Aquela batalha real
A
Celestial puxou sua espada da sua bainha vermelha com um broche de asas no topo. O som de batalha era evidente, o clã dos Assassinos das Sombras gritava, enquanto a Celestial os esperava. Crimson correu pouco para encorajar seus companheiros, mas este não participou da batalha.
O clã Dos Assassinos das Sombras finalmente a alcançou, Chloe parecia calma demais, e confiante também. Ela saltou e a luz do sol a encobria, de repente, vários soldados brancos saltaram a junto dela, uma pequena nuvem de flechas encobriu os inimigos, os que viram se salvaram os outros, só levaram setas na cabeça, o sangue era atirado e ferimentos grotescos eram vistos.
Chloe aterrissou com as espadas cravadas em corpos agonizantes, salvaram-se 5 ou seis jogadores inimigos. O clã de Chloe se separou e batalhou um a um, ate todos estarem mortos. A batalha fora fácil, existia 3 do clã da celestial para cada um dos homens de Crimson.
– e então? Eu disse que ganharia – ela riu histericamente – o Clã Dos Defensores Dourados nunca perde. – Crimson estava surpreendido.
– você... Você me paga! – ele gritou e saiu correndo a toda velocidade, um dos defensores Dourados saltou e caiu a sua frente, rapidamente pegou-o pelo pescoço e o paralisou. E Chloe se aproximou do individuo. – o que vai fazer? Matar-me? Não pode fazer isso... NÃO PODE! – ele gritou desesperadamente, com medo.
– você nunca mais vai oprimir os fracos outra vez. – ela puxou a sua espada angelical, Crimson colocou uma das mãos no braço do Defensor Dourado tentando puxa-lo.
– eu não posso morrer! – ele exclamou. Então ativou suas garras, que perfurou o rosto do Defensor; os olhos saltaram da orbita e sua face ficou deformada, ele caiu morto enquanto Crimson corria ainda mais rápido.
Outros defensores tentaram segui-lo, mas Chloe ergueu os braços, mandando-os parar.
– ele voltará isso eu garanto. – ela se virou para Lucca e Agnes – vocês estão bem?
– sim estamos – Lucca parecia traumatizada, nunca vira tanto sangue e morte antes – esse jogo... É bem real. – foi à primeira coisa que veio a sua mente.
Chloe soltou um risinho.
– os novatos sempre são assim – disse ela – mas depois você se acostuma. – ela suspirou – primeiro você deve lembrar-se de uma coisa, você esta dentro de um mundo medieval brutal. Isso não é um jogo comum, esse é um jogo real, aqui dentro você pode fazer tudo, então, tomem cuidado, a dor, é real. – ela se virou e andou para longe, virou-se levemente e gritou – ah, sigam em frente! No vale tem vários cursos de treinamentos! Vocês devem precisar! – ela gritou por ultimo e saltou junto com os outros Defensores, ficando longe do campo de visão.
Luke
Suas asas estavam lhe causando algumas dores, parecia que estava voando há algum tempo, Luke olhou para baixo e não reconheceu onde estava, Droga! Distrai-me, passei do lugar da missão, ele estava visivelmente inconformado.
Ele aterrissou na primeira trilha que enxergou. Olhou para trás, para frente, para os lados, nada demais viu. A frente era a continuidade da trilha capinada, atrás também. Do lado direito tinha um pico alto rodeado de nuvens espessas, do outro, o esquerdo, havia um grande barranco de terra e areia, e encima umas árvores pequenas, como as de pomar.
Para que lado? Pensou. Olhava em volta e não reconhecia o lugar. Procurou por placas ao longo do caminho que andou e nada. Vou olhar de cima, talvez eu aviste uma cidade de cima. Esse pensamento encheu-lhe a cabeça, mas desapareceu ao ouvir o som de cavalos (ou qualquer outro animal) trotando, o som vinha por detrás dele.
Luke virou-se e andou em direção do som que ouvia. Ao longe, viu uma carroça de madeira, que na superfície era coberta por um pano totalmente preto, e na frente era guiada por dois animais que Luke desconhecia; os dois deviam ser da mesma espécie, parecia um tigre gigante, laranja com listras pretas, a face fechada e rígida, e pelos brancos os cobriam; o carroceiro tinha uma aparecia velha e pobre, estava suado e parecia cansado, era baixo e vestia roupas de caipiras; ele segurava as rédeas enquanto batia um chicote nos animais.
O carroceiro enxergou Luke ao longe, e então bateu as rédeas nos animais, que arrancaram e avançaram rapidamente. O carroceiro gritava “iah!”, e Luke correu a frente, ficara com medo desta situação. Quando bateu as asas para voar, sentiu o cravar das garras afiadas do “tigre gigante” nas costas, sentiu a carne rasgando e a dor, ela era real.
– o que você faz na estrada de Hinje. – o tigre imobilizou Luke no chão, e o carroceiro o chicoteou nas costas, na raiz das asas. – esta estrada não é para lixos novatos como você. Esta estrada é só para nível 40! – enquanto ele o chicoteava, Luke viu uma barra verde diminuindo, identificou como se fosse sua barra de HP, caindo a cada golpe.
– me desculpe... Deixe-me sair! Ahh! – ele ficou com raiva, forçou-se para levantar, não conseguiu. Tentou abafadamente mexer o braço para pegar no cabo da espada, e quando conseguiu, puxou-a de uma vez. A espada perfurou a barriga do tigre gigante, que caiu para o lado na mesma hora. Luke pôs-se de pé e puxou a espada, o carroceiro pareceu surpreso, Luke fez posição de ataque, mas alguém o interrompeu.
– o que esta acontecendo aqui? – quem falou foi uma pessoa que saíra da carroça que carregava uma grande espada lilás com o formato de uma folha, e era um selvagem. – temos que levar os escravos para a Prisão de Widlug. Ande logo, Rust. – ele disse ao carroceiro que atendia pelo nome de Rust.
– bem que gostaria, mas esse idiota matou o nosso Tyger. – ele apontou com sua mão suja e suada para o corpo morto do animal.
– bem... Eu já havia visto, não sou cego. – o selvagem se aproximou de Luke, e este se preparou para atacar, o selvagem ergueu a espada e apontou-a para o pescoço de Luke, Luke soluçou. – você vai ter que pagar... De um jeito, ou de outro. – ele tirou a espada do pescoço dele. – veja, vou lhe dar 2 opções, Primeira: você me vence em um duelo, e eu lhe deixo ir embora para sua vida de novato, Segunda: você vira o meu escravo e vai comigo até a prisão de Widlug, lá você irá trabalhar ate conseguir me pagar. Mas eu lhe garanto, se eu por acaso te matar no duelo, eu vou atrás de você assim que renascer e faço de você o meu prisioneiro.
– o que acontece se eu perder o duelo? – disse ele, desafiando-o.
– isso você irá descobrir um dia. Venha, vamos duelar. – ele se colocou em posição de batalha, Luke o imitou.
Luke se esforçou para manejar a espada o melhor que pode, sentia o peso, mas parecia um pouco mais leve. Depois de alguns instantes se encarando, Luke gritou um sonoro “Ahh!” e atacou.
O homem que Luke atacava não reagia, Luke deu-lhe uma estocada, o homem se esquivou, Luke lhe golpeou da esquerda para direita, ele se esquivou, até que finalmente, Luke deu lhe um golpe de cima, e o homem se defendeu com a espada e rapidamente virou-se e lhe golpeou da direita para esquerda, Luke caiu com o golpe, gemeu e levantou-se com dores. Rapidamente deu uma estocada no homem, que se esquivou ainda mais facilmente, a ira tomou conta de si e Luke se viu dando golpes e mais golpes, da esquerda para a direita, e vice-versa. O homem estava o mais calmo possível, esquivava-se habilmente dos golpes desajeitados que Luke o fazia, na ultima vez, Luke gritou de raiva, estava com o suor escorrendo pelo rosto, cansado, caiu ao chão.
– olha só que Anjo selvagem – disse o homem, prendendo a sua espada roxa em formato de folha na cabeça de Luke – primeira regra de batalha, talvez uma coisa que ninguém nem o jogo irá te falar: tenha calma e disciplina, e também nunca desafie alguém com o nível maior que o seu. Arranjarei um campo para você treinar... Na Prisão de Widlug. – ele disse com firmeza – Rust prenda-o e o coloque junto com os outros.
– Claro Lorde Wicker. – Rust desceu da carroça mais uma vez para prender Luke, pegou uma corda e foi direto ao corpo de Luke estirado no chão por exaustão.
Quando ele pegou os braços de Luke para amarrá-lo, ele revidou com um empurrão e pegou sua espada, gritou com mais raiva do que já estivera em toda a vida, saltou para lhe dar um golpe certeiro nas costas, mas Lorde Wicker se virou calmamente e se defendeu com a espada. Fez um gesto circular e desarmou Luke, e então o prendeu com a sua espada no pescoço de Luke.
– você não aprende? Ótimo, gostei de você, dará um bom prisioneiro – ele disse em uma voz ameaçadora – Rust! Me entregue esta corda, eu mesmo prendo o Anjo Selvagem – ele prendeu as mãos de Luke com a corda, enquanto este rosnava de raiva.
– Não pode fazer isso comigo! NÃO PODE! – Luke berrava – eu sou um iniciante, eu vou acabar morrendo!
– morre nada! Você é um rapaz forte – respondeu Lorde Wicker rigidamente – e não se preocupe, você poderá renegar todas as missões que já tem e enfrentar as missões da arena de Widlug. – ele soltou uma risada um tanto quanto diabólica, enquanto Luke rosnava. Eles andaram até a carroça, e quando chegou à tenda que estava coberta com um pano preto, Lorde Wicker o empurrou para dentro – pronto, esta na hora de fazer novos amigos. – ele fechou a tenda com o pano preto, e foi para o seu lugar no pequeno compartimento particular que ficava um pouco a frente.
Luke olhou para os lados, o lugar onde estava era pequeno, e estava cheio de gente que não conhecia; na frente, tinha um elfo e dois vampiros, pouco depois deles tinham um demônio e um humano, e no final do compartimento estava sentado um draconiano, sua face era como a de um dragão do tamanho de um humano, e tinha uma calda proeminente com a ponta em formato de uma chama pequena, Luke sentou-se no pequeno banco de madeira a frente do tal Draconiano.
Então se levantou desajeitadamente um dos vampiros, na verdade, ambos eram mulheres; vestiam um sobretudo preto e por dentro era vermelho, e sua cara era branca pálida, com o cabelo azul-marinho e olhos azuis como o mar; tentou se livrar da corda que a prendia, e então Luke viu que todos estavam com os braços para traz, prendidos por uma corda como os de Luke, que fora prendido por Lorde Wicker quando este o viu sentar-se no ultimo lugar.
– como vamos sair dessa irmã? – perguntou a que tentava se livrar das cordas.
– não sei como Miako, mas vamos – disse ela pensativa – eu também queria estar do lado de fora, matando os inimigos e completando missões. Não é só você que quer sair.
– na verdade queremos todos – disse o demônio que também era mulher; tinha uma armadura vermelho-arroxeado de metal luminoso, somente os braços ficavam descobertos por ela, tinha um cabelo comprido castanho com mexas roxo que combinava com um tom de pele azul-piscina que ela tinha, e seu cabelo era prendido por um laço azul-escuro formando um rabo de cavalo alto e lateral. – por que não nos rebelamos contra esse cara?
– por que somos todos novatos. – disse o humano de cabelo preto espetado como o de Luke, segurando a sua lança de madeira com os braços cruzados – ninguém viu que somos todos novatos? Por exemplo: vocês vampiras e você demônio são novatas, o celestial também, você elfo, é novato? – o elfo de cabelo branco e raso acenou que sim – bem... E você draconiano, é novato? – o draconiano o olhou com um pouco de desprezo, mas por fim, acenou que sim – viram, existe um motivo para isso, ou ele quer nos fazer de escravos e mercenários, ou... Não faço ideia, mas vamos descobrir, assim que chegarmos a Prisão de Widlug.
A expressão dos presentes na carroça mudaram de preocupado para serio, Luke também não sabia o porquê, e o que mais queria agora, era descobrir.
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