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A Face do Horror

  Faz aproximadamente seis dias que eu comprei a máscara. Infelizmente, não poderei usá-la na festa de Halloween de amanhã, mesmo tendo sido essa a razão de eu te-lá comprado. Eu não vou mais a festa, porque pretendo me suicidar essa noite. Estou escrevendo esse e -mail e pretendo enviá-lo para meus amigos mais próximos e alguns familiares, incluindo meus pais. Por mais bizarro que pareça, e muito provavelmente alguns deles podem nem acreditar no que estou prestes a digitar, eu preciso desabafar. Não posso levar isso para sepultura comigo. Sendo assim, vamos começar pelo início. 

  Eu me chamo Benjamin, tenho vinte e cinco anos e moro em um apartamento alugado que divido com um amigo. Como eu recebo depósitos mensais dos meus pais, não preciso trabalhar e posso arcar com a parte dos meus gastos e despejas. Enquanto meu companheiro de quarto, Gabriel estava trabalhando, eu, minha amiga Sueli e meu outro amigo, Léo, descobrimos dessa tal festa de Halloween num dos clubes mais frequentados de nossa cidade. Então, compramos os ingressos na pré-venda e logo começamos a rodar várias lojas atrás de nossas fantasias. Sueli foi a primeira que encontrou a dela. Depois, Léo também comprou alguns itens e montou sua fantasia. Eu, no entanto, não conseguia simpatizar com nada que encontrava. Faltando então pouco mais de uma semana, eu e Sueli fomos até uma loja de antiguidades bastante simples, recém inaugurada. O proprietário era um senhor de idade, com aparência frágil demais e olhos pequenos e brilhantes. Foi ai que eu encontrei a máscara. Ela era grande, igualzinha a um crânio de alce, com dois buracos aonde deviam estar os olhos, dentes de argila na mandíbula e dois chifres longos e contorcidos. Parecia o tipo de coisa que membros de alguma seita ocultista usariam. Eu me aproximei e toquei a superfície dela, passando meus dedos lentamente. Imediatamente, um aroma de rosas invadiu minhas narinas. Estranho, mas aquele item tinha sido a primeira coisa que me atraiu em tantas semanas.

- Ei. - Eu fui até o idoso atrás do balcão. - Quanto quer naquela máscara ali? 

  Apontei para ela, e Sueli seguiu os olhos na direção do meu indicador. Uma sombra se instalou em seu rosto e os olhos dela se arregalaram.

- Ben, não acho que seja uma boa ideia comprar essa coisa. -murmurou ela.

- Por que? - questionei. - Ela é ótima, vai ser perfeita para a festa. 

- Sua amiga tem razão. - disse o idoso. Ele sorriu, deixando seus dentes amarelados visíveis. -Sabe, filho, essa máscara pertencia aos antigos índios da tribo Hopi. Eu comprei ela em um leilão a dois meses. O antigo proprietário disse que ela foi usada em rituais pagãos e outros sacrifícios. 

- Não ligo pra isso. - retruquei. -Só vou usar essa máscara em uma noite e depois, se o senhor quiser, eu posso devolve-lá. Mesmo assim, pretendo pagar. 

  O idoso parecia estar se divertindo. Ele colocou uma das mãos em seu queixo e finalmente disse, após um longo período de silêncio. 

- Já que você só pretende usar ela uma única noite, como disse, não precisa pagar. Pode leva-lá e depois da sua festa, você me devolve. Combinado?

  Eu estranhei a atitude daquele idoso, não fazia muito sentido alguém perder a oportunidade de lucrar. Mesmo assim, sorri e assenti. Ele foi até a prateleira, apanhou a máscara e a colocou dentro de uma larga caixa de papelão. Eu agradeci novamente, deixei meu endereço e telefone como garantia e fui embora. Sueli não falou muita coisa logo depois de deixarmos a loja de antiguidades, então decidi me despedir e ir para o meu apartamento. Chegando lá, deixei a caixa em cima da minha cama e fui tomar um banho, pretendendo relaxar. Meu companheiro de quarto só chegava a noite, por isso eu tinha tempo de sobra pra curtir o ambiente. Quando sai do meu banho, enrolado na toalha, avistei minha vizinha de relance, varrendo sua sacada. Eu nunca havia falado com ela, mas a via praticamente todos os dias, sempre fazendo faxina em seu apartamento. Ela era bonita. Alta, morena, cabelos longos e castanhos, seios fartos apertados pela blusa justa e pernas bronzeadas. Ela era bastante gostosa, mas eu sabia que ela tinha aproximadamente uns 38 anos. E não se interessava por caras mais novos. Sendo assim, eu não tinha qualquer chance. Desviei o olhar de minha vizinha e dirigi minha atenção para a caixa. Abri e apanhei a máscara. Olhei cada detalhe daquela obra de arte mórbida, decidindo colocá-la só para ver se ela era confortável. Surpreendentemente, ela se encaixou perfeitamente em minha cabeça, me permitindo respirar sem dificuldades. Que grande erro eu cometi.

  A noite, quando meu companheiro de quarto Gabriel chegou, reclamando do seu trabalho no escritório, eu só conseguia pensar na máscara que estava dentro da caixa embaixo de minha cama. Mais tarde, quando eu e Gabriel fomos deitar, eu tive uma facilidade assombrosa para adormecer. Geralmente, levava alguns minutos, até uma hora, para eu conseguir pegar no sono. Porém, naquela noite, eu adormeci logo que deitei. No dia seguinte, quando acordei me sentindo bastante relaxado e revigorado, notei que Gabriel já tinha saído para trabalhar. Segui minha rotina matinal, escovei os dentes, tomei banho, fui tomar meu café da manhã, ver minhas mensagens das redes sociais, até que percebi a caixa larga de papelão em cima do sofá. Me levantei da cadeira, caminhando lentamente até a caixa e ao abri-lá, reparei que a máscara estava em uma posição diferente da qual eu havia deixado no dia anterior. Além do mais, eu tinha deixado a caixa debaixo da minha cama e agora ela estava ali no sofá. Provavelmente, Gabriel decidiu bisbilhotar minha recente aquisição. Levei a caixa de volta pro quarto e passei o restante do dia fora. Só retornei a noite e fiquei assistindo séries na Netflix, esperando Gabriel chegar. Foi aí que as bizarrices tiveram início. 

  Naquela noite, meu companheiro de quarto não voltou pra casa. Esperei até as 02:00, e vencido pelo cansaço, decidi ir deitar, apagando logo que me joguei no colchão. No dia seguinte, acordei e nenhum sinal de Gabriel. Decidi ligar para ele. Eu evitava ao máximo ligar para meus amigos, preferindo interagir pessoalmente, mas aquela era uma situação incomum. Ele não atendeu. Repeti a ligação e nada. Me levantei, tomei um café e decidi aguardar. Só ai, me dei conta de que a caixa da máscara estava novamente na sala. Desta vez, a caixa estava atrás da porta de entrada. Estranho... Gabriel não tinha retornado para a casa, então quem teria mexido na caixa? Me levantei de forma hesitante, fazendo uma vistoria por todo o apartamento, me convencendo de que não tinha qualquer intruso ali. Mesmo assim, tomei coragem e liguei pro 190, informando o desaparecimento do meu companheiro de quarto. 

  Quando decidi sair pra dar uma volta e espantar aquele clima estranho, notei que três viaturas estavam paradas na entrada do apartamento vizinho. Alguns curiosos estavam parados em frente, cochichando entre si. Me aproximei, tomado pela curiosidade e perguntei a uma moça o que estava havendo. 

- Uma moça foi encontrada morta. - respondeu a mulher. - Pelo o que estão comentando, ela foi violentada sexualmente, torturada e seu corpo foi cortado ao meio. Depois... o agressor ligou para a polícia informando o ocorrido e fugiu. 

- Jesus. - murmurei. - Que horror. 

- O mais estranho é que os vizinhos relataram não ouvir nada de incomum. Nem viram ninguém suspeito entrando ou saindo do apartamento dela. Deus a ponha em bom lugar.

- Amém. 

  Naquela tarde, quando fui almoçar com Sueli e Léo, descobri outro fato medonho. Enquanto fazíamos os combinados para o dia da festa, Sueli disse:

- A propósito, Ben, aquele idoso dono da loja de antiguidades, faleceu ontem a noite.

  Senti um arrepio percorrer todo meu corpo. Soltei o garfo que estava segurando e senti a comida que já havia engolido descer raspando e com dificuldade pela minha garganta. 

- Como você soube?

- A esposa dele estava lá na loja hoje de manhã, parece que vão fechar. Perguntei pra ela como o esposo dela estava, e ela me contou. Ele teve um derrame.

- Coisa muito comum pra um idoso. - disse Léo.

- Acho que agora, você não vai precisar devolver sua máscara bizarra. - disse Sueli.

- Máscara bizarra? - indagou Léo. 

- Um crânio indígena que o Benjamin comprou em uma loja de antiguidades. Ele pretende usar na festa de Halloween.

- Esse é o espírito, Ben. - disse Léo, explodindo em gargalhadas.

  Mesmo assim, quando eu retornei para casa naquele dia, fiquei questionando a coincidência de eventos bizarros naquela semana. Gabriel desaparecido, uma vizinha assassinada e agora o dono da loja onde eu encontrei aquele crânio medonho, morre. Quando subi para meu apartamento e fui até minha varanda que dava de frente para o apartamento da minha vizinha gata, tomei um choque. A janela estava fechada, mas eu consegui vislumbrar as faixas amarelas de contenção lá dentro... e o que parecia ser uma poça de sangue seco. Só ai cai na real, a mulher assassinada no apartamento ao lado, era minha vizinha. A vizinha que eu tinha uma queda. E ela morreu na mesma noite em que aquele idoso...

  Naquela noite, fiquei até as 03:00 assistindo filmes e séries, porque estava apavorado demais para dormir. A polícia ainda não tinha nenhuma pista do paradeiro de Gabriel. Mesmo assim, acabei pegando no sono lá pelas 03:20 e só acordei no dia seguinte. Eu ainda estava no sofá, os restos de comida estavam jogados pelo tapete e eu me sentei, piscando para afastar o sono. Me arrastei até o banheiro e comecei a preparar meu café da manhã, quando cometi o gravíssimo erro de ligar a televisão. O jornal municipal, estava passando uma manchete falando sobre o assassinato de dois jovens. Reconheci os rostos instantaneamente, pois havia almoçado com eles no dia anterior. Eram Sueli e Léo. Segundo a repórter, os dois haviam sido encontrados mortos, violentados sexualmente e com seus corpos retalhados. O mais bizarro, era que os crimes apresentavam as mesmas características, porém os dois moravam em locais completamente diferentes. Além disso...o assassino ligou para a polícia e informou sobre o crime, abandonando a cena logo depois. 

  Só naquele instante, percebi duas outras coincidências: A) O crime era idêntico ao o ocorrido com minha vizinha, e B) A caixa da máscara que eu tinha deixado ali na sala, no dia anterior, não estava mais lá, mesmo eu tendo a deixado no mesmo local antes de adormecer. Me levantei com um pulo do sofá, correndo pelo apartamento, tomado pelo desespero, revirando todos os móveis, até encontrar a caixa dentro do banheiro. Abri e lá estava a máscara. No entanto, um saco de lixo preto chamou a minha atenção. Ele estava atrás do armário do banheiro, espremido contra a parede de forma que eu não havia reparado antes. Agarrei a ponta dele, percebendo que algo pesado estava lá dentro e arrastei ele até a entrada. Quando desfiz o nó cego dado de propósito, senti o meu estômago revirar com o cheiro de podre que exalou do saco. Dentro dele, os restos em decomposição de um corpo humano ocupavam todo o espaço. Entrei em pânico, até notar os restos de pano velho que um dia foram roupas de trabalho. Roupas que eu já conhecia, mas demorei para me recordar. Era o uniforme de trabalho de Gabriel. Aquele cadáver era GABRIEL.

  Apanhei o saco de lixo e o arremessei pela janela do banheiro, vendo os pedaços do corpo de Gabriel caindo no jardim lateral do condomínio. Naquele instante, a caixa de papelão cedeu e a máscara em forma de crânio pulou, rolando pelo chão, até parar em frente aos meus pés. Me abaixei e quando toquei a superfície da máscara, reparei que havia respingos de sangue seco espalhados por ela. Um nó se formou em meu peito. Não... não poderia ser verdade. Apanhei a máscara, colocando-a em meu rosto e então, uma série de imagens invadiu minha mente. Eu gritei, enquanto as lembranças perfuravam minha memória. Eu vi todos eles... Gabriel sendo esfaqueado durante a noite, enquanto seu corpo era mutilado em diversas partes e jogados em uma saco preto de lixo. A minha vizinha, sendo atacada durante a noite, sua face se transformando em uma máscara de horror enquanto era estuprada e depois assassinada e retalhada. E o mesmo aconteceu com Léo e Sueli. Por fim, uma última lembrança brotou daquele limbo temporal: um idoso, o dono da loja de antiguidades, me vendo entrar em sua casa e tendo um derrame de tanto pavor. Quando tirei a máscara, compreendi tudo. Respirei fundo e decidi escrever essa confissão antes de me matar. Tentei de todas as formas destruir essa máscara, mas não consegui. Talvez, não haja uma forma de destruí-lá. Espero que após minha morte e essa carta de suicídio, ninguém mais cometa o erro de usá-la. 

Fim. Obrigado por ler.

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