Saber
Caminhando preguiçosamente sobre as folhas secas. Baal, na companhia de Yam, prestava atenção no redor. Olhando as copas altas que balançavam no ressoar dos ventos. O tremer dos galhos acudiam e silenciavam o canto dos pássaros e brados dos mamíferos. Ele via os Frost descansando em seus galhos, despreocupados por saberem quem adentrava seu território.
— Tios! — Um grito parou o movimentar do Rei e de Yam. Até que uma sombra cai sobre suas cabeças, o lobo preto contraiu as costas, amedrontado. Suna, agarrou aos ombros do monarca ria por ter conseguido assustá-lo. — Saudades de vocês! Especialmente de Yam, que é mais legal, mas você dá para o gasto tio Baal.
Baal lhe suspendeu sobre o sovaco, fazendo o garoto sentar sobre seus ombros — Fedelho! Como estão você e o ancião?
— Bem! Atualmente ele é conselheiro da rainha, e o Suna — A criança se nomeou — É um invocador! — Disse animado, forçando seu peito para frente.
— Nos mostre então — Yam desafiou.
Suna apontou para a cabeça do lobo branco, fazendo seu irmão enxergar uma criatura pequena semelhante a um cachorro — Bem aí. — O monstro tinha uma cara irritada e arredondada como uma lua.
— Um Komainu... — Baal desacreditou. Ele tentava conter as risadas sobre o cachorro — Komainus são cães de proteção, Suna! Como um bicho desse tamanho vai proteger alguém!?
Au!
— Ei! Ele me protege sim, tá! — Suna retrucou — Não é o tamanho dele que importa.
Au!
— Yam... — Baal levou a mão a boca, com os olhos lacrimejando de rir — Ele ta mijando em você.
Au!
— Eu quero matar o Suna. — Yam manteve imóvel.
— Não fale coisas que me ameacem. — Suna ficou assustado — O Koka percebe e ataca.
O Komainu rosnou, abrindo sua mandíbula com voracidade para atacar o príncipe.
Au!
— Yam, ele ta comendo seu cabelo. — Baal abafava sua alegria com as mãos.
Eles andejaram até Frost, chegando a pequena vila Spectr, todos os gatunos saudaram os lobos felizes de avistarem a presença deles. Ambas as raças que agora dividiam o mesmo reino conviviam pacificamente apaziguando o coração do lobo preto sobre a decisão arriscada que fizera.
Yam alçou sua visão aos céus, avistando aquele pesar voraz que pairava sobre vossas cabeças, o olhar ranzinza de Adamastor. Pensei que após tudo, as coisas ficariam mais tranquilas. Sussurrou o lobo branco.
Baal desceu Suna de seus ombros.
— Tio! Como está Aurora? Há um ano desde que não a vejo.
— Ela está... — O sorriso do garoto era algo ruim de ser quebrado, até mesmo para Baal. — Bem.
— Koka. — Suna chamou seu cão. — Tio Baal, se for viajar me leva! Assim como fez com Aurora! Vou ir por que tenho de estudar. Se cuidem!
A rota animada feita pela criança era diferente do sublevar até o trono da rainha Julia, as escadas de Frost pareciam medonhas naquele instante. Cada passo que eles direcionavam até a majestade deixava frio seus corpos. Em frente ao salão real evitaram hesitar.
Abrindo os portões, o ambiente sombrio só se reduzia pelas tochas presas as colunas. Onde o véu vermelho da majestade banhava as escadas do trono. Com seu olhar fúnebre, ela assistia à entrada daqueles que considerava seus filhos.
— O que aprontaram? — Julia sorriu para eles.
— M-mãe Julia... — Yam se pronunciou — Sabemos que não goste que tentemos mexer nos conhecimentos do passado.
— M-mas a questão é diferente agora — Baal tomou coragem, a saliva rasgava a garganta.
— Querem saber o segredo através de seus olhos — Julia bufou não tinha como escapar disto, e você sabia, não é? — Karoma me alertou, ela sabia que este dia chegaria.
— Mesmo assim. — Adamastor se intrometeu, sua lança fez um forte barulho no ar parado — Não é o único assunto, ou é? Baal.
A raposa cinza caminhou até o lobo preto, o bater das botas de metal ecoam na sala. Até ficar frente ao rei Hast, eles se encaram friamente, e Baal parecia incomodado em manter seu queixo erguido devido à altura da raposa.
Tsc
— Quero destinar meu trono ao meu irmão. — Baal admitiu, uma fala que nem mesmo Yam esperava.
— Por quê? — Julia questionou.
— Quero reencontrar Aurora...
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