Prólogo
Pelas ruínas das cabanas a crepitar,
A pequena Marie, seguia a caminhar
Com lágrimas nos olhos, mas sem chorar,
Ela via as brasas subindo ao luar.
Já estava assim quando ela acordou,
Apenas em seu quarto o fogo não chegou.
Pegou no colo seu animal de estimação,
E foi para fora ver a destruição.
As lágrimas que agora teimavam em cair,
Não eram por nenhum daqueles mortos ali,
Nada sentiu ao ver os cadáveres de seu tio e tia,
O casal que deveria protegê-la, mas não o fazia.
Seu pai, mortalmente ferido, a levou até aquela cidadela,
E implorou que seu irmão cuidasse dela,
Afinal ela era apenas uma criança inocente,
Mas não era assim que pensava aquela gente.
Aquela criança sem qualquer maldade,
Era tratada de forma ríspida e covarde,
Impedida de brincar, forçada a trabalhar,
Nunca sentiu que ali era o seu lar
Diziam que ela era filha da feiticeira,
E a humilhavam de toda maneira,
Mas ela intercedia por eles em suas orações,
Pedia misericórdia por suas ações.
Porém algo veio naquela madrugada,
E nenhum deles pôde fazer nada.
O que fez aquilo era poderoso e malvado,
Por sorte, Marie tinha escapado.
Ela tinha apenas a sua pequena salamandra, Mya,
Que tímida, em seu colo, sempre se escondia,
E com apenas dez anos, não podia sequer se defender,
Sozinhas, elas certamente não iriam sobreviver.
Estremeceu ao sentir que algo a observava,
Parecia que quem destruiu a cidadela, ali ainda estava,
Ela sentiu o olhar vindo da escuridão,
E o medo tomou o seu coração.
Da fumaça que subia constante,
Surgiu uma silhueta gigante,
E com olhos vermelhos como a brasa incandescente,
A criatura enorme se precipitou para frente.
"Não tema, pequena, não há ameaça"
A criatura disse, surgindo do meio da fumaça
"E bom trabalho, pequena Mya,
Eu sabia que você a protegeria!"
Sem ter qualquer reação,
A menina viu Mya saltar de sua mão,
E após passar por uma mágica transformação,
Se transformar em um pequeno dragão.
"Esta é Ravana", Mya disse, sorridente
"Ela veio para buscar a gente."
"Sei que você tem mil perguntas a fazer,
E quando estivermos seguras, a todas irei responder."
Vendo que Marie hesitava, Mya então explicou,
" Não foi Ravana quem os matou"
"Foram os Obscurus, e eles queriam você,
Porém, eu dei um jeito de te esconder"
"Precisamos ir agora"
Foi a vez de Ravana falar
"Os Obscurus foram embora,
Mas acredito que irão voltar"
"Iremos para Draghais,
Terra dos Dragões ancestrais.
A história é longa e complicada,
Mas logo será contada."
O grande dragão então se abaixou,
Oferecendo como montaria, a lombar
Com ajuda de Mya, a garota o montou,
E se apressaram em deixar o lugar.
Observando o fogo daquela altura
Ficando cada vez mais distante,
Marie, iniciava uma grande aventura,
Tão perigosa quanto emocionante.
Seguiu rumo ao desconhecido,
Junto com Mya, que na verdade era um dragão,
Por hora havia passado o perigo,
Mas certamente, muitos ainda virão.
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