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7| VÁ PARA O INFERNO

— Como foi que conseguiu derrubar um guarda? Quero dizer, eles são bem maiores que você — perguntou Rebecca, agora andando ao lado de Eric pelo corredor escuro.

Eric contou a ela o que acontecera, procurando ao máximo não omitir qualquer detalhe.

Assim que saiu do dormitório, ele virou o corredor e deu de cara com um guarda que logo estranhou a aparência do garoto: os braços cortados, o suor que escorria de seu rosto e a camiseta suja, claramente não deixavam que ele passasse despercebido.

Ele se virou e tentou correr para onde tinha acabado de sair, mas o guarda se moveu como a luz e o alcançou, colocando a mão em seu ombro e o virando. Eric pensou rápido e logo o atingiu com a única coisa que tinha em mãos: a arma de choque.

O guarda congelou e se contorceu quando Eric enfiou o objeto em seu pescoço, depois caiu desmaiado. Então, aproveitando a chance, o menino trocou suas roupas com as do homem desacordado, se movendo o mais rápido que era capaz. Enquanto fazia, pensava em como reagiria se algum outro guarda chegasse ao lugar em que ele estava naquele momento. Por sorte, ninguém apareceu.

Assim que terminou, o homem se moveu, acordando no desmaio. Eric agarrou a arma cinto que abraçava sua cintura e apontou para ele.

— Cuidado garoto, pode se machucar com isso — dissera o guarda, debochando do menino.

— Acho que não está no lugar de fazer piadas, senhor guarda — respondera Eric, com o mesmo tom de deboche.

Então ele percebeu as roupas que o menino usava e que ao contrário dele, ele usava apenas uma cueca preta.

— Mas que diabos? — perguntou olhando para Eric, indignado.

— Você pode usar isto — Eric chutou suas roupas imundas para o guarda. — Mas agora vai me dizer como faço para chegar onde os outros estão.

— De jeito nenhum — disse o guarda agarrando o short de Eric e vestindo-o.

— Será que eu preciso dizer que você não está em posição de me dizer não? — perguntou Eric, balançando a arma.

— E você por acaso sabe como usar isso?

— Quer pagar para ver? — Eric destravou a arma e mirou-a para a cabeça do guarda.

O guarda cedeu e explicou ao garoto como chegar ao corredor por onde andava enquanto contava o acontecido.

— Como sei que não está mentindo? — questionou o menino.

— Acho que terá de confiar em mim — respondeu ele, com o mesmo sorriso sarcástico de antes.

Eric saiu correndo, enfiando a arma novamente no cinto e seguindo a direção que o guarda o instruiu. De repente sentiu a roupa que usava ser agarrada e quando olhou para baixo, viu que seus pés já não estavam mais no chão. O vento soprou sua face e quando ele se virou para trás sentiu suas costas atingindo algo sólido e duro.

Quando abriu os olhos, percebeu o que havia acontecido: o guarda o atacara de novo, dessa vez o arremessando contra a parede. Eric percebeu a fúria que estava contida em seu rosto enquanto ele se aproximava andando pelo corredor.

Sua mente girava e ele não conseguia se levantar. Era como se o choque o impedisse de se mover.

O guarda o agarrou pelo colarinho e o levantou até que seus pés estivessem no ar novamente. Seu olhar era coberto pelo ódio, e Eric não o podia culpar por se sentir dessa forma. Se sentiria da mesma forma caso alguém fizesse o que ele tinha feito.

O homem arrancou a arma do cinto e a colocou na cabeça de Eric enquanto ele lutava contra o choque, tentando se libertar de sua paralisia. Subitamente seu braço moveu, guiando-se até o pescoço do guarda novamente, dessa vez com a seringa que retirara de White quando o nocauteou.

Os olhos do guarda se arregalaram e ele soltou Eric, que aterrissou o chão e observou enquanto o guarda retirava a seringa de seu pescoço e sucumbia ao chão uma segunda vez.

Eric levantou-se e continuou seu caminho, ouvindo ao longe os gritos de uma voz desesperada que gritava para que abrissem a porta do dormitório. Correu e não olhou para trás até chegar ao destino que o guarda o havia ensinado. Deu de cara com a escuridão dum corredor e lá se escondeu, seguindo a primeira luz que viu, dando de cara com a pessoa que procurava: Rebecca.

— Uau — foi tudo o que ela respondeu.

— É só isso que tem para me dizer? — disse Eric, exibindo um sorriso que provavelmente não fora visto.

— É que... fazer tudo isso... requer muita força e coragem.

— Bem, nesses momentos você encontra — ele sentiu o rosto corar e ficou agradecido pela falta de claridade naquele momento.

Continuaram andando em silêncio até que chegaram à luz. Se tratava, na verdade, de um pequeno espaço quadrado, iluminado por uma luz forte, branca e presa ao teto que, naquele momento, parecia bem baixo. Em frente, encontrava-se uma porta pintada de um tom acinzentado que refletia os raios luminosos da lâmpada. Os adolescentes encaravam a passagem e atrás deles, a escuridão coloria o restante do ambiente.

— Então... devemos abrir? — perguntou Rebecca, mudando o olhar de Eric para a porta.

Agora que não estava mais sob estresse, ele podia vê-la de uma forma como não vira antes. Os cabelos avermelhados desciam por seus ombros e coloria a camiseta branca que outrora fora limpa. Ele podia ver os traços de seu rosto, que contornavam a pele, e dos resquícios de sardas. A bochecha estava molhada pelas lágrimas derramadas há pouco. Os olhos, verdes como a cor de esmeraldas, invadiam sua alma. Por fim, as sobrancelhas, que imitavam a cor dos cabelos e franziam-se. Ela era linda e Eric se sentiu um idiota por não ter percebido isso antes.

— Eric? — ela o retirou de seu devaneio, estralando os dedos, chamando-o.

— O quê? Desculpe, estava pensando em outra coisa — ele respondeu, sem jeito.

— Claramente — ela sorriu e Eric se sentiu ainda mais encantado por ela. — Eu perguntei se nós devemos abrir. Não sabemos onde isso vai dar.

— É melhor arriscar, não podemos nos esconder aqui para sempre — ele respondeu e sua mão agarrou a maçaneta da porta abrindo-a. — Primeiro as damas — ele falou, gesticulando para que Rebecca entrasse.

Ela sorriu e atravessou a porta, andando reto. Eric a seguiu por um corredor iluminado exatamente igual aos os outros que ele vira antes e os dois acabaram terminando o percurso em um lugar extremamente familiar para os dois.

Parecia intocado, exceto pelo fato de que no andar do baixo não haviam mais as mesas onde sentaram-se todos os jovens. Estas foram substituídas por apenas duas cadeiras no centro de pisos brancos, como se tivessem sido deixadas para trás. As memórias o invadiram. Tinha há pouco saído dali e naquele momento estava de volta, no segundo andar do lugar onde o inferno começou.

— Não acredito. Este é... — ele começou.

— O refeitório — completou Rebecca.

Haviam cadeiras também no andar de cima, jogadas e amontoadas em um canto da sacada interna em que os dois se encontravam. Era incrivelmente chocante e duvidoso. Na sacada havia uma outra passagem que foi onde Rebecca reconheceu ter saído quando o guarda a foi buscar em seu dormitório.

— Esta deve ser uma espécie de passagem secreta — disse ele, concluindo.

— É a única resposta — ela concluiu.

— Uau — disse uma voz atrás dos dois adolescentes.

Eric tirou a arma do cinto e se virou, apontando e dando de cara com uma menina de cabelos escuros e longos que se assustou com a reação dele.

— Calma aí — disse Rebecca colocando a mão no ombro do menino. — Eu conheço ela.

Ela se aproximou da menina, que agora se encontra a no chão agachada, com os braços envolvendo os joelhos, e colocou a mão seu ombro. A menina ainda encarava Eric, mesmo agora que estava com a arma abaixada e de volta ao cinto.

— Nina — chamou Rebecca. — O que faz aqui?

O olhar de Nina voltou para a Rebecca e ela disse:

— Eu vi vocês dois saindo daquele lugar por aquela porta. Vi ele — apontou para Eric — vestido de guarda, saindo com você e pensei que vocês talvez se conhecessem e que se ele pudesse me ajudar a encontrar minha irmã, já que ele é um guarda — os olhos dela começaram a encher de lágrimas.

— Por que não nos disse no caminho? Por que nos seguiu até aqui? — perguntou Rebecca.

— Achei que me mandariam voltar para trás. Por favor, não me mandem voltar. Eu... eu só quero achar a Emily. Por favor.

— Nina, eu sei que quer. Mas eu já disse que infelizmente não posso te ajudar com isso — retrucou Rebecca.

— Eu sei... mas ele pode — ela apontou de novo para Eric, que àquela altura, não entendia mais nada. — Ele é um guarda.

— Na verdade, eu não sou — ele respondeu. — Só estou me passando por um para conseguir fugir desse lugar.

— O quê? — a voz de Nina tomou um tom de desespero. — Então me deixe ir com vocês. Por favor. Eu preciso achar ela.

— Nina, não dá, me desculpe. É que...

— VOCÊ DISSE PARA EU PROCURAR POR ELA — gritou Nina, derramando lágrimas. — DISSE PARA EU NUNCA DESISTIR.

— Eu sei, eu sei. E você não deve. É só que... não somos as pessoas certas para te ajudar. Se nos seguir, estará em perigo.

Então, de canto de olho, Eric observou movimento observando movimentos na porta do andar debaixo

— Rebecca — chamou Eric. Ela pareceu não ouvir.

— Do que você está falando? — perguntou Nina.

— Estamos sendo caçados — respondeu ela.

— Rebecca — Eric chamou, dessa vez um pouco mais alto.

— Caçados? Por quem? — perguntou Nina, limpando as lágrimas e perceptivelmente confusa.

— White. Ele quer nos matar porque...

— Rebecca, ele está aqui — disse Eric, agachando-se ao lado dela.

Rebecca se levantou e observou rapidamente o andar debaixo. Depois abaixou-se até Nina e disse, com os fixos no olhar desesperado da menina.

— Se esconda — com isso agarrou o braço de Eric e o afastou de Nina, que já se movia, voltando para o corredor se onde tinha vindo.

— O que está fazendo? — perguntou Eric, confuso.

— Nos afastando da entrada. Eles não podem encontrar Nina. — sussurrou Rebecca como resposta — E fale baixo, senão vão nos pegar.

— Olhem lá em cima. Se aquele garoto passou por aquela porta, deve ter saído aqui — disse a voz de White no andar debaixo.

Passos foram ouvidos, caminhando até a escadaria que levava ao andar de cima. Não havia onde se esconder. Se algum guarda chegasse ao segundo andar eles seriam pegos.

— Pegue a arma — sussurrou ela para Eric.

— O quê? — ele respondeu, franzindo as sobrancelhas.

— A arma. Pegue a arma e atire no guarda que subir aqui.

— Não vou matar um homem... não consigo — disse Eric.

Os passos se aproximavam e os cabelos do guarda já conseguiam ser vistos subindo as escadas.

— Vá logo, Eric.

— Não dá — ele respondeu.

E tudo aconteceu muito rápido. O guarda apareceu e seu olhar odioso se instalou nos dois agachados. A mão dele foi em direção ao cinto e então houve um disparo.

O guarda caiu gritando de dor, arremessando para longe o revólver enquanto um líquido vermelho pintava sua calça camuflada.

Rebecca levantou, segurando a arma nas mãos. Eric levantou-se atrás. Como ela pegou tão fácil?, pensou, observando a cena. A mão da menina se direcionou até a cabeça do guarda, que ainda respirava descontroladamente pela dor.

White estava no andar debaixo, observando a cena com uma expressão neutra em seu rosto. Ao seu lado dois guardas com armas grandes estavam com os olhos na mira e mesmo que não pudesse enxergar através deles, Eric sabia que o alvo eram os dois.

— Sem mais um passo, ou eu atiro — disse ela, movendo o dedo até o gatilho.

— Senhorita Lancaster? — disse White, com um tom surpreso de repente. — O que faz com esse garoto?

— A mesma coisa que ele. Fugindo desse lugar.

— E por que você iria querer fazer isso? Não lhe fizemos nada de mal.

— Que tal mentir para mim? Eric me contou tudo.

— Não entendo o que a senhorita diz — respondeu ele, fingindo estar confuso.

— Eu também passei mal quando o chip foi ativado! — gritou Rebecca. — Você apenas não prestou atenção em mim. Sabe o que isso significa, não sabe White?

— Sei sim, minha cara — ele suspirou fundo, como se sentisse muito. — Escute, não iria querer matar um homem vulnerável dessa forma, não é? Não irá querer carregar esse peso em sua consciência, não é? Desça daí, vamos conversar.

— Acha que eu quero conversar com você? — respondeu ela. — Para que? Para que você possa contar mais mentiras? Sei o que fez com Eric e não vou deixar que faça comigo, ou com ele de novo.

— E você, senhor Montenegro? Também se recusa a conversar comigo sobre essa situação? — perguntou White, com o olhar fuzilando o garoto.

Eric sabia que se descesse até lá morreria. E não estava disposto a morrer. Não depois de tudo isso.

— Vá pro inferno! — foi tudo o que disse.

— Achei que diria isso — respondeu White e abriu aquele sorriso maléfico de outrora. — Atirem — disse para os guardas.

Eric e Rebecca não tiveram tempo de reagir a algo. Sequer se esquivar, ou se abaixar. Apenas sentiram seus braços sendo perfurados e a dormência se espalhando por seus ossos e músculos.

Eric olhou ao redor. Havia um dardo perfurando o braço de Rebecca. Pensou em correr até ela e retirá-lo dela, mas antes que conseguisse fazer algo, seu corpo foi de encontro ao piso frio do chão e seus olhos se fecharam, inundando sua vista com uma escuridão infinita.

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