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Boa leitura🏴☠️
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Poguelândia²
Antes de conseguirem colocar todas as ideias em prática e tirá-las do bloco de notas de Hope, os Pogues precisavam primeiro recuperar as terras de JJ e não seria uma tarefa fácil.
Hope e Harrison estavam acostumados com leilões, cresceram comparecendo neste tipo de evento com seus avós e pais, e sabiam que o plano de Pope poderia dar totalmente errado caso um lance acima do que eles planejavam surgisse. Por isso, os gêmeos conversaram com Blair e Jake, deixando eles avisados do que iriam fazer caso o lance ficasse fora do orçamento do grupo.
— Senhoras e senhores, eu gostaria de lembrar a todos que o vencedor do leilão terá quinze dias para entregar o pagamento. — o homem que estava conduzindo o leilão disse em alto e bom som.
— Escuta, o plano é o seguinte: nós vamos fazer lances aumentando um dólar, beleza? Vai demorar um pouco, mas vamos precisar economizar cada centavo para a construção. — Pope disse e todos assentiram.
— O Pope está certo, entendeu? — Kiara disse olhando para JJ e ele olhou para Hope antes de concordar.
— Tá bom. — JJ murmura.
— Não saiam do plano. — Pope disse e todos assentiram.
— Nós temos o primeiro lote para o lance. — o condutor do leilão disse. — É a execução da hipoteca da Estrada Roger Point 14. É a antiga residência Maybank. Bom, o banco estabeleceu o valor inicial de 80 mil e queremos 81 mil.
— É agora.
— Um lance de 80 mil. Dou-lhe uma…
— 80 mil e um dólares. — Pope anunciou.
— Certo. Um dólar além dos 80 mil. Um dólar. — o condutor anunciou.
— Oitenta mil e quinhentos. — um homem um pouco à frente Hope disse.
— Oitenta mil e quinhentos. Nós temos oitenta mil e quinhentos.
— Vai dar tudo certo. — Hope disse para JJ ao notar o nervosismo do garoto.
— Algum lance? Oitenta mil e quinhentos. Dou-lhe uma…
— Cem mil limpo! Bem aqui! — JJ disse antes de Pope, ou até mesmo Hope, pudesse falar alguma coisa.
— Cem mil para aquele cavalheiro de vermelho! — o condutor do leilão disse e todos olharam JJ incrédulos.
— Ficou maluco? — Hope perguntou baixinho.
— Relaxa, vamos conseguir o terreno. — JJ disse e Hope negou com a cabeça. — É só pra acabar. Eu vou acabar com isso e a gente volta para casa.
— O plano não era esse, lembra? — Pope disse irritada. Hope e Harrison trocaram um olhar cúmplice e assentiram um para o outro discretamente.
— 150 mil.
— 150 mil do senhor Zeasy. Que bom ver o senhor Zeasy por aqui!
— É bom te ver, Rog. — Sr. Zeasy disse. — Me dá só um instante, tá bom? — ele disse se aproximando de JJ. — Olha, a Periferia vai ser parte do Figure 8 daqui alguns anos. Se você desistir agora não precisa sair com o rabo entre as pernas e eu posso…eu posso molhar a sua mãe depois.
— Dale, né? — JJ perguntou ao homem.
— Isso mesmo.
— Não vai rolar, cara. Bora continuar. — JJ disse antes de voltar a olhar para frente.
Os lances continuaram e foram aumentando cada vez mais. Harrison havia conseguido falar com a mãe e estavam torcendo para que Blair chegasse ali a tempo, ou seja, antes de JJ conseguir dar o lance final.
— Isso aí está muito além do que a gente queria. — Pope disse e Hope mexia nervosamente as mãos.
— Faz ele parar! — Sarah disse para John B.
— Ela está chegando? — Hope perguntou ao irmão e ele assentiu.
— Lá atrás, quer aparecer só na hora do lance para não desconfiarem de nada. — Harrison disse e Hope fechou os olhos ao ver JJ erguendo a mão novamente para dar um lance.
— Setecentos e setenta e cinco mil e dez dólares. — a voz de Blair fez Hope soltar o ar que prendia.
— Setecentos e setenta e cinco mil e dez dólares da senhora Stuart! Bom te ver aqui, senhora Stuart.
— Eu digo o mesmo, Rog. — Blair disse sorrindo enquanto caminhava até os filhos. — Cheguei na hora certa?
— Mais do que certa. — Hope respondeu baixinho.
— É dinheiro demais para mim, Rog. — Dale Zeasy disse.
O leilão foi encerrado e Blair sorriu ao ver que venceram. JJ olhou para Hope com os olhos semicerrados e Hope deu apenas um pequeno sorriso, como quem não sabia de nada. Os Pogues agradeciam Blair com sorrisos e então Blair se virou para Zeasy sorrindo e retirou seus óculos de sol.
— Foi ótimo revê-lo, Dale. — Blair disse com um leve ar de arrogância, afinal, ela o detestava.
— Digo o mesmo, Blair. Mas, acredito que tenha sido enganada pelo valor. — Zeasy disse e Blair riu.
— Não ligo, quem determina o quanto algo vale somos nós. Se a propriedade é importante para alguém ela vale mais do que qualquer um de nós pode pagar. — Blair disse. — Agora, se me der licença, eu preciso assinar os papeis da minha propriedade.
Blair se afastou e foi até Shoupe, que estava cuidando da segurança do leilão, pedindo para assinar os documentos em particular e solicitando que JJ pudesse entrar junto dela para a assinatura.
— JJ, pode vir aqui um segundo? — Blair pediu e o garoto se aproximou.
— Oi, senhora Stuart. — JJ disse.
— Desde quando me chama de senhora? Já passamos dessa fase. — Blair disse rindo e JJ sorriu assentindo. — Hora de assinar os papeis da sua casa.
— Mas…
— Estou comprando a propriedade porque sei dos planos para a Poguelândia, vão precisar de dinheiro para a reforma. Sendo assim, tomei a liberdade de ajudar com algo. — Blair disse dando um sorriso.
— Mas nós podemos pagar, não precisava… — JJ começou a falar, mas Blair o interrompeu.
— Faz parte da minha família, JJ. Jacob e eu queremos que vocês sosseguem de vez tanto quanto qualquer um nessa ilha. — Blair disse e JJ riu. — Considere um agradecimento.
— Pelo o quê?
— Por ter salvado a nossa filha tantas vezes. — Blair disse com lágrimas nos olhos. — E o mais importante, obrigada por ter trazido o brilho no olhar e no sorriso dela de volta.
— Muito obrigado, Blair. — JJ disse tentando esconder que havia se emocionado com as palavras e o olhar carinhoso da mais velha.
— Não precisa agradecer, garoto. — Blair disse dando um leve tapa no ombro do mesmo, que riu com o gesto, se sentindo amado da mesma forma que um filho se sente amado pela mãe.
Enquanto Blair e JJ estavam assinando os papeis, os Pogues estavam do lado de fora do prédio da prefeitura.
— Quem teve essa ideia? — Pope perguntou.
— Óbvio que foram os únicos trilionários bem vindos na Poguelândia. — John B disse abraçando Hope e dando um cascudo nela em meio às risadas.
— Eu já estava suando frio. — Kiara disse abraçando Harrison.
— Nem acreditei quando vi a Blair surgindo no meio das pessoas usando a roupa mais chique do universo. — Sarah disse rindo e Hope assentiu.
— A ideia do óculos de sol foi minha. Achei que fosse dar um ar mais rico. — Hope disse e todos deram risadas aliviadas.
— Ela chegou bem na hora, por um segundo, eu pensei que o JJ fosse conseguir dar o lance. — Cleo disse e todos assentiram.
— Quem topa um almoço de comemoração? — Blair perguntou assim que ela e JJ saíram do prédio.
Todos concordaram e Hope foi até JJ, que olhava os papeis da casa com um sorriso. Ela o abraçou por trás e ficou na ponta do pé para apoiar o queixo no ombro dele.
— Vai ficar com dor na panturrilha depois. — JJ disse rindo de leve.
— O que não te mata te fortalece. — Hope disse rindo enquanto JJ ficava de frente para ela. — Desculpa não ter te contado, eu achei que se vocês soubessem ia perder o ar de cena de filme.
— Relaxa, foi uma surpresa boa. — JJ disse e Hope pegou os papeis.
— JJ Maybank dono de uma propriedade? Nossa, eu namoro um partidão. — Hope disse lendo a escritura e JJ riu. — Você merece até uma comemoração hoje.
— Não são todas as garotas que tem namorado dono de um terreno.
— Não mesmo, minhas amigas vão ficar morrendo de inveja. — Hope disse e JJ riu. — Eu posso roubar o vinho lá de casa hoje.
— Caramba, minha namorada é um partidão. — JJ disse e Hope riu alto.
— Aí! Tem gente morrendo de fome aqui! — John B gritou da kombi.
Hope deu um beijo rápido em JJ e os dois correram até a kombi. John B dirigiu até o restaurante e lá eles encontraram Blair observando dois garçons arrumarem duas mesas para que eles se sentassem juntos. Jacob chegou pouco depois acompanhado de Shoupe, os dois estavam por perto e Jacob achou que seria bom o policial ver que o grupo não era apenas um bando de baderneiros, mas sim apenas adolescentes que se consideravam uma família. Jacob e Blair tiraram uma foto do grupo de adolescentes com a escritura da casa e depois pediram a Shoupe que tirasse uma foto dos dois com o grupo.
— No três a gente fala Poguelândia, beleza? — John B falou e todos assentiram.
— 1, 2, 3…
— Poguelândia! — todos disseram sorrindo.
Depois de se despedirem dos três adultos, os Pogues foram direto para a casa recém adquirida deles. Estariam mentindo se dissessem que ela parecia aconchegante. Mas JJ estava empolgado e retirou as fitas da porta e se virou para os amigos. Harrison gravava tudo, desde o momento em que JJ saiu da kombi, ele e Kiara acharam que seria uma boa ideia filmar o processo de construção da Poguelândia e guardar para o futuro. Ou como Hope disse: “Processo de construção do lixo ao luxo.”
— Senhoras e senhores, eu te batizo…Poguelândia 2.0. — JJ disse e todos torceram o nariz. — O que foi?
— Não acho que o 2.0 combinou. — as meninas disseram.
— Apenas Poguelândia é melhor. — Kiara disse.
— Isso, afinal, não estamos criando outra Poguelândia. — Sarah continuou.
— É, estamos aprimorando a já existente. — Hope concluiu.
— Refaz o discurso, cara. — Cleo disse. — No três!
— Batizado do terreno, cena 01, tomada 02! — Hope exclamou sorrindo, fazendo sinal para JJ ficar de costas para eles de novo.
— Ação! — todos gritaram para JJ.
JJ se virou para eles novamente, rasgou a fita amarela em suas mãos e sorriu.
— Senhoras e senhores, eu te batizo… Poguelândia. — JJ disse e após alguns instantes de silêncio, os amigos se juntaram com JJ e Harrison colocou a câmera apoiada no chão da kombi.
— Cena 02, tomada 01! — Kiara gritou e todos riram.
— Poguelândia! — todos gritaram juntos e JJ se aproximou da porta. Harrison correu para pegar a câmera e filmou John B ao lado de JJ enquanto ele retirava as fitas amarelas da porta de entrada.
— Vamos transformar esse lugar no nosso lar. — JJ disse sorrindo.
— Vamos nessa.
— Estamos em casa, galera! — JJ anunciou antes de abrir a porta. — Bem-vindos ao Palácio.
— Qual a senha do wi-fi? — Hope e Kiara perguntaram.
— Vamos precisar fazer isso no estilo dos Pogues. Vamos ter que fazer nós mesmos. — Pope disse.
Depois de olharem toda a casa, os Pogues decidiram ir para suas casas e começar a reforma no dia seguinte. Pope e Cleo foram para a casa de Pope e o resto dos Pogues foi para a casa de Hope e Harrison. Ao chegarem em casa, Winchester recebeu o grupo com latidos, sendo seguido por Nala e Simba, as meninas se abaixaram e fizeram carinho nos animais em meio a risadas e lambidas de Winchester.
— Tudo tranquilo por aqui, Winchester? — Hope perguntou enquanto abraçava o cachorro, que latiu antes de lamber a bochecha da garota. — Nala, minha filha linda! Simba, meu filho lindo!
— Filhos? — John B perguntou segurando risada.
— Esqueci de contar. — JJ disse. — Sou pai de pet.
Todos deram risada e se espalharam pela casa. Hope e JJ subiram para o quarto da garota ouvindo as risadas de Sarah enquanto a mesma brincava com os gatinhos e ria de John B brincando com Winchester. Hope se jogou em sua cama e JJ pulou em cima dela.
— Ei, eu vou morrer desse jeito! — Hope disse tentando empurrar JJ de cima dela.
— Morrer? Assim tão cedo? — JJ riu, se inclinando para beijá-la rapidamente antes de se deitar ao lado dela. — Nem pensar. Ainda nem conhecemos o Brasil.
Hope revirou os olhos, mas não conteve o sorriso que despontou em seus lábios. Ela virou o rosto para encará-lo com os olhos brilhando. JJ se afastou um pouco, apoiando-se no cotovelo, com um sorriso maroto nos lábios.
— Agora, falando sério, você acha que vai conseguir sobreviver a viver comigo por perto o tempo todo? Ou vai precisar de férias?
— Férias? Eu não sei, Maybank. Se você continuar me esmagando desse jeito toda vez que se jogar em cima de mim, talvez eu tenha que chamar um fisioterapeuta, isso sim. — Hope disse rindo e JJ a olhou com ofensa.
— Ei! — JJ disse, fazendo uma cara falsamente ofendida. — Eu sou leve como uma pluma. Está reclamando à toa. Se quiser, posso começar a dormir no sofá, só pra te dar um descanso.
— Ótima ideia. Assim eu fico com a cama só pra mim. — Hope sorriu, provocando o garoto.
— Nem sonha. — JJ se aproximou, estreitando os olhos. — Essa cama é metade minha. Acho que vou desenhar uma linha bem no meio, só pra você saber até onde pode ir.
— Linha? Sério? Quem é você, o xerife das camas? — Hope revirou os olhos rindo. Ela se inclinou e cutucou a lateral do corpo dele. — Relaxa, eu deixo você ficar com um terço da cama. Sou muito generosa.
— Um terço? — JJ colocou a mão no peito, fingindo indignação. — Eu sou o homem dessa relação. Devia ficar com dois terços, pelo menos.
— Ah, claro, porque "homem da relação" agora define quem ganha mais espaço na cama. Tá bom, JJ. Só que quem manda mesmo aqui sou eu. — Hope disse piscando para ele e saindo da cama de repente, já pegando os tênis.
— Espera aí, onde você tá indo?
— Vamos sair, ué. — Hope respondeu casualmente enquanto amarrava os cadarços. — Tô precisando de ar fresco depois de tanto drama sobre espaço na cama.
— E pra onde exatamente a gente vai?
— Pro nosso lugar. — Hope disse sorrindo. — Mas antes, vamos descer na adega pegar um vinho. Meus pais nem vão dar falta de uma garrafa no meio das muitas que tem lá.
— Espero que a Blair e o Jake nunca peçam minha ajuda pra carregar caixas de vinho, porque vou acabar entregando tudo. — JJ disse e Hope riu.
— Vem logo, dedo-duro. — Hope disse puxando JJ pela mão enquanto desciam as escadas.
Eles passaram pela sala e riram das brincadeiras dos amigos. Desceram para a adega e JJ olhou o lugar com os olhos arregalados por conta da quantidade de vinhos e bebidas, Hope riu da cara dele e pediu ajuda para escolher uma garrafa. Depois de escolher uma garrafa aleatória, os dois saíram em direção a casa barco que haviam adotado como deles. Já dentro da casa, os dois se acomodaram na cama e abriram a garrafa. Eles pegaram dois copos e se serviram.
A garrafa de vinho estava entre eles, já pela metade, e os dois riam de piadas bobas que faziam sentido apenas naquele momento.
— Ok, JJ. Tenho uma ideia. Vamos fazer um jogo. — Hope disse sorrindo.
— Um jogo? — JJ arqueou uma sobrancelha enquanto se ajeitava no cobertor, pegando seu copo. — Do tipo "quem bebe mais rápido"? Porque, se for isso, já ganhei.
— Não, seu bobo. — Hope balançou a cabeça, sorrindo. — Vamos fingir que acabamos de nos conhecer. Tipo, você está me vendo pela primeira vez e precisa me conquistar. Vamos ver se você tem o que é preciso.
— Fácil. Eu sou irresistível. Você vai ceder em dois minutos. — JJ disse convencido.
— Ah, é? — Hope cruzou os braços, desafiadora. — Então vamos ver. Mas tem uma regra: depois de você tentar, é a minha vez. Quem ceder primeiro perde.
— Fechado. — JJ tomou um gole de vinho, colocou o copo no chão e passou a mão pelo cabelo, se preparando. Ele olhou para Hope com um sorriso malicioso. — Ok, senhorita, com licença... você vem aqui com frequência?
— Sério, Maybank? Essa é a melhor abertura que você tem? — Hope perguntou após cair na risada.
— Ei, calma aí. Estou aquecendo. — JJ apontou para ela, fingindo seriedade. Ele deu uma tossida falsa e continuou, aproximando-se um pouco mais. — Olha, eu não sou muito bom com palavras, mas eu vi você aqui, sozinha, com esse sorriso, e pensei... é agora ou nunca. Porque, sinceramente, se eu não falar com você, vou ficar me arrependendo pelo resto da noite.
— Hm... interessante. Mas será que você consegue me impressionar com algo além das palavras? — Hope perguntou com um pequeno sorriso.
JJ deu um sorriso desafiador e, sem aviso, pegou uma moeda. Ele a jogou no ar, fez um truque com a mão e ela "desapareceu". Depois, mostrou as mãos vazias.
— E aí? Um mágico e tanto, hein? — JJ disse e Hope gargalhou.
— Tá, vou admitir que isso foi criativo. Mas agora é a minha vez.
Ela se aproximou dele, endireitando a postura como se estivesse entrando em um bar sofisticado. Estendeu a mão para ele, fingindo ser uma pessoa completamente diferente.
— Oi, sou Hope. E você é?
— JJ. Mas você pode me chamar de irresistível.
— Certo, "irresistível". — Hope revirou os olhos, mas sorriu. — Sabe, eu não sou de falar com estranhos, mas você parece interessante. Me conta, o que você faz da vida? Ou é irresistível assim de graça?
— Ah, sabe como é... eu vivo uma vida cheia de aventuras. Passeios de barco, resolvendo confusões, conquistando terrenos misteriosos. Coisas assim. — JJ contou.
— Uau, que currículo. — Hope arqueou as sobrancelhas, rindo. Ela deu um gole no vinho, olhou para ele e, com um sorriso sedutor, completou: — Mas será que você consegue me ajudar com uma coisa?
— Depende, princesa, do que você precisa?
— Já que gosta de mistérios e tudo mais, eu pensei que pudesse me ajudar a resolver um. — Hope disse e JJ a olhou intrigado. — Não sei se é coisa da minha cabeça, mas eu tenho certeza que conheço você. — ela disse passando a ponta dos dedos pelo braço de JJ. — Pode me ajudar a lembrar?
— Isso é golpe baixo. — JJ disse enquanto Hope olhava para ele com um sorriso meigo e colocava a mão na perna do garoto.
— Não sei do que você está falando.
A provocação continuou, com ambos fazendo de tudo para parecer irresistíveis. No entanto, entre risadas e goles de vinho, a competição logo perdeu o sentido. Hope ainda se encontrava rindo quando JJ a puxou pela cintura, de repente, o tom brincalhão diminuiu um pouco. Ele a trouxe para mais perto, seus rostos a poucos centímetros de distância. Hope sentiu o sorriso dele contra sua pele enquanto JJ passava os dedos pelo tecido fino de sua blusa, fazendo um rastro de arrepio se espalhar por sua espinha. Hope tentou manter o tom leve, mas sua voz saiu um pouco mais baixa.
— Não deixe isso subir à cabeça, Maybank. Você ainda precisa me impressionar mais.
— Impressionar você? — JJ inclinou a cabeça, os olhos fixos nos dela, como se fosse um desafio. — Acho que posso fazer isso. Mas vou precisar que você me dê um pouco de espaço pra mostrar meu talento.
— Que talento? — Hope perguntou, fingindo dúvida, mas sua respiração já estava mais pesada, traindo sua tentativa de parecer indiferente.
JJ não respondeu imediatamente. Em vez disso, deixou que seus dedos deslizassem do tecido para a pele descoberta na cintura de Hope, provocando um arrepio visível. Ele a puxou de leve, inclinando-se para murmurar próximo ao ouvido dela.
— Não posso falar em voz alta porque o horário não permite.
Hope soltou uma risada baixa, mas o tom de provocação nos olhos dela havia se suavizado. Ela o encarou por um momento, sentindo o calor crescente entre os dois. Com um movimento lento, deslizou a mão pelo peito dele, os dedos parando na nuca, onde ela brincou com os fios de cabelo.
— Você fala muito, sabia?
O sorriso de JJ ficou mais intenso. Ele se aproximou mais, o nariz roçando o dela antes de finalmente pressionar os lábios contra os dela em um beijo lento e intencional. Diferente dos beijos rápidos e desajeitados que compartilhavam quando estavam brincando, este tinha um peso diferente, mais intenso. Hope correspondeu, inicialmente mantendo o controle, mas logo se viu perdendo o fôlego enquanto JJ aprofundava o beijo, as mãos dele explorando sua cintura com mais firmeza, descendo elas para o quadril de Hope. Quando os lábios se separaram, ambos estavam respirando mais rápido, e Hope riu baixinho, tentando recuperar o controle.
— Tá... confesso que isso foi um bom começo. Mas você ainda não ganhou.
— Ah, é? — JJ murmurou, com a voz rouca. Ele inclinou a cabeça, deixando pequenos beijos pelo maxilar dela, descendo devagar em direção ao pescoço. — Então acho que vou precisar continuar tentando.
Hope sentiu os olhos se fecharem involuntariamente enquanto os lábios de JJ exploravam sua pele. Ela deslizou a outra mão até o peito dele, como se quisesse empurrá-lo, mas os dedos apenas seguraram a camiseta dele.
— Eu devia te parar. — Hope sussurrou, mas a falta de convicção em sua voz entregava que essa ideia já estava distante.
— Devia. — JJ concordou entre beijos, o tom provocador, mas sem se afastar. — Mas você não vai.
Ela puxou o rosto dele de volta, o beijo retomando o fervor de antes, as mãos dela finalmente entrelaçando os cabelos dele enquanto os corpos se aproximavam ainda mais. JJ deixou escapar um sorriso entre os lábios antes de levar uma de suas mãos para a barra da blusa de Hope, deixando que sua mão deslizasse pela pele da garota, fazendo um suspiro escapar dos lábios dela.
— Acho que eu ganhei. — JJ sussurrou e Hope riu.
— Vai a merda. — Hope disse antes de voltar a beijar o garoto.
Oi Pogues, como vcs estão? Como foi a semana de vcs?
Desculpa não ter postado ontem, eu cheguei em casa tarde e tava muito cansada. Mas o capítulo veio da mesma forma então estamos tranquilos, assim como os Pogues.
O que acharam da Blair salvando a pele dos nossos pobres? A conversa dela e do JJ me deixou de coração quentinho, sério.
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar MUITO e favoritar o capítulo.
Até, sexta!!
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