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12| ORQUÍDEA

Houve muita discussão. Palavras e ideias vindo e sendo descartadas com uma facilidade incrível. As vozes se elevavam e abaixavam, o que fazia a cabeça de Eric doer a cada vez que o volume se alterava. Queria gritar para que todos parassem e pensassem em silêncio mas não conseguiu encontrar uma brecha para fazê-lo.

Estava perdendo a esperança de algo bom sair daquela roda quando a voz de Nina entrou pelos seus ouvidos.

— Talvez devêssemos voltar até a sala de White e procurar algo que seja relevante e que nos ajude a achá-lo.

Fez-se silêncio por um breve momento e todos os olhares voltaram para ela, inclusive o de Oliver, que se manteve em silêncio desde que fora desamarrado. Talvez fosse melhor assim, Eric pensava. Não confiava na história do menino, mas não conseguia encontrar algum furo que o desmentisse ou que fizesse as meninas pararem de acreditar nele.

— Talvez essa seja uma boa ideia, Nina — falou Eric.

— Talvez ele tenha escondido lá algum mapa que nos leve até este laboratório — continuou a menina. —Talvez seja lá que minha irmã está.

Eric observou um olhar de piedade aparecer no rosto de Rebecca. Um olhar que ela lutava para esconder da menina, de quem sabia o que parceria óbvio. Não havia forma alguma de a irmã perdida estar viva, principalmente se estivesse nas mãos de White. No fundo, Eric sentia-se triste pela menina e não gostava nem de pensar em como ela reagiria quando eventualmente descobrisse a dura verdade.

— Parece uma ótima ideia — disse ele, com um sorriso forçado nos lábios. — Devemos ir então. Vai levar um tempo até encontrarmos a sala de White e mais tempo ainda até que achemos algo relevante lá.

— Talvez não encontremos nada lá — disse Oliver, então, com as palavras pulando da garganta antes que Eric desse dois passos.

Os três pararam. Lentamente, Eric se virou para ele, com o olhar carregado de escárnio e ódio. O menino se encolheu, como se estivesse se repreendendo por ter falado.

— O quê? — perguntou ele, furioso.

— Não sei... talvez não encontremos nada que seja tão relevante assim. Quero dizer, se eu fosse White, não deixaria algo tão importante em uma simples sala.

— Nunca saberemos se não tentarmos. Pode ser uma "simples sala"— Eric falou enquanto fazendo sinal de aspas com os dedos —, mas é o melhor que temos de um começo.

— Só estou dizendo. Mesmo que achássemos o laboratório, quem garante que não é uma armadilha? — retrucou Oliver.

— Olha só, se está com medo, não precisa vir conosco. Aliás, isso seria um favor. Está livre para ficar — Eric virou-se de costas novamente e se pôs a andar, rumo às escadas.

— Não sei qual é seu problema comigo, Eric. Só estou tentando ajudar.

— Eric, dê um tempo — disse Rebecca. — Ele não está totalmente errado.

Aquilo quebrou a pose dele.

— O que você sugere que façamos então? — perguntou o menino, irritado.

— Vamos nos preocupar primeiro em achar o laboratório. Depois pensamos no resto — concluiu a menina de cabelos ruivos.

Sua aparência era magnífica, Eric pensou. Então se lembrou do beijo que deram. Logo repreendeu a memória. Agora não é hora, disseram seus pensamentos.

— Mesmo que seja uma armadilha, precisamos estar preparados. Estamos em quatro, tenho certeza de que conseguiremos lutar. Precisamos tentar a sala de White — ela completou, dizendo para Oliver. Depois, se juntou a Eric e juntamente com Nina, pôs-se a andar em direção as escadas.

O menino não se deu ao trabalho de olhar para trás para checar se Oliver os seguia. Ele podia estar errado, mas algo no fundo de sua consciência gritava para não confiar o menino. E ele não confiaria, até que ele provasse o contrário.

Andaram por horas até por fim encontrar o corredor que tinha a sala do homem.

Quando a acharam, exaustos, ficaram parados por um longo instante do lado de fora, fitando a porta cinza, sem qualquer reação. Foi Eric quem finalmente se moveu e abriu passagem para dentro da sala.

Quando entraram, encontraram um ambiente praticamente intocado. O lugar, inteiramente colorido pelo branco, estava perfeitamente organizado, com as folhas rentes umas as outras sobre a mesa, as cadeiras — uma a frente e outra atrás do móvel —,  paradas sem qualquer indício de que alguém recentemente sentara-se ali. As prateleiras estavam com os livros brancos no mesmo lugar que estavam quando Eric passara por lá. As cortinas, imóveis. Não havia sinal de poeira, nem qualquer odor que provasse a presença de mofo ou qualquer coisa do gênero. Tudo estava exatamente igual.

Minutos depois a sala estava praticamente de cabeça para baixo. Os livros foram jogados no corredor e Oliver folheava um por um. As gavetas foram arrancadas e reviradas por Eric e Nina, que olhavam todo o conteúdo lá guardado na busca por algo concreto. Rebecca, por sua vez, examinava cautelosamente as folhas que estavam sobre a mesa, uma a uma, lendo palavra por palavra.

— Nada aqui! — exclamou Rebecca, com um suspiro exausto.

— Nem aqui — Eric disse soltando uma gaveta, desapontado.

— Aqui também não — completou Oliver, adentrando a sala.

— Talvez não procuramos nós lugares certos — falou Nina.

— Ou talvez não haja nenhuma pista e estejamos perdendo tempo.

Todos os olhares se moveram para Oliver. Ele se pareceu se repreender novamente.

— Pelo amor de Deus — reclamou Eric, levando a mão até o rosto.

— Olha, é triste, mas alguém precisa falar. Talvez não encontremos nada aqui. Talvez nunca tenha tido algo para ser encontrado aqui — o menino disse.

— Oliver, por favor, isso não ajuda — disse Nina.

— Talvez ele esteja certo — Rebeca falou. Eric a olhou, confuso. — Não encontramos nada até agora e não sabemos até quando é seguro ficar aqui. Devíamos estar indo para o mais longe o possível desse lugar, mas ao invés disso estamos apenas revirando uma sala procurando por Deus sabe o quê.

— Rebecca, é a nossa única opção...

— NÃO, NÃO É. Eric, você e eu sabemos o quão difícil foi chegar até onde estamos. Quase morremos. E por isso devíamos ir embora daqui o quanto antes. White pode estar voltando, dessa vez com um exército, e eu não sei você, mas eu não quero estar aqui quando isso acontecer.

Ela começou a andar, desviando das folhas caídas pelo chão. Seus passos eram firmes e Eric concluiu que ela não estava brincando. A mão dele de moveu rapidamente, agarrando o braço da menina e virando-a para ele.

— O que você está fazendo? — ele perguntou, deixando transparecer o medo na voz. Não conseguiria ficar sem ela nessa luta. 

— Indo embora, e eu sugiro que venha comigo.

— Então é isso? — Nina se pronunciou. — Simplesmente irá desistir de nós? Irá desistir de buscar minha irmã?

Rebecca e Eric se viraram para Nina, ambos com um olhar de piedade no rosto. Um silêncio de instalou, sendo quebrado pela menina ruiva.

— Nina, eu... — ela começou.

— Ótimo. Vá! — a voz de Nina cortou a frase, sem sentimento, fria como um iceberg. — Sei que nunca quis me ajudar.

— Não é isso...

— É claro que é! Eu sou a tola frágil, que procura a irmã morta para você, não é? Essa é a versão que você escolheu pintar de mim. Pois então não preciso de você, Rebecca. Vá.

— Nina, se acalma, está precipitada — Eric disse, colocando uma mão no ombro da menina.

— Se for defendê-la fique a vontade para ir também — ela retrucou, arrancando com um tapa a mão de seu ombro.

— Então é assim que acaba? Nos separamos e cada um vive sua vida? — disse Rebecca, irritando-se. Eric engoliu seco, pressentindo uma tragédia.

— É assim que você escolheu. Depois de tudo o que fiz por você. Depois de comprar essa briga que nem era minha...

— VOCÊ ENTROU NESSA BRIGA PORQUE QUIS. ENTÃO NÃO SE FAÇA DE VÍTIMA, NINA, PORQUE VOCÊ NÃO É UMA — Rebecca gritou, explodindo de uma vez.

Outro silêncio mortal se instalou depois do grito. Nina encarava Rebecca, que estava rodeada por uma aura negra repleta de ódio. Eric estava em choque e por mais que tentasse, nada saía de sua boca.

— Vá pro inferno, Rebecca — disse Nina, secamente.

— Pessoal, acho que todo mundo já falou o que tinha para falar — Oliver começou, adentrando devagar a sala branca. — Vamos apenas respirar fundo, repensar em tudo o que foi dito e...

De repente parou. Algo chamou sua atenção quando seu pé foi de encontro com o azulejo preso ao chão. Seu passo congelara. Ele deu um passo a frente e pisou no azulejo seguinte, depois voltou e pisou novamente no azulejo anterior.

Ele murmurou algo que Eric não pôde ouvir e quando levantou o olhar, percebeu que todos o encaravam, a curiosidade expressa em cada olhar.

Oliver olhou em volta aparentemente a procura de algo, mas logo desistiu quando não encontrou nada.

— O que foi, Oliver? — perguntou Nina, arqueando uma sobrancelha.

Ele não respondeu, apenas permaneceu com as mãos nos cabelos louros, andando de um lado para o outro.

— Droga — clamou por fim, furioso.

— O que é? — perguntou Eric, dessa vez, com o mesmo olhar de escárnio.

— Esse azulejo... acho que está oco.

— Tem certeza? — perguntou Rebecca se aproximando.

— Não, mas ouçam.

Pisou duas vezes no azulejo, reproduzindo o som para que todos ouvissem. Eric observou enquanto as expressões de todos mudaram. Nina arregalou os olhos, Rebecca levantou as sobrancelhas e Eric deu um pequeno sorriso de canto de boca.

— Tenho que admitir, garoto — disse ele — não é inútil quanto eu pensava que fosse.

— Obrigado, eu acho — retrucou Oliver. — Agora só temos que achar um jeito que quebrar esse...

E um barulho alto parecido com o de vidro quebrando cortou o ar, ecoando por todo o corredor. O coração de Oliver pareceu saltar do peito e ele observou Nina e Rebecca se assustarem e pularem igualmente. Eric, no entanto, estava pleno e sorridente. Seus olhos se moveram para o azulejo e ele retirou de dentro do buraco agora aberto, vestido com a bota suja de sangue que ele roubara do guarda.

— Esses sapatos são realmente pesados. Conseguem até mesmo quebrar um simples azulejo — disse ele, sorrindo.

— Você ficou louco?! — gritou Rebecca — Poderia ter cortado seu pé.

— Bem, não cortei. E deu certo.

Oliver se abaixou retirou de dentro do buraco vários papéis enrolados como pergaminhos. Agarrou um deles e desdobrou. Nele, haviam linhas negras que traçavam um desenho de enormes quadrados, ligados entre si e nomeados com diferentes letras. No topo do papel estava escrito Orquídea, em letra cursiva e escura.

— Ei, gente. O que é isso? — perguntou, virando o papel para os outros. Notou que Rebecca e Nina estavam vendo os outros papéis e nem prestaram atenção.

— Parece uma espécie de planta — disse Eric, pegando o papel. — Vê? Aqui é o refeitório — apontou para um quadrado grande nomeado com um R — Vê as mesas espalhdas?

Oliver assentiu e acompanhou com um olhar enquanto o dedo de Eric deslizava sobre o papel.

— Aqui são os dormitórios — apontou para um outro quadrado, dessa vez divido em vários retângulos separados por um pequeno corredor onde havia uma letra D no meio. — E aqui é onde estamos. — apontou, dessa vez para um outro quadrado onde estava escrito White com a mesma letra cursiva do topo da folha.

— Então quer dizer que existe um mapa deste lugar?

— Exato. E "este lugar" se chama Orquídea. Ei, meninas — chamou ele. — Olha só o que o Oliver encontrou.

Rebecca pegou o papel e olhou mais de perto.

— Orquídea? — falou, enquanto Nina olhava também. — Estamos em algum episódio de Lost por acaso?

Oliver riu.

— Uau. Isso é insano — disse Nina. — Mas, nada sobre o laboratório?

— Nada — disseram os três em coro.

— O papel que eu peguei era uma carta do Homem dizendo que os chips estavam sendo entregues — disse Rebecca.

— O meu era um atestado de óbito de alguém chamado Alan Montessino — falou Nina.

— Não sobrou nenhum papel? — perguntou Eric.

— Sobrou um. Haviam 4 papéis debaixo do azulejo.

Todos correram até lá e Oliver agarrou o último pergaminho o abrindo. Bingo, gritou Eric, mentalmente. Era um mapa que levava a um ponto marcado com um circulo vermelho provavelmente pintado com uma canetinha há algum tempo. Em cima, estava escrito em letras garrafais: LAB.

Quando virou o mapa para o grupo, Nina sorriu e deu pulinhos, assim como todos os outros. A alegria tomou conta do lugar por um instante, sendo afastada pelo ronco forte do estômago de Oliver.

— Nossa. Estou com muita fome — disse ele.

— Caramba. Não comemos nada há dias — disse Eric. — A adrenalina deve ter nos impedido de sentir fome.

— Podemos voltar ao refeitório e checar se temos algum tipo de comida — disse Rebecca.

— Até voltarmos lá já teríamos morrido de fome — retrucou Nina.

Oliver olhou para Eric e deu um sorriso para o menino, que retribuiu rapidamente.

— Não se usarmos isso — levantou a planta da Orquídea, com um sorriso no rosto.

— Bem, o que estamos esperando então? — disse Nina, correndo até a porta, com um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto.

Oliver correu atrás, contaminado pela alegria. Eric se pôs a pensar antes de se por a andar. Talvez ele esteja do nosso lado afinal.

— Você vem? — perguntou Rebecca, parada a porta. Estendia uma das mãos e sorria para ele.

— Claro — respondeu o menino, entrelaçando seus dedos nas mãos da menina e se pondo a andar, atrás de Nina e Oliver.

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