18| SABE ONDE ELA ESTA?
Nina vagava no escuro, sem entender onde estava ou como tinha ido parar lá. A última coisa que se lembrava era de ter atacado Rebecca e jogado ela contra a parede. Então tudo ficou preto.
Ela tentava chamar por Oliver ou por Eric, mas não conseguia. Era como se seu corpo engolisse sua voz ao mesmo tempo que sua boca se recusasse a abrir. Ela gritava por dentro, mas nada saía. Tentou levantar, mas seu corpo estava petrificado. Pensou que estava morta, mas sentia seu coração batendo contra seu peito. Percebia que conseguia respirar e sentia o sangue correndo dentro de si.
Estou morrendo, ela pensou. Então uma lembrança apareceu diante de seus olhos.
Rebecca se arremessava contra ela e atingia as escadas, com a gravidade puxando as duas para baixo cada vez mais forte.
Nina? — a voz chorosa de Rebecca chamava.
Me desculpe. Me desculpe, Nina.
— NÃO! EU ESTOU VIVA.
Ela tentava se soltar das amarras invisíveis que a impediam de se pôr de pé, mas toda força era em vão. Sua nuca queimava como se pedras de carvão ferventes tivessem sido postas ali. Ela acreditou que iria morrer e que não teria a chance de ver Emily novamente. Ela sentiu as lágrimas brotando em seus olhos e escorrendo em eu rosto.
Me desculpe. Me desculpe, Nina. O que eu fiz Eric?
Acalme-se. Você não teve a intenção — ele respondia com a voz tremula.
Mas fiz do mesmo jeito — ela continuou.
— EU NÃO ESTOU MORTA, REBECCA — Nina berrava internamente. Eu estou aqui. Estou aqui e te perdoo, Rebecca.
O silêncio tomou conta do ambiente, deixando ainda mais aterrorizante para Nina e tudo o que ela ouvia eram os soluços do próprio choro. O cair de lágrimas deixavam sua pele gélida e desconfortável.
Então uma resplandecente luz branca se acendeu acima dela, iluminando seu corpo deitado no vazio. A voz de Oliver invadiu o ambiente, fazendo com que seu coração batesse ainda mais contra seu peito.
— Nina? Nina, por favor acorde. Nina — ele gritava, a voz falhando cada vez que seu nome era dito.
— Oliver, eu estou aqui! — ela dizia, mas, novamente, nenhum som saía de sua boca.
Ela percebeu naquele momento o que ele sentia por ela. E ficou feliz por saber que era o sentimento era mútuo.
Desde que se beijaram na cozinha daquele, quando foram buscar mais feijões para a viagem até o laboratório, ela percebeu que havia uma faísca em seu peito quando estava perto dele. Era como se fogos de artifícios se acendessem e estourassem por todo seu corpo, acendendo e fazendo brilhar os olhos toda vez que conversavam. Então passaram a noite juntos no dormitório, na noite anterior, e foi absolutamente mágico, como se todas as coisas horríveis que estavam acontecendo ao redor deles simplesmente desaparecessem e naquele momento fosse apenas os dois. Por isso ela não podia desistir. Precisava estar com ele. Precisava continuar tentando.
— Nina, por favor, abra os olhos. Me responda — agora ele chorava e ouvir aquilo fazia com que um sentimento de tristeza profunda tomasse conta de si. — Volte para mim, Nina.
Ela lutou contra a gravidade. Cada vez que forçava seu corpo uma dor cortante penetrava sua pele, como se mil facas cortassem seus membros e a rasgassem no meio. A lágrimas despencavam de seus olhos como cascatas e da sua garganta, de repente, passou a sair um berro de angústia que ecoava naquele vazio, dando arrepios frios por sua espinha.
Cada gemido de Oliver a motivava a continuar. Não podia desistir, não agora. Não depois de tudo. Ela desejou ter Emily ao lado dela. A presença dela tornava Nina mais forte.
— Nina! Não... — Oliver chorava, a voz demonstrando desistência.
Estou chegando, Oliver. Estou indo meu amor.
O corpo dela já estava cansado, mas sua cabeça se recusava a desistir. Ela não ia desistir. Fechou os olhos e sentiu um último cair de lágrimas antes de não sentir mais nada.
Quando abriu os olhos, uma luz se acendeu diante de si. Sua cabeça e costas doíam e ela percebeu que estava sentada, os cabelos escorriam por seus ombros e a visão ainda embaçada.
Havia alguém parado, sentado à sua frente, e ela levou tempo até conseguir descobrir quem era. Lá estava, parado, com seus cabelos louros elegantes e o sorriso mais sincero que ela já vira estampado no rosto de alguém. O seu rosto estava marcado com um hematoma, que a assustou por um instante.
— Oliver... — ela começou, mas não conseguiu completar a frase.
Oliver se inclinou até ela e envolveu seus lábios em um beijo. Era intenso e feroz e ao mesmo tempo suave e carinhoso. As mãos deles se moveram até a nuca dela e ela pôde sentir a pele do rosto dele, úmida pelas lágrimas, encostando em suas bochechas molhadas. Nada mais importava naquele momento. Lá estavam, os fogos de artifício brilhando dentro dela e naquele momento, nada mais importava. Nem o Homem, nem o mundo devastado, nem Eric, nem Rebecca, nem mesmo o que havia acabado de acontecer. Naquele momento, em seus braços, envolvida em seu beijo, Nina se sentia a garota mais segura do mundo.
— Eu tive tanto medo, Nina — ele se desgrudou dela, abrando-a, caindo em lágrimas. — Tanto medo de te perder.
— Eu também tive. Até pensei em desistir. Então ouvi sua voz.
Ela sorria, assim como ele.
— O que houve em seu rosto? — Nina perguntou, passando a mão pelo hematoma.
— O desgraçado do Eric, depois que Rebecca se arremessou escada abaixo com você. Nós tivemos uma luta e aparentemente eu perdi.
— Minha nossa — ela disse, ainda com a mão em seu rosto.
— Eu os odeio. Levaram o mapa e Rebecca quase... — ele se interrompeu. — Vou acabar com eles, vou fazê-los pagar...
— Está tudo bem, Oliver — ela o interrompeu. Havia raiva verdadeira brilhando em seus olhos.
— Como assim?
— Não fique bravo com eles. Rebecca não fez de propósito.
— Nina, ela quase matou você.
— Mas não matou, ok? Eu ouvi ela, depois do que aconteceu.
— O quê? — havia uma nítida confusão nos olhos dele.
— Quando atingi o chão, tive uma espécie de experiência-quase-morte, não sei ao certo o que aconteceu. Eu a ouvi, pedindo perdão e dizendo que não queria me matar. Ouvi Eric e... ouvi você.
— A mim? — o rosto dele começou a corar.
— Sim.
— O que está querendo dizer então? O que devemos fazer.
— Precisamos achar uma forma de encontrar aquele laboratório sem o mapa e precisamos achar uma forma de reencontrar Eric e Rebecca.
— Mas não sabemos nem por onde ir.
Então foi como se tudo se apagasse novamente e ela se vise novamente no escuro.
Ela abriu a boca, o coração disparou, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, um grito invadiu o ambiente, seguido por uma imagem, que começara a ser desenhada na vasta imensidão negra.
Era Eric. Ele olhava para Rebecca, a preocupação brilhava em seus olhos.
...somos mais rápido do que o normal — ela disse.
Não me sinto seguro com isso — ele respondia.
Basta apenas seguir reto, Eric. Não pense demais. Apenas... corra, e não pare até chegar nos guardas — ela disse, por último.
Então outra imagem pintou-se por cima. Naquela eles corriam em direção a uma construção belíssima e gigantesca.
Por cima, seguiu-se mais uma imagem. Nesta, os dois estavam amarrados em cadeiras num grande salão com azulejos brancos e uma gigantesca sacada que contornava o andar, cercada por grades com desenhos abstratos. White estava lá, parado de frente para eles. O olhar estampado em sua face demonstrava espanto e perturbação.
O grito invadiu o ambiente novamente, dessa vez vindo por trás de Nina. Se virando, ela viu mais uma imagem, onde mostrava Rebecca em total desespero.
PARE! VAI MATÁ-LO.
E deitado no chão, White socava Eric, descontroladamente.
Você tem menos de um dia, uma voz parecida com a sua soprou em seu ouvido. Então tudo despareceu.
— Nina? O que está acontecendo? — Oliver a sacudia, preocupado.
De um minuto para o outro, Nina ficou estática, olhando para o além, antes de se pôr de pé, completamente muda.
Quando ela voltou a realidade, havia um brilho de choque em seu rosto. Oliver não entedia o que havia acontecido. Um completo terror se apossara de seu rosto, de uma hora para outra.
— Nina. Fale comigo — ele disse.
— Precisamos ir. Eles estão em perigo.
Ela começou a correr em direção a escada pela qual rolara com Rebecca. Subiu rapidamente degrau por degrau enquanto Oliver observava a cena, com uma expressão de confusão estampada na face. Sem alternativa, ele correu atrás dela escada acima.
Nina andava pelo corredor dando passos ansiosos pelo chão. Oliver continuou a seguindo, chamando-a e insistindo em perguntar o que havia acontecido, sendo completamente ignorado todas as vezes.
Por fim, Nina parou de andar quando chegou ao refeitório, depois de várias curvas. Ela se virou para ele e Oliver pôde ver o mapa de Orquídea em suas mãos. O olhar dele focou-se nos guardas mortos no chão, todo aquele sangue viscoso e quase seco. O cheiro de decomposição já estava começando a se espalhar por todo o lugar, causando a ele um leve enjoo.
— Quero que vá em algum desses guardas e pegue todas as armas que achar — Nina falou, caminhando em direção dos cadáveres, agarrando deles todas as armas que ela via.
— Nina... eu não consigo — Oliver respondeu sentindo a tremedeira surgindo em suas mãos e o peito apertar.
— Como assim? — ela parou, olhando para ele.
— O sangue... Não me dou bem com sangue. Não consigo — ela sentia a garganta se fechando e a respiração acabando.
Nina arrancou um cinto de um guarda, recheado de granadas e enfiou todas as armas que conseguiu pegar, exceto dois rifles de assalto. Um ela colocou nas costas e o outro estendeu para Oliver.
— Então é melhor se preparar, porque você vai ver muito sangue quando chegarmos ao laboratório — ela disse, fechando o cinto sobre sua cintura.
Oliver agarrou a arma, lutando para controlar sua respiração. Colocou o rifle nas costas e observou enquanto Nina subia a escada até a sacada, sumindo de vista por um segundo, deixando-o sozinho.
Ele desviou o olhar novamente para os mortos e tentou controlar a si mesmo, movendo-se devagar até o primeiro guarda que viu.
O corpo tremia, os olhos já se enchiam de lágrimas e o coração batia forte como nunca batera forte. Ele lutava contra si e se aproximava cada vez mais do líquido escarlate viscoso. Força, Oliver. Vai conseguir.
Cada passo era como um choque por todo seu corpo. Era como pisar em carvão ardente. Quando chegou ao guarda ele se abaixou e tocou o cinto.
— É só pegar, Oliver. Sei que você consegue — Nina disse, aparecendo novamente nos degraus.
Você consegue. Precisa conseguir.
Então ele fechou os olhos e sentiu todo o oxigênio sair de seu corpo. Quando os abriu novamente viu o cinto em suas mãos. Você conseguiu.
Quando ele se virou, viu Nina sorrir. Então o ar voltou para seus pulmões novamente. Ele atou o cinto em sua cintura e começou a caminha até Nina, sem olhar para trás. Sabia que se fizesse, tudo iria voltar. E não queria que voltasse. Queria continuar sendo forte. E continuaria, por ela.
De volta para o andar debaixo, depois de descer as escadas, onde todo o acidente acontecera, Nina caminhou em direção a porta daquele lugar, abrindo-a em um só puxão. Houve um estralo e então a vista para o lado de fora apareceu.
Parecia que faziam décadas desde que Oliver não olhava para o lado de fora. Naquele momento o sol já havia se posto, deixando o céu pintado numa vasta imensidão preta com estrelas brilhantes. Ele se perguntou que horas seriam naquele momento, mas olhando para cima, perdeu-se de si mesmo, deixando um sentimento de paz tomar conta de seu corpo por um leve segundo, antes de ser banido por uma ansiedade quando Nina atravessou para o lado de fora, sem qualquer hesitação.
Ele começou a andar atrás dela e então parou, um passo antes de deixar Orquídea para trás. Sabia que a radiação do lado de fora não o faria mal, afinal, tinha o chip, mas uma sensação estranha apareceu em seu peito. Como se algo ruim estivesse para acontecer.
— Oliver? — Nina perguntou, parando de andar. — Você vem?
— Eu acho que estou apaixonado por você, Nina.
Ela congelou, o encarando. Os olhos se arregalando devagar.
— Sei que parece loucura. Nos conhecemos tem pouco tempo, mas acho que estou apaixonado por você.
— Oliver, eu...
— Não precisa dizer que sente o mesmo — ele a interrompeu, antes que ela pudesse dizer algo. — Sei que pode ser diferente para você, mas é o que eu sinto. Todas as vezes que nos beijamos e a noite que nós passamos juntos no dormitório... Acho que estou apaixonado por você.
Ela apenas sorriu, estendendo a mão para ele. Embora esperasse aquilo, não ouvir uma resposta mútua o machucou um pouco, mas se repreendeu, deixando este sentimento de lado.
Oliver deu um passo a frente, respirando o ar do mundo de fora pela primeira vez depois de longo tempo. Agarrou a mão dela e caminhou com ela em direção ao laboratório, olhando para trás para ver Orquídea por última vez.
Não havia rastro de sangue na entrada do Laboratório. Mas havia sinal de luta. Uma pequena parte da parede da entrada estava quebrada, numa rachadura em formato circular que Nina não sabia identificar ao certo o que era. No chão haviam dois guardas imóveis e mesmo que ninguém tivesse contado a ela, algo dentro de si sabia quem havia causado essa luta. O rosto de um dos guardas mostrava um hematoma roxo resultados de uma panca forte de algo bastante pesado. O outro estava com o peito inchado e havia feridas em suas mãos. Nina imaginou se ele teria tido a oportunidade de socar algum deles e depois se perguntou quem.
Ela e Oliver andaram a noite toda e uma parte da manhã, numa caminhada cansativa até a chegada ao Laboratório. Ela não dormira em momento algum, assim como Oliver, que insistiu em puxar assuntos aleatórios numa tentativa de, Nina imaginava, manter a si próprio acordado através da conversa. Haviam trazido consigo a bolsa com os enlatados, assim, todas as vezes que seu estomago roncava, Nina abria uma das latas e devorava o conteúdo.
Ainda que tivessem conversado o caminho inteiro, ela não dissera uma palavra sequer em relação a declaração de Oliver, o que a irritava profundamente, porque ela sabia, dentro de si, que sentia o mesmo por ele. Soube quando ele a fez voltar da morte e suspeitava antes mesmo disso.
— O que você acha? — perguntou Oliver. — Acha que foram eles?
— Eu tenho certeza de que foram eles. Os guardas estão sem as armas. Quem mais poderia ter sido.
Ela viu Oliver arregalar os olhos e antes que pudesse dizer algo sentiu algo metálico sendo pressionado contra seu pescoço. Tentou se mover, mas quando o fez sentiu uma onda gelada rasgando levemente sua pele.
— Calma aí, garotinha — uma voz masculina disse em seu ouvido. — Você não é a ruivinha, mas tenho certeza que ela não vai ficar feliz quando souber que cortei sua garganta.
— Solta ela — disse Oliver, que num movimento pegou a arma nas costas e apontava para os dois. — Agora.
— E quem é você? — perguntou a voz. — É seu namorado, garotinha? Você nunca disse que tinha um namorado.
— Sou o garoto que vai colocar uma bala no meio da sua cabeça se não soltar ela.
A voz riu.
— Sabe ao menos como usar isso, garoto?
— Quer apostar? — Oliver moveu o dedo para o gatilho.
O coração de Nina batia descontroladamente. Ela sentia uma gota de suor escorrendo em pela sua testa. Oliver iria realmente arriscar acertá-la?
— De onde vocês são? — a voz perguntou. — Vocês dois e seus amiguinhos? O que vocês querem mexendo conosco?
— Eu quero encontrar minha irmã — disse Nina.
— Sua irmã? E quem levou sua irmã, garotinha?
— A pessoa que vocês juram lealdade incondicional — Nina tentou sair dos braços daquele homem novamente, mas o objeto cortou mias um pouco a pele de sua garganta. Olhando de relance para baixo, ela viu que objeto em seu pescoço era uma faca e molhando a lâmina, pequenas gostas de sangue escorriam. Ela decidiu ficar parada, respirando fundo, procurando não entrar em pânico.
— Está falando do Homem, garotinha? — a voz dele soou ansiosa. — Foi ele que te mandou aqui?
— O quê? — Nina disse, confusa. Ela olhou para Oliver e viu o mesmo olhar de estranheza em seu rosto.
— Foi o Homem que te mandou aqui? Sozinha, sem algum acompanhamento? — ele perguntou, a pressão da faca diminuindo em seu pescoço.
— Não, eu venho de Orquídea.
Depois de dizer isso, o homem retirou a faca de seu pescoço e a virou, com uma velocidade impressionante. Quando os olhos dela foram de encontro com o dele ela viu que o homem que a segurava era o guarda que ela jurava que estava morto minutos atrás. Um choque profundo apareceu em sua alma e sua boca se abriu no formato de um O.
— Você...
Suas mãos se levantaram, mostrando a Nina a faca que instantes atrás estava em seu pescoço.
— Você não é ela, é? — ele perguntou.
— Não sou quem? — Nina perguntou, completamente confusa.
— Nina, não ouça ele. Ele está querendo te confundir — Oliver disse.
— Nina? Seu nome é Nina? — a perturbação se tornou ainda maior em seus olhos. — Não pode ser... — sua voz falhou, então as mãos dele avançaram para os ombros dela. — Sua irmã — os olhos se enchendo de lágrimas.
Parecia que o chão em que Nina pisava cedeu e que uma faca perfurou seu peito até o coração.
— Você a conhece?
Ele fez que sim com a cabeça.
— Meu Deus, você sabe onde ela está? Sabe onde Emily está? — a preocupação começou a tomar conta de Nina.
— Eu não tenho muito tempo, Nina — o guarda disse, lágrimas caindo de seus olhos. — Sua irmã...
A frase do guarda foi cortada por um grito de agonia que saiu de sua boca subitamente. Sua mão se moveu e tocou sua nuca e em seus olhos acenderam-se um pedido de desculpas. Seu corpo foi ao chão.
— O que está acontecendo? — Nina perguntava, se aproximando dele, mas ele não disse nada.
— Nina, se afaste dele. Não é seguro — Oliver dizia, mas ela já não o ouvia mais. Tudo o que passava pela sua cabeça era saber o que ela podia fazer para fazer aquele homem falar com ela.
O homem voltou a olhar para ela, então moveu sua mão e a enfiou no bolso. De lá trouxe um bracelete de prata, enfeitados com estrelas douradas e pequeno.
— Quando me ver novamente, me entregue isso.
Ela agarrou o objeto e segurou apertado em suas mãos, as lágrimas já escorriam pelo seu rosto.
— Vá! — o guarda gritou, antes de dar um último gemido. Seu olhar se apagou quando os olhos começaram a se revirar. Sua cabeça foi ao chão.
— Ele está morto? — Oliver perguntou, baixando a arma e se aproximando dela.
— Não sei, mas temos que ir — ela se virou e pôs-se a andar, adentrando o laboratório.
— Ir para onde? — Oliver perguntou, pondo-se a segui-la.
— Encontrar Eric e Rebecca.
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