8: seres vivos sentem dores.
𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓
Digamos que, mais ou menos, na vida geralmente nós temos vários colegas e amigos que consideramos, Mas alguém já parou alguma fez pra pensar que em meio de trinta indivíduos só dois ou mais permanecem?
Às vezes nós devemos dar um pouco de atenção para as pessoas que não nos interessam muito, Jimin por exemplo, não gostava de Taehyung quando se conheceram pela primeira e segunda vez, mas depois que se conheceram de novo e muito mais, viram que eram exatamente o que precisavam, e em resultado de terem se aproximado tanto em um clima não muito bom de discórdia, criaram essa relação que não pode ser quebrada fácil, parece que foram destinados a ser o que são agora.
Quantas vezes Taehyung teve de ouvir Jimin chorando porque se achava insuficiente para Jungkook, E quantas vezes Jimin teve de ouvir e abraçar várias vezes Taehyung para fazê-lo parar de chorar e pensar que Hoseok não o amava.
- Sabe, relações na vida, não precisam ser só amorosas, amizades são o fruto para conseguir algo de amor no futuro.
E amizade, necessariamente não precisa ser como dois amigos felizes que gostam das mesmas coisas.
Com certeza já ouvimos falar muito em amor próprio, e é com ele que nós construímos a parte da vida.
1) ser amigo de si mesmo, construir uma amizade com sua pessoa.
2) elogiar a si como elogiaria o perfume ou o cabelo do seu amigo.
- Brinque com você, brinque com seu reflexo no espelho, diga o quanto você é capaz de fazer as coisas se tornarem possíveis, pareça uma pessoa louca falando sozinha, só viva da forma que preferir, mas dá forma mais saudável possível. Faça amigos, seja seu próprio amigo, converse com aquela presença ali em cima de você e de todos nós, vai fazer bem. - Deu uma pausa para sorrir para si mesmo e voltar o olhar a multidão.
- Olha, hoje estou aqui como um estagiário de cardiologista só no meu crachá mesmo, porque minhas palavras são de um garoto que já passou por bastante coisa na infância e que não está falando isso só profissionalmente.
Acho a vida de vocês muito importante, muito mesmo, por isso eu digo não para o suicídio para qualquer um de vocês, não conheço a maioria, mas sei que todos aqui possuem um coração bom, mesmo que bem fracos. Fiquem bem, ame o próximo, ame você, ame sua vida.
O salão foi preenchido por palmas assim que as palavras foram cessadas, Jimin ficou tão feliz que conseguiu falar tudo que pensava que alguns colegas do mesmo estágio que ele até lhe deram abraços orgulhosos e muito emocionados.
Ele disse algo simples, que todos já deviam saber, pessoas não são ingênuas, pelo menos às que estavam ali não eram. Elas só precisavam de tempo para capturar uma informação valiosa como aquela, ainda mais quem não consegue muito falar desse assunto forte que é o suicídio.
- Ah, Jimin tem um homem querendo falar com você, acho que ele é do departamento de psiquiatria. - O garoto que deu o último abraço no colega disse, alertando-o de que um homem importante queria falar com ele. Quando falam de psiquiatria, Jimin já podia tremer-se todo e pensar que talvez tenha falado algo de errado e ia ser repreendido.
Mesmo falando tudo aquilo pra todos, que pareciam mesmo terem gostado, Jimin ainda tinha um pouco de receio e insegurança de que suas palavras não tiveram medidas certas.
- Park Jimin? - O ruivo inclinou-se para o lado para procurar de onde vinha a voz, mas não achou ninguém.
- Ah, eu mesmo, aonde você está? - Virou-se para trás e se deu o susto de ver o homem ali, atrás de si, sorrindo gentilmente.
- Acho que pode me ver agora. - Ele terminou seu sorriso e suspirou, passando as palavras na mente para falar. - Você foi muito bem na sua apresentação, nem acreditei que era um estagiário na cardiologia, e eu sei que você está mesmo focado nessas coisas e que você quer ser médico, mas creio que poderá ajudar muitas pessoas com suas palavras sendo psicólogo, Park. Parece ser um garoto esforçado e que pensa de uma maneira que todos deviam pensar, você pode ter mesmo melhorado o pensamento de várias pessoas aqui sobre o suicídio, e eu achei um desperdício não tentar convencer você a tentar a psicologia e ajudar ainda mais pessoas.
Jimin estava de fato impressionado, não sabia que só aquelas palavras poderiam ter um rumo tão grande.
- Ah, mas eu não sei... - Mordeu os lábios de nervoso sem saber o que fazer e se pôs a pensar.
O que ele queria nessa profissão era ajudar as pessoas, mas Jimin ajudaria muitas delas guiando-as com as palavras. Ou se não for assim é algo mais complexo, não sabia nada sobre psicologia porque até então não tinha interesse. - Talvez eu pense sobre isso mas, eu estou quase me formando em medicina e em breve... em cardiologia também, talvez depois disso eu possa tentar a psicologia.
- Tudo bem, pense bem nisso e na proposta que estou lhe fazendo.
O homem saiu andando, mas andando tão bem elegante que Jimin decidiu olha-lo até que ele fosse embora, e ele finalmente pudesse dar uns pulinhos felizes.
- Aí eu não acredito! Eu- - Jimin todo eufórico, parou de falar quando abaixou-se com dor e a mão na barriga, a dor surgiu do nada.
Talvez pular demais não fosse o ideal, dores fortes na barriga não apresentam coisas boas geralmente, mas pular nunca foi um problema para Jimin, e isso nunca aconteceu.
Derrepente, ela se apertou mais e começou a contrair, o ruivo estava arfando de dor porque estava começando a doer mesmo.
- M-mas o que há? - Ele se arrastou até um banquinho e sentou ali, olhando para os lados para ver se tinha alguém ali, mas é, não tinha.
Jimin decidiu levantar sua blusa então e ver se algo estava errado, mas não, nada estava diferente e só essa dor permanecia.
- Eu me atrasei um pouco e... - Jeon apareceu atrás das cortinas do palco e parou de falar quando percebeu o garoto sentado em um banquinho arfando baixo, logo correu até ele deixando tudo que estava em mãos no chão. - O que há? O que aconteceu?
- Eu não sei, começou uma dor na minha barriga derrepente. - Jimin iria continuar a falar mas Jungkook impediu-o pegando o mesmo pelas pernas e levando-o de colo até a saída.
- Espera, o que você está fazendo? Suas coisas!
- O namjoon pega pra mim depois. - Foi a única coisa que respondeu quando já chegaram no carro, ele deixou Jimin no banco e fechou a porta com pressa, ligando o carro na maior agilidade.
- N-não precisa correr... - Murmurou colocando o cinto, com medo da velocidade que o namorado apostaria até o hospital.
Quem disse que Jungkook ouve algo quando está nervoso? Pois é, ninguém disse. Então em dois piscares e várias pisadas no acelerador, chegaram no hospital.
Não era um lugar agradável que todos gostavam, o ar tinha cheiro de álcool forte e as cadeiras estavam ocupadas por pessoas cansadas, as enfermeiras perambulavam e alguns médicos corriam.
- Fica aqui. - Pediu para Jimin, que estava sentado em um banco desocupado ao lado de uma senhora.
O garoto assentiu, ficou olhando as costas do namorado até que ele se distanciasse o suficiente para que ele olhasse para outro canto, Jimin rodou os olhos por todo o lugar, se estava sendo estranho ou não, ele estava encarando as pessoas para tentar saber o que elas tinham, já que isso até que distraia sua dor.
- Ah querido, como você veio parar aqui? - A senhora ao lado do garoto perguntou, encarando-o gentilmente e sorrindo.
- Dor... - apertou os lábios. - na barriga. - completou.
A senhora continuou a observa-lo mesmo depois de ter terminado de falar, e então bem rápido, assentiu e voltou-se a sentar para olhar a tv.
As pessoas ali não pareciam querer papo, só perguntavam o que você tinha e assentiam, porque de qualquer forma todos ali estavam doentes.
- Droga. - Jeon voltou mais exaltado do que estava e pegou o garoto pelo braço, esquecendo-se quase que da sua dor. - Me desculpe, me desculpe.
Jungkook pedia muitas desculpas, às vezes Jimin se sentia mal por fazê-lo ser assim.
- Tudo bem, nós... vamos pra onde?
- Pra casa, eles não parecem querer te atender aqui agora, vou chamar um médico que conheço.
- Você não precisa fazer isso, eu já estou bem... melhor. - Disse firme, sustentando suas palavras com o olhar sério para Jeon.
- Mesmo assim, eu não consigo nem pensar em te ver com dor. - Baixou a voz e pigarreou breve, indo até o carro e esperando o seu garoto.
Estava um dia frio, e como se fosse novidade, a qualquer instante neve poderia cair.
- Seres vivos sentem dores amor, é normal sentir dor, você não precisa se preocupar. - Jimin disse passando os dedinhos pela bochecha do noivo, que estavam coradas pelo frio, o deixava meio adorável demais.
- Mas você é especial, não é um ser humano qualquer, é o meu. - Deixou um selar na testa gelada do baixinho e entrou no carro, esperando.
- Você... Às vezes me deixa sem palavras.
- você também, principalmente quando tem razão. - Apertou o volante mexendo os dedos para esquentar e ligou o carro, ficando parado alguns minutos ali antes de partir pra casa.
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