Max Fraield:

Depois de conseguir o escudo, precisei relaxar por algumas horas e acabei indo para o Castelo Espiritual.

O castelo era um reino grande e poderoso, protegido por sua ordem de cavaleiros espirituais. Foi construído sobre linhas de magia. O reino é o mais poderoso e rico do mundo, sendo terra natal de muitos cavaleiros espirituais poderosos e palco dos mais diversos eventos. Informações como economia, população e outros dados frios não foram divulgados, mas temos uma noção da grandiosidade desse reino devido ao fato de muitas outras nações, como Summer, o respeitarem e quererem ser seus aliados, em vez de inimigos. Sua capital é uma cidade grande e bem estruturada, sem o excesso de população das metrópoles reais.

A maioria das casas que vi eram simples, mas feitas com tijolos, e havia várias lojas cujos proprietários saíam para nos ver ou acenar para o rei e sua rainha.

No centro da capital ficava o castelo, onde vivia o rei e sua preciosa família.

Uma vez que chegamos ao castelo, vários empregados nos cumprimentaram alegremente.

— Ah, jovem mestre. Você está de volta — disse um homem a Lancelot. — Vejo que também trouxe visitas.

— Sim. Traga uma xícara de chá para os nossos convidados. Algo refrescante desta vez — ordenou o rei. — Também preparei os melhores quartos para ambos.

Me mostraram um quarto, e pedi para Ian fazer algo para manter Lancelot ocupado. Eu precisava de um momento para relaxar.

— Aqui está seu chá, jovem mestre Max. Também trouxe algumas sobremesas — disse um empregado, trazendo uma bandeja para o quarto, que aceitei de bom grado.

— Ah, ótimo. Obrigado — respondi, continuando a olhar para o escudo enquanto tomava um gole de chá.

— O empregado fez uma cara estranha quando você agradeceu — comentou Ian, fazendo-me rir. — Então esse escudo que o rei dos espíritos disse que vai criar realmente nos ajudará a proteger a entrada da masmorra?

— Sim, vai. Só preciso descansar para recuperar completamente meus sentimentos e minha magia — falei, e ele assentiu. — Obrigado por ter me ajudado a conseguir o material do escudo. Você deve estar um pouco cansado também.

Continuei a pedir chá e sobremesas enquanto me recuperava. O clima lentamente se tornou laranja, e o sol começou a se pôr.

— Quando o sol se põe, me lembra o seu cabelo — disse Ian em determinado momento.

Olhei para ele, que me observava como se visse algo maravilhoso, e então ele me beijou. Seus lábios eram delicados, suas mãos foram até minha cintura, e eu soltei o escudo quando ele me puxou para seu colo.

Abracei seu pescoço, explorando seu cabelo. Estava me deixando levar por esse sentimento, meu coração acelerado. Paramos apenas pela necessidade de ar, seus lábios agora vermelhos.

— Você é incrível — disse Ian, sorrindo. — Cabelos de fogo.

Ele me abraçou, e senti seu coração acelerado.

— Eu sei que sou fantástico — respondi, dando um beijinho em sua bochecha.

Ian riu baixinho e beijou meus cabelos.

— Sabe quando você quer que um momento dure para sempre? É assim quando estou com você. Eu te amo. Nunca imaginei amar alguém com tanta intensidade, nem sabia que tinha tanta capacidade para amar assim.

— Ian, você é bastante romântico — falei, beijando sua clavícula e vendo-o arrepiar.

Levantei-me de seu colo ao lembrar que precisávamos ir embora, mas ele me puxou novamente.

— Você não pode ver uma oportunidade que já abusa dela — falei, ouvindo sua risada. — Temos que voltar para casa.

— Eu sei, mas deixa eu aproveitar seu calor contra o meu corpo — respondeu Ian. — Assim que voltarmos, teremos que agir como mestre e empregado.

— Quem disse isso? — perguntei incrédulo. — Lembre-se de que eu decido meu futuro. Não é por estar destinado a ser imperador que mudarei quem eu sou. Ian, ficarei ao seu lado, não importa a ocasião. Muitas pessoas já sabem sobre nós; por que esconder agora?

Ele riu novamente e concordou com minhas palavras.

— Mas temos que ter um encontro antes — disse ele, rindo. — Quem diz que a felicidade não tem preço? A minha tem, e é o seu nome.

Ri dessa declaração, e ele colou nossas testas. Ficamos mais um tempo ali, aproveitando cada segundo juntos.

O quarto estava banhado pela suave luz alaranjada do pôr do sol, criando um ambiente íntimo e acolhedor. Ian ainda me segurava firmemente, nossos corpos próximos, compartilhando um calor reconfortante. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que eu nunca havia visto antes, e ele parecia absorver cada detalhe do meu rosto, como se quisesse gravar esse momento para sempre.

— Sabe, Max, quando estou com você, sinto que tudo é possível — disse Ian, com um sorriso que iluminava seu rosto. — Eu amo cada parte de você, cada defeito, cada qualidade. Você é a razão pela qual eu acredito que posso ser uma pessoa melhor.

Senti meu coração acelerar ainda mais. As palavras de Ian ressoavam profundamente dentro de mim, alimentando um sentimento de felicidade pura que eu não conseguia esconder.

— Ian, você também me faz sentir assim. Com você, eu sinto que posso enfrentar qualquer coisa. Você é a minha força, minha inspiração — respondi, minha voz suave, mas cheia de emoção.

Sem esperar mais, me inclinei para frente e pressionei meus lábios contra os dele. O beijo foi suave no início, uma mistura de ternura e paixão contida. Mas à medida que o momento se intensificava, a paixão explodiu, e o beijo se tornou mais profundo e urgente. Nossas mãos exploravam os corpos um do outro, cada toque carregado de desejo e carinho.

Ian deslizou suas mãos pelas minhas costas, puxando-me ainda mais para perto, enquanto meus dedos se entrelaçavam em seus cabelos macios. O mundo ao nosso redor parecia desaparecer, deixando apenas nós dois, conectados por esse momento de pura intimidade.

Quando finalmente nos separamos, ambos ofegantes, nossos olhos se encontraram e vi o reflexo do meu próprio desejo e carinho nos olhos de Ian.

— Você é incrível, Max — disse Ian, com a voz entrecortada. — Não sei como tive tanta sorte de encontrar alguém como você.

— A sorte é minha, Ian — respondi, acariciando suavemente seu rosto. — Cada momento com você é um presente, e eu não trocaria isso por nada no mundo.

Ian sorriu e me puxou novamente para um abraço apertado. Ficamos ali, em silêncio, apreciando a proximidade um do outro, o som de nossos corações batendo em uníssono. Sabíamos que ainda tínhamos desafios pela frente, mas naquele momento, tudo parecia possível, desde que estivéssemos juntos.

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Encontrei o rei e a rainha no caminho, junto de Lancelot, que me olhou e se despediu.

— Eu vou ficar um tempo por aqui e depois, vou até o local da masmorra — disse Lancelot, dirigindo-se a mim.

— Aguardo ansiosamente a sua próxima visita, jovem Max — disse o rei, entregando-me o escudo completamente pronto. — Que tenha sucesso em sua missão.

— Foi uma honra conhecê-lo. Os rumores cruéis que ouvi no reino humano sobre você são todos mentiras — disse a rainha. — Gostaria de tê-lo para mais visitas.

Acenei com a cabeça em concordância.

— A propósito, o chá e as sobremesas estavam ótimos — falei. — Por favor, agradeçam ao chefe por mim. E, apesar de ter ficado no quarto a maior parte do tempo, gostei muito da recepção. Principalmente da decoração do castelo e da habilidade dos empregados em cuidar das visitas.

Naquele instante, os monarcas franziram as sobrancelhas antes de voltarem ao normal. Seus olhos estavam confusos enquanto me observavam.

— Espero que voltemos a nos ver quando você se tornar o imperador de Summer — disse a rainha, deixando-me sem graça. — Sei que vai ganhar a competição regional.

— Acho que tenho um longo caminho até lá — respondi. — Ainda há o problema do desaparecimento de magia do império.

— Você irá resolver esse problema — falou Ian. — É quem mais está se empenhando em encontrar uma solução.

Balancei a cabeça para ele enquanto um sorriso se formava no meu rosto. Ian estava tentando me passar vibrações positivas.

Nos despedimos e fomos embora quando eles chamaram o vento/portal.

Chegamos na loja de poções, onde Jéssica e Marcelo estavam saindo.

— Não deixe ninguém pegar aquele livro, assim posso lê-lo sempre que vier — Jéssica disse a alguém dentro da loja, presumivelmente o proprietário.

Ela estava com um frasco na mão enquanto Marcelo carregava alguns objetos. Embora este território estivesse longe da capital, muitos artistas residiam aqui, e os produtos especiais faziam dele um local popular. Assim como outros, eu também procurava relaxar após um longo dia de trabalho.

— Senhor Max, consegui encontrar uma poção já preparada — disse Jéssica ao me ver. — Vejo que conseguiu o escudo.

— Como conseguiu? — perguntei enquanto ela me mostrava o frasco com líquido marrom.

— Apostei com um bando de homens e mulheres que veio até a loja — respondeu Jéssica, sorrindo. — Ganhei tudo o que eles tinham.

— E me deu um beijo em comemoração — sussurrou Marcelo, e pela primeira vez vi Jéssica ficar vermelha.

— Isso é algo que nunca esperei ver — disse Ian, rindo, e Jéssica lhe acertou um soco no rosto.

— Você nunca aprende — falei, balançando a cabeça.

Depois dessa cena, fomos embora para o ducado para arrumar nossas coisas para a missão.

Ao chegarmos ao ducado, Ian e eu nos retiramos para um canto tranquilo. A luz suave da noite já começava a envolver o ambiente, trazendo uma sensação de calma e intimidade. Ian olhou para mim com um sorriso terno.

— Max, foi um dia cheio, mas estou feliz que passamos por isso juntos — disse ele, aproximando-se.

— Eu também, Ian. Você é minha força — respondi, sentindo uma onda de carinho e gratidão.

Ian me puxou gentilmente para um beijo. Seus lábios eram suaves e cheios de amor, e eu retribuí com igual intensidade. A conexão entre nós era palpável, cada toque, cada suspiro, carregado de emoção.

— Você é incrível, Max — murmurou Ian, entre beijos. — Nunca imaginei que poderia amar alguém assim.

— E eu nunca imaginei que poderia ser tão feliz com alguém — respondi, meu coração batendo rápido.

Ele me abraçou, e ficamos assim por um tempo, aproveitando a proximidade e o calor um do outro. Cada momento parecia eterno, e naquele instante, tudo estava perfeito.

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Até a próxima 😘