Aquela cidade dos iniciantes
Luke acordou. Estava deitado em cima da grama. Abriu os olhos lentamente, para se acostumar com a luz que batia em seu rosto. Levantou-se rapidamente. Percebeu que ainda estava com a armadura branca, ela parecia um pouco mais pesada do que era, Luke pensou que quanto mais armaduras comprar, mais estaria leve. Luke bateu as asas brancas e levantou as mãos para o céu espreguiçando-se, estralou as mãos e os pescoços e bocejou. Depois, ele olhou em volta.
Um pequeno vilarejo era onde ele se encontrava; casas de madeira e pedras definidas. Jardins atrás dele, e um campo aberto à frente. Um lindo campo aberto, um gramado com margaridas e violetas em volta de arbustos. Planícies esféricas, morros bem desenhados, e uma floresta mais ao fundo. Virou-se para traz e observou o vilarejo; viu pessoas, não, outras raças, conversando e brigando, amigos e inimigos. Mercadores montavam barracas de madeira bege, vendiam frutas e poções (famosas poções de HP e MP).
Enquanto se mexia, percebeu uma bainha(lugar onde repousa a espada) amarrada na cintura por um cinto de couro preto. Uma bainha comprida e larga, e no topo, o cabo e o pomo de uma espada.
Luke puxou a espada com a mão direita, a luz reluzia da espada branca em formato de asa de anjo. O cabo era envolvido por uma fita branca e o pomo era uma miniatura de uma asa, como se fosse uma asa de desenhos infantis. A espada era comprida e de 2 gumes, e pesava aproximadamente 2 kg; Mesmo a espada ser de uma mão, Luke a segurava com as duas, não estava acostumado com isso, mas com um tempo acostumaria.
Ele estava dando golpes no ar, um para direita, outro para a esquerda, golpes desajeitados e sem nenhum treino, uma vez, golpeou o ar com força, e a espada o levou com o peso para frente, fazendo-o perder o controle e cair para frente em cima de alguém que ainda não conhecera.
– Ai! Desculpe-me. – ele passou a mão esquerda na testa enquanto se levantava, e percebeu que estava com o elmo estranho.
A pessoa em quem caíra também se levantou, ela pareceu estar sem dores do incidente. “ela” era uma elfa; corpo esbelto e magro, seios médios e cara de uma inocente criança; usava um pequeno vestido azul com listras verticais brancas; por cima usava placas estreitas, compridas e finas de metal azul-marinho; luvas de couro também azul-marinho e botas grandes e compridas marrons com caneleiras purpura; tinha o cabelo branco com rabo de cavalo que chegava ate os ombros, olhos azuis e orelhas pontudas de um elfo; e sua arma era um grande arco roxo, parecia poderoso.
– desculpe-me eu, eu deveria ter esquivado do seu... Eh... Golpe acidental. – ela olhou para Luke com desdém. – eu tenho que treinar – declarou ela – sabe onde tem um lugar para treinar?
– na verdade... Ainda sou novo aqui no jogo – ele tirou o elmo exibindo o seu cabelo preto e olhos azuis, mas não jogou charme para ela, levou a mão direita à nuca em um tom despreocupado.
– então... Você não me é útil. – ela fechou a cara e saiu, parecia ser uma pessoa difícil de lidar. Luke pensou um pouco, mas, de súbito, movimentou o dedo no ar e apareceu um menu, o inventario, lá tinha uma opção para ocultar a aparência do elmo, definitivamente não gostara daquilo encobrindo-lhe os olhos.
Depois, seguiu a garota.
– hei! Me espere! – ele estava meio longe dela, então gritava.
Depois de um tempo gritando ela o espero com peso nos olhos, mal humorada.
– o que você quer? – ela perguntava impaciente. – estou com pressa, não vê? – foi uma pergunta retorica.
– eu queria ir com você... Posso? Eu preciso de alguém... Que já tenha feito alguma coisa nesse jogo... Não tenho experiência em jogos desse tipo. – falava pausadamente, em forma tímida. Batia os dedos indicadores uns nos outros e olhava para baixo, pedindo indiretamente, ”por favor”.
Ela se virou com a cara seria, estava pensando.
– neste jogo, se você tiver um amigo, você pode se tele transportar para onde o mesmo está; no chamado sistema seguidor. Depois, se quiser me seguir, siga-me. Mas só depois que já tenha conhecido um pouco do jogo, não quero novatos como ajudante.
– então me passe seu nome, para eu adicioná-la a minha lista de amigos.
– sou RubyMoon, dê uma volta pela cidade e maneje melhor seus equipamentos, depois, me siga.
Ela se retirou e começou a andar firmemente à frente.
Luke dedilhou o ar, então, apareceu para ele um menu; muito bem trabalhado, com as bordas douradas e dentro marrom claro, as bordas faziam ondas altas nas pontas do retângulo que era o menu, e as abas de opções eram as, e letras brancas; apareceu-lhe varias opções, tais como: Inventario, Quests, Ajuda, Amigos, Guilda, Opções (misc), e configurações. Tocou na opção amigos, fez-se uma explosão de frames trabalhados, Luke gostou do que viu, e repetiu algumas vezes.
Quando parou com aquilo, abriu seriamente a opção Amigos.
Dentro tinha um quadro retangular comprido para representar a lista de amigos, cujo qual estava escrito em letras brancas “You Have No Friends”, e logo ao lado estava escrito “Add Friends” com um símbolo de uma pessoa azul sem face ou corpo com um + logo ao lado. Luke tocou nessa opção. Apareceu um quadro retangular largo, da mesma cor dos outros quadros, dentro havia um espaço para digitar o nome de usuário do amigo, e do lado havia um OK no botão quadrado verde logo ao lado. Ele digitou: “RubyMoon”, e logo após apareceu um quadro e nele estava escrito: “Operation Success”.
Luke fechou o menu logo em seguida, mas foi surpreendido por uma mão enluvada nos olhos.
– Yoo! – ela gritou, Lucca gritou – finalmente te achei Luke, já tem um tempo que estou aqui e nada de você aparecer.
Luke se confundiu por um tempo, mas logo se lembrou de sua amiga Lucca. Ela trajava uma roupa diferente; trajava um vestido preto com borboletas roxas na barriga, um cajado roxo com asas negras na ponta, e no meio dessas asas uma gema lilás, um chapéu de bruxa pontudo e negro e um cabelo loiro ondulado e comprido; suas expressões faciais continuavam as mesmas, podendo Luke reconhece-la facilmente.
– você é... Lucca!? – ele estava pouco desorientado, mas a reconheceu facilmente. Ele olhou para ela, de baixo para cima, de cima para baixo, percebeu que ela diminuiu um pouco o tamanho do cabelo, e tinha melhorado suas qualidades como mulher, como os seios, e as coxas. – nossa... Você esta... Diferente. – ele corou a face. Ela também.
– eh... Sim... Claro – ela soltou um risinho abafado, envergonhada. – gostou de mim? Quero dizer, da minha personagem?
– você ta linda! Não, me desculpe, sua personagem linda.
– por que se desculpa? Eu gosto de elogios sabe?
Luke ficou um pouco mais avermelhado.
– Luke? Ta com febre? O que foi, você esta todo vermelho – ela perguntou aparentemente assustada.
– nada, esqueça. – ele respirou fundo para acalmar-se dos efeitos que um belo decote faz em um homem. – e você? Gostou do meu?
– não muito, você não mudou nada, só esta com essa armadura, o resto é a mesma coisa – aquilo foi uma fincada no coração de Luke – mas mesmo assim gostei.
– ótimo – disse ele irônico – sabe onde posso fazer as minhas missões?
– vai ali – ela apontou para uma das tendas de madeira que os rodeava – lá tem as missões de iniciante. Foi lá que peguei minha classe de feiticeira.
– classes? Não me falaram sobre isso.
– Sim classes. Quando se é um humano, você pode escolher entre algumas profissões como guerreiro, arqueiro, feiticeiras e etc.
– ah... Sim, isso não me importa, eu sou um celestial. – disse Luke exibindo a sua espada angelical. – faz o seguinte, me adiciona na lista de amigos, quando precisar de ajuda eu te sigo.
– como se fosse eu que precisasse de ajuda, eu vi você treinando com sua espada. – ela soltou um risinho.
– esta bem, eu lhe adiciono, mas quando eu precisar, você vem ta?
– sim claro – ela disse alegremente. – mas agora tenho uma missão de nível 3 para completar, tenho que matar alguns javalis. Sabe, depois do nível 20, você pode fazer grupos, e declarar guerras contra outros grupos, eu com certeza com ser a melhor – disse ainda mais alegre e empolgada, depois acenou e foi embora, em direção a Floresta dos Murmúrios.
Luke meditou sobre aquilo, se fosse um dono de grupo, seria o grupo mais forte e maléfico de todos, estratégias deveriam ser usadas com cautela pensava ele.
Depois, Luke se dirigiu a tenda para missões, na sua frente estava um vampiro; trajava um sobretudo preto que o tampava de todo corpo, sua pele era pálida, branca como a neve. Seu cabelo loiro espetado e dentes pontudos e brancos a mostra; ele estava falando com o vendedor.
– o que cê tem aqui hein? – dizia ele, em um tom ameaçador. – vai, não tem mais missões?
– sim, acalme-se senhor, primeiro, diga-nos o seu level. – respondia o NPC assustado.
– sou nível 2 – ele respondeu, e cruzou os braços.
– sim temos a missão da caverna, ou uma da floresta.
– quero uma da floresta.
– claro, existe duas missões na floresta, aparecera para o senhor agora.
O homem tocava o ar com as mãos, mas Luke não via o que era, aparentemente, só o usuário podia ver os seus menus.
Ele tocou em alguma missão e foi embora, sussurrando um obrigado. Luke entrou no lugar dele.
– olá, sou um iniciante, o que há para mim? – Disse ele tentando ser simpático.
– você ira para a floresta então, lá se encontra as missões para iniciantes.
– explique mais.
O NPC acenou que sim com a cabeça.
– há na floresta um Elfo, um Elfo Supremo. Ele precisará da sua ajuda, fale com ele. Para mais informações, consulte a aba de Missões em seu menu.
Luke também disse um obrigado e saiu. Parou no meio da praça e dedilhou o ar uma vez mais. Abriu o menu de missões, o frame que Luke viu da ultima vez se repetiu, e apareceu uma tela cinza clara com bordas douradas. Dentro estava uma lista de missões, que no momento só havia uma, Luke tocou nela; foi aberta uma nova tela, como um holograma. Uma tela marrom clara foi aberta, mostrando as informações da missão. “Go find the Supreme Elf” Como o titulo, depois o corpo do texto “Go find the Supreme Elf, he needs you for help him.” “Localize him at front of Forest” Provavelmente, Luke pensou, que o elfo estaria, como diz no texto, na frente da Floresta dos Murmúrios.
Luke então correu rapidamente para a direção da floresta, de repente, ele começou a voar, suas asas bateram automaticamente, sentiu-se livre. Saiu voando, segurando a espada, observando outros celestiais voando, olhando em direção da floresta, seu primeiro desafio.
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