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one

795 AC
"Lagertha, the shield maiden"

O campo de batalha era tão familiar quanto sua própria casa. Havia uma energia única encarar a fileira de inimigos à sua frente e sentir o exército de aliados ao seu lado. A batalha era uma luta pelo poder que poderia te entregar sangue ou retirar a vida. Lagertha ansiava pela sensação de perigo misturada com a sede de sobrevivência.

Os vikings eram inimigos poderosos, lutavam com selvageria e não tinham medo de morrer. Ansiavam pela morte, ansiavam por Valhalla tanto quanto ansiavam pela vitória. E Lagertha adorava o gosto da vitória.
Os arqueiros do exército inimigo dispararam suas flechas.

— SHIELD WALL. — Gritou Lagertha e todos ergueram seus escudos formando uma grande barreira em torno do grupo.

A energia percorria seu corpo e ela sentiu uma leve pontada na nuca que ativou todo o seu cérebro, a memória sensorial iria além daquela vida.


Atualmente

"Astrid, a vigarista"
Las Vegas, Nevada


Astrid adorava o gosto da vitória. Ela o sentia antes mesmo do jogo acabar, ela o pressentia nos olhares ansiosos, nas mãos levemente trêmulas e nos sorrisos convencidos dos outros jogadores. Eles sempre a subestimavam por ser a única mulher à mesa.

Ela era habilidosa com as mãos, seus dedos e todas as articulações trabalhavam como se as cartas do baralho fossem extensões do seu corpo. Os homens distraíam facilmente com a bebida, o cigarro ou o decote de seu vestido azul cintilante. E uma distração era o bastante para Astrid, um piscar de olhos mais demorado ou fora de hora a levava mais perto da vitória.

O momento de saborear o triunfo chegou e ela revelou suas últimas cartas sobre a mesa. Agora o sorriso convencido era dela e os olhares que antes a subestimavam, agora a desejavam ainda mais.

— Por que não vamos até a minha cobertura? — O homem ao seu lado se inclinou para sussurrar no ouvido dela. Ele cheirava a colônia cara, mas tinha o semblante de um velho bêbado. — Posso te mostrar um jogo mais divertido.

Astrid jogou o cabelo para trás dos ombros nus.

— Estou interessada em recompensas. — Ela sorriu doce. — E acho que os milhões que acabei de ganhar são bem mais divertidos que o seu saco enrugado.

Um funcionário do cassino recolheu suas fichas e solicitou que ela o seguisse. Ela se levantou pegando a bolsa e deixou a mesa de jogadores para trás. Ela seguiu pelas mesas de jogos, poderia tentar outros, mas não queria chamar atenção.

O segredo era diversificar os golpes, a frequência deles e o valor da recompensa. A CIA já estava no seu colo há muito tempo. Só quem chegou perto foi a SHIELD, mas depois da queda da agência, ninguém havia conseguido descobrir o esquema de Astrid.

E de milhão em milhão, ela alimentava sua fortuna.

Ela seguiu o funcionário até uma das salas privadas do cassino. Haviam dois seguranças na porta e um deles a abriu para dar passagem.

Astrid entrou seguindo o funcionário e fecharam a porta atrás de si. No centro da sala havia uma mesa com champanhe, taças e três maletas abertas com várias notas de cem dólares nela.

O funcionário colocou as fichas sobre a mesa e pegou a garrafa de champanhe e a apresentou para Astrid.

— Meus parabéns pela vitória Senhorita sobrenome sueco. — Ele sorriu e abriu a garrafa de champanhe direcionando a espuma para longe do vestido dela. — As fichas contabilizaram três milhões. A senhora quer checar a quantia?

Astrid se aproximou das maletas enquanto o jovem enchia as taças. Ela tirou um maço de notas e as folheou sentindo o cheiro do dinheiro e checou o número de sequência impresso nelas.

— Está ótimo. Peça que subam elas para minha suíte agora. — Ela pegou a taça e brindou com o garoto. — Também peça para subirem essa garrafa de champanhe, vou querer mais do que uma taça.

Ela sorriu observando os olhos amendoados do garoto que pareciam estar no começo de seus vinte anos, um pouco mais novo do que ela.

— E se possível, gostaria de você como brinde. — Ela tocou a ponta do colete social dele, era verde com o símbolo do cassino. — Estarei esperando, se quiser deitar em uma cama forrada com alguns milhões.

Astrid recebeu o sorriso tímido do rapaz e saiu da sala levando sua taça consigo.

Um dos seguranças a acompanhou pelo Cassino até chegarem no elevador. Os andares acima eram utilizados para quartos  e Astrid havia reservado um deles por uma noite. No decorrer da madrugada ela partiria com seu dinheiro e ficaria mais tranquila em seu refúgio em Manhattan.

Quando chegaram no andar o segurança ficou na porta do seu quarto vigiando do lado de fora, e Astrid entrou deixando a taça e a bolsa sobre a mesa da sala e seguiu para o quarto.

O lustre, as maçanetas e todas as bordas dos móveis eram ornamentadas em ouro, o que deixava o quarto com uma aparência mais fina. Era uma visão que para ela era como um deleite para os olhos.

Ela vasculhou a mala sobre a cama e separou uma roupa comum. Jeans, tênis nike, camisa com a frase "I love Vegas" e um boné. Quando fosse embora com o dinheiro, seria bom que se misturasse na multidão de turistas e artistas.

Ela checou os documentos, era um hábito que sempre teve. Ela tinha uma carteira com várias identidades falsificadas, passaportes e carteiras de motoristas. Podia escolher qual nome usar, idade, origens diferentes. E nessa parte ela era muito boa, uma atuação bem consistente era a base do seu trabalho.

Para voltar para Nova York ela usaria a identidade de Fleur Lefevre, uma turista que estava de férias para conhecer os principais pontos do país e sabia que o olhar, o sotaque e o sorriso certo convenciam mais do que um passaporte.

Ela soltou os cabelos loiros e guardou as joias que usava na mala. Cogitou se deveria permanecer com vestidos já que aguardava a companhia do jovem, mas decidiu que um banho primeiro seria melhor para lhe relaxar.

Apesar do quarto ter disponível uma enorme banheira, ela não gostava de perder tempo com suas vaidades durante o trabalho. Era melhor guardar esses desejos para quando estivesse em casa. Fato que lhe lembrou que ter convidado o jovem para o seu quarto era um descuido muito grande.

Ela se despiu do vestido e seguiu até o banheiro. Ligou o chuveiro e entrou debaixo da corrente de água correr pelo seu corpo, depois de alguns segundos conseguia pensar com mais clareza. Precisava sair logo de Vegas, era um ponto de constante monitoramento para prender estelionatários.

Deveria pegar sua maleta de dinheiro e ir embora. O jovem, infelizmente, era uma vaidade arriscada para o qual ela não tinha tempo. Às vezes Astrid reconhecia que suas vontades eram impulsos que ela ainda procurava controlar.

Ao sair do banho ela colocou as roupas que havia separado, colocou os documentos dentro do bolso interno da jaqueta e fechou a mala. Se sentou esperando que o dinheiro chegasse logo.

Após alguns minutos, Astrid estava checando se pediria um táxi para chegar até o aeroporto. Se pedisse algum veículo por aplicativo, os dados da compra poderiam ficar registrados no sistema e o que ela menos queria era deixar alguma pista.

No lado de fora do quarto, houve uma barulho no corredor. Ela se levantou devagar e caminhou silenciosamente até a porta.

A pessoa do outro lado bateu.
Ela se aproximou do olho mágico e espiou o homem do outro lado. Ele tinha cabelos loiros e compridos presos em um rabo de cavalo baixo, usava uma capa vermelha, uma armadura e estava segurando as três maletas de dinheiro com um dos braços.

Na outra ele segurava uma arma. Ela não conseguia enxergar que tipo de arma era, mas definitivamente era uma.

Ele bateu de novo.

— Serviço de quarto. — Ele disse e riu baixo.

Astrid era boa em juntar os pedaços de um quebra-cabeça para antecipar suas ações. Mas não conseguia entender porque um louco fantasiado estava com seu dinheiro.

— Lady Freya?! Você pode não lembrar disso, mas sou um velho amigo. — Ele disse batendo de novo. — Pode abrir? Um rapaz deixou as maletas comigo e saiu correndo, acho que ele ficou com medo...

Astrid não entendeu uma única palavra. Mas talvez enfrentar o louco à sua porta valesse os três milhões de dólares.

Devia ser só um maluco fantasiado e bêbado, um truque de hipnose poderia dar conta se ela precisasse. Então Astrid abriu a porta e encarou o homem alto à sua frente.

— Posso ajudar? —Ela olhou para as maletas com seu dinheiro. — Vejo que trouxe minha entrega.

Ela esticou as mãos atenta para qualquer movimento brusco dele, mas o maluco lhe entregou as maletas e aproveitou que ela estava com os braços ocupados e abriu a porta do quarto tomando passagem para dentro do quarto.

— O que acha que está fazendo? — Ela disse se virando para ele e deixou as maletas sobre o enorme sofá.

O homem olhou pela suíte e soltou um assovio impressionado.
— Eu diria que você tem se virado muito bem em Midgard, se não fosse pelo fato de que você tem roubado tudo...

Astrid sacou a arma que guardava na cintura atrás da jaqueta de couro em um instante e chutou a porta da suíte os trancando lá dentro.

— Quem diabos é você? — Ela murmurou apontando a arma na cabeça do homem. Ele balançou a arma que ele segurava e Astrid percebeu que era um martelo com inscrições rústicas.

A merda de um martelo?

— Eu sou um velho amigo, Thor. Nós não nos vemos há séculos, literalmente. — Ele franziu a testa como se percebesse como aquilo soava bizarro.

— Olha, você já pode desistir desse lixo de disfarce. Para quem você trabalha? Para a CIA? — Ela perguntou enquanto calculava sua fuga. As maletas estava do seu lado, não conseguiria carregar as três.

Se precisasse correr, o idiota lhe faria perder um milhão.

— Estou procurando você há anos! Eu sou Thor, sabe os Vingadores?! — Ele tentou se aproximar.

Ela atirou no teto causando um sobressalto nele. A bala formou um buraco no gesso.

— Acha que eu estou de brincadeira? Quem diabos é você?!

Ele olhou nos olhos dela. Os olhos dele eram de uma azul claro como o céu de um lugar muito distante, uma memória há muito esquecida que insistia em ganhar vida. Astrid sentiu um arrepio na nuca.

— Eu sou Thor... — Ele disse calmamente. — O deus trovão.

— Um dos vingadores, já entendi. — Ela disse sarcástica. Se a CIA havia enviado um maluco ao invés de um agente para encontrá-la, ela se sentiria ofendida.

— Eu vou mostrar uma coisa, está bem? — Ele disse erguendo as mãos, uma delas ainda segurava o martelo. 


Ela esperou ele lentamente levantou as mãos. A direita que segurava o martelo fez uma manobra rápida o jogando para cima. Mjolnir girou no ar e quando voltou para as mãos do homem mudou tudo nele. Uma brilho selvagem de um relâmpago passou pela janela e refletiu nas pupilas do homem. O azul claro do céu era agora o cinza de uma tempestade iminente.

A roupa dele reluziu de um jeito diferente, sua capa tremeu mesmo que não houvesse vento dentro do quarto.

Astrid respirou fundo e falou como se estivesse tentando compreender: 
— Você é o Thor de verdade.

Ele sorriu e abaixou o martelo.

— Você está sozinho? — Ela perguntou cautelosa.

— Sim, mas todos em casa estão esperando por você. — Ele se aproximou um passo.

Astrid não entendeu a última parte, tudo o que conseguia pensar era que a CIA havia enviado um Vingador atrás dela. E um que não parecia bater bem da cabeça.

— Eu sei que nada está fazendo sentido, mas precisamos ir para casa. — Ele disse se aproximando mais um passo.

De canto de olho ela olhou para as maletas no sofá e em silêncio calculou a distância até a porta.

Ela não queria machucá-lo, então só atirou no lustre para causar uma distração. O princípio de toda ilusão era uma boa distração. Ela se virou esticou o braço pegando uma das maletas e chegou na porta.

Thor lançou mjolnir na direção dela, ela pôde senti-lo. Era como um arrepio em sua nuca, ela se virou e ergueu o braço.

O cabo do martelo encaixava perfeitamente na palma de sua mão e ele não era tão pesado quanto ela imaginava ser. Uma corrente elétrica pulsava dos seus dedos até o pulso, imagens chegou aos seus olhos.

Era como se ela pudesse respirar um ar diferente, enxergar as colinas além deste mundo, escutar a voz de um povo. O seu povo.

Ela sentiu um peso sobre o seu peito, a saudade de um lar que havia perdido séculos atrás e nem sequer lembrava-se disso.

Thor olhou impressionado e até orgulhoso para Astrid segurando o martelo.

— Você é digna, Lady Freya. — Ele sussurrou e andou para perto dela encarando os olhos lacrimejados dela. — A profecia se cumpriu está na hora de ir para casa.

Na varanda do quarto ela viu dois corvos atravessarem a cortina e pousarem no sofá. Eles eram grandes, silenciosos e observadores. Durante toda a sua vida ela sentia que os corvos estavam a observando, havia alguns mitos nórdicos de que os corvos era os olhos de Odin sobre Midgard. Eram os vigilantes de Odin na Terra.

— Isso não faz sentido. — Ela sussurrou e entregou mjolnir para Thor.

— Vai fazer assim que chegar em Asgard. — Ele disse. — Mas só posso levá-la se for sua vontade.

Ela hesitou por um instante, mas na verdade não tinha nada a perder.
— Não veio para me entregar para CIA?

— Não vim atrás de uma vigarista. — Ele murmurou. — Eu vim atrás de uma rainha. E a encontrei. Você é uma deusa.

— Muitos homens já tentaram me seduzir antes, mas nenhum deles me chamou de deusa. — Ela respirou fundo e ajeitou o boné. — Muito bem, Thor. Vamos para...?

— Asgard. — Ele completou com um sorriso de uma criança que conseguia agradar os pais.

— Mas se você estiver louco, eu vou vender esse martelo ilegalmente. — Ela disse.

— Você tem uma série de outras armas legais em Asgard, não se preocupe. — Ele disse ainda sorrindo. Ergueu o martelo para o alto e gritou: — HEIMDALL.

Uma luz invadiu o quarto como se fosse caleidoscópio de um arco-íris que os sugava para longe dali. Astrid sentiu que estava prestes a embarcar em um jogo muito mais complexo que suas cartas de poker.

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Notas: eu estou surtando com a Freya. Ela é muito divertida de escrever e me dá vontade de avançar o mais rápido possível na história pra apresentar todas as personalidades dela. Ao início de cada capítulo eu vou introduzir um pouco das reencarnações dela ao longo dos anos em Midgard. Eu espero que gostem! <3

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