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Capítulo Quatro

Max Fraield:

Ao regressar à cidade que um dia chamei de lar, a atmosfera conhecida envolveu-me, criando um turbilhão de sentimentos entre alívio e apreensão. A proximidade iminente com os cavaleiros de meu pai delineava uma intricada teia de lealdades que se formava diante de mim. Sentia a necessidade de absorver cada momento antes desse inevitável encontro.

Dediquei-me a comprar itens para Black e procurei abrigo em uma casa, ansioso pelo descanso que precederia nosso reencontro com os cavaleiros. Aquela noite era um precioso intervalo que eu tinha que explorar ao máximo.

Ao longo da noite, Black se mostrava cada vez mais feliz com suas aquisições e a refeição refinada. Quando chegou a hora de recolhermos para descansar, conduzi-o ao estábulo e decidi permanecer ao seu lado.

— Ficarei aqui contigo — murmurei, acariciando sua crina.

Ele relinchou com alegria.

À medida que ele se acomodava calmamente e eu pegava um cobertor para nos cobrir, finalmente experimentamos a paz e relaxamento que tanto buscávamos.

*******************

Diante de um rapaz no topo de uma colina verde, eu contemplava o vasto mar estendendo-se atrás de mim. O céu e o oceano exibiam tons intensos de azul, entrelaçando-se em uma fusão sem um ponto definido no horizonte. Gaivotas e andorinhas-do-mar voavam e clamavam acima de nós, enquanto o vento salgado soprava através de nossos cabelos.

O calor era tão intenso que meu corpo parecia tornar-se pesado, ansiando afundar ainda mais sob o sol escaldante.

— Você roubou meu corpo — Ao ouvir a voz do rapaz, virei-me para deparar com seus cabelos ruivos, reconhecendo Max do futuro conforme o enredo original se desenrolava. Seus dedos escureceram a cada segundo que se aproximava de mim, um sinal claro de usar magia negra e de ter sido consumido pelo poder. Havia uma complexidade ao tentar me afastar. — Deveria permanecer alerta contra tudo; um ladrão deve estar atento.

Meu próprio coração saltou ao vê-lo se aproximar, e dei um passo para trás, sentindo uma mistura de temor e incerteza.

— Max — murmurei, encolhendo-me quando ele esticou a mão, como se pudesse me puxar em sua direção. Entretanto, ele permanecia distante, uma sensação de proximidade ilusória, seus dedos ansiosos para me atrair.

Meu coração pulsava descompassado, enquanto o suspense pairava no ar, como se estivéssemos à beira de um precipício. Uma mistura de medo e fascinação me prendia, enquanto eu lutava para entender a natureza desse encontro tenso.

Ele se aproximou e finalmente envolveu-me com seus dedos tocando meus ombros.

— Eu não quero sua vida — sussurrei, finalmente abrindo a boca.

— É tarde — ele disse, um sorriso sombrio desenhando-se em seu rosto. Empurrou-me abruptamente, nossos pés deslizando, desequilibrando-me em direção à borda do penhasco. De repente, eu lutava para agarrar o ar enquanto caía, em silêncio, em direção ao desconhecido. O vazio do precipício ecoava nossa queda.

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Sentei-me abruptamente, assustado, enquanto meu coração batia forte contra as costelas. O estábulo estava parcialmente iluminado pela luz do luar, delineando de forma clara as formas peculiares da lamparina. A luz causava um desconforto palpável, forçando-me a virar o rosto na direção oposta. Percebi que minhas roupas estavam frias, e ao tocar meu rosto, constatei que estava suando. Com cuidado, movi as pernas para o lado para não perturbar Black e me aproximei da janela, buscando uma pausa na quietude da noite.

Havia um arranjo de flores secas em um vaso no parapeito daquela janela. Lentamente as tirei e abri o vidro. Meu corpo inteiro doía como da primeira vez que acordei nesse lugar.

A janela se abriu para fora, e o ar frio sussurrou contra meu rosto e cabelo, resfriando a pele. Uma dor profunda, abaixo das costelas, ecoava dentro de mim, desvinculada da cavalgada. O pesadelo de Max permanecia vívido; a intenção de nos jogar do penhasco marcava minha memória, afastando a sensação momentaneamente. No entanto, o nó frio e apertado persistia no estômago, e minha respiração permanecia entrecortada.

No reflexo escuro da janela, avistei minha imagem. Uma nova versão de mim, que apertava meu coração ainda mais. Toquei suavemente o vidro, as pontas dos dedos deixando marcas na condensação, como se buscasse uma conexão fugaz com a realidade.

Quase incapaz de suportar a carga de quanta força precisava e exausto de carregar tudo em meu coração, percebi que Max havia sentido assim a vida toda, e eu conseguia entender perfeitamente.

Ele ansiava por alguém que fosse seu suporte, que entendesse as mãos estendidas em desespero, assim como os olhares de julgamento que as pessoas lhe lançavam.

No final, éramos perfeitamente iguais.

Fechei os olhos e inclinei minha testa contra o vidro frio, buscando um momento de paz.

Abri os olhos novamente e vislumbrei movimentos na escuridão. Voltei minha atenção para Black e o acordei.

— Amigão, eles chegaram — disse, organizando o restante das minhas coisas e as de Black na bolsa. — Vamos logo.

Ele se levantou permitindo que eu colocasse a sela, abri a porta do estábulo, e saímos para a noite. Foi então que notei um enorme grupo de cavaleiros surgindo pelo caminho.

— Rapazes, vocês demoraram — disse com um sorriso surgindo em meus lábios, enquanto a presença dos cavaleiros preenchia o cenário noturno.

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Diante deles, trajando uma armadura prateada com o símbolo da família Fraield, que se assemelhava a um pássaro entre espinhos emergindo, estava o cavaleiro principal da família e meu cunhado. Sua barba bem cuidada complementava a imagem, com a espada firmemente presa à cintura. Ao seu lado, um dos guardas que, anteriormente, falavam mal de mim tão abertamente que eu me certificaria de fazê-lo reconsiderar suas palavras.

— Senhor Max, sabe por que estamos aqui — Miguel, meu cunhado, disse. —Desista dessa sua fuga tola. Se fugir o encontraremos novamente.

— Dizem que me encontraram? Parece que demoraram um pouquinho, já estou em fuga há quase três dias — comentei, provocando um olhar fulminante de Miguel. — Ser chamado de melhor cavaleiro da casa Fraield está longe de ser elogioso se demoram tanto para localizar alguém.

A tensão permeava toda a situação, e a presença dos guardas armados à minha frente só intensificava meu nervosismo. Quem eles pensavam que eram para tratar um nobre dessa maneira?

Fixei meu olhar em Miguel. Se seguir com ele, talvez eu possa realmente mudar tudo, como Amélia sugeriu. Mas, se não o fizer, dentro de poucos meses, serei condenado à morte por causa de um príncipe herdeiro e uma família que parece não ter juízo.

Minhas mãos tremiam ao pensar nisso, mas a ideia de poder moldar meu próprio destino ainda pairava, uma escolha delicada entre a liberdade e as amarras impostas pela nobreza e as regras desse mundo.

— Abaixem as armas, não estou tramando nada contra vocês — falei, cerrando os dentes. — Voltarei de boa vontade, porque é o que quero.

Miguel sorriu, e eu suspirei, guiando Black até eles calmamente. Olhei para trás, ansiando que a visão de Amélia realmente fosse verdade.

Os guardas abriram um portal, atravessamos, e lá estava meu pai na entrada da mansão, esperando por mim. Meu irmão estava ao seu lado direito, e à esquerda, minha irmã.

Dos três filhos da casa Fraield, fui o único a herdar os cabelos da nossa mãe. Minha irmã ostentava cabelos castanhos, semelhantes aos do meu pai e irmão mais novo.

Alice seria a cópia fiel de nossa mãe, se não fosse uma víbora assim como nosso pai. Nossa mãe, antes de falecer, era gentil e carinhosa.

Alister, o irmão mais jovem, era a cópia mais próxima de nosso pai, embora sua personalidade parecesse ser péssima, pois nutria um ódio inexplicável pelo irmão.

Naquela mansão, Max encontrava-se solitário, submetido a inúmeras humilhações destinadas ao seu futuro esposo. Nessa maldita família, ninguém o auxiliava, e devo dizer que não o culpo por ter retaliado cada pessoa que o prejudicou quando necessário.

— Levaremos Black para o estábulo! — Miguel proferiu, com sua gentileza falsa evidente.

Se recordo corretamente da história, Miguel, o suposto fiel guarda da mansão, era aquele que mais difamava a aparência e personalidade de Max, proferindo insultos aos outros guardas em segredo.

Quando Miguel estendeu a mão, dei-lhe um tapa para afastar seu toque de mim. Por breves segundos, pude ver seu nojo refletido em seu rosto, mas sorri, o que o fez recuar com medo.

Saltei da lombar de Black, peguei as rédeas e conduzi meu cavalo para seu espaço particular.

— Não, precisa! — disse, encarando Miguel. — Posso muito bem fazer isso sem a sua "ajuda", cara de fuinha.

Miguel me encarou surpreso, afinal, Max nunca havia retrucado suas provocações. Foi satisfatório vê-lo ficar vermelho ao morder os lábios com força.

— Como desejar, senhor Max — disse ele, forçando um sorriso.

Os outros guardas se afastaram, e eu me encaminhei para os estábulos, antecipando uma possível repreensão de meu pai.

— Cale a boca! — falei, vendo os três membros da minha família se afastarem chocados. — Seu brinquedinho está de volta nos estábulos.

Alice e Alister, cientes de minha maior habilidade mágica, recuaram por medo, mas o duque, surpreendentemente, revelou sua apreensão, o que foi gratificante de testemunhar.

Dirigi-me sorrindo para os estábulos, Black ao meu lado, acariciando sua crina.

— Garotão, tenho algo em mente — sussurrei para ele.

*******************

Ao som do alegre chilrear dos pássaros, despertei em uma cama do tamanho de um playground. Atendi a empregada que bateu à porta, indagando se havia me acordado. Permiti sua entrada, e com sua confiança luxuosa, fui atendida, recebendo um banho no amplo banheiro adjacente ao meu quarto.

Após sair do banheiro, secar o cabelo e me maquiar, dirigi-me para fora do quarto em busca do café da manhã.

Percorri o corredor da mansão em direção à mesa onde minha família estava reunida para o café. Três dias haviam se passado desde meu retorno a essa casa, e o pavor inicial que senti ao lembrar que seria morto após meu casamento com um homem detestável já não me assombrava mais.

Cheguei diante das portas da sala de jantar.

— O senhor Max está aqui! — anunciou um empregado, enquanto minha família sequer ousou erguer a cabeça.

O duque devia tomar café da manhã com a família. Não era pela proximidade dos laços familiares, mas porque pais e filhos raramente compartilham todos os cantos da casa, buscando informar-se mutuamente sobre suas vidas sempre que se reúnem.

O duque ocupava o centro da mesa, com minha irmã à sua esquerda, ao lado do esposo, e meu irmão à direita.

Ao descer graciosamente para a sala de jantar, deparei-me com uma mesa esplendidamente decorada, onde sopa quente, pães crocantes, salada e ovos mexidos eram servidos em profusão.

— Está atrasado, Max — disse o duque sem sequer erguer o olhar na minha direção.

— Eu sempre chego tarde, mas não é como se você fosse se importar — respondi, sentando-me.

A atmosfera à mesa tornou-se silenciosa e tensa, algo pouco comum entre uma família durante o café. Para ser honesto, compreendo perfeitamente por que tudo é tão sombrio aqui. Mesmo ocupando o corpo de Max, todos nesta casa o odeiam por razões distintas.

Durante os três dias em que estive trancado em meu quarto sem sofrer punição, ouvi das empregadas que o duque destruiu a sala dele quando soube da minha fuga e me amaldiçoou, embora tenha havido lágrimas em seu rosto quando saiu do recinto.

Ele nutre um ódio por algo que Max fez no passado.

Alice, por sua vez, sente inveja de mim por ser superior em magia e ter mais etiqueta. Miguel, se bem me recordo, é uma víbora que, quando Alice está em viagens de negócios, procura a companhia de empregadas, ou seja, trai a mulher repetidas vezes.

Quanto a Alister, simplesmente ignora minha existência, assim como faço com a sua.

A tensão na mesa persistia, e eu sabia que essas relações complicadas estavam longe de serem resolvidas. Enquanto me acomodava à atmosfera opressiva, continuei minha refeição, observando o duque lançar olhares carregados de ressentimento.

Tomei um gole do meu café e, abruptamente, levantei-me, afastando a cadeira com força. Todos voltaram seus olhares em minha direção.

— Aonde está indo? — indagou o duque.

— Para o meu quarto, já que não quero fazer parte de um lugar onde não sou bem-vindo! — retruquei secamente.

— Que falta de educação — comentou Alice.

— Querida irmã, a conversa não está chamando pelos carrapatos — respondi.

Ignorei os olhares reprovadores e atravessei a sala de jantar em direção às escadas, rumo ao meu quarto. A atmosfera pesada permanecia, mas eu estava decidido a não ser aprisionado por aquelas relações disfuncionais.

Enquanto subia as escadas, pude ouvir murmúrios sussurrados e suspiros de alívio nas entrelinhas. Minha decisão de me retirar provocou uma reação esperada, mas eu já estava resignado a enfrentar as consequências de minhas escolhas.

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