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03. Convite

Dois meses se passaram.

Alicia havia sobrevivido às primeiras oito semanas vivendo na cidade e trabalhando. Sentia-se orgulhosa, principalmente porque os clientes começaram a elogiá-la, e ela se percebia capaz de realizar mais coisas.

Porém, mesmo depois de tudo que se desenrolou, ainda não era capaz de fazer penteados em seu próprio cabelo. Não importava quanto treinasse as tranças que tanto gostava, tudo saía fora do esperado.

Com um suspiro pesado, Cici soltou o cabelo por sobre o ombro pela sétima vez, os braços um pouco cansados de se manterem na mesma posição pelos últimos minutos. Era noite, a lamparina posicionada em cima da penteadeira fazia a luz amarela criar sombras, indicando que Alicia estava acordada numa casa já mergulhada na escuridão.

Desistindo de treinar pelo dia, ela olhou ao redor, apreciando mais uma vez o quarto que havia ficado pronto. A penteadeira, da qual estava sentada em frente, ficava ao lado da janela com cortinas pesadas brancas, e logo à direita estava a cama com o móvel de cabeceira ao lado.

Às suas costas, a alguns passos, estava a estante, já com quatro livros — como sua tia a estava pagando uma espécie de salário semanal, Cici comprava um por semana, e o resto ela economizava, seguindo conselhos da própria Margot. As paredes tinham pequenas pinturas, e Alicia se descobriu bem contente ao fazê-las.

Era como se um antigo amor pelas cores tivesse sido restaurado, e agora Cici era incapaz de não sentir vontade de sair preenchendo todas as paredes da casa. O único problema era que ela sentia frustração por saber que poderia ser melhor, mas isso ela resolveria praticando.

— Cici? — Margot cortou o silêncio ao abrir um pouco a porta, carregando a própria lamparina consigo — Ainda acordada, querida?

— Ah, tia Maggie, eu te acordei? Mil perdões, eu já vou dormir.

— Não precisa se não quiser ainda. — Margot falou antes que Alicia se levantasse — Eu só fiquei preocupada, vi a luz pela fresta da porta e quis checar. Mas o que você estava fazendo? Precisa de alguma ajuda?

Cici fitou a tia por alguns segundos, ponderando se pediria ou não auxílio. Afinal, era algo tão simples, ela deveria ser capaz de resolver sozinha.

No entanto, depois de compartilhar suas inseguranças com Margot em seu primeiro dia na cidade, Alicia percebeu que não precisava lidar com tudo calada, por mais simplório que fosse aos seus olhos.

— Estava tentando aprender a trançar meu cabelo. — foi inevitável suspirar — Porém, acho que não levo muito jeito para isso.

— Eu demorei a aprender também. — Margot sorriu e adentrou o quarto completamente, deixando sua lamparina em cima do móvel de cabeceira — Tanto que não uso muita trança, mas no seu caso é algo que te agrada. Por isso, se quer aprender, tenha um pouco de paciência, sim?

Alicia absorveu as palavras da tia enquanto sentia os dedos dela pentearem seu cabelo gentilmente.

— É porque parece tão fácil quando minha mãe faz...

— Tudo parece fácil demais quando observamos alguém habilidoso fazer. Como um filhote de passarinho aprendendo a voar com o pai. — Margot começou a separar as mechas do cabelo de Alicia — E o que eu te disse recentemente sobre habilidade?

— É algo que conquistamos com disciplina, e todos podem desenvolver qualquer habilidade com treino.

— Exatamente. — Margot sorriu ao encarar a trança que fazia, e mostrou-a à sobrinha quando terminou — E, até você ter a habilidade necessária, eu posso te ajudar com alguns penteados.

Cici sorriu com seu reflexo no espelho, vendo o cabelo estilizado da forma que estava habituada. Havia sentido falta dele daquele jeito.

— Obrigada, tia Maggie. — ela sorriu, virando-se para Margot.

Com as duas entregues a uma expressão de carinho mútuo, se abraçaram.

— Você ficou bonita assim, Alicia. — Alfredo elogiou assim que Cici colocou os dois pares de xícara e pires na mesa juntamente com um bule, chamando a atenção de Sebastian.

Ele encarou a amiga, notando o cabelo castanho preso em duas tranças rentes à raiz, emoldurando lindamente seu rosto e destacando melhor seus olhos cristalinos. Bash quase se engasgou com o pedaço de bolo que mastigava.

— Obrigada, Sr. Morales. — Alicia agradeceu com um sorriso radiante, segurando uma das pontas da trança instintivamente.

Sem querer, Cici encarou Sebastian de canto de olho, esperando algum comentário. Ao longo de cada dia que ele aparecia na Alma Adocicada, os sorrisos que dirigiam um ao outro aumentavam, e as conversas após o expediente de Alicia se estendiam por mais tempo.

E, quando deu por si, a garota estava torcendo para que ele notasse detalhes a mais de seu comportamento.

— Realmente as tranças combinaram muito com você, Cici. — Bash conseguiu dizer, finalmente sorrindo. Eles se admiraram por alguns segundos eternos, até ela se lembrar que ainda estava trabalhando e pigarrear.

— Vocês gostariam de mais alguma coisa? — perguntou, desviando o olhar para Sr.Alfredo.

— Somente isso por hoje. Obrigado.

Com um maneio de cabeça educado, Alicia sorriu e se afastou, dirigindo-se para onde Margot estava. Sebastian a acompanhou com os olhos, um sorriso carinhoso dançando nos lábios.

— Você deveria convidá-la para o Baile do Conde. — Alfredo sugeriu, referindo-se à festividade que fora criada há bons anos pelo conde fundador da cidade. Uma noite de dança e brincadeiras entre os convidados, que ficou famosa na região e garantiu sua natureza anual.

— O-O quê? Mas é daqui um mês ainda, e não sei se ela sente o mesmo, Sr. Alfredo.

— Rapaz, o que é a vida se não feita de riscos? Aliás, se não o fizer, outros com certeza arriscarão. — com um ar de advertência, o carpinteiro indicou uma família a duas mesas das deles.

Sebastian olhou, e ali havia um rapaz de quase vinte anos, que admirava Alicia atender outras mesas. Bash o reconhecia dos arredores, e reconheceu mais ainda a expressão estampada no rosto dele: era a mesma que ele fazia ao se deparar com Cici.

Seu coração se apertou com a cena, e imaginou o que aconteceria se ele não contasse o que estava começando a sentir por Alicia. Não o faria por um senso sem sentido de competitividade, pois a garota não era um prêmio, mas sim pela noção de que se arrependeria caso não lhe contasse.

E a ideia de perder a chance de ser sincero com Cici sobre tudo que pensava provocou um medo que Bash não havia sentido antes.

Por isso, retornou à Alma Adocicada no fim do dia, quando a placa ao lado da porta de vidro já estava virada para "fechado". Ele percebeu que Margot o viu pedalando pela rua, pois Alicia se virou de repente com uma gesticulação da tia.

O sorriso que Cici dirigiu a Bash fez seu coração falhar uma batida.

— Por favor, não me atropele, moço. — ela brincou, aproximando-se quando ele parou ao lado da calçada, provocando uma risada.

— Pode deixar, senhorita. — com um revirar de olhos, desceu da bicicleta — Não vim aqui para atropelar ninguém.

— E o que o trouxe aqui, Bash? — a curiosidade súbita de Alicia o deixou um pouco nervoso, mais suscetível às sensações que as borboletas em seu estômago estavam provocando.

— Eu gostaria de falar com você, Cici. — sentindo-se inquieto, Sebastian ajeitou o cabelo, e Alicia imitou o comportamento ao alisar a saia de seu vestido.

— S-Sou toda ouvidos.

Com uma inspirada rápida para conter as mãos trêmulas, ele a encarou com suas íris negras:

— Você gostaria de ser minha acompanhante no Baile do Conde? Não sei se sabe, mas é uma festa com jogos e dança, por isso se vão aos pares e...

— Eu adoraria. — Alicia o cortou, nem processando a pergunta por inteiro e já respondendo, um sorriso encantador iluminando suas feições, que logo foi imitado por Bash.

— Que ótimo. — ele suspirou aliviado — Por todo o caminho estava tenso imaginando as possíveis respostas que daria.

— Eu não seria capaz de responder de outra maneira. — dando um passo adiante, ela ficou na ponta dos pés e depositou um beijo cálido na bochecha dele — Obrigada pelo convite.

Sebastian a observou se afastar, surpreso, apenas para dar um sorriso maior que o anterior e segurar a mão de Cici, puxando-a gentilmente para perto mais uma vez. Dando um beijo demorado na testa dela, ele se despediu.

Alicia voltou para dentro da Alma Adocicada com um sorriso bobo no rosto e as bochechas quentes, e Margot a fitou com um olhar malicioso. Sem dúvida, a garota corou mais ainda sob a recepção da tia.

— Eu vi aquela troca de beijos. — Margot provocou.

— Beijos castos, tia Maggie, beijos castos. — Alicia devolveu, tentando manter uma postura firme, mas logo puxou uma das cadeiras para se sentar — Ele me chamou para ser sua acompanhante no baile da cidade...

— O Baile do Conde? — Margot indagou, de repente mais animada ainda — Será um dia especial para nós duas, então! Se tudo correr bem, eu fecharei um contrato com um produtor de chá das redondezas durante a celebração.

— Que boa notícia, tia Maggie! É ótimo ver os negócios da loja crescendo.

— Sim, mas antes ele virá fazer um teste presencial do cardápio. Vai ser como receber um crítico do ramo, estou um pouco nervosa com isso.

— Não se preocupe, tia Maggie. — Alicia sorriu — Não há como não gostar da Alma Adocicada.

— Espero que esteja certa, querida.

Margot lançou um sorriso relutante à sobrinha, e Cici percebeu que nunca havia visto a tia daquela forma. Então, ali ela decidiu que, se dependesse dela, não havia nada que a impediria de auxiliar no fechamento daquele contrato. 

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