Outro final de semana maravilhoso, ainda estou surpreso com a flexibilidade daquela loira, não imaginava que era possível contorcer o corpo daquela maneira, algo estilo cama sutra bizarro, só pode. E os gemidos dela pareciam miados suaves nos meus ouvidos. O único inconveniente foi ficar forçando, querendo dormir comigo de conchinha, eu lá sou homem disso.

Meu negócio é apenas foder, romance é coisa de otário que deixa uma mulher prender suas bolas.

Eu nunca prometo nada, são elas que esperam demais. Esse é o problemas das mulheres, sonhos demais e se entregam fácil. Essa loira não foi diferente, bastou oferecer uma bebida e fazer um elogio qualquer, logo ela estava sorrindo, fazendo caras e bocas sedutoras. Eu sou homem, dei um belo trato nela e tchau linda, que venha a próxima.

Peguei minha roupa vesti de qualquer jeito, deixando ela atordoada. Nem fiquei prestando atenção nos seus resmungos. Antes de sair joguei duas notas de cem.Ela bancou ofendida por tratar daquele jeito, dizendo que não era puta. Se queria ser tratada de outra maneira. Não deveria abrir as pernas para qualquer macho.

Ainda sou chamado de cruel, não importa até combina. Ser sincero não é ser cruel, eu quero sexo e ela consentiu.Cruel seria dar esperança de algo mais, comigo e na lata. Eu quero apenas trepar senão quiser saí fora, pois tenho muitas á minha disposição.

Batem na porta do escritório, trazendo meus pensamentos de volta ao momento presente.

— Pode entrar—uma desvantagem de não ter assistente, nunca sei quem vem perturbar.

— E ai seu puto!—fala Edu sentado na cadeira na minha frente.

— Bom dia— respondo voltando a arrumar os documentos na mesa.

—Que chupada monstra é essa? — Ele aponta meu pescoço
—dormiu com uma chupa cabra ou a vampira?

Levanto rápido olhando no espelho.

— Porra que merda—tento levantar o colarinho para disfarçar, não resolve.—Caralho vai durar uns três dias essa merda.

— Três— ele repete sorrindo
—uma semana.

— Agora você estragou meu dia, vai falar porque está no meu escritório? —Questiono irritado olhando no espelho o chupão arroxeado no pescoço.

—Olha a grosseria— ele brinca
— quem vê desse jeito vai achar que está na seca.

—Eu na seca, cala boca. Fala logo Edu?

—Pedi a Megan em casamento
— ele fala todo sorrindo parecendo o ganhador da loteria.

—Parabéns, nossa» tento encontrar outras palavras mas não vêm. Meu amigo só pode estar louco. Eu que não vou amarrar minhas bolas numa mulher.

—Cara tenta disfarçar.—Vejo seu olhar decepcionado.—Faz pelo menos algum esforço

— Estou feliz por você—nem eu estou acreditando nas minhas palavras— sério?— Ando até ele dando tapinhas no seu ombro. Ele permanece calado observando.—Edu, estou falando sério, parabéns.

— Vindo de você eu aceito- ele acaba dizendo—esperava um sermão.

—Desisti faz um tempo— digo encarando seu rosto feliz.—Quer prender suas bolas vai em frente.Quem sou eu para dar sermão. Vai na fé irmão.

— Ninguém pode negar que Efron Stewart, não sabe motivar um amigo apaixonado.

—Pois é, sou um motivador nato.

— E padrinho— mal ele terminou de falar começo a planejar a despedida de solteiro em Las Vegas, as mulheres dançando no palco,uma bela noite regata a bebida e sexo. Minha definição de paraíso.

— Sua expressão de tarado não nega— Edu olha sério cruzando os braços— sem Las Vegas.

— Não está falando sério, porra. Mal casou e a mulher te controla— digo irritado— o quê vem depois seus testículos numa bandeja? Trepar uma vez na semana.

—Efron sem Las vegas—seus olhos me avaliam enquanto fala— não quer ser meu padrinho por causa disso tudo bem, mas se aceitar não quero prejudicar meu relacionamento.

—Certo sem Las Vegas—levanto as mãos em sinal de rendição—as dançarinas estão liberadas.

—Não, só quero uma reunião entre amigos beber e jogar pôquer.

O Edu acabou com toda diversão, não é despedida de solteiro sem dançarinas.

—Ainda bem que você vai permitir bebidas, ou quer dizer suco e água!

—Efron, eu te chamei pela nossa amizade. Mas errei feio.

—Quer uma despedida sem graça eu faço, quem..

Ele interrompe falando:

—Eu quero os meus amigos comemorando comigo esse momento especial. — Edu encara meu rosto—pelo jeito apenas teu pau você considera amigo.

— Está exagerando— rebato.

—Devo estar mesmo, esquece— diz demostrando irritação.

—Desculpa—quero encerrar essa conversa, cansei desse drama. Quem vai ter o pau preso não sou eu.— Vamos comemorar em grande estilo, não vai pensando que vou facilitar no pôquer e bebida liberada a noite inteira.

— Ai está animação que eu queria.— Ele sorri batendo no meu ombro— vamos tomar um porre daqueles do tempo da faculdade

— Você está feliz?— Pergunto mesmo observando o sorriso largo no rosto dele, seu olhar sonhador.—Feliz mesmo?

— Estou muito feliz, Megan é a mulher da minha vida. Quando estou ao lado dela me sinto o homem incrível, torço para você encontrar alguém assim também.

— Porra Edu para de falar merda.

Edu não resiste e sorri alto.

—Você, não tem jeito.

—Jamais.—falo recordando que tentei embarcar nessa uma vez e não deu certo.

—Vou indo tenho uma inspeção.— Ele afasta chegando perto da porta

— Também vou preparar as perguntas da entrevista.

Ele pára perguntando:

—Hoje é o dia da entrevista para assistente?

—É sim— respondo.

—Posso trazer a irmã da Megan?—Balanço a cabeça ao escutar a pergunta.

— Aquela que não compareceu na última entrevista?— Pergunto indiferente.

—Aconteceu um imprevisto
— explica ele —familiar grave.

—Daí eu contrato e será essa a desculpa constante dela. Edu você é meu amigo, mas aqui não é instituição de caridade.

— Ela tem o perfil para o cargo. Já falei quanto idiomas ela fala!

— Sim, inúmeras vezes.— Debocho dando de ombros
—não quero ficar prolongando essa assunto, manda ela vir, serei imparcial na seleção, senão servir dispenso e pronto.Não falamos mais disso!

— Cruel como sempre— pergunta ele abrindo a porta
— qual o horário?

—Ela tem uma horas para chegar senão nem precisa aparecer.

— Mikaela vai vir.—Edu fala convicto. E eu lá me importo, quem precisa do emprego é ela.

—Tanto faz, ela tem duas horas—repito— uma hora.

—Entendido senhor— ele faz uma continência debochada—vou indo, qualquer imprevisto estarei fazendo uma inspeção.

— Aquela dos Sandler?

—Sim, não sei o quê acontece naquela obra, sempre tenho de ficar marcando em cima.Cada hora é uma coisa diferente.

—Vida de engenheiro não é fácil— brinco observando ele caminhar até a porta.

—Até parece que você sabe?

—Eu faço a parte difícil, fechando os contratos.

— E eu pensado que a vampira não tinha deixado você de bom humor— brinca ele abrindo a porta— melhor esconder isso antes da reunião.

—Droga, verdade.

Ele fecha a porta e o silêncio retorna ao escritório, não faço idéia do jeito de disfarçar essa enorme marca no meu pescoço. Parece um carimbo. Pesquiso no Google, base. Vou ter que usar maquiagem por causa daquela loira gata, ela poderia ter unhado as minhas costas, seria fácil de esconder. Não vou na farmácia comprar maquiagem, tenho um monte de funcionários para fazer isso ligo na recepção.

— Provest Engenharia e arquitetura, bom dia — atende cordial a recepcionista.

— Efron falando, preciso que você mande alguém comprar uma maquiagem chamada base.

—Base?—Pergunta ela confusa, deixando irritado.

—Sim, base que vocês mulheres usam no rosto.

— Tem base masculina senhor?

—Qual é o seu nome?

— É Hanna senhoor Stewart.
— Ainda essa idiota gagueja, como posso ter paciência? Como?

—Então Hanna— falo pausadamente—pedi uma base, não importa qual só mande comprar. Estou esperando tem dez minutos ou está despedida.

— Ccerto senhor Stewart, desculpe senhor— fala toda atrapalhada— vou mandar alguém.

— Gastou quase um minuto, restam nove—desligo colocando o telefone no gancho.

Estou cercado por incompetentes..