🍒Capítulo 19: Mika 🍒
Hoje tive uns dos piores almoços da minha vida não devido a refeição. Meu macarrão a carbonara estava divino, foram as companhias. Edu é um amor de cunhado menos hoje sendo um tipo de irmão ciumento/controlador. De brinde ainda suportei a presença incômoda do meu chefe arrogante. Ele tinha de ir almoçar com a gente.
Quanto mais quero é ficar longe, colocar distância entre a arrogância dele e eu. Aquela peste não deixa, fica chamando toda hora pedindo coisas várias vezes insignificantes que só pode ser para atormentar.
Como pensei desfrutar de uma deliciosa refeição na paz e tranquilidade, aquele homem se auto convida. Deve ter ficado visível a expressão do quanto odiei ele ir atrapalhar meu almoço. Pude ver no sorriso debochado dele sua satisfação em me deixar incomodada. Precisei apertar as alças da bolsa.Nossa imaginei jogar a bolsa acertando o rosto bonito dele, queria ver sorrir ao levar uma bolsada.
Cretino foi apenas para pirraçar. Resolvendo tornar meus cinquenta minutos restantes de liberdade em tortura, estragando meus planos. Teria questionado o Edu sobre amizade com o Adam sem virar um interrogatório no qual eu fui o réu acusado, não, pensando melhor o Adam foi.
"ELE SÓ ESTAVA SENDO LEGAL"
Desejei ficar repetindo o restante do almoço para fazer o Edu entender.Estou com pena do Adam, muita pena. Quando o Edu começar o sermão tenho certeza que não vai parar tão cedo.
Pobre Adam. Vou avisar quê vem uma tempestade Johnson, cheia de muita raiva.Nunca vi meu cunhado nervoso daquele jeito.Admiro sua preocupação mas ele precisa saber que sou adulta, a vida é minha, faço dela o quê quiser.
O lado bom nesse almoço foi na volta meu chefe e o Edu entraram no escritório saindo somente quando a reunião com o novo cliente iria começar. Notei durante toda reunião o clima tenso entre eles, deve ser por causa da carona, tive de morder a língua para não dizer que mesmo ele oferecendo, não aceitaria. Estou passando tempo demais perto daquele homem, perto o bastante para quase beija-ló.MEU DEUS.
MEU DEUS..
Poucos milímetros separaram a boca dele da minha, naquele momento estava determinada a não desviar mas refletindo agora tinha algo diferente no jeito dele olhar, não sei ao certo. Era um olhar intenso. Tive sorte do Edu aparecer, será que ele viu o quanto estávamos próximos? Será este é o motivo do clima tenso entre eles?
Porquê fui lembrar da boca dele, daquele olhar intenso e dos ombros fortes. Droga de homem bonito. "Mikaela, heloo para de ser louca." Estou sendo louca brigando comigo mesma? Quem nunca fez isso?
Esse não é um bom momento para julgar minha sanidade, estou pensando no quase beijo. Como pude deixar a situação sair do controle.Minha teimosia ainda vai me causar muitos problemas.Principalmente trabalhando perto dele, não vejo a hora de executar o plano do Edu e nunca mais ver aquele arrogante.
Isso é, caso sobreviva á está carona. Acabei de descobrir que meu cunhado nervoso no volante é perigoso demais. Estou falando sério, já passamos dois sinais vermelhos, quase batemos na traseira de um carro. Por estes motivos mantenho meus olhos fechados e minhas mãos agarradas nas laterais do banco, rezando para chegar inteira em casa.
-Mika acorda!- Escuto ele chamando meu nome e cutucando no ombro.-Acorda dorminhoca chegamos.
Ele só pode estar de brincadeira, achando que alguém conseguiria dormir tendo um louco no volante?
Abro a porta sem responder descendo do carro, ajeito a bolsa no ombro. Olho o céu noturno agradecendo a Deus por sobreviver á este dia.
Que legal, hoje tive um almoço péssimo, fiquei a poucos milímetros de beijar o cruel e meu cunhado resolveu virar piloto de F1. Me diz destino o quê falta acontecer?
- Mika, eu acho que dirigi um pouco rápido?-Eu quero rir na cara dele, só pode estar brincando?
Viro encontrando o rosto dele antes de responder.
-Não, você dirigiu rápido imagina!- Respondo com sarcasmo.
- Sério! Eu achei-diz ele parecendo aliviado. Acreditam nisso? Edu resolveu virar piloto e comediante tudo no mesmo dia.
-Edu da próxima vez que resolver dar uma de piloto doido e querer nós matar, eu juro vai se arrepender pelo resto da sua vida.
Edu olha assustado, quem ficou assustada com ele dirigindo foi eu.
-Mika é...
Faço a expressão de poucos amigos dizendo:
-Faltou um pouco assim
- mostro os dedos quanto faltou para a colisão acontecer e continuo falando-para batermos na traseira daquele carro, fechei os olhos no restante do trajeto. Sem contar que você meu caro cunhado passou dois sinais vermelhos. Vai ter sorte se ainda mantiver sua habilitação.
Ele arregala os olhos, não quero saber contínuo meu desabafo:
- Poderíamos estarmos mortos neste exato momento por sua causa!Edu!
-Desculpe, estou nervoso.
Vejo no rosto dele o remorso e a sinceridade nas palavras.
-Deveria ter pedido para você dirigir.
- Tudo bem- toda minha raiva dissipa ao ver seu semblante abatido-desculpe Edu.
-Sinto muito Mika, me desculpe.-Ele passa as mãos sobre os cabelos avermelhados-minha cabeça está a mil.
-Tudo bem.
-Mesmo?
-Mesmo?-Toco no ombro dele demostrando solidariedade pelo nervosismo.-Vamos piloto de fuga.
-Você não vai deixar barato?
- Questiona forçando um sorriso.
- Vou pensar no assunto, agora vamos que estou precisando tomar um banho para relaxar após tantos acontecimentos neste dia.
- Mika, falei sério no restaurante- ele segura de leve no meu ombro fazendo olhar nos seus olhos-Adam é meu amigo e conheço ele, entende?
-Edu, foi apenas uma carona!
-Certo-ele diz mantendo seus olhos no meus.-E o Efron?
-Ele é um idiota arrogante você sabe!- Gente esquece o que eu disse estou ficando irritada ele tenta me matar e vêm com está conversa.
-Vocês estavam prestes..
Apressei falando:
- Você está vendo coisas.
Pôr que meu Deus o Edu tinha de lembrar do quase beijo, estaria sentindo um lixo caso tivesse acontecido. Porém ao menos saberia o gostinho daquela boca. Podem colocar a camisa de força agora, por favor. Estou louquinha da Silva, pirei de vez.Droga de homem se ao menos ele fosse banguela, vesgo é tivesse mau hálito, não ficaria pensando no quanto estivemos perto.
Qual é o meu problema? Meu chefe é um canalha, escroto e eu estou pensando em como seria sentir aqueles braços fortes envolvendo minha cintura, aquelas mãos grandes alisando meu corpo, não, não, STOP. Chega de loucura Mikaela, mulher de Deus, pare de pensar naquele homem ele deve estar numa boate rodeado de modelos e você feito tonta pensando nele.
- Eu sei muito bem o quê vi na sua sala-ele solta meu ombro seu olhar torna entristecido conforme diz-conversei com ele, precisei falar duras verdades. Efron garantiu ficar longe.
- Edu admirou sua preocupação de verdade mas não precisa ficar me tratando feito cristal. Ele é meu chefe arrogante, você sabe, não misturo o pessoal e o profissional. Lembra do Bill meu antigo gerente?
-Aquele não conta.
-Conta sim.
-Mika não é igual.
-Pára Edu, Bill é bonito, charmoso e as mulheres no restaurantes faltavam babar quando ele estava presente.Ele me chamou várias vezes para sair e você sabe muito bem qual foi minha reposta
- Entenda! Efron não é o Bill.
Edu vai ficar persistir falando do meu chefe, quero esquecer aquele traste, apagar da memória os lábios tentadores dele e o olhar intenso, somente essa noite.Pois amanhã vou ver ele novamente.
-Chega Edu, não quero mais falar dele estou cansada. Vou entrar você vêm?
-Vamos.
Não fico esperando ele recomeçar o sermão entro no prédio cumprimentando o porteiro, o elevador esta de portas abertas é o casal do terceiro andar está entrando, cumprimento dizendo boa noite ambos respondem não demora para o elevador abrir as portas no meu andar. Despeço acenando para o casal ao descer. Vou andando Edu segue pensativo do meu lado, chegamos na frente da minha porta.
-Você vai contar?- Pergunto sabendo a resposta.
-Vou- Ele olha minha porta receoso-só espero não perder a sua irmã.
-Eu também espero, boa sorte.
Ele balança a cabeça enquanto abro a porta encontrando minha irmã sentada no sofá assistindo o noticiário.Ela parece tranqüila sorrindo ao nos ver entrando no apartamento.
-Oi Mika-levanta dando um forte abraço.-Como foi o seu dia?
-Oi, foi bem.
Ela vai na direção do Edu dando um selinho nos lábios dele.
-E você amor?
- Estou indo tomar um banho tive um dia puxado- falo quase correndo para o meu quarto.
-Mika está tudo bem?
-Pergunta intrigada.
-Está sim- fecho a porta trancando, não quero ficar no meio do furacão.
Vou direto ao guarda roupa pegando uma camisa velha do Guns' N rose deixando sobre a cama, pego a toalha indo ao banheiro. Começo a despir quando escuto a voz da minha irmã alterada dizendo:
-Pôr que escondeu algo assim?Pôr que?
Término de tirar a roupa, ligando o chuveiro deixando a água cair nos ombros, na nuca aliviando a tensão. Penso no Adam, nas teorias do Edu no restaurante, ele pode ter exagerado mais isso não significa que esteja errado.
Qual interesse um astro do rock milionário muito provável bilionário teria numa mulher como eu?
Tanto meu chefe e o Edu sabem, sou nada além de uma transa.
Fecho a torneira pegando a toalha enrolando ao redor do corpo. Deixo o banheiro voltando para o quarto, escuto a voz alta da Megan. Não quero pensar na discussão acontecendo entre eles. Amo a minha irmã e passei a ver o Edu como um irmão, essa briga está causando uma tristeza imensa. Os dois são incríveis juntos, espero que resolvam suas pendências, sinto de coração eles são almas gêmeas.
Ainda contínuo tentando entender o motivo do Edu ocultar sua amizade com o Adam.Insegurança não sei se justifica.
Melhor deixar de pensar nisto eles já estão acalorados na sala gritando sobre, minha única opção é distrair a cabeça lendo um livro. Abro a gaveta encontrando meu livro favorito
" Orgulho e preconceito" .
Começo a ler nem percebo as horas passarem somente quando a discussão na sala vai acalmando. Fecho o livro aguardando de volta na gaveta. Olho no despertador uma da manhã.
Deito na cama olhando para o teto escuto batidas na porta. Levanto abrindo a porta, vejo minha irmã escorada no batente chorando. Aproximo dando um abraço acariciando suas costas, esperando acalmar. Como ela fez comigo.
-Estou aqui-digo as mesmas palavras que ela diz- Megan e Mika juntas contra tudo, sempre.
Ela chora ainda mais, acho que só funciona quando Megan faz.Resolvo ficar calada mantendo ela firme em meus braços. Estou odiando o Edu ser o causador dessas lágrimas, no restaurante previ a reação dela mas gritando, jogando almofadas nele, não este choro.
Ela é a irmã forte, valente, sabe Megan vêm cuidando como uma mãe bem antes da verdadeira ir embora, nós deixando nas mãos do meu pai, um jogador compulsivo de pôquer. Eu tinha nove e Megan treze anos, começo a chorar lembrando daqueles tempo.
Sempre fomos duas irmãs salvando uma à outra, não que o meu pai fosse um homem mau, longe disso ele era maravilhoso afastado das mesas de pôquer, quando focava na gente. Meu pai pagava os cursos de idiomas, tocava violão e juntos nos três cantávamos. Lembro dele atencioso levando nas aulas, sendo um pai amoroso, foram anos incríveis.
Tudo mudou quando Megan entrou na faculdade de moda. Porém faltando poucos meses para Megan terminar o curso nosso pai afundou nas mesas de pôquer, torrando cada centavo e acumulando dívidas.
Eu precisei mentir para Megan dizendo que estava tudo bem, a verdade faria ela largar a faculdade e me tirar de perto dele. Não podia desistir do meu pai, eu via quando ele chegava em casa cheirando uísque barato e charutos. Toda noite encostava na porta do meu quarto pedindo desculpas por ter falhado, fazia promessas eu acreditava.
Chegou minha vez de entrar na faculdade, ele fez um esforço afastando do pôquer. Fiquei muito feliz, vi meu pai voltando a trabalhar, fazendo planos. Ganhei a tão sonhada bolsa de estudo na mesma faculdade da minha irmã. Ela pagava meus livros, alimentação, tudo trabalhando servindo mesas numa cafeteira. Até aquele fatídico dia ao visitar o meu pai.
Jamais esquecerei os rostos daqueles covardes que assassinaram ele, por culpa deles todos na minha cidade acreditam que morri naquela casa junto do meu pai. Senão fosse o vizinho escutar meus gritos teria sido verdade é o fato dele trabalhar no jornal ajudou acobertar minha fuga e ter uma chance para continuar vivendo.
Megan estava lá na rodoviária aguardando minha chegada, tinha largado o emprego, deixou seus amigos e juntas fugimos.
Agora posso ver quem mantinha tudo no lugar era ela, ver Megan vulnerável jamais passou pela minha cabeça, porquê o Edu estaria em sérios apuros, na verdade ele está.
-Qual foi a justificativa do Edu? - Pergunto planejando ir no apartamento dele quebrar algumas coisas na fuça dele.
Ela tentar secar as lágrimas e controlar o choro dizendo:
- Insegurança- fala soluçando-Eu deveria ser a insegurança do relacionamento, não ele. Você sabe qual era a fama dele antes, todos sabem.
-Megan ele te ama.
Ela volta a chorar.
-Meu medo é- ela volta a soluçar colocando as mãos na boca- ele esconde outros segredos?
-Vêm- puxo fazendo sentar na beirada da cama.
- Mika eu achava que conhecia ele!-Seca o rosto falando- não conheço, lembra as palavra da mãe.
Fecho os olhos jamais esquecerei das brigas intermináveis entre os meus pais. Cheguei a decorar
" não reconheço você Arthur",
" as suas mentiras ainda irão destruir nossa família". E destruíram do jeito mencionado a diferença ela escolheu fugir com um ricaço, abandonando as filhas a própria sorte e nunca mais voltou.
- Não quero um relacionamento fundado em mentiras- ela diz me arrancando das terríveis lembranças.
-Oh minha irmã-consigo dizer prendendo o choro-vou estar aqui.
(...)
Após aquela terrível noite, outras seguiram igualmente ruins. Minha irmã cancelou todos seus compromissos, desligou o celular e Edu estava tão mal quanto ela. Com a barba para fazer, as olheiras escuras ao redor dos olhos, vestindo o mesmo terno vários dias seguidos.
Queria ajudar os dois de alguma maneira, passei duas noites em claro buscando um jeito. No trabalho não estava sendo fácil, o Cruel mantinha a pressão constante, implicando com tudo que eu fazia. Ele por incrível que pareça estava certo, meus pensamentos estavam longe imaginando Megan e o Edu separados, minha família partida novamente.
Intrometer ou não essa era a questão?
Na quinta no final da tarde a mesa lotada de relatórios meu celular toca, vejo no visor o nome " Adam" um sorriso forma no meu rosto cansado.
-Alô.
- E ai Migata como vai gatinha?- Pergunta ele animado.
- Oi Adam vou bem e você?
-Melhor agora falando com você.
-Nossa que cantada barata é essa? -Falo sorrindo.
-Posso pensar em uma melhor.
- Melhor não- continuo sorrindo antes de perguntar- a quê devo a honra de receber sua ligação?
-Hum desse jeito fica difícil não dar uma cantada.
-Adam você é mulherengo de mão cheia hein?
- Não consigo resistir você tem uma voz muito sexy, já pensou ser cantora?
-Não estou escutando isso. - Disfarço ignorando a pergunta sobre ser cantora, é o meu maior sonho.
-Sério sei reconhecer um talento.
-Vai me dizer qual o motivo dessa ligação? Oh astro do rock.
-Não fala isso de novo.
-Não falar o quê?Oh astro do rock.
-É isso.
- Mas porquê?-Pergunto confusa.
-Você com essa voz, falando desse jeito. Não dá para resistir é uma tentação.
Opa, opa como assim minha gente.
- Adam estou trabalhando
- Queria dizer que ele está me distraindo falando essas coisas mas controlo minha língua.
- Liguei para saber de sexta?
- Lembra, eu tenho compromisso!
-Ainda não mudou cancelou?
- Não posso cancel..
Paro de falar conforme uma idéia vai surgindo.
-Adam você estaria disposto ajudar um casal que se ama fazer as pazes?- Pergunto receosa.
-Migata só falar, Adam Hart adora esses lances românticos ainda mais para ajudar meu amigo.Encontrei ele hoje e vou a situação dele está lamentável.
Um alívio imenso toma conta.
-Vamos juntar aqueles pombinhos.
-Senhorita Hill, quantas vezes terei que falar sobre o uso do celular dentro da minha empresa.
Levanto a cabeça encontrando o Cruel enraivecido parado do meu lado, fico olhando sem saber como vou sair dessa.
Agora lascou geral....
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