Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Sessenta e Um

Max Fraield:

Se eu dissesse que no restante do meu tempo de descanso fiquei ouvindo os empregados e Emma fazendo um alvoroço por todo o palácio, estaria subestimando a situação. Até Jamile, que estava aqui e se recuperou antes de mim, queria ajudar. Ela passava na enfermaria frequentemente para me mostrar as decorações que Emma estava escolhendo.

Ian ficava ao meu lado o tempo todo, com Daphne, e eu imaginava como seria o futuro dela. Vou fazer com que tudo seja perfeito para ela.

Ian ficava ao meu lado o tempo todo, com Daphne, e eu imaginava como seria o futuro dela. Vou fazer com que tudo seja perfeito para ela.

Os dias se passaram, e a agitação no palácio só aumentava. Cada vez que Jamile entrava na enfermaria, ela trazia uma nova peça de decoração, um tecido luxuoso ou uma sugestão de como a cerimônia de coroação deveria ser conduzida. Seu entusiasmo era contagiante, mesmo que eu estivesse preso à cama.

— Max, veja só! — Jamile exclamou uma tarde, segurando um tecido dourado e brilhante. — Emma achou que isso ficaria perfeito como cortinas para o salão principal. O que você acha?

Eu sorri, apreciando o esforço e a alegria dela.

— Está lindo, Jamile. Emma tem bom gosto.

Ela sorriu, satisfeita, e correu para mostrar a Emma. Fiquei observando-a sair, sentindo uma mistura de gratidão e exaustão.

Ian olhou para mim com um sorriso suave, e Daphne, adormecida em seus braços, respirava suavemente. Ele se inclinou para me beijar na testa.

— Tudo isso é por você, Max. Todos estão ansiosos para ver você se tornar o imperador que sabemos que será.

Apertei a mão dele, sentindo uma onda de emoções me invadir. Eu tinha responsabilidades enormes diante de mim, mas também um apoio incrível. A dor da perda de Amelia ainda estava presente, mas o amor e a dedicação de meus amigos e aliados me davam força.

— Vou fazer o meu melhor, Ian. Por Daphne, por todos nós.

Ele assentiu, seus olhos brilhando com determinação.

Eros veio me visitar e me agradeceu por tê-lo trazido de volta para casa. Contei a ele como eram os outros indivíduos que vieram comigo.

— Seis deles são filhos de druidas que, por consequência, ficaram presos no Reino Demoníaco — Eros falou. — Cuide de todos. Mas os outros são demônios, e o rapaz que estava ao meu lado era Zerudorisu, filho do Rei Demônio, que me via como seu mestre e tentará me procurar neste mundo.

Ele pegou minha mão e apertou, tentando mandar boas energias. Senti-me tonto por segundos e ouvi vozes na mente e vultos pelo canto do olho.

— Jovem Max, acalme-se — Eros falou, apertando ainda mais forte minha mão. — Pelo visto, o senhor ainda tem um longo caminho até se recuperar do feitiço de transferência de âncora.

— Acha que posso voltar ao normal? — perguntei. — Não seria bom se o futuro imperador tivesse lapsos que o fizessem se conectar com as almas do Reino Demoníaco.

Ele riu com a minha fala e deu um tapinha nas minhas costas antes de sair.

Deitei-me na cama, pensando em como agir como imperador desse lugar. Balancei a cabeça quando Lancelot surgiu no meio do quarto.

— Vejo que finalmente está bem — falou, sentando-se na cadeira e soltando um suspiro. Senti cheiro de álcool vindo dele e, juro, se não estivesse cansado, iria querer saber por que ficou bebendo para esquecer seus problemas.

Aposto que é por causa de Alice. Bem, nunca vi Lancelot e ela dando certo em primeiro lugar.

— Dá para acreditar que sua irmã fugiu? Ela deve ter se escondido em algum lugar — Lancelot resmungou, e fechei a cara. — Ela, pelo menos, poderia ter me dado uma chance para ver se me amava.

Ele continuou resmungando sobre as ações da minha irmã, por não querer dar uma oportunidade para eles terem um relacionamento.

Pronto. Ao invés de descansar, tive que virar terapeuta de um príncipe do reino espiritual que não conseguiu aceitar o fora que levou.

**************

Depois que Lancelot foi forçado por mim a sair do quarto, Ian voltou para o meu lado.

— Estou cansado — confessei para ele. — Se eu pudesse dormir mais algumas horas...

— Claro. Claro que pode. Acho que ninguém vai querer visitar você agora, já que estão ajudando Emma a organizar alguma festa — Os dedos de Ian empurraram meus cabelos para trás, afastando-os dos olhos. Seu tom foi firme, absoluto: feroz como um animal protegendo seu filhote.

Meus olhos começaram a fechar.

— Imagino que você não vai me deixar sozinho? — perguntei, vendo um sorriso surgir em seus lábios.

— Não — ele respondeu. — Não, jamais o deixarei por um bom tempo. Tenho certeza de que você sabe disso.

De repente, minha mão ficou molhada onde Ian estava segurando, e percebi que ele estava chorando, as lágrimas caindo por mim, porque me amava; mesmo depois de tudo que passamos, ele realmente me amava. Como eu também o amava, mesmo que demorei a dizer isso.

Dormi assim, com ele ao meu lado, enquanto o sol nascia, trazendo um novo amanhecer.

**************

Depois de mais dois dias descansando, finalmente me foi permitido que eu pudesse me locomover. Decidi ir até a masmorra para ver os membros da organização. Todos acharam que não devia, exceto Jamile, que quis ir comigo. Então, ao lado dela e de Ian, entramos nas masmorras.

As celas ficam bem no fundo do subsolo do castelo imperial, algumas delas vazias, mas muitas contendo prisioneiros de pele acinzentada, sob uma punição mágica decretada pelo próprio imperador ou pelas imperatrizes. Muitos pareciam estar mortos, mas ocasionalmente se mexiam de maneiras que sugeriam que não estavam, sofrendo por causa da punição.

Em uma das celas, reconheci Nimue, que estava completamente acabada e olhou para mim sorrindo. Notei que seus pulsos estavam vermelhos e com várias cicatrizes. Ela vestia um macacão cinza.

— Ela se agride com as correntes e às vezes se joga de um lado para o outro — Jamile falou, me puxando para o lado. — Em certas ocasiões, até bate a cabeça na parede.

Brian estava na cela ao lado, meditando, também vestindo o mesmo macacão cinza.

Todos os quarenta membros da organização estavam ali, se lamentando. Na última cela, encontrei Damian.

Quando me aproximei, ele levantou rapidamente a cabeça. No meio de seu rosto, havia uma enorme cicatriz que apagava toda a beleza que existia nele antes. Acho que a versão vilanesca que invoquei da outra linha do tempo tem a ver com isso. Mas havia muitas pessoas com espadas no meio da batalha.

— Vejo que veio caçoar de mim — ele disse. — Pelo menos me deu uma cicatriz para me lembrar de você.

Olhei para Jamile e Ian, pedindo para que ambos ficassem um pouco mais distantes. A contragosto, deram um passo para trás.

— Acho que se decepcionou que seu tio salvou a Emma — falei, e os olhos de Damian ficaram tempestuosos. — Totalmente perdido.

— Diga-me — Damian falou, seus olhos sombrios. — Por que resolveu vir até aqui? Tenho certeza de que não veio para mostrar misericórdia a mim ou a qualquer pessoa afiliada à organização.

— Você sabia as consequências que o feitiço traria? Sabia que o Rei Demônio estava sentindo a mudança do portão e, ainda mais, sabia que isso iria trazer demônios para este mundo — falei sem rodeios, e Damian riu.

— Talvez sim, talvez não — disse ele, indiferente. — Me diga, está com medo das consequências que virão? Afinal, tudo o que fez até aqui foi graças às suas memórias de outro mundo e agora não sabe como seguir.

Isso é um teste. Ele quer me ver tremer pelo futuro que não conheço. Não posso deixar que ele se sinta vitorioso ou pense que, mesmo nessa situação, pode vencer.

— Não, só quero ver contra quem eu irei lutar — respondi sorrindo. — Sei que você não estará presente para saber e nem poderá ser chamado de meu inimigo ou fazer mais mal às pessoas deste mundo.

Sua expressão vacilou, e ele mostrou dúvida sobre o que eu poderia fazer.

— Eu não sabia que o Rei Demônio iria sentir a mudança — ele disse em um sussurro, e dei de ombros. — Mas você só trouxe meu tio para cá e nenhuma criatura demoníaca. Estaremos a salvo.

Olhei para Damian, que estava me encarando, então ele me pediu algo surpreendente.

— Eu não quero perdão pelos meus crimes. Sei que muitos morreram por causa do feitiço e, mesmo assim, minha consciência está limpa — ele disse, seus olhos brilhando com determinação. — Só quero que meu tio venha me visitar uma vez antes da minha punição terminar.

Pensei por alguns segundos e vi que não causaria mal a ninguém permitir essa reunião.

— Se Eros concordar, ele poderá fazer essa visita — falei, e Damian fez uma reverência.

— Obrigado pela sua misericórdia — ele disse quando me virei para ir embora.

— Não há verdadeira justiça sem misericórdia — falei para ele.

______________________________________

Gostaram?

Até a segunda.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro