o conteúdo do meu estômago foi expelido.
Acredito que a grande quantidade de força externa que recebi causou um segundo aumento de poder, tão intenso que meu corpo ficou tenso por ter que lidar com mais magia do que estava acostumado.
Depois de esvaziar o estômago, franzi a testa e levantei a cabeça. Enxaguando a boca, me olhei no espelho à minha frente.
Ao manifestar meu poder, um padrão dourado surgiu novamente em meu pulso. Logo desapareceu, mas era um lembrete claro: eu tinha o poder mais forte que Diego, me tornei o líder, e agora meus poderes se expandiram ainda mais.
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A mansão virou um pandemônio com a mudança de poder. Até mesmo os que antes apoiavam Alister, Alice e o antigo duque mudaram de lado rapidamente. Tive que dar uma liçãozinha neles para que se comportassem.
Jéssica e Marcelo receberam boas promoções. Marcelo se ajoelhou tão rápido para agradecer que me fez rir. A notícia da mudança de poder se espalhou pela capital como rastilho de pólvora. Em um dia, recebi convites de várias pessoas querendo se aproximar. Quando notei, Miguel já havia feito as malas e estava indo embora com Alice.
— Max, não vai fazer nada contra eles? — Jéssica perguntou, observando a carruagem se afastar pela janela.
— Ele sabe que não tem mais poder e vai procurar a mãe para pedir ajuda. Imagino que as amantes dele já devem estar em cima dele. — Falei, analisando os documentos com calma. — Até que é bom nos livrarmos deles por um tempo.
— Mas você os deixou ir muito facilmente. — Jéssica retrucou.
— Perder o poder já é humilhação suficiente para acalmá-los. — Falei.
Para nobres com a personalidade de Alice ou de seu marido inútil, perder o poder era pior que a morte.
— E o Alister e o Diego estão quietos demais. — Comentei.
— O Alister está treinando no campo de treinamento todos os dias, mas se cansa muito rápido. O Diego ainda está em estado catatônico no quarto que você deu a ele. — Jéssica me informou. Nesse momento, bateram na porta. Dei permissão para entrar.
O mordomo colocou a cabeça para dentro com um olhar de desculpas.
— Senhor Max, você tem visitas. — ele disse.
— Se for Gabriel, pode mandar embora. — Falei.
As cartas de Gabriel se tornaram um incômodo cada vez maior. Desde que assumi o poder do ducado, ele não parava de me enviar mensagens, implorando por um encontro. A quantidade de papel que joguei fora era irritante, e a náusea que sentia ao ver sua assinatura em cada envelope era quase insuportável.
No entanto, a notícia trazida pelo mordomo me deixou ainda mais perplexo.
— Na verdade, é o senhor Howard Yeonhwa. — ele disse, com um tom de desculpas na voz.
Era incrivelmente rude da parte de Howard Yeonhwa aparecer sem avisar. Sua presença inesperada me deixou apreensivo e com um mau presságio.
Suspirei profundamente.
— Diga que já vou. — Falei, e o mordomo assentiu rapidamente, desaparecendo em segundos.
— Senhor Max... — Jéssica começou, mas a interrompi me levantando.
— Só vou dizer que é incrivelmente rude ele vir sem avisar. — Respondi, saindo do escritório com Jéssica logo atrás de mim.
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