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4| REJEITADO

Todos vibravam e pulavam, com seus braços ao alto e suas vozes elevadas. Havia uma menina de cabelos loiros à frente que berrava como uma dissimulada e festejava o que parecia ser uma vitória. 

Os gritos entravam pelos ouvidos de Eric e faziam sua cabeça estalar. Queria que todos ficassem quietos, mas de alguma forma não conseguia arranjar forças para pedir que ficassem.

Desde que White apertara o botão, o menino enxergava seu arredor e sentia que sua visão fosse simplesmente desaparecer. Um tremor o atingiu e quase o fez cair. A dor, que se originara na nuca, agora espalhava-se por todo seu corpo, de uma forma surreal. Estava enjoado e fraco e ele podia sentir o olhar frio do homem de terno branco sobre ele. Observou a garota a sua frente. Ela  havia pedido para se sentar junto a ele na mesa, mas depois disso não trocaram nenhuma palavra.  A menina estava agitada e agia de uma forma estranha, como se sentisse a mesma dor que ele. Eric queria perguntá-la o que estava havendo, mas sua boca não foi capaz de produzir palavra alguma.

Então ela correu e desapareceu na multidão, deixando-o observando a euforia dos adolescentes a sua frente. Avistou então uma porta grande de metal, bloqueada por um dos milhares de guardas que haviam aquele lugar. Arrastando-se, caminhou até ela, quase cego de dor. Quando chegou até o destino, a mão do guarda repousou sobre seu ombro. O toque foi como um choque, enrijeceu todos os seus músculos, fazendo-o emitir um ruído de agonia.

O guarda falava, mas Eric já não era capaz de ouvi-lo, a última coisa que viu foi seu olhar sem vida, antes de cair de joelhos e atingir o chão, perdendo toda a visão num desmaio carregado de insanidade.

Quando acordou, Eric percebeu que estava deitado na cama do seu dormitório. Estava com as pernas esticadas, com a ponta dos dedos dos pés indo de encontro com o fim do colchão duro. Olhou dos dois lados: de um viu foi a parede que ia até o teto e do outro viu o vazio que estava no lugar, o fazendo questionar algo. Embora não tivesse ficado muito tempo lá dentro, Eric podia jurar que haviam alguns móveis naquele local. Eram poucos, mas sua memória não falhava. Havia uma escrivaninha num canto com uma cadeira na frente, uma mesa no centro e um espelho do lado da porta sem maçaneta. Agora não havia nada. Tudo o que preenchia o cômodo era a cama em que o menino se deitava e a falta de luz padrão que estava lá desde que chegara.

Tentou mover seu braço, mas não conseguiu. Tentou novamente e então notou que não importava quanta força fizesse. Não iria mover seu braço. Nenhum dos dois. Havia uma corda grossa que os prendiam esticados no canto da cama. Como haviam feito aquilo, Eric não sabia. A última coisa que tinha na memória era a forma como apagou depois que o Sr. White apertou o botão.

— Confortável? — disse uma voz, no meio do nada.

Eric ainda tentava se soltar quando respondeu, com outra pergunta:

— Quem está aí?

— Tivemos que fazer isso, você se tornava mais agressivo conforme o tempo. Entenda nosso lado, senhor Montenegro.

Num instante, a voz se tornou familiar. Conhecia aquele tom irônico muito bem. E mesmo que estivesse escuro, Eric conseguia sentir o sorriso falso que ia de orelha a orelha.

— Você não cansa de contar mentiras? — disse, sentindo a raiva consumir seu corpo.

— E onde, exatamente, foi que eu menti, senhor Montenegro? — respondeu o homem, se aproximando.

— Eu desmaiei. Não há forma de eu ter me tornado violento.

— O senhor realmente desmaiou. Mas imagino que não se lembra da crise violento que teve antes de seu desmaio. Veja bem, o senhor tentou atacar um dos guardas

— Não. Não é verdade. Não houve crise alguma. Eu me lembro exatamente o que houve.

— E do que o senhor se lembra?

Não conte, Eric. Ele está jogando com você.

— Do que aconteceu. Passei mal e simplesmente desmaiei. Agora pode me contar porque estou amarrado?

— Está amarrado devido a crise violenta que teve, senhor Montenegro.

— Para de mentir! — exclamou Eric. — Me conte a verdade!

— Bem, já que insiste — respondeu sr. White, e Eric conseguiu ouvir ele se aproximando. — Notou que o senhor foi o único que não reagiu bem, quando apertei o botão que ativaria o chip, senhor Montenegro? Eu acredito que há algo de errado com seu chip. Acho que seu corpo o rejeitou. Acredito que essa seja a razão que causou a sua crise antes de seu desmaio.

— Mas não houve crise — disse Eric, se esforçando para não xingar aquele homem.

Eric ouviu o homem se aproximar. Cada vez que seu pé tocava o chão, o barulho do sapato ecoava pelo dormitório, causando-lhe um arrepio por todo o corpo.

— É a sua palavra contra a minha, garoto. Quando essa mensagem chegar ao Homem, em quem você acha que ele vai acreditar? — ele sussurrou em seu ouvido. A ironia havia ido embora e restara apenas um tom obscuro em sua voz.

— E como pode ter tanta certeza de que o meu chip foi rejeitado? Achei que só saberíamos disso no laboratório.

— Ora Eric, pare de ser rolo. Não há nenhum laboratório.

Aquilo o chocou, mas no fundo, Eric sabia que todo aquele discurso se tratava de um truque. Ele sentiu sua espinha arrepiar.

— C-como assim?

— Não há laboratório algum. Realmente acreditou em tudo aquilo que eu disse antes?

Eric não respondeu. Não queria fazê-lo acreditar que conseguiu manipular o menino.

— Pense, garoto. Há tantas coisas que não sabe sobre o chip.

— Tipo o quê?

— Não tenho autorização para lhe contar. O Homem me proibiu. Mas não se preocupe. Eventualmente descobrirá tudo. Por agora descanse – disse White, se levantando e caminhando lentamente até a porta, onde bateu quatro vezes, com certa musicalidade no toque.

A porta se abriu, emitindo a luz do corredor do lado de fora. A claridade foi de encontro com seus olhos e fez Eric involuntariamente desviar o rosto, tentando mover os braços para tapar os olhos e falhando.

— Espere! — gritou. — Para onde iremos amanhã então? Já que não há nenhum laboratório?

White adentrou o dormitório novamente e caminhou até a cama em que Eric estava, com uma velocidade surpreendente. Se posicionou na frente do feixe de luz, cobrindo a claridade que chegava a visão do menino. Conseguindo enxergar, virou-se e avistou o branco colorindo as vestimentas do homem à sua frente. Sua roupa nunca fica suja?, quis perguntar por um segundo.

— Shii — pediu para Eric. — Não fale isso ao alto. Ninguém deve saber, inclusive você.

— Para onde nós vamos amanhã? — repetiu a pergunta, desta vez amedrontado.

White riu. Sem a forma irônica, como Eric já estava acostumado, mas de uma forma maligna.

— Você não irá a lugar algum, Eric. Ficará aqui para testes. 

— E quanto aos outros?

— Os outros... descobrirão amanhã para onde realmente vão — ele disse e então saiu novamente, fechando a porta e deixando o menino novamente no escuro.

Sua mente não parou desde aquele momento. Ele ficaria lá. Só ele ficaria lá. Para onde todos iriam, se não há laboratório? E quais seriam as coisas que ele não sabia a respeito do chip? Tudo era um ponto de interrogação, uma mancha de perguntas jogadas ao ar.

Então algo surgiu em sua mente. Uma imagem começou a ser pintada até estar totalmente nítida em seus olhos. Ele não fora o único a passar mal durante o almoço. Dessa forma, não foi o único que rejeitara o chip. Mas só ele sabia sobre o laboratório.

Eu tenho que avisá-la, pensou, antes de começar a puxar seu braço, na esperança de desfazer o nó que o prendia na cama.

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Não sejam leitores fantasmas. O que estão achando? Coloquem aí nos comentários.

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