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Boa leitura🌊
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CAPÍTULO 12
Bem-vindas à Kitty Hawk

Todos estavam sentados em frente ao Castelo, observando a casa ser totalmente destruída pelo fogo. O que antes continha risadas e conversas altas, agora continha a tristeza do grupo.

— Pode ter sido um cabo elétrico com defeito. — Pope disse.

— A casa era toda de madeira. Super inflamável. — Kiara disse.

— O fogo lambeu tudo. — Sarah disse.

— Tá decidido, cara. — JJ começou. — Quem quer que esteja lá em cima...não gosta de você. — ele completou e Harrison o olhou feio. — Foi mal.

— Eu consegui salvar isso. — Hope disse entregando dois quadros para John B. — Me deve uma blusa nova da Taylor Swift. — ela disse olhando a camiseta com furinhos por conta das brasas.

— Vou te pagar um jantar com ela quando ficar rico. — John B disse e Hope sorriu para ele. — Obrigado por ter...por ter salvo isso.

— Certas memórias valem a pena. - Hope disse olhando as fotos dos quadros. Um quadro do grupo todo e um quadro com uma foto de John B e Big John quando o garoto ainda era pequeno.

Depois de cansarem de se lamentar em frente aos restos da casa, o grupo seguiu para o píer que tinha no terreno. Todos se sentaram pelo local e ficaram em silêncio até John B decidir falar:

— Aí, Sarah. Quando seu pai disse que o piloto ia chegar?

— Daqui uma hora. — Sarah respondeu. - Meu pai disse que quando ele chegar a gente pode ir quando quiser.

— Tá bom, olha...por mais que eu queira ignorar meus pais de novo, eu não posso. — Pope disse, fazendo Kiara e Hope concordarem.

— Pope, a gente tá falando de El Dorado. — JJ disse se virando para ficar de frente para os amigos. — Será que não dá nem pra você fugir pelos fundos?

— Belo conselho. — Kiara disse.

— Sempre funcionou pra mim. — JJ disse dando de ombros. — Aula básica pra evitar uma situação chata. Se tiver um problema, você não tem que encarar, você só vira a cara e deixa eles olhando pra sua bunda.

— Eu não vou fazer isso, tá bom? — Pope disse se levantando de onde estava sentado.

— Eu quero que você vá, cara. — JJ disse cabisbaixo.

— Eu vou. Encontro vocês na pista em uma hora. — Pope disse saindo dali com Cleo.

— Até lá. — John B disse.

— Uma hora, Pope. Nem um segundo depois. — JJ disse.

— Eu vou andando de volta pelo barracão. - JJ disse olhando para Hope de relance. — Pelos velhos tempos. Eu sempre quis ir pra América do Sul. Surfe ótimo, erva barata. A gente se encontra na pista. — ele disse no mesmo segundo em que Hope recebeu uma mensagem de seu pai avisando que estava na hora de Hope ir para o acampamento.

— Eu também já vou. Preciso ver meus pais e pegar algumas coisas. — Hope disse olhando para John B e Sarah. — Você vai ficar? - ela perguntou se aproximando de Sarah.

— Não vou deixar ele sozinho. - Sarah disse olhando para John B.

— Boa viagem, S. — Hope disse baixinho. — Volta pra casa inteira, por favor.

— Fica bem, Hope. — Sarah disse baixinho e Hope sorriu. — Te amo.

— Também te amo. — Hope disse dando um rápido abraço na amiga, antes de ir até John B e ele bagunçar o cabelo dela. — Te vejo mais tarde, mané.

— Espero que isso não seja uma despedida, Rapunzel. — John B disse. — Conheço suas despedidas.

Hope apenas sorriu para John B e saiu dali, com Harrison e Kiara vindo logo atrás dela. JJ estava andando bem devagar, na esperança de ser alcançado por Hope e poder falar com a garota, percebendo isso, Kiara e Harrison andaram bem distantes dos dois.

— Você tem alguma coisa pra me falar, JJ? — Hope perguntou percebendo que o garoto estava inquieto. — Eu só preciso saber se você tinha ou não algo para me falar, porque eu não quero fazer nenhuma escolha precipitada. E eu percebi que você queria falar alguma coisa ontem à noite...antes de ver o fogo.

— Eu não quero ser uma pedra no seu caminho, Hope. — JJ disse e Hope assentiu. — A gente conversa no avião, pode ser?

— Talvez quando você voltar...não quero ficar perto de quem me engana durante três meses, me fazendo acreditar que sou desejada por alguém quando, na verdade, eu não sou. — Hope disse e JJ a olhou confuso. — Eu não quero falar com você, JJ. — ela disse voltando a andar.

— Porque não? — JJ perguntou indo atrás de Hope.

— JJ, as coisas podem estar tranquilas para você, mas para mim não estão. - Hope disse. — Eu não consigo ficar perto de você e muito menos falar com você, não agora. — ela disse antes de voltar a andar e se afastar dali.

— Dá um tempo pra ela. — Kiara disse colocando a mão no ombro de JJ. — Ela vai te ouvir uma outra hora...um outro dia. A gente se vê na pista.

— Se ela ficar como da última vez, eu acabo com JJ. — Harrison disse depois de se afastarem.

— Vamos cuidar dela pra não ficar. — Kiara disse segurando a mão de Harrison. - Mas eles vão se resolver, é só questão de tempo.

Hope e Harrison deixaram Kiara em sua casa antes de também irem para casa. Chegando lá, Hope avistou o carro do acampamento e sentiu uma leve vontade de correr dali, mas respirou fundo e tomou coragem de se aproximar.

— Já descemos sua mala. — Jacob disse e Hope assentiu. — Só um mês.

— Só um mês. - Hope disse sentindo vontade de chorar. — Eu não queria deixar vocês de novo.

— Mas dessa vez vai ser algo bom. — Blair disse e Hope assentiu.

— Cuida da Kiara. — Hope pediu a Harrison e o mesmo assentiu enquanto abraçava a irmã. - Te amo.

— Também te amo. — Harrison disse.

Depois de se despedir dos pais e do irmão, Hope entrou no banco de trás do carro e cumprimentou os dois funcionários do acampamento que estavam no carro. Hope acenou para a família com uma expressão triste enquanto observava eles ficarem cada vez mais distantes.

— Eu sei que a Hope acabou de ir, mas eu queria pedir que me deixassem ir pra América do Sul. — Harrison disse meio sem jeito.

— Desse jeito vou ganhar rugas antes da idade. — Jacob disse entrando em casa, sendo seguido por Blair e Harrison.

───※ ·❆· ​​※───

Harrison foi a pé até a pista onde o grupo havia combinado de se encontrar e chegando lá encontrou um JJ extremamente irritado com o atraso dele. Assim que o JJ viu o garoto e foi até ele confuso.

— Cadê a Kie e a Hope? — JJ perguntou enquanto Harrison se aproximava.

— Não vem. — Harrison disse recuperando o fôlego.

— Como assim? - Pope perguntou.

— Kiara foi levada à força pro Kitty Hawk. — Harrison disse. — E a Hope foi porque não queria ficar perto do JJ, precisava de um tempo pra ela.

— E agora? — Cleo perguntou.

— Vamos ter que ir sem elas. — Pope falou e JJ negou com a cabeça.

— Me dá a chave. — JJ disse.

— Não, cara. — John B disse ao amigo.

— Me dá essa chave agora. — JJ disse com a voz irritada.

— Essa ideia não é boa. Você pode ir atrás dela e ela se negar a vir. - John B disse segurando o amigo pelos ombros.

— Me dá uma hora. Me odiar mais do que ela me odeia ela não vai. — JJ disse se livrando das mãos de John B. — Vai ser tipo uma missão secreta. Entrar e sair. Aquela merda de remoção cirúrgica, tá?

— JJ...

— Aí. — JJ disse segurando os ombros de John B. — Eu devo isso a ela. Preciso fazer isso. Preciso falar uma coisa pra ela e tem que ser agora. - ele disse, fazendo John B o olhar por alguns segundos, antes de entender de fato o que JJ queria dizer. - Me dá a chave. Para de fazer essa cara e me dá logo a chave.

— Tá bom. Olha, você deve uma pra ela, tá bom. - John B disse entregando as chaves para JJ. - Olha, eu entendo. Eu gosto da sua honestidade, tá?

— Corre. - Sarah disse olhando JJ com uma expressão séria.

— Só me dá uma hora. - JJ disse correndo até a kombi. — Você vem Harrison?

— Claro. — Harrison disse indo até a kombi.

— Não deixa ele fazer besteira, Haz! — Sarah pediu e o garoto concordou.

— Pode deixar! — Harrison exclamou antes de ver JJ se preparando para pular na kombi pela janela.

— A porta abre, cara! - Pope disse quando JJ se jogou para dentro da kombi pela janela.

— Te apresento a porta, JJ. - Harrison disse entrando na kombi.

— Vai devagar, cara! — John B exclamou quando JJ deu a partida na kombi. — Vocês têm 59 minutos!

— Sabe o endereço? — JJ perguntou para Harrison.

— Sei, vou colocar no GPS. — Harrison disse.

Hope chegou no acampamento e se arrependeu de ter ido para lá no mesmo segundo em que o carro entrou pela portaria. Agora não tinha mais volta. Ela desceu do carro com o motorista a seguindo de perto. A cada tarefa que Hope via as meninas fazendo ela sentia mais arrependimento e torceu o nariz para o uniforme do acampamento ao vê-lo, e sem perceber, sua expressão de superioridade tomou conta quando um grupo de garotas passou por ela a encarando.

— Aqui está o uniforme do acampamento. — a diretora do acampamento disse assim que entrou em seu escritório com Hope.

— Não, obrigada. — Hope disse olhando as peças de roupa.

— O uso é obrigatório, Hope. — a diretora disse e Hope olhou as peças de roupa em sua mão soltando um suspiro.

— Eu não gostei das cores da camiseta. — Hope disse dando um sorriso forçado.

— Para sua sorte temos na cor branca. - a diretora disse e Hope se segurou para não revirar os olhos. — O banheiro fica naquela porta.

— Obrigada. — Hope murmurou indo até o banheiro.

Hope voltou para a sala pouco depois, usando a camiseta e o shorts do uniforme, conseguindo permanecer com seus tênis de sempre depois de muita insistência. Ela se sentou em frente a mesa da diretora do acampamento e começou a conversar com a mesma, sem se abrir totalmente, contando apenas o necessário. O problema naquele momento era que Hope não se sentia nem um pouco confortável com o uniforme, a camiseta era meio colada e desde que havia voltado da ilha, Hope havia voltado a não se sentir bem com seu corpo e voltou com suas dietas malucas, jejuns e com os vômitos depois de se alimentar de algo que não fosse frutas, legumes ou verduras.

— Obrigada por compartilhar isso comigo, Hope. E obrigada por estar vestindo o nosso uniforme. - a diretora disse sorrindo e Hope encolheu os ombros.

— Não tinha escolha. — Hope disse enquanto ajeitava a blusa do uniforme. — Você tem alguma blusa de frio, ou coisa assim?

— Vou pedir para providenciarem. — a diretora disse e Hope assentiu. — Agora, eu preciso que você me entregue o seu tablet e o seu Kindle.

— Não. — Hope disse no mesmo instante.

— Não são permitidos aparelhos eletrônicos no acampamento. — a diretora disse, ficando surpresa com a resposta de Hope.

— Não vou entregar meu tablet e meu Kindle, eu uso eles constantemente. — Hope disse irredutível.

— Não pode ter contato externo. - a diretora tornou a informar.

— Eu quero meu Kindle para ler e o meu tablet para desenhar. — Hope disse sendo enfática. — Se eu quisesse contato com o mundo exterior teria trazido meu celular.

— Me entregue os seus aparelhos eletrônicos.

— Não.

— Porquê não?

— Porque eu quero ler e desenhar, e para isso preciso deles. — Hope disse com calma.

— Pode usar papel para desenhar e nossa biblioteca para ler. — a diretora disse e Hope negou.

— Quero desenhar no meu tablet. - Hope disse. — E tenho livros específicos para ler no meu Kindle.

— Marca os livros já lidos por você dessa lista e circule os que você não leria. — a diretora disse entregando uma lista de livros para Hope e uma caneta.

Hope começou a ler a lista e revirou os olhos ao ver que a maioria dos livros eram biografias, livros históricos e livros motivacionais. No fim das contas ela circulou a lista praticamente toda e fez um visto na frente dos poucos livros de poemas, quadrinhos e na coleção de Harry Potter presente ali.

— Porquê você não leria esses livros?

— Não gosto dos gêneros deles. Eu disse que tenho livros específicos para ler. — Hope disse cruzando os braços, deixando sua resistência e teimosia óbvias.

— Não pode ler de novo os que já leu? — a diretora perguntou e Hope negou. - Porquê não?

— Por que eu não quero. — Hope disse de forma simples. — Olha, meu pai tá pagando isso aqui, qual o problema de eu desenhar no meu tablet e ler os meus livros?

— As coisas não funcionam assim por aqui. — a diretora disse.

— Então eu vou embora. — Hope disse de forma afirmativa. - Pode ligar pro meu pai e avisar que tô voltando, por favor?

— Quer ir embora porque as coisas não vão ser como você quer? — a diretora perguntou e Hope a olhou. — Você me parece uma pessoa com muitas questões, Hope. Por sorte, podemos tratar os seus problemas aqui. — a diretora disse. — Transtornos de personalidade são tratados facilmente com remédios.

— Por acaso você é médica? — Hope perguntou sem notar a estupidez no tom de voz. — Eu não vou tomar mais remédios.

— Precisa cooperar com a gente então. — a diretora disse e Hope deu um sorriso doce e suspirou.

— Tudo bem. — Hope disse antes de olhar a diretora. - Eu coopero com vocês...se me deixarem ficar com meu tablet e meu Kindle.

— Sem discussões quanto a isso, Hope. - a diretora disse de forma irredutível.

— Já que é assim. — Hope disse ficando emburrada. — Posso usar o banheiro? Tomei muita água. — ela pediu e a mais velha concordou.

— Já sabe o caminho. : a diretora disse e Hope sorriu para a mesma antes de se levantar.

Inicialmente, Hope não tinha planos para fugir dali. A garota havia pensado que estava indo a um acampamento como os muitos outros que já foi, mas depois de conhecer o lugar, Hope percebeu que era mais parecido com uma prisão do que com um acampamento. Nem a clínica psiquiátrica onde havia ficado internada era tão parecida com uma prisão.

Ao perceber que o lugar era completamente diferente do que ela pensava, Hope começou a sentir suas mãos tremerem e suarem frio, além de sentir seus batimentos cardíacos completamente descompassados. O desespero tomou conta dela enquanto tentava abrir a janela e a vontade de chorar apareceu quando os mesmos homens que haviam levado ela até o acampamento entraram no banheiro e a tiraram à força da janela, a carregando para fora enquanto ela gritava para que a soltasse.

— Não me deixem aqui! Me tira daqui! — Hope gritou batendo na porta, agora fechada, do quarto onde havia sido colocada.

Hope olhou em volta segurando o choro e tentando se acalmar, mas ficar presa a trazia uma antiga sensação que ela odiava. E se acalmar sem o uso de seus remédios era algo complicado, principalmente depois da ilha. Hope começou a cantarolar algumas músicas da Taylor Swift na tentativa de se acalmar, sem ter o menor sucesso.

Cerca de duas horas depois, a porta do quarto se abriu e Hope se sentou na cama esperando para ver quem aparecia. Hope sorriu ao ver Kiara entrando no quarto, assim que a porta foi fechada novamente as duas se abraçaram.

— Também veio trazida a força? — Kiara perguntou e Hope negou.

— Eu quis vir, mas não pensei que fosse ser assim. — Hope disse e Kiara suspirou.

— Pelo menos eu tenho você aqui. — Kiara disse e Hope abraçou a amiga.

Enquanto as garotas estavam no quarto isolado, JJ e Harrison chegavam no acampamento inventando uma desculpa qualquer para conseguirem entrar.

— Ah, merda. — JJ murmurou quando viu os seguranças na entrada do acampamento.

— Pode para, por favor. — o segurança pediu e JJ parou a kombi dando um sorriso forçado.

— Tudo bem aí? — JJ disse de forma simpática.

— Em que posso ajudar? — o segurança perguntou.

— Sabe a orientadora do acampamento? A Laura? — Harrison disse cortando JJ. — Somos irmãos dela e precisamos deixar um pacote pra ela, se não tiver problema.

— É rapidinho. Vamos entrar e sair. — JJ disse sorrindo. - Pode ser?

— Tá, pode entrar. — o segurança disse.

— Muito obrigado. — JJ e Harrison disseram.

Depois de passarem pela segurança da entrada, JJ dirigiu pela entrada e parou a kombi em uma das vagas presentes ali. Os dois garotos desceram da kombi e olharam o lugar, Harrison soube no mesmo instante que Hope deveria estar implorando para ir embora dali, mesmo que ir para lá tivesse sido escolha dela.

— Oi, senhor! Estamos procurando...estamos querendo ir na central. Tem algum pavilhão principal aqui? — JJ perguntou para um senhor que estava parado em uma escada. — Fica bem ali?

— Obrigado. — Harrison disse.

— De nada. — o senhor disse.

JJ e Harrison andaram até o prédio que o senhor havia indicado conversando baixinho sobre o que falariam para conseguirem tirar as meninas dali, ou ao menos vê-las. Assim que chegaram em frente a porta, os dois se olharam e JJ abriu a porta para que entrassem.

— Tudo bem, moça? — JJ perguntou ao entrar na sala.

— Desculpa o incômodo. — Harrison disse fechando a porta com certa dificuldade.

— Eu posso ajudar vocês? - a mulher perguntou confusa.

— A gente tem uma mensagem pra duas campistas. — Harrison disse se aproximando da mesa. — A Hope Stuart e a Kiara Carrera.

— Elas estão aqui, né? — JJ perguntou.

— Infelizmente nós não podemos fazer isso. Não era nem para você estar aqui no acampamento. — a mulher disse, fazendo JJ e Harrison se olharem antes de se sentarem nas duas cadeiras em frente a mesa da mulher.

— É que é muito importante. — JJ disse com um leve desespero na voz.

— Eu aposto que é, queridos, mas temos regras. Nenhum contato com o mundo exterior nas primeiras seis semanas. — a mulher disse. JJ olhou a mesa pensando em algo para falar quando viu o quadro de um gato, ele então indicou o quadro para Harrison e o mesmo passou a mão no rosto antes de ficar com uma expressão triste.

— Eu sei que não deveríamos estar aqui, mas nossas primas precisam saber uma coisa que aconteceu, sabe? É até difícil falar... — Harrison começou a falar, mas fingiu não conseguir falar mais e fez sinal para JJ continuar.

— Eu sou primo dele e da Hope e é um assunto difícil, por ser muito recente, entende? — JJ disse apoiando as mãos na mesa. — Sabemos que vocês tem uma política e tudo mais, e precisar falar isso me deixa muito emocionado...acho melhor irmos embora. — ele disse balançando a cabeça de leve. — Desculpa, nem devíamos ter vindo.

— Desculpa o incômodo. — Harrison disse se levantando junto de JJ.

— Mas antes de ir embora, você pode avisar pra elas que...fala pra elas que o Marley não sobreviveu. - JJ disse fazendo uma expressão triste.

— Quem é Marley? - a mulher perguntou.

— É o melhor amigo da Hope. - Harrison disse. — Kiara também era super apegada nele.

— Ele era siamês, sabe? Amava receber carinho. — JJ disse com uma tristeza fingida. - Foi muito rápido, e...o carro do correio passou muito rápido, o carteiro não viu. — ele contou. — Ele está em um lugar melhor agora, mas é muito triste de qualquer jeito.

— Você pode avisar elas? Tomara que elas estejam juntas para receber a notícia. — Harrison disse com tristeza. — Nós ficaríamos muito gratos.

— Eu aviso.

— Muito obrigado, moça, a senhora é incrível. — JJ disse enquanto os dois garotos iam em direção a porta. — Bom dia.

Os dois saíram da casa onde a sala ficava e se esconderam por ali, para ficarem de olho na mulher e saberem onde Hope e Kiara estavam.

Hope e Kiara estavam jogando jogo da velha no chão do quarto, na intenção de se distrair. As duas já estavam nesse jogo a cerca de uma hora e se assustaram quando ouviram a porta se abrir.

— Kiara? Hope? — a mulher que falou com JJ e Harrison chamou. — Podem vir aqui um pouquinho?

— O que será que querem? — Hope perguntou baixinho enquanto se levantava.

— Eu sinto muito, queridas, mas, aqui no Kitty Hawk nós achamos que vocês tenham força para receber qualquer notícia. Inclusive as ruins. — a mulher disse e Hope a olhou assustada.

— Você tá me assustando. — Hope disse.

— Os primos de vocês acabaram de sair daqui. — a mulher disse e as meninas se olharam.

— Que primo? — as duas perguntaram.

— Dois rapazes loiros. — a mulher disse e Hope pegou a mão de Kiara. — Eles pediram para avisar que o Marley faleceu.

— Tipo, o Bob Marley? — Kiara perguntou enquanto Hope arregalava os olhos.

— Como assim o Marley morreu? — Hope perguntou entendendo a mentira que JJ e Harrison haviam contado.

— Marley? Que Marley? — Kiara perguntou confusa.

— Meu gato, Kiara! Meu Deus...o Marley. — Hope disse apertando a mão da amiga.

— Ah, meu Deus...não. — Kiara disse, entendendo o que estava acontecendo. — A gente tava brincando com ele ontem...

— Quando foi? — Hope perguntou com voz de choro.

— Ficamos sabendo a pouco tempo, achei que seria bom saberem. — a mulher disse e as meninas assentiram. — Venham cá. - ela disse, indo abraçar as meninas.

Hope e Kiara abraçaram a mulher e aproveitaram para olhar em volta, tentando achar qualquer sinal dos meninos. Hope e Kiara voltaram para dentro do quarto e assim que a porta foi fechada as duas se abraçaram rindo baixo e então se sentaram na cama sorrindo.

Algumas horas depois, Hope e Kiara estavam sentadas na cama lendo um caderninho que acharam em um canto do quarto quando a porta foi aberta novamente. Mas daquela vez quem entrou foi a diretora do acampamento junto de dois seguranças.

" Meninas, sabemos que estão sofrendo com o luto e achamos que seria bom ter o apoio de suas colegas. Então vamos realocar vocês. — a diretora disse e as meninas se olharam.

— Eu queria mais tempo para refletir. — Hope disse e Kiara concordou.

— É, não nos sentimos prontas ainda. — Kiara disse.

— Nada disso. Vem, vamos colocar vocês nos dormitórios. — um dos seguranças disse. — Você vai pra cabine 06. — ele disse para Kiara. — E você para a cabine 13.

— Eu gostaria de ficar com a Kiara. — Hope pediu enquanto Kiara se manteve em silêncio pensando.

— Sinto muito, mas não será possível. — a diretora disse e Hope fechou as mãos em punhos. — Vamos. — as duas meninas se levantaram e seguiram os adultos para fora da cabine.

— Esperem só um segundo. — Kiara disse antes de entrar no quarto novamente.

— O que foi? — Hope perguntou quando a amiga voltou.

— Podemos ir. — Kiara disse para os mais velhos. — Deixei uma mensagem pros meninos.

Kiara foi deixada primeiro em sua cabine e depois Hope seguiu os mais velhos até a sua cabine, que ficava afastada da cabine onde Kiara ficaria. As mãos de Hope usavam frio e ela se sentia ansiosa, mas estava respirando fundo para controlar a ansiedade crescente em seu peito.

Assim que entrou na cabine, logo atrás da diretora, Hope viu as garotas que dividiriam a cabine com ela. Hope nunca se sentiu tão julgada quanto se sentia naquele momento. Todas as meninas a olharam de cima abaixo e cochichavam entre si.

— Meninas, essa é a Hope. — a diretora falou quando todas ficaram em silêncio. — Ela acabou de sofrer uma perda, vamos mostrar um pouco de empatia e respeito, por favor. — ela pediu e as meninas apenas olharam na direção de Hope. — Podemos fazer isso?

— É, esse acampamento é um sucesso de bilheteria. — Hope murmurou antes de seguir até sua cama, sendo seguida pelos cochichos das companheiras de cabine.

— Na de cima. — o homem com suas malas disse e Hope assentiu antes de subir na cama.

— É de onde, loirinha? — uma garota ruiva perguntou.

— Outer Banks. — Hope disse.

— Você tem sotaque britânico. — a ruiva disse e Hope assentiu.

— Me mudei pra Inglaterra com seis anos e voltei pra cá no verão. — Hope contou. — Qual seu nome?

— Lily Singer. E o seu?

— Hope Stuart.

— A garota que sumiu junto dos amigos? — outra menina perguntou e Hope assentiu. — Você é realmente um problema, filhinha de papai.

Hope respirou fundo e encostou nos traseiros abraçando as pernas. As garotas continuaram conversando entre si, a deixando de fora e totalmente deslocada.

Às 21h, todas as luzes foram apagadas e Hope se deitou na cama, cobrindo seu corpo com o cobertor. Ela não dormiu, estava sem sono e por isso ficou mexendo em sua pulseira enquanto cantava mentalmente suas músicas favoritas.

— Hope? Hope? Hope?

— O que tá fazendo aqui? — uma das garotas perguntou após acender a luz.

— E aí...boa noite, gente. Desculpa, desculpa incomodar vocês.

— Quem é você? — outra garota perguntou.

— Eu sei que parece péssimo, mas eu vim em paz. Eu tô procurando uma pessoa. Tô procurando por...

— Mim. — Hope disse sentada em sua cama e olhando para JJ.

— Hope. — JJ disse olhando para a garota.

Hope ficou olhando JJ por alguns segundos antes de descer da cama e correr até o garoto para o abraçar.

— O que você tá fazendo aqui? — Hope perguntou.

— É uma longa história...na verdade, nem tão longa assim, mas não tenho muito tempo. — JJ disse gesticulando com as mãos.

— Eu pedi pra você me deixar e ir com o John B e o pessoal. — Hope disse e então JJ segurou os ombros dela.

— Tem uma coisa. — JJ começou. — Lembra todas as vezes que me perguntou se eu tinha algo que queria te dizer?

— Lembro.

— Hope, eu só...eu queria pedir desculpa. — JJ disse e Hope o olhou com os olhos marejados. — Me desculpa, Hope. Me desculpa por ter feito você achar que eu não me importava, por ter terminado com você depois de tudo o que passamos e por nunca ter dito o quanto você é importante pra mim.

— Eu te amo. — Hope disse com um pequeno sorriso e lágrimas nos olhos.

— Eu também te amo. — JJ disse e Hope olhou para o garoto com surpresa.

Hope acabou com o espaço entre ela e JJ o beijando. As meninas com quem dividia a cabine começaram a comemorar com palmas e gritos.

— Sem barulho, sem barulho, gente! — JJ pediu quando ele e Hope se separaram do beijo. — Silêncio, gente!

Hope correu até sua cama e pegou sua mochila antes de voltar até JJ e correr para fora do quarto com ele. JJ guiou Hope pelo acampamento e os dois se encontraram com Kiara e Harrison na metade do caminho.

— Não dá passar pelo portão da frente. — JJ avisou e as meninas concordaram.

— Isso foi incrível! Achei que fosse ficar maluca lá. — Hope disse rindo enquanto corriam.

— Pra onde a gente vai? — Kiara perguntou.

— Por que estacionaram tão longe? — Hope perguntou.

— Tivemos uns probleminhas no caminho e nosso colega JJ deu o jeito dele. — Harrison disse batendo no ombro de JJ.

— Pensamos juntos que os pais de vocês conhecem a Twinkie, então acabamos achando melhor usar ela de isca. — JJ disse e logo eles ouviram a polícia se aproximar.

— Volta, volta! — Harrison disse e os quatro correram de volta para as moitas.

— A gente vai pegar carona? — Hope perguntou.

— Nada disso. Perdemos o avião do Ward, mas eu tenho outro plano. — JJ explicou. — Anda logo, cara. Cadê você? Cadê?

— Quem é esse? — Hope perguntou.

— Eu tenho que te apresentar uma pessoa. — JJ disse e Hope o olhou desconfiada.

— Esse é o Mike Barracuda? — Kiara perguntou.

— Mike Barracuda? — Hope perguntou confusa.

— Todos a bordo. — Mike disse de dentro do carro.

— Hope e Kiara, esse é o Mike. Mike, essas são a Hope e a Kiara. — JJ disse apressando.

— Oi, Mike, prazer. — Hope disse dando um sorriso para o homem.

— Vamos, molengas, andem logo. — Mike disse.

— Wow! É assim que eu gosto! Mandamos bem! — JJ exclamou fazendo Hi-five com Harrison.

Mike dirigiu em alta velocidade até um lugar que Hope não conhecia. Ela estava animada e assustada com a ideia dessa viagem. Pegar uma carona no avião do pai de Sarah era totalmente diferente de pegar carona em um avião de traficante. Sabia que estaria ferrada se seu pai descobrisse.

— Um voo direto pra América do Sul, das linhas aéreas Barracuda! — JJ exclamou enquanto caminhavam até o avião. — O que mais você podia querer?

— Você tem certeza? — Hope perguntou parando de andar e JJ a olhou.

— Você prefere ir pra outro lugar? — JJ perguntou.

— Não mais! — Hope disse sorrindo.

— Nem eu! — JJ falou. — Próxima parada: El Dorado!

E aí, Pogues, como vcs tão?

Pesei a mão na hora de escrever e lá se foram 4.000 e poucas palavras, mas vcs merecem!

Eles voltaram! HOPE E JJ ESTÃO DE VOLTA!!!!

Agora teremos Harrison e Kiara juntos tbm, vai ser incrível esse quarteto fantástico kkkkkkk

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.

Bjs, Ana!!

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