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Boa leitura🌊
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Capítulo 03
Conversas profundas e o plano de fuga

Kiara e Hope receberam pijamas naquela mesma noite e se vestiram com eles depois de revesarem o banheiro para poder tomar banho. Depois de receberem o jantar no quarto, Rafe, Hope e Kiara foram dormir. Eles arranjaram uma coberta e um travesseiro para Rafe dormir e logo as meninas estavam dividindo a cama e Rafe dormia no chão aos pés da mesma.

— Kie, tá acordada? — Hope perguntou sussurrando.

— Tô e você? — Kiara perguntou, vendo um sorriso aparecer no rosto de Hope.

— Eu tô com medo…esse cara, ele…foi ele que matou o irmão da Blair, o tio Charlie. — Hope falou bem baixinho.

— O arqueólogo? — Kiara perguntou e Hope assentiu.

— Ele tinha achado coisas importantes sobre El Dorado, uma pedra, totem… sei lá eu que raio era aquilo. — Hope disse abanando o ar com as mãos. — Eles estavam trabalhando em conjunto, mas aí o Charlie descobriu que o Carlos estava enganando ele e enviou todo o material que tinha achado pra um amigo dele, quando o Carlos descobriu…

— Ele deu um fim no irmão da Blair. — Kiara disse, terminando a fala de Hope. — A gente vai sair daqui, vamos ficar bem. — ela afirmou a amiga. — Temos um doido psicótico pra ajudar a gente. — ela completou extremamente baixo.

— Não sei se isso me desespera, ou me conforta. — Hope disse rindo pelo nariz.

— Vamos dormir, amanhã vai ser um dia cheio. — Kiara disse e Hope assentiu. — Eu amei essa cama, é tão macia.

— Eu também amei, menina. E esse pijaminha de cetim? Eu achei tudo de bom, vou até roubar pra mim. — Hope disse e Kiara precisou se segurar para não rir alto.

— Será que podem calar a boca? Tem mais gente no quarto. — Rafe resmungou.

— Seu mal-humorado. — Hope disse antes de se apoiar na madeira aos pés da cama e olhar o garoto. — Se você estivesse usando um pijama confortável, não estaria nesse mau-humor todo.

— Vai dormir, Hope. — Rafe resmungou olhando para Hope.

— Isso se chama recalque. — Hope disse tocando a ponta do nariz do garoto.

— Isso se chama sono. — Rafe disse.

— Acho que deve ter um pijama de cetim do seu tamanho, Rafe. — Kiara brincou.

— Eu odeio esse cara, ele podia ter sequestrado outras pessoas. — Rafe falou e as duas garotas lhe mostraram o dedo do meio. — Só maluco pra conseguir namorar vocês.

— Só maluca de verdade pra namorar você. — Hope retrucou e Rafe se sentou no chão.

— Ela é sempre chata desse jeito? — Rafe perguntou a Kiara.

— É.

— Ei! — Hope exclamou indignada e Rafe riu junto de Kiara. — Não sou, não!

— Passei dois meses presa em uma ilha com você, então sim, você é chata. — Kiara disse rindo.

— Não acredito que foi colocada sob tortura, Kie. — Rafe falou rindo da expressão indignada de Hope.

— Nem eu. — Kiara falou rindo.

— Não acredito que estou sendo massacrada, sou uma pessoa tão boa, não mereço isso. — Hope disse levando a mão ao coração. — Vocês são dois invejosos.

— Larga de drama, sua exagerada. — Kiara disse empurrando a amiga de leve.

— Esse momento me lembrou de quando éramos pequenos. — Hope disse ainda rindo de leve. — A gente se juntava pra irritar a Sarah.

— Ou para irritar o Harrison e eu. — Rafe disse. — Vocês eram mestres nisso, principalmente a Hope.

— Meu hobby favorito. — Hope disse sorrindo.

— Acho melhor a gente dormir, amanhã será um longo dia. —  Kiara disse e os outros dois apenas assentiram.

As meninas se deitaram e Rafe fez o mesmo. Nenhum dos três dormiu rápido, mas também nenhum dos três falou mais nada. Eles permaneceram no mais completo silêncio até que de fato dormissem.

Kiara foi a primeira a se levantar, embora Hope tivesse acordado antes da amiga. A cacheada caminhou até a janela em silêncio, fazendo Hope se virar na cama para ver o que estava indo ver. Kiara começou a bater na janela e cochichar para chamar a atenção do guarda que estava ali fora, o que fez com que Rafe acordasse e Hope se sentasse na cama de forma apressada.

— Ei, eu preciso falar com o Sr. Singh. — Kiara sussurrou enquanto batia no vidro. — Ei, vai chamar o Sr. Singh.

— O que que você tá fazendo? — Rafe perguntou se sentando.

— Ei, você! Preciso falar com o Sr. Singh. — Kiara continuou, ignorando a pergunta de Rafe.

— Cala a boca! O que você tá fazendo? — Rafe perguntou se levantando para ir até Kiara.

— Eu não te devo explicação nenhuma. — Kiara disse antes de ir até a porta do quarto.

— Ei, Kie. Pensa um pouco! O que é que você tá fazendo? — Rafe insistiu na pergunta enquanto a cacheada batia na porta e repetia o mesmo que havia falado na janela.

— Ei! Oi! —Kiara exclamou enquanto batia na porta.

— O que que foi? — Rafe perguntou se aproximando da garota.

— Não fala comigo! — Kiara gritou e Rafe se afastou dela, olhando para Hope em seguida, mas a loira apenas deu de ombros.

— Vocês estão mentindo sobre o lance do diário. — Rafe disse olhando as duas garotas. — Vocês sabem onde ele tá.

— Não, a gente não sabe. — Hope disse se levantando da cama.

— Não? Tá bom. — Rafe disse.

— Quem dera saber. — Hope disse se espreguiçando.

— Olha, eu também não contaria para mim.  — Rafe falou para as duas. — Mas ele não vai acreditar que a gente não sabe de nada. — ele falou, mas Kiara continuou ignorando ele. — Aí, o Singh matou…

— EI! — Kiara gritou se virando para Rafe.

— Presta atenção, Kie. Eu sou o único amigo que vocês tem. — Rafe disse e a cacheada negou com a cabeça antes da porta do quarto ser aberta.

Kiara saiu do quarto com o segurança e antes que Hope pudesse ir junto dela a porta foi fechada e trancada. Hope suspirou irritada, se sentou na cama bufando e ficou resmungando baixinho.

— No que você tá pensando? — Rafe perguntou se sentando ao lado de Hope.

— Tô tentando achar alguma música da Taylor que se encaixe nessa situação que eu vivo ultimamente. — Hope disse se jogando para trás de forma dramática.

— Ainda é obcecada pela Taylor Swift? — Rafe perguntou olhando a loira.

— Eu não sou obcecada por ela, eu sou apaixonada por ela. — Hope disse e Rafe riu. — Amor não é obsessão. — ela disse antes de ficarem em silêncio.

Hope e Rafe ficaram apenas alguns segundos em silêncio, Hope estava ansiosa e não estava aguentando mais o silêncio em que estavam.

— Você já amou alguém, Rafe? — Hope perguntou olhando para o teto.

— Eu não tenho ideia do que é sentir isso. — Rafe disse com sinceridade e Hope o olhou.

— Você nunca se apaixonou por ninguém? — Hope perguntou de novo. — Tipo…alguma garota da sua turma no colégio ou sei lá.

— Não. — Rafe disse negando com a cabeça. — Eu quero…quero sentir algo como o que você sente pelo JJ. Mas eu não sei nem como começar para fazer alguém gostar de mim.

— Não ser um babaca é um bom começo. — Hope falou e Rafe riu empurrando ela de leve. — Eu tô falando sério, sem piadinhas.

— JJ é um babaca e você ficou com ele. — Rafe disse olhando Hope de forma triste.

— Ele é idiota, mas não é um babaca. — Hope disse. — JJ faz muitas coisas erradas, isso é fato, mas ele sempre faz pensando ser a coisa certa, ele é impulsivo e não pensaria duas vezes antes de fazer alguma coisa para proteger os amigos dele, a família dele.

— Eu também sou assim.

— Não, você faz as coisas simplesmente para orgulhar o seu pai e ele não tá nem aí pra isso. Você sabe, conhece ele…eu conheço ele, Rafe. — Hope disse se sentando. — Você não faz as coisas erradas pensando serem as certas, você faz as coisas erradas pensando serem as coisas que trarão para você o orgulho e admiração de seu pai, isso não é bom pra você.

— Você não sabe o que tá falando! — Rafe disse se levantando e andando pelo quarto.

— Você matou a tia Susan, porque não queria que seu pai fosse preso pelo assassinato do Big Jonh. — Hope falou ficando de pé. — Você tentou matar a Sarah, sua irmã, por que ela não queria voltar para casa e se ela não voltasse seu pai continuaria não se orgulhando de você. — ela continuou e Rafe negou com a cabeça. — Você ajudou a roubar a cruz, que pertence ao Pope e a família dele, as consequências disso ferraram não só o seu pai, mas também os meus amigos e eu.

— A culpa não é minha!

— Se você não fosse capacho do seu pai você não teria parcela de culpa em nada do que aconteceu! — Hope exclamou ficando irritada assim como Rafe. — Mas você é burro o suficiente pra acreditar em tudo o que ele fala!

— Cala a boca! Você não sabe o que tá falando. — Rafe disse se aproximando de Hope, que estava quase encostada na parede.

— Sim, eu sei! — Hope falou dando alguns passos para trás. — Você poderia tentar ser pelo menos um pouco menos obcecado pela admiração do seu pai!

— Você fala isso porque você não precisa de muito pra ter a admiração do seu pai! — Rafe exclamou com o rosto próximo ao de Hope.

— Porque o meu pai não é um louco igual o seu pai! — Hope exclamou em resposta e o garoto socou a parede ao lado do rosto de Hope. — Você não é uma pessoa totalmente perdida, Rafe…você só precisa de alguém que te ajude.

— Você não tem ideia dos meus problemas…eu tentei matar a minha própria irmã. — Rafe disse apontando para si mesmo, mas sem se afastar de Hope. — Eu só quero fazer as coisas do jeito certo.

— Então para de fazer as coisas pensando no seu pai…no que ele vai achar, no que ele vai dizer pra você. — Hope disse com a voz mais baixa e calma. — Nos conhecemos a vida toda, Rafe, e você não era ruim.

— Eu tentei beijar você à força. — Rafe disse olhando Hope. — Inclusive, me desculpe por isso.

— Foi nessa fase que você começou a ficar meio lesionado das ideias. — Hope disse dando de ombros. — Foi a coisa menos pior que você fez…mas é um começo se arrepender das pequenas coisas.

Rafe se afastou de Hope e a garota piscou várias vezes. Hope estava assustada, não com Rafe, mas sim com sua coragem de falar tudo o que falou para ele com os dois estando trancados em um quarto sozinhos.

— Sabe algo sobre o que a Kiara foi falar com o Sr. Singh? — Rafe perguntou e Hope negou, embora imaginasse. — Ela foi falar do diário, não foi?

— Eu não sei, tá legal? — Hope disse irritada. — Eles podiam mandar um café da manhã, né? Tô morrendo de fome.

Kiara falava com o Sr. Singh e tentava convencê-lo a deixar que ela fosse embora para pegar uma cópia do diário.

— Como vou saber que vai voltar? — Singh perguntou à garota. — Eu preciso de uma garantia.

— Rafe está aqui. Pode ficar com ele. — Kiara disse dando de ombros.

— Tenho uma ideia melhor. — Singh disse se levantando e rindo levemente. — Sua amiga Hope Stuart fica.

— Não.

— Sabe, eu fico me perguntando: como duas mocinhas se metem em tantos problemas? — Singh perguntou rindo de leve.

— Olha, eu sei onde o diário tá, e se deixar eu e a Hope irmos, nós prometemos que trazemos ele pra você. — Kiara falou com firmeza.

— Eu fiz essa fortuna sozinho. Do zero. Do mais absoluto nada. Sabe como eu consegui, Srta. Carrera? — Singh perguntou. — Eu posso garantir que não foi sendo um idiota.

Hope e Rafe voltaram a discutir nesse meio tempo e a conversa de Kiara e Singh se silenciou ao escutarem os outros dois se xingando no quarto.

— Sua amiga tem uma personalidade forte. — Singh disse e Kiara permaneceu calada. — Ela não vai durar muito se ficar…não gosto de pessoas teimosas. Então me diz logo onde o diário está se não eu vou… — ele se calou quando uma notificação chegou em seu celular.

Singh caminhou até seu celular e Kiara ficou apenas o observando.

— Que incrível. Uma mensagem do nosso amigo Jimmy Portis. Enviada diretamente do além. Parece que o Sr. Portis pegou seus amigos. — Singh disse mostrando o celular a Kiara. — Ryan!

Hope e Rafe pararam de brigar assim que Kiara entrou no quarto, ou melhor, foi empurrada para dentro do mesmo.

— O que aconteceu? — Rafe perguntou enquanto Kiara apoiava a cabeça entre as mãos.

— Kie…o que aconteceu? Ele te fez alguma coisa? — Hope perguntou e sentando ao lado da amiga.

— Aí, alguma hora vocês vão ter que confiar em mim e falar comigo sobre isso, beleza? — Rafe disse olhando as duas garotas.

— Eu vou precisar te lembrar de tudo o que você fez? Eu sei que a Hope já fez isso enquanto eu tava lá embaixo…mas você quer ouvir tudo uma segunda vez? — Kiara perguntou sem olhar o garoto. — Você matou a Peterkin. Você se lembra disso, não é? E de tudo o que fez com a Sarah?

— O caso da Peterkin é diferente, tá? Eu tava tentando proteger o meu pai. — Rafe disse nervoso. — Eu fiz o que eu precisei fazer, então…para. — ele disse indo se sentar em uma cadeira no canto do quarto. — Eu sou uma vítima também. Não? Pensa bem. O que eu ganhei atirando na Peterkin? Nada, tá? Eu não tinha nada contra ela. E-e-e-eu gostava dela. Você acha que eu queria fazer aquilo? O que eu fiz foi um presente meu pro meu pai.

— Cala a boca, Rafe. — Hope pediu o olhando com os olhos lacrimejando.

— Não, eu…

— Cala a merda da sua boca! — Hope exclamou. — Se você matou ela foi porque você quis. O máximo que ia acontecer com o tio War…com o Ward era ele ser preso. Você matou a minha madrinha pra nada. — ela falou antes de respirar fundo. — Mas você é sim uma vítima. Tudo o que fez depois disso foi muito motivado pelo seu pai…mas você não pode usar a morte da Peterkin como exemplo para isso.

— Você fez muitas coisas…acha que é fácil estarmos presas com você depois de tudo o que fez pros nossos amigos? De tudo o que fez com a Sarah? Ela é sua irmã. — Kiara disse com a voz triste.

— Eu admito que o que eu fiz com a Sarah…o que eu tentei fazer… — Rafe começou a dizer antes de se levantar. — O que eu tentei fazer com ela foi muito errado. Eu sei disso, tá bom? — ele falou com a voz embargada. — Então não precisam me lembrar. — ele completou antes de bater em sua cabeça algumas vezes.

— Meu Deus. — Kiara murmurou.

— Ela é da família. Nunca devia ter encostado nela, sabe? Eu não devia encostar nela. Mas, cara, eu perco o controle em momentos como aquele, eu não sei o que aconteceu, eu só…eu tô tentando melhorar, tá bom? — Rafe disse e as meninas apenas olharam para o chão.

— É. — Kiara disse assentindo.

— Dane-se. Eu só tô dizendo que eu não sou um vilão que vocês, principalmente você, Kie, pensam que eu sou. — Rafe disse parado em frente as meninas. — Mas mesmo que eu fosse, mesmo se eu fosse tipo, o Rafe Cameron do mal…vocês não tem escolha. Vocês podem não querer confiar em mim, mas eu sou a única opção de vocês aqui.

Eles ficaram alguns segundos em silêncio antes de Rafe se abaixar em frente as meninas.

— Olha. — Rafe disse olhando as duas. — Eu tenho um barco que pode tirar a gente da ilha, tá bom? Mas antes, a gente tem que sair daqui e vai ser melhor se nós trabalharmos juntos.

Os três ouviram uma movimentação do lado de fora da casa e as meninas foram na janela para ver o que era. Tinham alguns guardas subindo em carros, equipados com armas. Kiara pareceu assustada ao vê-los completamente armados e Hope a olhou esperando uma explicação.

— Eles vão atrás do John B…e da sua irmã. — Kiara disse olhando Rafe.

— Eu tenho pena deles. — Rafe disse na janela e as meninas o olharam. — Mas isso é bom pra gente. Pode ser nossa única chance de sair daqui.

Hope e Kiara se entreolharam, entendendo o que Rafe tinha em mente. Então juntos, os três bolaram um plano rápido. Era simples e tinha apenas uma etapa com quatro passos simples, que eram:

1. Rafe e Hope forjariam uma discussão, que precisaria ser pior do que as outras duas que tiveram mais cedo.
2. Rafe "empurraria" Hope e ela bateria a cabeça no móvel de cabeceira, desmaiando em seguida.
3. Kiara, que estaria no banheiro, intervém logo após sair do mesmo, mas Rafe começa a brigar com ela.
4. Rafe “quebra” algo na cabeça de Kiara e ela cai desmaiada na banheira.

Se tudo desse certo, o segurança que fica na porta do quarto ficaria preocupado com o barulho da briga e entraria no quarto. Eles só precisavam disso, depois pensavam no resto.

— Prontas? — Rafe perguntou sussurrando para as meninas.

— Prontas. —as duas sussurraram de volta.

Kiara saiu dali e foi para o banheiro batendo a porta. Hope olhou para Rafe e os dois assentiram antes de começarem com o teatro.

— Será que dá pra parar de mentir pra mim? — Rafe perguntou gritando.

— Como eu vou confiar em você depois de tudo? Você é um maluco, um psicopata! — Hope exclamou. — Fica longe de mim!

— Quer saber de uma coisa? Eu cansei dessa merda! Cansei de vocês! — Rafe exclamou enquanto Hope fingia chorar e Kiara batia na porta do banheiro fingindo tentar abrir a mesma.

— Rafe, para!

— Eu vou matar você! — Rafe exclamou e Hope gritou antes de Rafe chutar o móvel de cabeceira.

— O que você fez?! — Kiara perguntou assustada enquanto Hope se deitava no chão para fingir estar desmaiada. — Socorro!

— Cala a boca, Kiara! — Rafe exclamou.

— Sai daqui! Alguém me ajuda! — Kiara exclamou fingindo estar caída na banheira.

Os três permaneceram em silêncio e Rafe se escondeu atrás da porta do banheiro. Eles ficaram em seus lugares, apenas esperando o segurança entrar e os libertar sem nem mesmo saber. Hope prendeu a respiração quando a porta se abriu, ela aproveitou que seu cabelo estava levemente caído sobre seus olhos e ficou com eles meio abertos olhando o segurança entrar. Depois de olhar Hope caída no chão ao lado da cama durante alguns segundos, o guarda pareceu finalmente notar Kiara no banheiro. Ele se aproximou um pouco de Hope antes de ir para o banheiro.

Assim que Rafe bateu com a porta contra o guarda, Hope se sentou no chão para se levantar e se encolheu assustada quando Rafe quebrou um abajur nas costas do segurança, que já estava caído no chão. Kiara puxou Hope pela mão e as duas ajudaram Rafe a ameaçar o guarda a ficar parado contra o chão. Rafe pegou um celular e Hope pegou um pedaço da cortina, entregando a mesma para Rafe amarrar o guarda.

— Por aqui, vamos. — Rafe disse e as meninas o seguiram.

— Rafe? Ei, Rafe. — Hope chamou baixinho e parou em frente ao garoto. — Me empresta o celular.

— Por quê? — Rafe perguntou pegando o aparelho.

— Me dá logo. — Hope disse.

— Aqui, pega a arma. — Kiara disse entregando a mesma para Rafe.

Antes de saírem, Hope e Kiara tiraram uma foto de um quadro que viram quando chegaram. Rafe ficou as apressando, então logo elas foram para junto dele. Os três saíram da casa por uma porta aos fundos e desceram por uma escadinha que levava a um pequeno quintal cercado por uma cerca alta. Rafe ficou olhando por um vão aberto do portão e as meninas precisaram olhar por cima da cerca.

— Eu tenho uma ideia. Vem, vem! — Kiara disse puxando Hope pela mão e por impulso Hope puxou a Rafe pela mão.

Os três correram dali e foram em direção a estrada por onde um pequeno caminhão passava. Eles correram e quando chegaram perto do veículo, Kiara foi a primeira a subir no mesmo, Hope subiu logo depois juntos de Rafe e só então eles notaram um homem ali. Rafe começou a lutar com ele, Hope e Kiara ficaram em um canto, sem tentar interferir fisicamente.

— Rafe! — as meninas exclamaram, em um pedido para que ele parasse de bater no homem. — Não! — elas exclamaram quando Rafe jogou o homem para fora da caçamba onde eles estavam.

Hope e Kiara engoliram em seco e então apertaram as mãos e ficaram em completo silêncio. Estavam assustadas e daquela vez estavam assustadas com Rafe. Depois de se recuperarem um pouco, os três se esconderam debaixo de uma lona verde que tinha ali no canto. Os três ficaram bem encolhidos ali, quase sem respirar direito.

— Eu disse que a gente tinha que trabalhar junto. — Rafe disse olhando a estrada logo depois de saírem de debaixo da lona. — Olha, eu vou pro meu barco, tá? Posso dar uma carona pra vocês. Deixar vocês em algum lugar seguro. Mas só uma coisa. Olhem pra mim. — ele pediu e as meninas o fizeram, ainda assustadas. — Eu sei que seus amigos estão na ilha e minha irmã também. Eu não vou ajudar eles. Não posso confiar em nenhum deles. Eu vou tirar vocês da ilha e mais ninguém.

— A gente só quer sair daqui. — Kiara falou e Hope concordou com a cabeça.

— Inteligentes. — Rafe disse sorrindo para as duas. — Aí, vocês nunca pareceram Pogues.

— Eu nem vou perguntar porque não pareço mesmo, eu tomo banho. — Hope disse e Kiara riu de leve.

— O que eu parecia? — Kiara perguntou.

— Eu sempre gostei de vocês, meninas. Você, Kie, é meio Kook. — Rafe disse. — E você, Hope, sempre foi totalmente Kook.

As meninas olharam para Rafe e deram uma risada forçada. O caminho foi cansativo, mesmo estando sentados sem fazer esforço, o sol que batia neles era forte e isso tornou a viagem árdua. Quando o caminhão parou por conta de um carro parado na estrada, os três desceram rapidamente de onde estavam.

— O barco tá por aqui, venham. — Rafe falou e as meninas o seguiram. — Só tirem os sapatos. — ele entrou no barco e as meninas se entreolharam ficando alguns segundos paradas do lado de fora. — Olha, deve ter combustível suficiente pra chegar a Santa Lucia. — ele falou enquanto mexia em algumas coisas. — Entrem no barco. Kie! Hope! Vamos!

— Não vai fazer nada, se a gente entrar? — Hope perguntou olhando o garoto na cabine do barco.

— Não, eu não vou fazer nada. Eu só tô tentando ajudar. — Rafe falou e as meninas ficaram em silêncio o olhando. — Vocês querem voltar pra lá com o Singh, ou querem ir para um lugar seguro? Podem me ajudar a desatar a desatracar?

Hope foi a primeira a entrar no barco, Kiara a seguiu. Hope não fazia ideia de como desatracar um barco e notou que Kiara parecia ter um plano para que elas conseguissem sair dali com os amigos.

— Você tem alguma ideia, não tem? — Hope perguntou baixinho.

— Tenho. A gente vai se livrar dele. — Kiara disse.

— Tá bom. — Hope disse assentindo.

— Mente que não tá conseguindo, se eu falar ele não vai acreditar. — Kiara falou e Hope concordou se abaixando.

— Rafe! Eu não tô conseguindo! — Hope disse com a voz alta.

— O quê? — Rafe perguntou.

— Eu preciso de ajuda, nunca desatraquei um barco! — Hope disse se virando para olhá-lo.

— Cacete, eu tenho que fazer tudo? — Rafe resmungou indo até as meninas. — Sai.

— Grosso. — Hope murmurou e Kiara indicou a cabine com a cabeça.

Hope já estava na parte de cima quando viu Kiara empurrando Rafe do barco.

— Kiara! — Hope exclamou. — Eu achei que a gente fosse apagar ele!

— Que apagar o quê? Anda, vamos dar o fora. — Kiara falou e Hope ligou o barco.

— Ei! Ei, onde vocês vão? — Rafe gritou da água.

— Vamos ajudar nossos amigos! — Kiara exclamou de volta.

— Kie, eu não acho certo a gente largar ele aqui. — Hope falou para a amiga.

— Você tá com dó dele? —Kiara perguntou e Hope negou.

— Não é dó, é que eu acho que a gente podia apagar ele e depois trancar ele em um dos quartos lá embaixo. — Hope disse e Kiara riu antes de abraçar a amiga. — Você não gosta de abraços.

— Eu amo você e seu coração de manteiga. — Kiara disse rindo e Hope riu junto dela.

— Vamos mandar mensagem pro pessoal. — Hope lembrou.

— Isso, verdade!

Kiara passou o celular para Hope e então pegou o timão, as duas acabaram decidindo mandar a mensagem só ao pararem o navio no porto. E então ficaram esperando, ansiosas pela chegada dos amigos. Hope não parava de andar de um lado para o outro, Kiara a pedia para ficar quieta e no fim as duas ficaram jogando stop com uns cadernos que tinham ali.

— No “Meu sogro é”, você colocou o que? — Kiara perguntou.

— Eu coloquei…fudido. — Hope disse e Kiara riu.

— E não é que é mesmo? — Kiara disse rindo e Hope sorriu convencida. — Eu coloquei…Hope? O que foi? — ela perguntou quando notou que Hope parou de prestar atenção e se levantou.

— Tem alguém vindo. — Hope falou indo até a ponta do barco.

Hope subiu a pequena escadinha e viu JJ de costas para o barco. Ele se virou na direção do barco e viu Hope.

— JJ? — Hope disse olhando o garoto, JJ tirou o chapéu que usava e ficou olhando a garota sair do barco. — JJ. — ela disse sorrindo antes de sair do barco e ir até o garoto correndo e o abraçar.

— Eu tô tão feliz que você tá bem. — JJ falou bem baixinho e chorando enquanto abraçava Hope.

— Nossa! — Hope disse enquanto Kiara ia abraçar os outros amigos. — Eu achei que não fosse mais te ver.

— Mas eu tô aqui agora. Tá tudo bem. — JJ falou voltando a abraçar Hope. — Tá tudo bem.

— Será que o José Bezerra pode deixar a gente abraçar a Rapunzel? — John B perguntou e JJ riu antes de John B a puxar para um abraço.

— Achamos que tinham morrido. — Pope disse durante o abraço.

— Vaso ruim não quebra. — Hope disse rindo.

— Gente, o que é isso? Hope…isso é de vocês? — JJ perguntou se referindo ao barco.

— Sabe como é, né? Nem toda fudida eu perco minha influência. — Hope disse se afastando do abraço. — Brincadeira, a gente roubou do Rafe.

— O que? — o grupo perguntou.

— Longa história, ainda bem que temos tempo. — Kiara disse rindo.

Todos foram para o barco junto das meninas, menos John B, que ficou parado no mesmo lugar. O garoto apenas entrou no barco depois que os amigos o chamaram.

— Eu tenho só algumas perguntas. — JJ disse para Hope.

— Manda ver, loirinho. — Hope disse sorrindo.

— Um Lagoon 620 com dois motores volvo? Sabe que podemos ir a qualquer lugar com esse barco, né? — JJ perguntou e Hope riu tirando o cabelo do rosto.

— Eu sei, não é grande coisa. — Hope disse sorrindo.

— Super discreto, por sinal. — JJ falou e Hope sorriu dando de ombros, — Mas e aí, o que eles queriam? Não te machucaram, né?

— Pouca coisa, quando me pegaram na rua. — Hope disse mostrando o roxo no braço. — Mas eu tô bem. Só que vocês nem imaginam o que o Singh queria de mim e da Kiara. O diário do Denmark.

— Por quê? — JJ perguntou.

— Segundo ele, leva pra um tesouro maior que o do Royal Merchant. — Hope falou se apoiando em uma das barras de ferro do barco.

— Então tem um tesouro maior? — JJ perguntou subindo no barco e Hope sorriu assentindo. — Tô dentro.

JJ foi para dentro do barco e Hope o seguiu, ela contou sobre terem se encontrado com Rafe e enquanto conversavam, os dois foram mexendo em tudo nas cabines que tinham dentro do barco. Depois de olharem tudo, Hope e JJ se juntaram aos amigos, descobrindo então que John B havia ido atrás das badaladas de um sino.

— Não acredito que ele foi embora. — Pope disse enquanto todos estavam em silêncio e ansiosos esperando o amigo.

— Gente! Eles estão vindo! — Kiara exclamou.

— Não, não, não. — JJ disse.

— São os homens do Singh. — Cleo disse.

— Cadê o John B? — Pope perguntou à Sarah.

— Eu não sei, ele já devia ter voltado! — Sarah disse nervosa.

— Mas ele não voltou! — Pope exclamou. — JJ, o que vamos fazer?

— A gente tem que se defender. — JJ disse com raiva e Hope o olhou. — É isso que a gente vai fazer, é nossa única razão.

— JJ, se eles pegarem a gente, a gente morre! Sem conversa. — Hope exclamou.

— A gente não vai mais se separar! — JJ exclamou de volta.

— Vocês não viram o que a gente viu! Ele matou o Portis! — Kiara exclamou. — Não podemos ficar aqui!

— A gente não vai deixar o John B! — JJ gritou.

— Nenhum Pogue fica pra trás! — Pope falou e Hope riu.

— E nenhum Pogue vai sobrar se a gente ficar aqui! — Hope exclamou impaciente.

— Eles estão chegando aqui! — Kiara exclamou nervosa.

— Droga! — Sarah exclamou irritada.

Todos continuaram discutindo e nem notaram que Sarah estava indo tomar as rédeas da situação, tomando a direção do navio. Sarah saiu com o barco enquanto JJ exclamava irritado que não podiam deixar John B ali. Os homens do Singh começaram a atirar e todos se abaixaram para se proteger dos tiros. Todos estavam se sentindo mal por terem deixado John B para trás, mas eles precisaram, afinal, se não saíssem dali naquele mesmo instante poderiam acabar reféns novamente. Ou até mesmo mortos.

Oi Pogues, como vcs estão?

Capítulo 03 postado!!!!

Quando eles estiverem de volta a Outer Banks  eu vou começar a acrescentar cenas criadas por mim, eu consegui até adicionar algumas conversas fora do roteiro da série, mas não tinha muito mais q eu pudesse fazer.

Passem no meu tiktok, tem edit novo da Hope e do JJ lá!!

Tenho uma fic do Pope agora, ela já está postada e tem 2 capítulos!!

Deixei hm link no meu mural do grupo no WhatsApp pras vcs falarem cmg e ganharem alguns mimos das histórias. Eu vou ver se faço grupos divididos pq tem muito leitor das fics de obx e tem muito leitor da minha fic do Pablo, tô resolvendo isso ainda.

Espero q tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.

Bjs, Ana!!

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