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“A morte andava lado a lado com elas. Suas mãos sujas de sangue. A mente abrigando o próprio diabo.”

MEADOS DE 1890

NUM TEMPO PERDIDO, em ruas assombradas de pensamentos negativos, com cemitérios ouvindo mais que o uivo do vento. Foi assim que os olhos do diabo encontraram as almas de três jovens damas. As damas mais cobiçadas da alta sociedade, as irmãs Frieden. O olhar correu fulminante quando sua visão pousou nas três, que à luz do dia viviam como qualquer outra mulher, mantendo seu toque refinado, contudo com a simples mudança de cores do céu, elas trocavam de facetas.

Elas viviam sobre suas próprias leis.

Todos acreditavam que os cavalheiros estavam no comando, entretanto, elas conseguiam apenas fazer daquilo uma ilusão.

Belas. Ricas. Perigosas.

E, claro, o que mais fez o até o demônio salivar: viúvas.

Elas haviam se casado com diversos homens desde que atingiram a maioridade, e a mais velha, Bella, acumulou uma fortuna significativa com os diversos casamentos 'fracassados'. Ella, a do meio, quando sua vez, ocorreu o mesmo. O máximo de tempo que um de seus maridos duraram foi de seis meses. Nunca passou disso. Assim que com Willa, a mais nova estava prestes a se casar com um senhor de terra de cinquenta anos — na época era considerado um intervenção divina um mundano permanecer tanto tempo, porém, suas duas irmãs, e a própria Willa, tinham consciência de que seu corpo clamava pelo caixão —,  e assim estava sendo sentenciada ao mesmo destino das irmãs mais velhas.

E mesmo que fosse só impressão, elas fariam o senhor pedir por isso. De forma ou outra, elas sempre conseguiam fazer seus maridos se renderem, e deixarem elas fazerem o que quisessem com seus corpos. Inconscientes de seus atos, eles se transformavam em cascas vazias. Completamente inúteis. Prontos para os vermes comerem sua carne fresca.

Ninguém entenderia como os casamentos declinaram em tão pouco tempo. Seu pai, lorde Hadrian, tinha dores de cabeça constantes por nunca conseguir entender como os homens que ele escolhia morriam de morte natural.

Nada de veneno. Engasgo. Faca ou tiro.

Uma morte limpa, sem deixar qualquer rastro sobre a pele.

Assim que naquela manhã pálida da cidade de Winchester, a família Frieden desfilava pela estrada de pedras com a carruagem carregada de uma energia melancólica. As duas irmãs viúvas sentadas sozinhas num lado, e a noiva sentado ao lado de seu pai, trajando um lindo vestido de noiva, olhando pela janela com indiferença. Queria poder chorar, jogar todas as lamúrias presas em sua garganta para fora, até ficar rouca ou sem voz. 

Porém, não podia. Teria que aguentar firme até o momento exato.

Até que a infeliz maldição cumprisse com seu dever. Ou isso, que as pessoas queriam acreditar sempre que um marido deitava-se para a morte de forma tão trágica, ainda logo depois da noite mais importante na vida do casal.

Comprimiu os lábios sob o véu puro, escondendo sua ansiedade de seu pai, mas sabia que os olhares gélidos de suas irmãs caíam diretamente para si, absorvendo todos os pequenos movimentos que ela fazia, rogando para que não estragasse tudo.

Repentino, o silêncio foi perfurado com o pigarreio do pai. O olhar tão aterrador quanto o das filhas, encontrando os mesmo pares de olhos com um simples movimento da cabeça. Passou a mão protegidas pelas luvas sobre a veste, tentando descontrair o clima, mas apenas o deixou mais pesado. Nenhuma das mulheres iria falar sem permissão, antes que ele se proclamasse, demonstrando uma boa educação.

Contudo, era somente uma desculpa para elas fazerem voto de silêncio, evitando falar com ele depois de tudo que os obrigou a elas seguirem. Ele havia prometido privar Willa daquele transtorno da época, uma obrigação tão suja e baixa. Vender uma mulher como se fosse um animal ou um objeto qualquer. Mas o que ele poderia fazer? Era um homem infeliz. A vida havia lhe tirado sua esposa, sua alma. Sem ela ele era alguém incompleto, que errava cada escolha e aposta no seu caminho.

— Espero que dessa vez esse casamento não seja arruinado — comentou, sem desviar o olhar de Bella, que tinha um olhar sombrio sobre sua figura. Todos seus pensamentos pertenciam somente a ela, e mesmo que ele lutasse para tentar desvendar sua filha, era impossível. — Nossa família precisa de uma boa imagem. Não somos bem vistos por sermos alemães, e não podemos permitir que boatos desnecessários se alastram pela capital como uma epidemia.

— Eles já envenenaram muitas pessoas, meu pai. Mais um casamento só provará como nós estamos correndo em círculo, buscando aprovação de pessoas insignificantes — Bella despojou seu ponto de vista com a voz suave, com uma leve mudança da sua boca, formando um sorriso desafiador.

Ella virou a cabeça para o lado, tentando esconder seu desejo de rir da expressão do pai. Willa, que instantes atrás parecia estar levando chumbo em seus ombros, relaxou com a resposta de sua irmã.

— Não tente me manipular hoje, Bella. Sei o que está tentando fazer. — Ele moveu a atenção para Ella, escondendo seu sorriso debaixo do dorso da mão. — Vocês duas, na verdade.

— Eu? Sou apenas uma viúva se encaminhando para o sepultamento da minha irmã — Ella fingiu inocência, encarando os olhos arregalados do pai.

— Casamento — corrigiu mais forte, arrependendo-se de ter iniciado uma conversa com as filhas. Elas nunca o deixavam ganhar numa discussão. Talvez, sua esposa tenha criado elas melhor do que deveria.

— Palavras diferentes, mesmo caminho. Não concorda, Bella?

— Acredito que deveriam colocar um novo sinônimo para se referir ao casamento — acrescentou quase enfurecida por recordar de todas as vezes que teve que subir num altar, dando o melhor sorriso, deixando que as mãos porcas tocassem sua pele. Uma sensação tão horrível.

A conversa se deu por encerrada, e Ella com rapidez tocou a mão da irmã, a consolando. Ela sabia bem o que sua irmã havia passado ao longo dos anos, com diversos casamentos consecutivos, engolindo as ofensas, matando um pouco de si a cada dia que passava.

O som limpo dos sinos da igreja românica, atravessou os ouvidos de Willa, com um mau presságio. Devagar, e vivido em sua mente, causando desconforto até mesmo em seu coração. A carruagem cessou, todos desceram rapidamente dela, e o pai das mulheres optou por simbolizar o prelúdio da nova vida da filha.

Hesitante, Willa tomou a mão do pai. Caminhou sobre o tapete vermelho, com o olhar e os sorrisos das pessoas borrando-se diante de seus olhos. Ela não queria estar ali. Não imaginou que a atmosfera fosse tão sufocante como daquela maneira. As pessoas corromperam, esqueceram a verdadeira felicidade.

Contudo, suas irmãs lhe tirariam da miséria. Faria ela trilhar o caminho da felicidade delas. A melhor possível. A ideal para elas.

Seu pai a largou, antes de sussurrar que tudo ficaria bem. Olhou brevemente para o lado, tentando fugir dos olhos julgadores do padre, porém, apenas lhe favoreceu uma visão pior. Seu noivo exibindo seus dentes quase todos podres na sua direção. A noiva inanimada, fingiu respirar quando o homem tomou sua mão, lhe prometendo mentiras.

Capturou o lábio inferior, segurando as maldições que estavam prontas para sair num meio de um balbucio.

Enquanto isso, o diabo se divertia com a visão. Seus risos giraram como um carrossel entre os mundanos que não poderia o escutar. Parado numa gárgula em uma construção um pouco mais alta que a igreja, alimentando-se das más intenções das duas irmãs presenciando a cena, e no sofrimento de Willa. No seu esforço para conter uma lágrima e um soluço quando o padre rabiscou seu nome em um túmulo enfeitado com outras palavras.

A cerimônia acabou, e o diabo inclinou-se ao ver as pessoas aplaudindo a união. Acreditando que o casamento foi abençoado por Deus.

“Errado. Todos errados. Egoístas. Idiotas.”

As palavras vieram como uma compulsão na boca do ser. Estava pertubado. Ansioso para ver a verdadeira personificação das mulheres.

“Lindas. Preciosas. Minhas.”

Como uma mancha nunca existente, o diabo se dissipou sorrindo, imaginando como a noite seria pintada de um vermelho carmesim forte. Horrorizando todos no próximo dia. O cheiro forte iria desfilar nos narizes de muitos cidadãos antes de perceberem o principal culpado daquilo.

Após um longo passeio de carruagem, festa exaustiva com alguns familiares do seu marido. Lord Henry, um senhor com calvície aparente, restando poucos fios brancos grudados em seu crânio, uma barriga saliente e uma baixa estatura. Era viúvo assim como Bella e Ella, não possuindo nenhum herdeiro, assim que ele tinha pressa para desposar a esposa e conseguir um herdeiro.

Todas as suas propriedades iriam se perder, e ele não poderia deixar aquilo acontecer. Vários negócios, tratados perdidos por causa da morte de sua falecida esposa. Não permitiria que uma mulher atrapalhasse seus planos, e ousaria fazer muita utilidade da nova. 

As jovens criadas lhe confirmaram com a cabeça que Willa estava pronta, esperando por ele no quarto do casal. Ele se apressou, abrindo a porta com entusiasmo, encontrando a jovem com os longos fios dourados escorregando sobre os ombros como onda. A pele alva exposta, hidratada com óleos, e a camisola translúcida, causando pensamentos impuros em qualquer homem.

Henry sorriu, traçando passos leves até a esposa. Sentou-se ao seu lado, retirando uma parte do cabelo que caía sobre a clavícula, expondo seu pescoço.

— Irá me proporcionar prazer esta noite, querida Willa? — Sua voz cansada, cheia de segundas intenções causava enjoo na mulher, mas controlou sua expressão, fazendo seu melhor.

Ela deu um sorriso singelo, concordando sutilmente com a cabeça. O homem julgou uma boa qualidade ela poder ficar quieta, esperando apenas as ordens dele. Somente esperando que ele fizesse o que desejar com ela.

O novo brinquedo era interessante. Ele estava gostando muito. Por demais.

Willa inclinou-se, desviando a atenção do marido, alcançando duas taças de vinho, preparadas para um melhor cortejo, servidas inicialmente pelas serventes, e depois por ela. As duas garotas foram muito gentis com ela, lhe guiando da melhor maneira possível para agradar seu marido.

Uma pena que todos os conselhos se tornaram inúteis.

— Uma bebida, para agraciar o momento, milorde. — Era a primeira vez que ele escutava mais de uma palavra da boca da garota. No casamento limitou-se a sorrir timidamente, e responder a monossílaba com fragilidade.

— Está certa da sua decisão de beber agora, Willa?

Mesmo com dúvida, ele agarrou a taça em suas mãos, tomando um gole, sem quebrar o contato visual. O gosto doce da bebida agradou seu paladar, apesar de parecer um pouco diferente dos usuais. Talvez, sua companhia tão bela, que fazia que sua bebida não fosse suficiente para cessar com a sua sede. Necessitava de algo melhor. Mais jovem. Mais puro.

Willa representava tudo aquilo que havia sido roubado pelo tempo.

A dama também tomou um gole, porém, ela logo a largou de volta de onde havia tirado, deitando-se, parecendo convidativa aos olhos do homem. Quase salivando, o lorde pousou sua taça na banca, ficando sobre Willa. Apreciou cada detalhe perfeito dela, começando a tocar dos joelhos, subindo para as coxas.

— Todos os homens da corte já desejaram ter os diamantes brutos da alta sociedade, as filhas da família Frieden — tocou uma das mechas do cabelo de Willa, dando um beijo casto sobre os fios macios. — Mas aqui estou eu, com uma delas a minha mercê.

Não por muito tempo, pensou a mulher.

O rosto de Henry se aproximou, quase encostando seus lábios, no entanto, seus olhos começaram a revirar, escancarou a boca, parecendo mal capturar o ar da atmosfera, tomando uma tonalidade avermelhada, e somente agonizando. Tentou pedir ajuda, mas Willa não ergueu sequer um dedo, encarando-o com olhos congelantes.

Por dentro, ela estava dançando, fitando o homem morrendo aos poucos.

Assim que ele deu um último suspiro, caindo sem vida sobre os lençóis, ela conseguiu respirar novamente. Expirou com força, levantando-se eufórica da cama, caminhando até a janela, empurrando-a. Curvou-se no parapeito, com o ar gélido da noite atacando seu rosto, bagunçando seus fios. Abaixou a visão, encontrando as irmãs com trajes escuros, uma com máscara de borboleta de aparentando renda, e a outra com uma normal, porém igualmente enfeitada. Os vestidos negros longos, apertados no busto, cheios de babados, e traçados na frente.

A névoa rastejava sobre os pés das mulheres, e logo percebendo a visão da mais nova, sorriram.

— Ele morreu? — Ella sussurrou, controlando-se para não acordar os serventes da casa do lorde.

— Deu tudo certo, irmãs. Obrigada. — A respondeu com a felicidade transbordando do peito. Ela tinha quase certeza que poderia gritar para toda Inglaterra ouvir seus gritos de alívio. Agora ela estava com as suas irmãs: viúva. Finalmente.

— Hora da diversão, irmãs? — Bella sorriu maldosa, com a luz dos lampiões iluminando metade de seu rosto. Recebeu o olhar caloroso de Ella, e o destemido de Willa.

— Sempre — responderam juntas, desejando atear fogo na noite silenciosa. Vagar como fantasmas na escuridão. Esquecerem de seus nomes, serem somente mulheres livres dos deveres.

— Apresse-se, Willa. Precisamos poupar tempo. Como é sua primeira vez, pode ser que demore para se acostumar com o breu do local.

A mais velha gesticulou, em sinal que ela descesse. O mais rápido que pode, retirou um vestido negro de uma das babagens que tinha chegado mais cedo, vestindo imediatamente. Como ainda estava portando uma combinação, não demorou para terminar de se aprontar sozinha, colocando sua máscara e suas luvas.

Silenciosa, a mulher agarrou os sapatos antes de caminhar na ponta do pé pelos corredores frios da casa do lorde. Atenciosa, sem se descuidar, saiu da mansão. Caçou afoita pelas irmãs, enquanto calçava os sapatos, tropeçando nos próprios pés no ato. Quase perdendo o equilíbrio no chão de paralelepípedos, braços gentis a segurou. Ergueu a visão, mostrando os dentes para Ella.

— Com prática você se acostuma.

— Espero que sim. Se eu continuar assim, cavarei meu próprio túmulo.

Ella soltou um riso baixo, enquanto Bella se aproximou, chocada com as palavras da mais nova.

— Nem pense nisso. Na minha primeira vez, tive que fingir que meu marido havia tido um infarto repentino, ao invés de ter fugido o quanto antes. Tudo melhora um dia, irmã.

Willa passou a mão sobre os fios, tentando impedir que eles ficassem mais desarrumados.

— Eles não irão desconfiar? — olhou para a mansão do lorde.

— Não se voltarmos antes — Bella agarrou sua mão, fazendo-a correr —, tudo acaba bem depois de um pequeno passeio e teatro. Pela manhã, tudo não irá passar de um dia ruim para você. Você não precisa de mais ninguém, somente de nós.

— Nós somos nossa substância. Ninguém pode nos separar — Ella reforçou a fala da mais velha, aquecendo o peito de Willa.

O diabo vigiou as irmãs correndo até uma velha construção não muito longe da propriedade do lorde. Mesmo que ninguém conseguisse ouvi-las, ele sabia o quanto elas estavam ruidosas. Atravessando as luzes foscas dos lampiões como vultos, fantasmas. Distraindo com a verdadeira essência das jovens, não se deu conta de que elas já haviam entrado na velha mansão, subindo as escadas.

Espreitando-se pela porta, seguiu-as, tornando-se a própria sombra.

Seguindo-as em passos vagarosos, enxergou quando Willa avançava atrás das outras, tornando-se um alvo mais fácil para suas garras. Tomado por um instinto primitivo, ele aumentou a velocidade, estendendo o braço para alcançar a jovem. Assim que suas mãos agarraram os fios da mais jovem e a puxaram para mais perto, sentiu os pulmões dela se encher e diminuir de ar em poucos segundos, e o corpo enrijecer.

Mas não gritou. Isso era bom.

Envolveu a cintura dela com seus dedos contorcidos, e se deliciou com o medo que emanava de seu corpo. Apesar da emoção lhe enterrar, ela também estava sendo consumida por uma raiva insana. Queria sacar sua faca e degolar o maldito que ousou a agarrar deprevinida.

— Quem é? — Não tremeu. Tornou-se mais firme, sendo sucinta como uma cobra.

O diabo engoliu o riso que lhe subiu pela garganta, somente se curvando na altura do ouvido de Willa.

“Não te interessa. A única coisa que importa é que você será minha esta noite. Todas vocês pertencem a mim.”

Ele tinha consciência que sua voz anormal a assustaria, contudo, não o impediu de lhe contar seu objetivo. Tornando o momento perfeito para ela nutrir mais sentimentos ruins em relação a ele, se transformando numa boneca perfeita, para ele manejar.

— Covarde.

Contorceu-se, tentando escapar dos braços sinistros que lhe guardava.

Ele queria largar, deixá-la ir para suas irmãs antes de fazer seu dever ali. Passou anos procurando as razões do porquê vários homens morreram em tão pouco tempo. No entanto, a apertou mais forte, somente para não dar a ela a vantagem de o controlar. Ninguém poderia fazer isso. Ela não deveria entrar fácil na sua cabeça. Era o contrário.

Irritado com a possibilidade, a soltou, empurrando seu corpo para frente.

Antes de desaparecer na parede, memorizou os movimentos da mulher, tombando para frente, com a respiração superficial e o coração tiquetaqueando descontrolado, quase parecendo estar batendo fora do corpo.

— Tudo bem? Se machucou? — Ella a tirou de seu pequeno transe, acalmando seus sinais vitais. Decidindo ocultar o que tinha acabado de acontecer, acreditando que tudo não havia passado de uma alucinação por parte da sua cabeça.

Willa acenou em positivo, apressando os passos, passando de sua irmã, rindo. Esquecendo de seu medo de instantes atrás. Sua atitude enfureceu o diabo. Não era para ela esquecer tão rápido do medo que causava nela.

Era para lembrar de cada sensação que ele despertava nela. Do quanto ela parecia mortal diante dele. Soterrando o controle do medo sobre seu corpo, usando-o para sobreviver a cada obstáculo que parecia à sua frente, com muito exímio.

Fora de si, ele correu para o topo, esperando-as no térreo, onde elas cessavam para apreciar a vista. Fazendo seu ritual para sempre que matava um homem. Assim que elas chegaram, permitiu que elas apreciassem a luz do luar, inalando o cheiro podre da cidade, mas purificando sua alma de todo o estresse que elas passaram. Fizeram contato visual, retirando as máscaras, caladas.

— Para sempre — iniciaram em uníssono —, solteiras. Elegantes. Selvagens.

Vulneráveis, vendo sua deixa, o diabo as empurraram do telhado. Aparentando anestesiadas, elas caíram, e chegaram ao chão com um barulho surdo. As três mortas, com o corpo esmagado com a pressão, logo surgindo poças de sangue ao redor de seus corpos. O último corpo a falecer foi de Willa, que ainda pulsava rapidamente, com um filete de sangue escorrendo do canto da boca.

A criatura seguia a cena do alto, julgando as damas ainda mais belas sujas de sangue. Explorou a situação de Willa com afinco, semicerrando os olhos para a direção dos lábios da mulher, onde ela tentava formar as últimas palavras.

— Você… por quê? —sussurrou agonizando.

“Não tente me apagar. Jamais.”

Ela apreciou o céu noturno uma última vez, antes de seus olhos se tornarem vazios.

Dessa forma, o destino das irmãs Frieden foi decidido. Suas almas foram capturadas pelo diabo, e os corpos, enterrados num espaço distante da cidade pela criatura infernal. Com o passar do tempo, flores amarelas começaram a nascer onde elas estavam descansando, como uma mensagem triste de adeus.

No pedregulho que o diabo havia usado para escrever uma pequena mensagem para elas, estava talhado distorcido, palavras sinceras de como ele se sentia em relação a elas.

“Aqui jaz as almas das companheiras do diabo. Maculadas com o desejo devastador de comer tudo pela frente.”

FIM

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