o nosso futuro.
A cidade de Hwangju, a capital do reino, estava em uma euforia silenciosa. As ruas, que sempre estiveram acostumadas a um ritmo calmo e previsível, agora vibravam com uma energia nova. Havia um cheiro de mudança no ar, uma transformação lenta, mas irreversível. Os moradores se reuniam em praças e mercados, discutindo o que acabara de acontecer no palácio — o príncipe Sunghoon e Kim Sunoo, um plebeu, haviam assumido seu amor abertamente diante de todos.
O que parecia, no início, um escândalo, agora se tornava uma bandeira de liberdade. O reino estava dividido entre aqueles que se ressentiam com a mudança e aqueles que a abraçavam. Mas, uma coisa era clara: o príncipe havia desafiado o sistema. E, em resposta, estava moldando uma nova era.
💌
Os dias seguintes à revelação de Sunghoon e Sunoo foram repletos de tensão. Havia tumulto nas ruas, sussurros e boatos se espalhavam rapidamente entre os cidadãos. Muitos viam o relacionamento deles como algo inaceitável, um insulto à moralidade tradicional. Mas, ao mesmo tempo, surgiam também os primeiros sinais de apoio. Cartazes coloridos começaram a aparecer pelas praças, com palavras como "Amor é liberdade" e "Viva o amor" escritas em letras douradas.
Quando Sunghoon e Sunoo passearam pelas ruas da cidade pela primeira vez após o escândalo, os olhares de reprovação foram inevitáveis. Mas, para surpresa de ambos, também havia aqueles que os aplaudiam discretamente, que se aproximavam para dar-lhes um simples aceno de cabeça, como se reconhecessem a importância de seu gesto.
No entanto, a verdadeira virada aconteceu quando a própria cidade, aos poucos, começou a aceitar o relacionamento. Os comerciantes começaram a colocar em suas vitrines flores e bandeiras coloridas, como símbolo de apoio. Jovens, antes temerosos de se expor, começaram a se encontrar nas praças, de mãos dadas, e a falar abertamente sobre a liberdade de amar sem restrições.
Os rumores começaram a se transformar em debates públicos, com cada vez mais pessoas questionando as velhas tradições. Um novo movimento estava nascendo. As praças estavam mais vivas, as conversas mais intensas. As pessoas estavam começando a ver que, afinal, o amor, independentemente da forma que tivesse, não deveria ser condenado.
Sunghoon, por sua parte, sabia que o relacionamento com Sunoo não seria fácil, nem rápido de ser aceito por todos. Mas ele estava determinado a não retroceder. Em uma de suas primeiras decisões como príncipe, ainda com a coroa em sua cabeça, ele anunciou que iria reformar o reino, incluindo a promulgação de novas leis que garantissem o direito ao amor livre, independentemente da orientação sexual.
No entanto, sua maior ousadia foi quando ele, finalmente, se posicionou oficialmente como novo monarca do reino, depois da morte do rei. A cerimônia de coroação foi um evento grandioso, mas, ao invés de se limitar às palavras tradicionais, Sunghoon fez um discurso histórico que se tornaria um marco.
━━ O reino que construímos será um reino onde cada pessoa poderá viver sem medo de ser quem é. O amor é um direito de todos, e ninguém será condenado por suas escolhas afetivas — Disse ele, com a coroa firmemente posicionada em sua cabeça. — A partir deste momento, quem disser que o amor entre duas pessoas é errado, será punido por preconceito. Quem disseminar ódio ou intolerância será responsabilizado pela justiça do nosso reino.
A declaração de Sunghoon foi recebida com aplausos e vaias. Mas, o que realmente chamou a atenção de todos foi o decreto subsequente. A partir daquele dia, a homofobia se tornaria crime no reino de Hwangju.
A nova legislação imposta por Sunghoon começou a ser rapidamente discutida nas assembleias e pelos ministros, mas, em sua maioria, foram todos aplaudidos. O príncipe e agora monarca não estava apenas tomando uma posição em favor de seu próprio amor, mas para garantir a liberdade de todos os seus súditos, sem discriminação.
A lei que entrou em vigor declarava que qualquer ato de preconceito contra relacionamentos homoafetivos, seja por palavras ou ações, seria punido com multas pesadas, exílio temporário ou até mesmo, em casos mais graves, com a prisão. Os tribunais de Hwangju passaram a ser mais rigorosos com aqueles que incitavam ódio, criando uma rede de apoio para os que se sentissem vítimas de discriminação.
No entanto, o decreto não se limitava apenas àqueles que manifestavam homofobia de forma explícita. Sunghoon também incluiu no conjunto de leis um direito de liberdade pessoal que garantisse que ninguém seria forçado a viver em um casamento ou relacionamento com alguém que não amasse. Ele se recusou a permitir que sua corte ou qualquer outro súdito fosse vítima da opressão dos antigos dogmas.
Enquanto Sunghoon assinava as leis com uma caneta de ouro, ao seu lado, Sunoo, agora seu parceiro oficial, não conseguia esconder a emoção. Eles haviam conquistado algo muito maior do que imaginavam. Não só tinham ganhado um amor verdadeiro, mas haviam transformado o reino em um lugar onde as futuras gerações poderiam viver com mais liberdade.
No entanto, nem todos estavam satisfeitos com essa nova ordem. Os nobres mais tradicionais se reuniram secretamente em sua própria resistência, tentando encontrar maneiras de descreditar o novo governo de Sunghoon. Havia aqueles que ainda viam a ascensão de Sunghoon como um insulto à "ordem natural das coisas", que viam as leis como uma ameaça à integridade da dinastia real.
Mas Sunghoon, ao contrário de muitos, não se intimidou. Ele sabia que sua decisão causaria controvérsia e divisão. Mas ele estava disposto a lutar por aquilo que acreditava ser o certo. E, aos poucos, mais e mais cidadãos passaram a apoiá-lo.
Nas ruas da cidade, surgiram movimentos de apoio, como os "Amigos do Amor", que começaram a formar grupos e a se organizar para proteger os direitos dos amantes e casais do mesmo sexo. Esses grupos começaram a ser vistos com frequência em praças e parques, distribuindo panfletos e promovendo palestras de conscientização. A cada dia, a mudança se espalhava como uma onda.
Em casa, Yujin, agora conselheira de Sunghoon, acompanhava os eventos com um sorriso orgulhoso. Ela sabia que o príncipe tinha o poder de transformar o reino, e sabia que ele não se deteria até ver um mundo onde todos pudessem ser quem realmente eram.
━━ Você fez isso, Sunghoon — Disse ela em um dos encontros do conselho. — Você não só quebrou as correntes que te prendiam, mas também libertou todo o reino.
Sunghoon, olhando para o mapa do reino que agora se estendia diante de si, sorriu.
━━ não fiz isso sozinho. Fizemos isso juntos.
Ele olhou para Sunoo, que estava ao seu lado, seu rosto radiante de felicidade.
━━ E isso é apenas o começo. Este reino, este amor, vai durar.
💌
Com o tempo, os cidadãos de Hwangju começaram a ver a mudança com novos olhos. Os rumores de que o príncipe havia imposto regras rígidas para aqueles que espalhassem intolerância se transformaram em lendas, e a população, gradualmente, passou a se adaptar à ideia de que todos mereciam viver com dignidade e respeito. Os casais começaram a se sentir mais seguros, os corações mais leves.
Sunghoon, agora no trono, com Sunoo ao seu lado, estava moldando um futuro onde ninguém seria mais marginalizado, onde o amor entre duas pessoas, independente de gênero ou classe social, seria respeitado como um direito fundamental.
A cidade, antes marcada pela rigidez da tradição, agora florescia em um novo tipo de liberdade, onde os cidadãos caminhavam pelas ruas com a esperança de que o amor, em qualquer forma, realmente poderia mudar o mundo.
Meu sonho seria ter um desfecho assim na idade média:( infelizmente homossexuais eram perseguidos e mortos, tanto naquela época quanto nos dias de hoje.
O amor é certo, amor é amor, independente do gênero. Amar é amar e jamais será errado
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro